Ao relacionar-se
a produção total (produto físico total) com o comportamento
das respectivas produtividades média (produto físico médio)
e marginal (produto físico marginal), podem ser identificados três
estágios distintos da produção (representados
no gráfico):
- O estágio
I, representado pela distância OB, é caracterizado
pelo crescimento do produto, na maior parte de sua extensão,
a taxas crescentes. A produtividade média
é crescente em todo o trecho e a produtividade marginal é
crescente até o ponto em que atinge o seu máximo (A’),
e o produto atinge seu ponto de inflexão (A).
Desse ponto em diante, passa a crescer a taxas decrescentes,
ou seja, quando a produtividade marginal torna-se decrescente. Ao final
do primeiro estágio (B), a produtividade
média atinge seu máximo (B’),
tornando-se, nesse ponto, igual à produtividade marginal.
- O estágio
II, representado pela distância BC, é caracterizado
pelo crescimento do produto a taxas decrescentes em
toda a sua extensão. Esse estágio termina quando o produto
total atinge o seu máximo e, consequentemente,
a produtividade marginal se torna nula (C’).
Nesse estágio, ambas as produtividades, média e marginal,
são decrescentes.
- O estágio
III, existente do ponto C em diante, caracteriza-se
pelo fato de o produto total e a produtividade média serem decrescentes
e a produtividade marginal ser negativa.
A fronteira
entre os estágios II e III determina
o limite das decisões racionais dos empresários e é
denominada região econômica de produção.
Se produzir no estágio I, sua produção
é lucrativa, mas poderá produzir mais; isso porque maiores
quantidades do fator variável aumentam o produto mais que proporcionalmente;
dessa forma, a empresa sempre tem um incentivo para ultrapassar esse estágio.
Certamente, não irá operar no estágio III,
pois, ao nível de uma firma individual, não é fácil
imaginar que um empresário racional permita que a situação
chegue a ponto de o produto marginal ser negativo, ou seja, optar pelo prejuízo.
Antes que isso ocorra, ele, por certo, procurará investir em novas
instalações, ou comprar mais máquinas.
No nível agregado, existe exemplo clássico na literatura econômica,
denominado desemprego
disfarçado. |