Resumo

A Oferta representa a quantidade de determinado bem ou serviço que os produtores desejam vender em determinado período de tempo (semana, ano, mês). Por isso, representa um fluxo. No estudo, pressupõe-se um plano ou intenção dos produtores e vendedores. Utiliza-se também o conceito teórico do coeteris paribus, ou tudo o mais é mantido constante.

Observando-se a oferta, verifica-se uma relação direta de causa e efeito entre o preço e a quantidade demandada. Isso possibilita definir um comportamento “geral” do conjunto de ofertantes racionais na busca de pontos que maximizem os lucros e minimizem os custos nos seus negócios, tidos como Lei geral da oferta. Quando o preço cai (causa), a quantidade vendida se reduz (efeito); quando o preço sobe (causa), a quantidade vendida se eleva (efeito), mantidos os demais fatores constantes (coeteris paribus).

A representação matemática é dada por coeteris paribus Qx0 = ƒ(Px), sendo ƒ’(Px) > 0, ou seja, a primeira derivada é positiva, mostrando relação direta entre as variáveis (declividade positiva da curva de oferta) e confirmando a Lei Geral da Oferta.

A quantidade ofertada de um produto também é afetada pelo preço de outros bens – os concorrentes ou substitutos –, pelo preço dos bens complementares e pelos fatores de produção e a intensidade em que tais fatores são utilizados.

Os substitutos são descritos matematicamente por: Qx0 = ƒ(Ps) supondo coeteris paribus, sendo ƒ(Ps)<0. Ou seja, a primeira derivada é negativa, a relação entre as variáveis é inversa; portanto, ao variar o preço de um bem substituto do bem X, a quantidade ofertada de X varia no sentido oposto; concorrem, em termos de recursos de produção. A estimular X, automaticamente, seu substituto torna-se menos atraente.

Os complementares são descritos matematicamente por: Qx0 = ƒ(Pc), supondo-se tudo o mais constante e sendo ƒ(Pc)> 0; ou seja, a primeira derivada é positiva, a relação entre as variáveis é direta; portanto, variações no preço de um bem complementar de X geram variações da quantidade ofertada do bem X no mesmo sentido, pois são produtos ‘conjuntos’ em seus recursos de produção.

Os fatores de produção também afetam a quantidade ofertada pelo produtor. Sua relação matemática é:
Qx0 = ƒ(Pf), supondo tudo o mais constante. Sendo ƒ(Pf)< 0, a primeira derivada é negativa, a relação entre as variáveis é inversa; portanto, aumentos nos preços dos fatores produtivos, utilizados na fabricação de um produto qualquer, acarretarão aumentos de custos, fazendo com que o produtor ofereça quantidade menor a cada preço. Tem-se, nesse caso, diminuição da oferta.

As inovações tecnológicas também afetam a quantidade ofertada pelo produtor. Sua relação matemática é:
Qx0 = ƒ(PT), supondo-se tudo o mais constante, sendo ƒ(PT)> 0, ou seja, a primeira derivada é positiva, a relação entre as variáveis é direta. Se a inovação possibilitar a obtenção de maior volume de produção, a custos menores, os produtores do bem beneficiado pela inovação poderão produzir quantidade maior a cada preço.

As variações das quantidades demandadas ou ofertadas referem-se a movimentos ao longo das próprias curvas. Isso, em virtude da variação do preço do próprio bem ou serviço que está sendo analisado, mantendo as demais variáveis constantes. As variações das curvas dizem respeito a deslocamentos para a direita ou para a esquerda, provenientes de mudanças nas condições coeteris paribus.

Na Microeconomia, são relevantes os preços relativos ou relação entre os preços dos vários bens, mais do que os preços absolutos (específicos do bem ou serviço) das mercadorias. Caso os preços dos bens analisados variem na mesma proporção, diz-se que, em termos absolutos, variaram; mas, em termos relativos, não houve mudança. Portanto, não gerou efeitos sobre as curvas.



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