Observe que, em ambos os casos, a Tesco não usou a abordagem tradicional de criar um novo produto, como um seguro ou um pacote de viagem para depois promover para toda uma massa de clientes. Em vez disso, conhecendo cada um de seus clientes, criou produtos que satisfizessem suas necessidades específicas. O Tesco não tem um estoque de produtos, tem um estoque de clientes.

A idéia que está por traz disso é muito simples. Se um cliente tem uma necessidade, ele vai satisfazê-la, mais cedo ou mais tarde. Se for sua a empresa que vai fornecer os produtos necessários à satisfação desse cliente, do ponto de vista dele, isso é uma mera casualidade. Por esse motivo, saber identificar a ocorrência de eventos que determinam mudanças nas necessidades é fundamental para cada vez mais participar da vida de cada um dos clientes que têm contato com a empresa.

No Brasil, ainda que muito tímidas, podem ser observadas algumas iniciativas nessa direção. Há uma grande cadeia de supermercados oferecendo, em alguns pontos, a troca de óleo do carro, enquanto o cliente está na loja. Esse supermercado está concorrendo com postos de gasolina e com postos de troca de óleo. Mas, de alguma forma, por intermédio de suas lojas de conveniências, os postos de gasolina começaram antes a concorrer com os supermercados. A idéia central é estar próximo ao cliente quando ele desejar satisfazer uma necessidade.



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