Resumo

O uso da metáfora no ambiente administrativo – é uma forma para melhor entendermos os mecanismos da organização e, a partir disso, podermos criar e inovar procedimentos administrativos, atuando de forma consciente e diferenciada. No entanto, gera um entendimento parcial de muitos ângulos, pois enfatiza alguns aspectos em detrimento de outros, em segundo plano. Por outro lado, também dá visibilidade a várias dimensões importantes da organização.

Teoria Organizacional – conjunto de conhecimentos organizados, com credibilidade junto à comunidade científica para explicar um ou mais fenômenos. Porém, ela pode ser compreendida como verdadeira em uma época e, posteriormente, ser superada.

A Organização como Máquina – com a Revolução Industrial, os artesãos migraram de suas oficinas caseiras para os trabalhos das grandes fábricas. O aumento da produção e dos lucros associado à diminuição de custos era uma necessidade constante.

A divisão do trabalho intensificou-se e a “mão de obra” tornou-se mais especializada. A ideia era de a organização ser movimentada como uma máquina eficiente, com engrenagens impulsionadas pelos trabalhadores. Isso foi exacerbado a ponto de os próprios operários também tornaram-se peças dessas engrenagens.

Principais Representantes e seus pensamentos

– Frederick Taylor – Princípios administrativos: 1) Seleção científica do trabalhador; 2) Planejamento e preparo; 3) Controle; 4) Execução.

– Fayol - administrar é prever, organizar, estudar o funcionamento das empresas em seus aspectos mais globais. A estrutura organizacional compõe-se de seis funções: 1) Técnica; 2) Comercial; 3) Financeira; 4) Segurança; 5) Contábil; 6) Administrativa.

– Henry Ford - tomando por base um regime taylorista, estabeleceu a linha de montagem, o que trouxe excelentes resultados para a empresa.

Aspectos “humanos” da Organização mecanicista
1) homens e mulheres eram apenas “mão de obra” ou “força de trabalho”; 2) as tarefas foram simplificadas ao máximo para que os trabalhadores se submetessem mais docilmente às ações administrativas; 3) a separação do planejamento/organização do trabalho de sua execução (separação entre o cérebro e a mão) era uma divisão que tirava a visão do todo; 4) O trabalho na linha de montagem era (e ainda é) entediante e alienante.

Desvantagens da metáfora da organização como máquina

1) encontra dificuldade para lidar com o novo, além de gerar uma burocracia insensível, engessada, sem criatividade, com comunicações ineficientes e um nível exagerado de especialização de trabalho; 2) não considera as influências externas à organização; 3) conta com administradores distantes das pessoas e dos problemas da “linha de frente”; 4) pode tornar as pessoas em trabalhadores alienados, não questionadores e desmotivados, o que também pode encorajar posturas do tipo “essa obrigação não é minha” ou “eu apenas cumpro ordens”.

Vantagens da metáfora da organização como máquina

Morgan (2002) argumenta que, ao compreendermos a organização como máquina, percebemos que ela pode funcionar quando: 1) há definição clara de tarefas a serem realizadas; 2) os contextos são estáveis e com suficiente previsibilidade para assegurar que os produtos sejam adequados; 3) pretende-se produzir sempre o mesmo produto; e 4) a precisão e a eficiência são muito valorizadas.



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