Resumo Neste módulo, percebemos, claramente, que cérebros e máquinas não são a mesma coisa. Ao estudarmos as organizações como cérebros processadores de informações, verificamos que a informática tem promovido sistemas de descentralização de informações, por meio das teias de inteligência, tendo a internet como instrumento principal. Nesse contexto, surge a Organização Virtual, interligando pessoas, ideias, bens em um espaço que extrapola o tempo e o ambiente físico. Suas características principais, dentre outras, são a flexibilidade de fronteiras, existência transitória, baixa estruturação hierárquica, agilidade para aproveitar oportunidades, rapidez para ser estruturada, facilidade para acessar novos mercados, exigência de alta tecnologia. Enfrenta dificuldades como a possibilidade de inadequação das comunicações globais, alta complexidade de funcionamento, obsolescência rápida, indefinições e/ou restrições legais, dentre outras. Buscando responder sobre a capacidade de aprender das organizações, a Teoria da Cibernética nos apresenta a aprendizagem pelo circuito único – identifica distorções e inicia correções, mas sem capacidade de questionar normas e regras operacionais – e pelo circuito duplo (aprender a aprender) – identifica e corrige erros, questionando a relevância de normas operacionais. Algumas barreiras são encontradas para a aprendizagem de circuito duplo como, por exemplo, os orçamentos e demais controles administrativos, a burocratização e o processo de prestação de contas e outros sistemas de recompensa e punição. A cibernética sugere para as “organizações que aprendem” algumas capacidades importantes como: sondar e antecipar mudanças ambientais; desenvolver capacidade de questionamento e mudanças das normas vigentes, e permitir o surgimento de um padrão de organização e direção estratégicas. O aprendizado
em circuito duplo tem desdobramentos como: lidar com um processo paradoxal
(essa forma de aprendizado questiona as normas ao tempo em que é
por elas direcionado); gerenciar sob novas formas diante das tensões
que esse processo de aprendizagem traz; e o conscientizar da importância
dos limites das ações. Como vantagens da metáfora, temos o conhecimento de parâmetros claros para a criação de organizações que aprendem; a compreensão do auxílio que a informática oferece à evolução da inteligência; a obtenção de uma nova teoria organizacional, a partir da ideia de auto-organização, e o reconhecimento da importância de lidarmos com paradoxos. As desvantagens referem-se à tensão que pode haver entre os requisitos da aprendizagem organizacional e a realidade do poder e do controle, e o risco de surgir uma nova ideologia ao aprender pelo simples ato de aprender. |
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