Resumo

A partir dos anos 1980, há a preocupação com a relação entre a cultura organizacional e o gerenciamento organizacional.

A cultura, atualmente, é entendida como formas típicas de viver, internalizadas por diferentes grupos de pessoas, por meio da convivência dentro de um tempo e de compartilhamento de experiências. Da mesma forma, as atividades organizacionais espelham as crenças, valores e normas construídas na corporação.

O contexto cultural e a Organização – Apesar dos aspectos em comum das sociedades modernas, temos visto que alguns países cresceram mais e outros menos devido aos contextos culturais de suas histórias. Assim, devemos levar em conta as diferenças culturais.

Reconhecendo as diferenças culturais – Existem diferenças importantes entre os países que precisam ser levadas em conta. Quando somos etnocêntricos formamos conceitos do “certo” e “errado”, o que pode gerar julgamentos equivocados.

Culturas e subculturas dentro e entre as organizações – As organizações apresentam culturas e diferentes subculturas. Apesar do predomínio de uma cultura, as subculturas têm ideias e crenças compartilhadas diferentes da cultura “maior” da organização.

É importante relacionar a cultura organizacional ao ethos, visto este conceito referir-se ao modo de ser de um grupo, ou aquilo que é característico e predominante nas atitudes e sentimentos dos indivíduos de um grupo.

Existem várias dimensões que interferem na cultura organizacional, como as que se seguem.

  • O gênero (sexo) e a divisão do trabalho – Existe uma predominância dos valores masculinos nas organizações. Isso contribui para o surgimento das subculturas femininas que acabam por se confrontar com o poder masculino. O gerenciamento feminino está mais concatenado com as tendências atuais como a gestão em rede, de forma inclusiva, intuitiva e empática.
  • Os grupos profissionais – Cada grupo profissional desenvolve visões próprias de mundo e do meio organizacional, adotando diferentes referências filosóficas.
  • Os grupos sociais e étnicos – Quando há uma marcante diferenciação entre grupos, existem conflitos e disfunções numa forma de luta, subcultura, gerando contradições de difícil administração.
  • Coalizões e contraculturas – Dentro da cultura organizacional podem emergir práticas subculturais por interesses diversos (inclusive políticos) e filosofias diferenciadas.

Criação e sustentação da realidade organizacional – A realidade organizacional é criada e mantida a partir de crenças e visões compartilhadas que sustentam posturas. Portanto, as normas, os costumes e o contexto social de cada corporação precisam ser considerados na construção e sustentação de uma realidade organizacional.

Representação da realidade – É a interpretação que damos dos fatos e das situações, a partir de nossas concepções de mundo, o que nos leva a construir e a reconstruir realidades. As organizações são construções sociais baseadas em níveis diferentes de representação das pessoas que compartilham seus valores e na aderência dos grupos a eles.

Mudança cultural – A mudança cultural extrapola a internalização de novos códigos, propondo-se a alcançar um novo paradigma de vida.

A cultura além dos lemas – Reduzirmos a cultura organizacional a “lemas” e “slogans” é um equívoco! Para entendê-la, precisamos compreender seus aspectos rotineiros bem como suas dimensões mais expressivas, pois todos eles contêm códigos e significados simbólicos importantes para a cultura corporativa.



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