• O “jeitinho brasileiro”

O “jeitinho” não é a malandragem (predisposição para tirar vantagem, passar para trás, enganar pela “lábia”, ou seja, pelo discurso, e até mesmo algumas formas de corrupção).

O “jeitinho brasileiro” é uma prática cordial pessoal utilizada para conseguir um percurso intermediário entre o “pode” e o “não pode”; é uma forma de sobreviver. É agir com inteligência, simpatia e sensibilidade para vincular o impessoal ao pessoal (DaMatta, 1986).

Por exemplo, quando uma pessoa descobre que outra torce apaixonadamente pelo mesmo time de futebol, ou que é de uma cidade natal comum (o famoso conterrâneo) ou, ainda, que tem um interesse comum qualquer, essa pode ser uma ponte para formar uma relação que renda frutos interessantes.

Esse “jeitinho” não é a mesma coisa que apelar para um status mais alto de um parente ou de um conhecido importante. Porém, as duas coisas são frequentes em nosso país e, por vezes, aparecem habilmente combinadas. No meio organizacional, isso fica no "não dito".



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