Verbo
é a palavra que expressa ação, estado e fenômeno da natureza situados no tempo.

Flexão

O verbo é constituído, basicamente, de duas partes: radical e terminações.
Exemplo:
radical: escrev
terminações: o, es, e, emos, eis, em.
As terminações do verbo flexionam (variam) para indicar a pessoa, o número, o tempo, o modo.

Classificação
Os verbos admitem vários tipos de classificação, que englobam aspectos de sentido ou significado (semânticos) e de forma (morfológicos). Podem ser assim divididos:
Quanto à semântica
Verbos transitivos: designam ações voluntárias, causadas por um ou mais indivíduos, e que afetam outro(s) indivíduo(s) ou alguma coisa, exigindo um ou mais objetos na ação. Podem ser transitivos diretos se precedem diretamente o objeto, ou indiretos, se exigem uma preposição antes do objeto.
Exemplos: dar, fazer, vender, escrever, amar etc.
Verbos intransitivos: indicam ações voluntárias, causadas por um ou mais indivíduos, mas que não afetam outros indivíduos.
Exemplos: andar, existir, nadar, voar etc.
Verbos de ligação: são os verbos que, em vez de ações, designam situações. Servem para ligar o sujeito ao predicativo.
Exemplos: ser, estar, parecer, permanecer, continuar, andar, tornar-se, ficar, viver, virar etc.
Verbos impessoais: são verbos que indicam ações involuntárias. Geralmente, mas nem sempre, designam fenômenos meteorológicos e, portanto, não têm sujeito nem objeto na oração.
Exemplos: chover, anoitecer, nevar, haver (no sentido de existir) etc.
Quanto à morfologia
Verbos regulares: Flexionam sempre de acordo com os paradigmas da conjugação a que pertencem. Exemplos: amar, vender, partir, etc.
Verbos irregulares: Sofrem algumas modificações em relação aos paradigmas da conjugação a que pertencem. Exemplos: resfolegar, caber, medir ("eu resfolgo", "eu caibo", "eu meço", e não "eu resfolego", "eu cabo", "eu medo").
Verbos anômalos: São verbos que não seguem os paradigmas da conjugação a que pertence, sendo que muitas vezes o radical é diferente em cada conjugação. Exemplos: ir, ser, ter ("eu vou", "ele foi"; "eu sou", "tu és", "ele tinha", "eu tivesse", e não "eu io", "ele iu", "eu sejo", "tu sês", "ele tia", "eu tesse"). O verbo "pôr" pertence à segunda conjugação e é anômalo a começar do próprio infinitivo).
Verbos defectivos: São verbos que não têm uma ou mais formas conjugadas. Exemplos: reaver, precaver - não existem as formas "reavejo", "precavenha", etc.
Verbos abundantes: São verbos que apresentam mais de uma forma de conjugação. Exemplos: encher - enchido, cheio; fixar - fixado, fixo.
Quanto à conjugação
Na língua portuguesa, três vogais antecedem o "r" na formação do infinitivo: a-e-i. Essas vogais caracterizam a conjugação do verbo. Os verbos estão agrupados, então, em três conjugações:
primeira conjugação: são os verbos cuja vogal temática é a: molhar, cortar, relatar, etc.
segunda conjugação: são os verbos cuja vogal temática é e: receber, conter, poder etc. O verbo anômalo pôr (único com o tema em o), com seus compostos, também é considerado da segunda conjugação devido à sua forma antiga (poer).
terceira conjugação: são os verbos cuja vogal temática é i: sorrir, fugir, iludir etc.
Vozes do Verbo
Voz é a maneira como se apresenta a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito. São três as vozes verbais:
Ativa - o sujeito é o agente da ação, ou seja, é ele quem pratica a ação. Ex.: Ele plantou a árvore.
Passiva - o sujeito é paciente, isto é, sofre a ação expressa pelo verbo.
A voz passiva é dividida em:
Voz passiva analítica: apresenta o verbo auxiliar (ser, estar, ficar) + particípio do verbo indicador da ação. Ex.: A árvore foi plantada por ele.
Voz passiva sintética: apresenta verbo indicador da ação + o pronome apassivador SE. Ex.: Pintam-se casas.
Reflexiva - o sujeito é, simultaneamente, agente e paciente da ação verbal, isto é, ao mesmo tempo, pratica e sofre a ação expressa pelo verbo. Ex.: O jogador de futebol contundiu-se na partida.


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