No mesmo texto que fala do jardim, podemos ler claramente que Rubem Alves fala, na verdade, de sonhos: esse é o assunto, ou seja, o tema do texto, o que move o autor a construir as ideias seguintes. O autor também fala das diferenças entre os sonhos de cada um, a diferença entre as muitas formas de sonhar, e compara os sonhos a um jardim, um Paraíso, não é mesmo?

Observe que essa ideia, de que os sonhos nascem diferentemente em cada um, e por isso são comparados ao jardim, é a tese do texto, ou seja, é o conjunto de ideias que ele expõe para falar sobre o assunto “sonhos”.

Continuando nossa análise, chegamos à conclusão do autor:


Sementes que não nascem, fetos que são abortados, sonhos que não são realizados, se transformam em demônios dentro da alma. E ficam a nos atormentar. Aquelas tristezas, aquelas depressões, aquelas irritações – vez por outra elas tomam conta de você – aposto que são o sonho de jardim que está dentro e não consegue nascer Deus não tem muita paciência com pessoas que não gostam de jardins...

Sem dúvida, essa é uma bela forma de dizer que devemos nos entregar aos sonhos, vivê-los, deixar que vivam, que se transformem em lindos jardins ao nosso redor, pois do contrário eles se transformam em tristezas, frustrações.

Observe, também, que no texto do Rubem há várias ideias relacionadas a outros assuntos (que conhecemos ou não) que ele utilizou para construir sua bela ideia de jardim de sonhos e é possível, ainda, fazermos várias referências com outras ideias.

Lembrando: as informações obtidas na leitura do texto devem ser confrontadas com o nosso conhecimento da realidade. É esse o processo analítico que permite a elaboração de conclusões a partir do que se infere do texto.



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