Vejamos a charge a seguir:

Na charge acima, temos um exemplo simples: no contexto do jornal que a publicou, no dia em que foi publicada (em 22 de janeiro de 2008, quando houve uma queda na Bolsa de Valores), a charge faz sentido. Mas se ela for publicada em um dia qualquer, em outro contexto, talvez faltem elementos para que o leitor compreenda a mensagem plenamente.

Para alguns leitores, poderá até haver a compreensão de que uma queda da Bolsa de Valores nos EUA pode causar um “susto” (considerando-se o desenho estilizado da bandeira dos EUA que lembra um gráfico da Bolsa), mas a charge deixa de fazer sentido em outra época ou contexto. Outros leitores poderão não compreender os elementos explícitos no desenho e então não compreender mensagem, o tema ou a tese em questão. Ou seja, se o leitor não percebe a estrutura simbólica e argumentativa exposta, consequentemente terá sua compreensão comprometida, seja em qualquer tipo de texto.

O leitor deve, portanto, independente do tipo de texto apresentado, identificar os elementos que o constroem. É preciso também que consiga identificar personagens, a relação entre elas e seus tipos (se são reais ou inventadas, se são seres animados ou inanimados), o tema (ou a tese), como o texto está organizado e de que forma se resolvem os possíveis conflitos e ou problemas apresentados. Se o texto não apresenta bem esses elementos, o leitor pode revelar pouca familiaridade com o mesmo e dificuldade com o seu grau de complexidade.



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