Vamos pensar um pouco mais. O que representa toda essa gama de informações, de formas diferentes de linguagem, e de relações entre a fala, a escrita, a mensagem, os meios e os códigos que utilizamos no dia a dia?

Já que são tantas informações se processando ao mesmo tempo, no pensamento, na fala e nas relações sociais, no processo de mensagem e linguagem, os quais necessitam tanto da interpretação dos textos quanto de “reescritura” destes, muita gente pode pensar que isso é uma grande limitação para o homem, não é mesmo?

Mas esse é um pensamento equivocado! Todas essas relações linguísticas permitem que o homem tenha à sua disposição um mundo e não apenas uma situação. Em outras palavras: o texto, abrindo um conjunto de referências, dá acesso ao mundo. Ou melhor: o alcance do texto escrito é indefinidamente maior que o da fala. Por isto pode-se dizer que a escrita "abre horizontes insuspeitados". O discurso projeta um mundo
.

Por meio da leitura, que é complementar à escrita, é possível fazer seu o que é do outro – ou seja, estabelecer a interação produtiva e de significações. E todas as relações entre o eu e o outro e entre este e a busca e compreensão do desconhecido correspondem a um conflito produtivo. Ou seja: o homem só se descobre e se supera junto aos outros, nas relações com os outros: quando fala, quando se expressa, quando interage com outros e é capaz de dizer o que pensa, sente ou deseja.



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