Resumo
O caráter interacional é uma constante em todas as formas
de linguagem. Até mesmo a simples visualização de determinada
imagem ou mesmo um monólogo, por exemplo, promovem interação.
A linguagem
oral pode ser apresentada sob a forma de diálogo
e monólogo.
Tanto no diálogo, como no monólogo há duas (pelo
menos) instâncias que produzem o discurso e que interagem: o locutor
e o interlocutor. No caso do diálogo, os locutores tornam-se automaticamente
interlocutores.
Nos vários tipos de discurso, ou seja, em textos dominados por
sequências descritivas ou narrativas ou instrucionais ou argumentativas,
com ou sem texto escrito (ou seja, oral ou escrito), o locutor é
a instância que produz a enunciação, e o interlocutor
é aquele a quem se dirige a enunciação e estes podem
ser identificados por marcas linguísticas.
A linguagem forma-se não apenas no falar, mas também nas
mensagens escritas, nos códigos e elementos visuais, e muitos elementos
auxiliam para a construção daquilo que o locutor ou interlocutor
quer expressar. Até mesmo os espaços de silêncio
fazem parte da linguagem, e são produtores de sentido, por exemplo,
quando falamos, as pausas e silêncios têm um significado,
dão uma pista dos sentimentos e até mesmo de ideias
que ficam subentendidas pelos interlocutores.
Assim, vários são os recursos e marcas que transmitem as
intenções do falante, exprimem emoções e dão
expressividade. Nos diálogos, por exemplo, a expressão facial
e os gestos das mãos, pernas, braços e todo o corpo também
são recursos utilizados para reforçar ideias, transmitir
movimentos. Eles exprimem o estado psicológico das personagens
ou dos interlocutores.
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