Para iniciarmos nossas análises de fato e opinião acerca desse fato, vamos resolver a questão seguinte.

(PUC do Paraná – 2005) – Leia a opinião de dois especialistas em resposta à pergunta: Como o senhor avalia a ajuda de US$ 50 bilhões do G8 à África?

TEXTO 1


- Sou a favor de ensinar a pescar em vez de dar o peixe de cada dia. França, Itália e Espanha são países protecionistas que impedem a entrada de produtos africanos em seus respectivos mercados. O amendoim, o algodão e o cacau produzidos na África valem muito pouco no mercado internacional. Neste sentido, a África se parece muito com o Brasil. Ambos são vítimas das relações econômicas internacionais extremamente injustas e discriminatórias. Ou seja, a ajuda do G8 não resolve nada. É como se fosse os programas brasileiros de ajuda, como Bolsa-Família e outros. A corrupção e burocracia nos países africanos também aumentam a dificuldade deste tipo de mecanismo de ajuda.

(PROCÓPIO, Argemiro. Gazeta do Povo, 24/07/05)

TEXTO 2


- É evidente que toda a ajuda oferecida à África é positiva. No entanto, há duas preocupações centrais na transferência de recursos. De tempos em tempos, países africanos têm recebido ajudas grandes de países europeus. A ajuda não faz com que as economias africanas sejam ativadas, porque as empresas estrangeiras realizam obras com recursos dos governos doadores. Ou seja, se beneficiam com os recursos doados à África. A ajuda não faz o continente se tornar autossustentável. O segundo ponto é que o dinheiro é mal empregado devido à corrupção. Às vezes, as doações favorecem grupos do poder em detrimento dos mais necessitados.

(VILHENA, Oscar. Gazeta do Povo, 24/07/05)



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