Vamos ver como se constrói um texto narrativo? Observe que na coluna da esquerda você tem o esquema de uma narração e, na coluna da direita, há o trecho do texto correspondente.

INTRODUÇÃO: na introdução devem conter informações como o tempo, o espaço, o enredo e as personagens.

Era noite de inverno, uma daquelas não muito frias, a ocasião ideal para ouvir uma boa música. Pensando nisso, o casal se arrumou e foi ao teatro para ouvir o concerto da Banda.
O teatro estava quase lotado e percebia-se a presença de várias crianças andando ruidosamente pelos corredores.

TRAMA: nessa fase deve-se relatar o fato propriamente dito, acrescentando somente os detalhes relevantes para a boa compreensão da narrativa. A montagem desses fatos deve levar a um mistério, que se desvendará no clímax.

- Ih, pensou a mulher - criança pequena e concerto é uma combinação que raramente dá certo... Aliás, nunca dá certo.
Mas ficou quieta, não comentou nada com o marido. Poderia parecer chata, implicante. Afinal, os tempos mudaram e talvez as crianças também; elas estão tão "adultificadas" que, quem sabe, podem até apreciar um bom concerto... Será?
O castigo veio a cavalo, pois mal ela e o marido acomodaram-se nas primeiras poltronas de uma fileira, sentaram-se justamente atrás deles, um rapaz com a esposa, seu filhinho de uns quatro anos e um senhor de idade, o avô.

CLÍMAX: é o momento chave da narrativa, deve ser um trecho dinâmico e emocionante, onde os fatos se encaixam para chegar ao desenlace.

- Ô mãe, quanta polícia lá no palco! Por quê?
- É que a banda é da polícia!
- Ô mãe, o que quê aquele "ómi" com aquela baciona vai fazer?
- Aquilo não é uma baciona. É um instrumento. Ele vai tocar! Aquilo é o "baxotuba".
- O quê?! E aqueles "ómis" segurando aqueles bambus?
- Não é bambu! Também é um instrumento. Fique quietinho que quando a banda começar a tocar, você vai ver.

DESENLACE: é a conclusão da narração, onde tudo que ficou pendente durante o desenvolvimento do texto é explicado, e o "quebra-cabeça", que deve ser a história, é montado.

Somente o som dos instrumentos fez o menino se calar. Calar não, emudecer. Ficou perplexo com a variedade de sons que saíam daqueles objetos estranhos. Após pouco mais de uma hora, a família voltou para casa e seguiu sua vida trivial.



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