7. QUE X QUEM = Quando pronomes relativos.
Exemplos:
Foram eles quem determinou/determinaram as regras do jogo.
Foram eles que determinaram as regras do jogo.
Obs.: No primeiro
exemplo acima, sendo “quem” pronome relativo, temos a oração
grifada subordinada adjetiva em relação à oração
principal. “Foram eles”. Então, qual seria a função
do pronome relativo quem? Substituir o pronome pessoal do caso
reto “eles”, que exerce a função de sujeito
do verbo foram (verbo ser). Mas quem é o sujeito da oração
subordinada adjetiva? O pronome relativo quem. Portanto, ou utilizamos
a concordância lógica, fazendo com que o verbo da oração
subordinada adjetiva concorde com o próprio pronome relativo,
ficando na 3ª pessoa do singular, ou empregamos a concordância
ideológica, ou seja, apresentamos a concordância do verbo
determinar com a ideia que o pronome relativo traz, utilizando
o verbo na 3ª pessoa do plural. Ambas estruturas estão corretas.
Já com o emprego do pronome relativo “que”, só
podemos usar a concordância ideológica.
8. Sujeito constituído por elementos gradativos = verbo
no singular ou no plural. Todavia, se houver quebra da gradação,
verbo no plural.
Exemplos:
Um mês, um ano, uma década marca/marcam nossa história.
Um dia, uma semana, um ano, um mês documentam nossos interesses.
9. Sujeito
formado por pronomes pessoais distintos: a concordância
será respeitando a precedência dos pronomes pessoais.
Exemplos:
Tu, eu e ela iremos ao clube. (Sendo “eu” o pronome de primeira
pessoa do singular, terá precedência, proporcionando a
flexão do verbo na 1ª pessoa do plural.)
Iremos ela e eu ao cinema.
Ele e tu fareis o trabalho.
10. “Mais de um(a)” integrando o sujeito = deve-se
fazer a concordância com o núcleo do sujeito (substantivo).
Exemplos:
Mais de um candidato foi escolhido.
Mais de vinte candidatos foram escolhidos.
11. “Um dos que/um e outro, nem um nem outro” ou expressões
partitivas: “a maioria de, grande parte de” = verbo
pode ficar tanto no singular como no plural.
Exemplos:
A maioria dos condôminos preferiu /preferiram
dividir as despesas.
Ele é um dos que apoiou /apoiaram o presidente.
12. Os verbos impessoais
são verbos que não admitem sujeito. Permanecem sempre
na terceira pessoa do singular.
• Haver
– no sentido de existir, acontecer ou na indicação
de tempo passado (decorrido).
Exemplos:
Havia muitos estrangeiros na universidade.
Pode haver problemas na execução do projeto.
Isto aconteceu há dez anos.
• Fazer
– quando indica fenômenos da natureza ou tempo decorrido.
Exemplos:
Na Amazônia faz invernos chuvosos.
Faz três anos que não o vejo
Atenção:
nas locuções verbais, o verbo auxiliar toma a impessoalidade
dos verbos haver e fazer.
Ex.: Deve fazer três anos que não o vejo.
13. Não se
flexiona o infinitivo que faz parte de locução verbal.
Exemplos:
As mercadorias devem ser trocadas. (jamais "devem serem trocadas");
Os assuntos poderão ser tratados diretamente com a diretoria.
(nunca "poderão serem tratados");
As críticas da torcida poderão em parte ser respondidas
no campo. (jamais "poderão... serem respondidas").