A partir da leitura e análise do texto de Cecília Meireles, podemos caracterizar o que é uma dissertação subjetiva:
Opinião é o modo pessoal de ver e de julgar; impressão é o efeito produzido nos órgãos dos sentidos e na alma pelo mundo exterior. Manifestando opinião ou impressões, a dissertação se torna subjetiva: a par dos argumentos e do raciocínio, surgem elementos de ordem psicológica colhidos na vivência do autor intuitivamente e dispostos de modo criativo, com a finalidade de conquistar a participação afetiva do leitor. A exposição é, agora, pessoal: o autor aparece, podendo inclusive empregar-se a primeira pessoa como foco expositivo. Em síntese, diríamos que a dissertação objetiva fala à inteligência do leitor; a dissertação subjetiva busca, também, sensibilizá-lo, a fim de que ele comungue com os sentimentos do autor. O que nos faz classificar
a redação como dissertação, em sentido amplo,
para efeito didático, é a inclusão também
de argumentos lógicos e a ordenação intencional das
ideias, o modo de raciocínio em direção a
uma conclusão. À medida, porém, que essas duas características
desaparecem, não temos mais dissertação e sim, simples
descrição com impressões pessoais ou descrição
das próprias impressões pessoais. |
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