|
d) Visão superficial e parcial do comportamento humano A visão da Teoria das Relações Humanas a respeito da problemática dos conflitos existentes entre empregados e organização era bastante parcial e um tanto quanto manipuladora. Procuravam promover a harmonia pela intervenção do administrador, o qual deveria evitá-la a todo custo sem, contudo, considerar as inúmeras funções do conflito. A Teoria ganha um caráter pragmático pela formulação de "receitas" de como evitar os conflitos internos na organização. A Teoria não tratou das causas da alienação do trabalho e nem dos conflitos que estavam diretamente vinculados à natureza do trabalho a ser desenvolvido (fragmentado e repetitivo). Tornou o trabalho mais agradável com soluções periféricas, tais como intervalos de trabalho, torneios de esportes, excursões, colônia de férias, refeições no restaurante da fábrica, entre outros benefícios. Contudo, o trabalho continuava monótono e sem significado para o trabalhador. Para evitar os conflitos no ambiente de trabalho, utilizava entrevistas de diagnóstico e os testes de personalidade na seleção e contratação dos funcionários, visando selecionar os que tivessem maior potencial de adaptação ao serviço a ser desenvolvido. Utilizavam ainda folhetos e realizavam cursos internos com o objetivo de impor, de forma sistemática, a ideologia da empresa e a maneira correta de pensar e agir dos funcionários. |