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| Na realidade, as modernas teorias de marketing contrariam tal premissa, ao afirmarem que qualquer mensagem dirigida a determinado público, se não estiver dentro das expectativas explícitas ou potenciais desse público, não será captada, nem considerada.
Essa abordagem do marketing estava alinhada a outras, que questionavam o caráter massivo dos meios de comunicação, ou melhor, a repensar essa característica. Nos estudos de comunicação de massa, a grande ênfase está no emissor, ignorando-se a participação do receptor ou reduzindo seu papel no processo comunicacional. Mudanças ocorridas nos meios de comunicação ajudaram a aumentar os questionamentos. Um exemplo é a televisão: a partir dos anos 70 do século passado, começou a surgir a TV por assinatura. A possibilidade de o receptor escolher os canais ou um pacote de canais dentre outros começou a demonstrar que o receptor não era um elemento passivo – mesmo que suas opções de escolha fossem restritas a optar entre canais pré-definidos pela empresa de televisão a cabo. Ao analisar
as diferenças relacionadas à televisão, Wolton
constata que "a mesma mensagem dirigida a todo mundo não
é recebida da mesma maneira por todos". Justamente porque
os espectadores, independentemente de sua capacidade crítica, não
vivem da mesma maneira. As diferenças de contexto têm uma
influência sobre a recepção dos produtos. E a questão
clássica é menos saber o que as mídias fazem com
o público do que o público faz com as mídias”.
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