Assim, o gerente pode ser condutor ou marionete, dependendo do modo de administrar sua própria atividade. Em particular, ele tem dois importantes graus de liberdade:


(1) a possibilidade de tomar uma série de decisões iniciais, que definem muitos dos seus compromissos em longo prazo;
(2) o exercício de sua própria vontade ao controlar, ou utilizar para seus próprios fins, aquelas atividades nas quais é obrigado a se engajar. Em outras palavras, ele pode tirar vantagem de suas obrigações.

O cerimonial proporciona ao chefe arguto oportunidade para obter informações. Um pedido de autorização permite-lhe injetar seus valores na organização. A obrigação de discursar propicia oportunidade para fazer lobby por determinada causa. Um problema pode ser mais do que simplesmente resolvido e uma pressão pode ser mais do que simplesmente removida. Pode-se agir de modo a transformar problemas em oportunidades pela exploração de novas ideias em sua solução.

Talvez sejam esses dois graus de liberdade que mais claramente distinguem os gerentes bem-sucedidos. Todos, aparentemente, são marionetes. Alguns decidem quem puxa os barbantes e como; a partir daí tiram vantagem de cada movimento que são forçados a realizar. Outros, inábeis para explorar tal ambiente de alta tensão, acabam engolidos pelo mais exigente de todos os trabalhos.



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