Mintzberg afirma que os estudos empíricos sobre o trabalho gerencial têm produzido mais evidências de similaridades do que de diferenças nas atividades gerenciais. A literatura sobre comportamento e atitudes gerenciais por nível organizacional conduz à impressão geral de que as similaridades sobrepujam as diferenças. Antes de esse veredicto ser aceito, entretanto, dois pontos devem ser considerados.

Primeiro, a escassez de informações sobre o comportamento administrativo.

Segundo, se a literatura existente baseia-se em dados que foram influenciados por viés de resposta e de observação.

Mintzberg continua sua argumentação dizendo que talvez os trabalhos dos gerentes sejam muito parecidos entre si; talvez haja algo básico sobre esse tipo de trabalho, não importa qual a organização. Sugere que não se pode aceitar que o trabalho dos gerentes difira grandemente em substância e em modos de operação, da mesma forma que não se pode concluir que são todos idênticos.

A partir de análise das características gerenciais - e tentando responder a perguntas como: o papel de empreendedor é especialmente significante para os executivos-chefes? Os administradores de assessorias são menos sujeitos a interrupções do que os outros? - Mintzberg procura construir um entendimento teórico sobre as variações no trabalho de gerenciamento. E desenvolve estrutura conceitual que denomina "teoria da contingência do trabalho gerencial", em que o desempenho dos papéis de executivo chefe é visto como influenciado por diversos fatores, a saber: variáveis ambientais (as características do ambiente, a indústria, a organização); variáveis relativas ao trabalho (nível hierárquico, função supervisionada); variáveis pessoais (personalidade e estilo característicos dos responsáveis pelo trabalho); variáveis situacionais (temporais, características de um trabalho individual).



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