A matriz BCG pressupõe uma curva de experiência cumulativa. Segundo esse pressuposto, se a empresa estiver gerindo adequadamente seus recursos e processos produtivos, o aumento da escala de produção trará ganhos no custo unitário.

Em geral, quando a empresa dobra o volume produzido, ocorre uma redução de 20% a 30% no custo unitário. Logo, a empresa deveria buscar o aumento da fatia de mercado de seus negócios, mesmo com o sacrifício dos lucros de curto prazo. Por esse raciocínio, deve ordenhar a vaca leiteira o máximo possível, investir nela o mínimo necessário e usar a grande quantidade de caixa gerado para investir em estrelas.

As estrelas tenderão a se transformar em vacas leiteiras quando seus mercados amadurecerem e o crescimento das vendas diminuir. A decisão mais difícil é escolher quais crianças-problema serão vendidas e quais receberão investimentos maciços para se transformarem em estrelas. Como o risco é alto, apenas alguns desses negócios receberão investimentos.

Os cachorros não representam dificuldade de decisão, pois devem ser vendidos na primeira oportunidade e os recursos gerados devem ser utilizados para comprar ou financiar crianças-problema.

A sequência proposta pela matriz BCG consiste em investir o caixa gerado pelas vacas leiteiras e pelos cachorros mais bem-sucedidos em crianças-problema selecionadas dentre as que possam ser transformadas em estrelas pelo aumento de suas faixas relativas de mercado. Quando a taxa de crescimento de mercado reduzir-se, tais estrelas tornar-se-ão vacas leiteiras e gerarão excesso de caixa para financiar a próxima geração de crianças-problema promissoras.



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