Chris Argyris preocupava-se com o fato de que, numa organização
burocrática, os administradores têm responsabilidade
quase total pelo planejamento, controle e avaliação
do trabalho dos subordinados. Ele dizia que esse domínio tenderia
a deixar os subordinados passivos e dependentes, reduzindo seu senso
de responsabilidade e autocontrole.
Para
Argyres, tais condições são incompatíveis
com as necessidades humanas de autoconfiança, de autoexpressão
e de realização. Ele acreditava que os membros da organização,
particularmente nos níveis inferiores, ficavam insatisfeitos
e frustrados no trabalho quando essas necessidades eram bloqueadas,
levando-os ao malogro psicológico.
Os
resultados, segundo ele, são a infelicidade crescente dos membros
da organização e o surgimento de problemas para que
os objetivos organizacionais sejam alcançados. Por exemplo:
trabalhadores insatisfeitos podem mudar frequentemente de emprego,
aumentando os custos de pessoal, ou podem fazer seu trabalho sem cuidado,
aumentando os erros e os custos de produção. Os empregados
também podem reduzir sua produtividade e insistir em salários
maiores quando o trabalho não é psicologicamente gratificante.
Como
alternativa, Argyres argumentava em favor de um projeto organizacional
que atendesse melhor às necessidades humanas e aumentasse a
satisfação dos membros da organização.
Esta proposta coincide com a de McGregor, que era a favor de dar muito
mais independência e poder de tomar decisões aos empregados,
e de criar uma cultura organizacional mais informal.
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