| Visão contemporânea Os autores clássicos viam a divisão do trabalho como fonte inesgotável de crescente produtividade. Na virada do século XX, essa generalização era, sem dúvida, muito apropriada. Como a especialização não era amplamente adotada, a sua introdução quase sempre gerava produtividade mais alta. Mas uma coisa boa pode chegar a seu limite e ir longe demais. Como dizem os economistas, pode gerar rendimento decrescente. Existe um ponto a partir do qual as desvantagens humanas oriundas da divisão do trabalho superam as vantagens econômicas. Esse ponto pode ser visto em forma de tédio, estresse oriundo do trabalho, baixa produtividade, má qualidade, absenteísmo e alta rotatividade nos cargos. No início dos anos 1960, esse ponto de saturação havia sido alcançado em diversas funções. Nesses casos, descobriu-se que a produtividade poderia ser aumentada com uma ampliação das atividades, em vez do estreitamento proposto pelos clássicos. Muitos estudiosos passaram a defender o enriquecimento do trabalho, que é o contrário da especialização, para conseguir trabalhadores mais motivados. Esses empregados passaram a ter grande amplitude de tarefa. Em alguns casos, eles realizavam o trabalho completo em equipes. Essas ideias contrárias ao conceito de divisão trabalho trouxeram novas formas de trabalho e de departamentalização. No entanto, de forma geral, esse conceito continua vivo e funcionando em muitas organizações. É preciso reconhecer as economias de custo que ele traz para certos tipos de trabalhos, mas também precisamos ter consciência de suas limitações. |
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