1 - A função Direção

Imagine-se responsável por uma tarefa que não pudesse realizar sozinho, mas sim com a ajuda de outras pessoas. Esse é um dos problemas enfrentados pelos administradores em todos os níveis. Para que o trabalho seja feito, você não pode executá-lo, mas pode usar sua autoridade e mandar fazer, dar incentivos para que seja feito, convencer que deve ser feito, etc.

Como você precisa do trabalho feito, em última análise, você "depende" da vontade dos subordinados. Essa é a essência relacional da gerência. A sua vontade de obter o trabalho realizado deve por alguma razão coincidir com a vontade, isto é, com a motivação do empregado em realizá-la.

Muitos estudos tratam desse tema. Para Fayol, a direção implicava comando. Modernamente sabemos que uma parte importante do aprendizado da administração é compreender as condições sob as quais as pessoas se motivam a realizar determinadas atividades na organização. Para que haja motivação, o administrador deve conhecer a natureza humana e agir conforme seus princípios. Já dizia Francis Bacon "para se poder comandar a natureza, é necessário, primeiro, obedecer-lhe". Assim o engenheiro não pode esperar que a água suba o morro, o físico não pode esperar que um corpo mais pesado do que o ar levite, nem um administrador pode esperar que seus empregados contribuam com seu esforço espontaneamente.

No entanto, o engenheiro pode fazer a água subir morro acima se compreender as leis da gravidade, pressão, hidráulica, etc. Se o físico quiser fazer algo mais pesado do que o ar voar, deve compreender a dinâmica dos fluidos, a pressão do ar etc. O administrador que quiser ter seu pessoal produtivo e motivado terá mais chance se compreender as necessidades, valores, crenças e expectativas das pessoas com relação ao trabalho.



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