Entretanto, Argyris adianta que as organizações formais, pela sua própria natureza, incorporam condições incongruentes com as tendências de crescimento de uma personalidade saudável, mantendo a imaturidade das pessoas:

"Se os princípios da organização forem usados como idealmente definidos, os empregados tenderão a trabalhar em ambiente no qual:

(1) dispõem de controle mínimo sobre seu mundo de trabalho cotidiano;
(2) devem ser passivos, dependentes e submissos;
(3) devem ter limitada perspectiva temporal;
(4) são induzidos a aperfeiçoar e valorizar o uso frequente de poucas aptidões superficiais e ralas;
(5) devem produzir sob condições que levam ao malogro psicológico."

Argyris conclui que, em vez de as organizações pagarem altos salários e propiciarem altas posições hierárquicas para que seus empregados aceitem, durante 8 horas por dia, comportarem-se de maneira menos madura, seria mais proveitoso que seus administradores procurassem criar um clima de trabalho em que todos tivessem oportunidade de crescer e amadurecer, satisfazendo as próprias necessidades enquanto trabalham para o sucesso da empresa, como aliás já havia sido proposto por McGregor. Entretanto, seria ingênuo assumir que todas as pessoas possam todo o tempo ser descritas pelas hipóteses da teoria Y de McGregor. Portanto, ajustamentos devem ser feitos, ficando assim esclarecido o grau de responsabilidade dos administradores sobre a maturidade de seus subordinados.

A teoria de Hersey e Blanchard fornece pistas para tratar com este relevante tema. Na Liderança Situacional, a maturidade é definida como a capacidade e a disposição de as pessoas assumirem a responsabilidade de dirigir seu próprio comportamento em relação a uma determinada tarefa ou atividade. Dessa forma, a maturidade está atrelada a dois outros conceitos: capacidade e disposição.



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