| Unidade 1 | Módulo 1 | Tela 1 |
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| 1 - O papel das organizações Organização, do ponto de vista empresarial, caracteriza-se pelas atividades que envolvem o planejamento, a organização, a direção e o controle, mediante relações estruturais que mantêm unidos os meios da empresa e a coordenação do esforço individual. As organizações existem porque certos resultados só podem ser atingidos por meio da ação coordenada de grupos de pessoas. O
homem pré-histórico aprendeu rapidamente que, sozinho, tinha pouca
chance de conseguir almoço e, ainda, corria o risco de ser, ele,
o almoço.
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Tela 2 |
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As organizações, de todos os tipos e tamanhos, têm sido onipresentes na vida do homem moderno. Nenhum ser humano é isento da sua influência. O eremita repete, sem se dar conta, gestos e ações aprendidos em organização educacional da qual fez parte. Tais gestos só fariam sentido se ele vivesse em sociedade, mas é provável que não se aperceba do detalhe, tal é a força exercida pela organização. Etzioni diz com clareza da inexorabilidade organizacional, quando afirma: "... nascemos em organizações, somos educados por organizações, e quase todos nós passamos a vida a trabalhar para organizações. Passamos muitas de nossas horas de lazer, a pagar, a jogar e a rezar em organizações. Quase todos nós morreremos numa organização e quando chega o momento do funeral, a maior de todas as organizações - o Estado - precisa dar uma licença especial". Daí, conclui-se que alguém pode amá-las, odiá-las ou tentar compreendê-las melhor, mas não pode evitá-las. |
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Tela 3 |
| Por organização, entende-se o grupo de duas ou mais pessoas que trabalham juntas, de forma estruturada, para atingir resultados pretendidos. Para Etzioni
Ou, de modo mais simples,
As organizações têm como principais características:
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Tela 4 |
| 2 - O papel do administrador e da administração A administração é uma das mais importantes atividades; serve para coordenar os esforços individuais dedicados à realização de objetivo comum. Poderia ser catalogada como meta-atividade, presente em todas as atividades humanas associadas. É tarefa básica de todos os administradores, em todos os níveis e em todos os tipos de empresas:
Em outras palavras:
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Tela 5 |
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Estabelecer esse ambiente e mantê-lo tão próximo do ideal quanto possível deve ser, lógica e moralmente, a finalidade de todos os administradores. Pode-se inicialmente concordar com Mary Parker Follet, quando afirma ser a Administração "( ) a arte de fazer coisas por meio de pessoas", significando que são outras pessoas que executam as tarefas e não o próprio administrador. Destaca-se ainda o conceito de Stoner, para quem a administração...
Bateman, por sua vez, traz um conceito mais sintético:
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Tela 6 |
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| Outro motivo para se estudar administração é o seu reflexo sobre o desempenho das empresas. Peter Drucker afirma que "não existem países desenvolvidos e subdesenvolvidos, mas sim países bem administrados e subadministrados". A situação tem levado à preocupação generalizada de se buscarem formas eficientes e eficazes de administrar. Entende-se por forma eficiente de administrar, a boa utilização dos recursos organizacionais ao executar atividades da maneira certa. E por forma eficaz de administrar, o alcance dos objetivos organizacionais ou resultados.
As empresas - formadas por situações complexas, muitas vezes paradoxais e que podem ser compreendidas de várias maneiras - têm buscado administradores capazes de obter melhores resultados com recursos escassos, em mercado cada vez mais competitivo e cenário de crescente turbulência. Esse é o grande desafio do administrador, que deverá observar e analisar as organizações sob vários ângulos e referências, levando em consideração as diversas teorias e abordagens existentes, para definir os princípios mais adequados à organização.
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Tela 7 |
| Resumo Todos os homens estão envolvidos direta ou indiretamente nas organizações. As organizações são unidades sociais ou agrupamentos intencionalmente construídos e reconstruídos, a fim de atingir finalidades específicas. O papel fundamental das organizações é buscar resultados positivos, com eficiência e eficácia. Os objetivos da empresa fixam-se na divisão de trabalho, na existência de um poder central e na organização e reorganização do pessoal. A administração possui várias concepções decorrentes do contexto histórico em que foram elaboradas, até as atuais, decorrentes das mudanças ocorridas na sociedade em geral. Administração é o processo de trabalhar com pessoas e recursos para realizar os objetivos organizacionais. O papel do administrador é projetar e manter o ambiente no qual os indivíduos, trabalhando em grupos, possam cumprir suas missões e alcançar os resultados pretendidos. |
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| Unidade 1 | Módulo 2 | Tela 8 |
| 1 - A administração como ciência Para compreensão do fenômeno administrativo e sua evolução histórica, faz-se necessário conhecer a Teoria Geral da Administração - TGA. A administração passou a ser vista como ciência, oficialmente, em 1903. Nesse ano, foi publicado o livro de Frederick Winslow Taylor, Shop management (Administração de oficinas). Sua consolidação, como ciência, ocorreu em 1911, com a publicação do livro Princípios de administração científica, também de Taylor. A TGA teve seu desenvolvimento marcado por contradições e conflitos que surgiram, inicialmente, entre patrões e empregados e, depois, entre os diversos estudiosos do assunto, que encontravam imperfeições e inadequações nos conceitos e princípios propostos. O objeto de estudo da TGA é o trabalho organizado, ou seja, a forma pela qual os objetivos da organização podem ser atingidos de modo mais apropriado, com o emprego de todos os esforços e recursos disponíveis. |
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Tela 9 |
| Atualmente, as organizações - sejam elas públicas ou privadas, grandes ou pequenas, globais ou locais - podem ser visualizadas como um quebra-cabeças composto pelas seguintes peças básicas:
O estudo da organização estará incompleto se não for considerado, de forma integrada, cada um desses aspectos fundamentais. Modernamente, novas teorias e modelos administrativos têm surgido como consequência das constantes mudanças no ambiente organizacional, significando o reordenamento da estrutura e do funcionamento organizacional e social. |
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Tela 10 |
| 2 - Cronologia As principais ideias da TGA foram surgindo ao longo do tempo. Cada estudioso discordava ou acrescentava novos elementos às teorias dos antecessores. O quadro abaixo apresenta o marco inicial de cada teoria, com seus respectivos autores:
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Tela 11 |
3 - Origens Muito antes de o homem desenvolver uma teoria da administração, ou pensamento sistematizado sobre a organização do trabalho humano, já havia trabalho em grupos de forma relativamente organizada; muitas vezes, eram atingidos resultados surpreendentes. Como exemplo, relacionam-se as grandes construções que glorificam o talento humano: os arenitos de Stonehenge, as pirâmides de Gizé, a Muralha da China etc.
Outro tipo de construção, não com pedras, mas de cunho intelectual, que igualmente revela a capacidade humana, são os códigos de conduta que, desde a antiguidade, constituem sinal importante da preocupação em organizar a convivência e o trabalho humano associados. Foram e ainda são elaborados com o objetivo claro de melhorar a vida das pessoas em sociedade; em alguns casos, há preocupação com a vida após a morte. Como exemplos, aparecem o Código de Hamurábi, os Vedas, a Bíblia Sagrada, o Alcorão e as modernas constituições nacionais.
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Tela 12 |
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| Além desses
códigos, existem conjuntos de obras que procuram, além de traçar normas
de conduta, explicar melhor o mundo. Nessa categoria, incluem-se os trabalhos
que conformam a filosofia grega e o direito romano.
Dentre as preocupações dos pensadores da antiguidade, encontram-se diversas referências a como organizar o trabalho humano associado. É importante, pois, para compreensão das condições histórico-ambientais em que surge a TGA, acompanhar o que escreveram e o que fizeram.
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Tela 13 |
| Resumo O objeto de estudo da TGA é o trabalho organizado. Seu conteúdo passou por inúmeras transformações, ao longo do tempo, ocupando-se de tarefas, estruturas, pessoas, ambientes e tecnologias. O gerente foi desempenhando papéis cada vez mais complexos e diversificados, desde a simples determinação de tarefa simples até preocupar-se com o ajuste da organização a um ambiente multidimensional e turbulento. Antes de o homem desenvolver uma teoria da administração, isto é, antes de sistematizar o pensamento sobre a organização do trabalho humano, já eram utilizados grupos de forma relativamente organizada, atingindo muitas vezes resultados surpreendentes. Dentre as preocupações dos pensadores da antiguidade encontram-se diversas referências à maneira como organizar o trabalho humano associado. |
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Tela 14 |
| Muitos pensadores deram contribuições importantes para o conjunto de ideias que hoje formam o pensamento administrativo. Dentre eles, alinham-se: 1) Filósofos, como: Xenofonte, Sócrates, Platão, Aristóteles, Francis Bacon, René Descartes. A partir do século XVI, os filósofos voltaram a considerar as relações entre os homens; consequentemente, aprofundaram-se no estudo do trabalho e da administração. 2) Economistas, como: Adam Smith, Samuel Newman, Karl Marx e John Stuart Mill. Os economistas contribuíram para valorizar a Administração, dando-lhe o status de novo campo de conhecimento e contribuindo para a definição dos princípios vinculados ao aumento da produção como: divisão do trabalho, especialização, estudo de tempos e movimentos, incentivos e remuneração etc. A Igreja e o Exército são os exemplos de como administrar grandes contingentes de pessoas, em tarefas cada vez mais complexas, exigindo esforço especializado de direção e coordenação. |
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Tela 15 |
| A Igreja contribuiu com o conceito de assessoria, onde o Colégio de Cardeais assessora o Papa em todo o processo decisório, de modo que sua decisão seja sempre sábia, garantindo o dogma da infalibilidade papal. Os princípios utilizados pelos exércitos apontam para a organização em si, isto é, para a manutenção da "máquina" em funcionamento, tais como: obediência, unidade de comando, disciplina, escala hierárquica etc. A Revolução Industrial compôs o cenário no qual as ideias administrativas foram concebidas e se desenvolveram. Com ela, surgem os primeiros esforços realizados nas empresas capitalistas para a implantação de métodos e processo de racionalização do trabalho. |
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| Unidade 2 | Módulo 1 | Tela 16 |
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| 1 - Os
estudos de Frederick Taylor Frederick Taylor tornou-se um dos mais importantes nomes da teoria administrativa no início do século vinte. A maior parte de seu trabalho está associada à administração científica. Naquela época, a indústria mundial encontrava-se muito desenvolvida na Inglaterra. Os Estados Unidos da América estavam passando pelo apogeu da sua Revolução Industrial, que começou depois da inglesa, mas foi muito mais intensa. As fábricas trabalhavam a todo vapor para atender a um mercado sedento por qualquer produto que lhe fosse oferecido. A meta era produzir cada vez mais e com maior eficiência. A palavra de ordem era melhorar a utilização dos recursos produtivos porque o desperdício era muito grande. Perde-se matéria-prima e tempo com a ausência de método de trabalho. O modo da tentativa e erro é o mais utilizado, não apenas pela fábrica como um todo, mas também por cada um dos empregados. Cada empregado tenta fazer do seu jeito, o que nem sempre dá certo, aumentando os custos para o empregador. Portanto, o maior sonho do empresário era melhorar a produtividade, reduzir os custos e, consequentemente, aumentar sua lucratividade. Por outro lado, o maior sonho do empregado era melhorar seu salário. |
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Tela 17 |
| Taylor buscava
uma solução que satisfizesse tanto aos seus patrões, a quem devia sua carreira,
como aos operários, seus antigos colegas que esperavam condescendência de
um chefe amigo. Pretendia eliminar definitivamente o conflito entre patrões
e empregados, dando-lhes o que eles mais desejavam: aos patrões aumento
de produtividade e aos empregados aumento de salários. Taylor concentrou seus estudos e experiências no trabalho do operário. Analisou cuidadosamente cada passo da tarefa de modo a compreendê-la e determinar o melhor jeito de realizá-la. Este era o segredo, o método agilizaria o desempenho, trazendo maior salário e maior produção com menores custos por causa da redução do desperdício. Estava descoberta a pólvora que explodiria a produção, baseada em princípios propostos pelos economistas clássicos, como:
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Tela 18 |
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| Outro
ponto que Taylor julgou importante foi o sistema de remuneração
por peça ou por tarefa, implementando um método que considerava
a distribuição de prêmios adicionais aos empregados
que ultrapassassem a produtividade padrão estabelecida. Para que o grande objetivo de atender aos desejos de empregados e empregadores fosse atingido, Taylor propunha a organização racional do trabalho , isto é, os trabalhadores não mais poderiam aprender a trabalhar pela observação de seus companheiros ou inventando eles próprios seus métodos. Se isso continuasse acontecendo existiria grande variedade de ferramentas, máquinas e jeitos de fazer uma mesma tarefa, com resultados provavelmente diferentes, trazendo desperdícios adicionais. Caberia portanto a administração fazer todo o planejamento do trabalho e ao supervisor acompanhar o trabalho e o operário simplesmente executá-lo conforme o plano. |
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Tela 19 |
Entretanto,
se os administradores não sabiam o que um dia de trabalho poderia produzir,
como iriam proibir ou mesmo reconhecer aquelas práticas? E como decidiriam
o que era um dia de trabalho honesto? Taylor reconheceu que responder essas
questões requereria do administrador que realizasse a Análise do Trabalho
e Estabelecimento do Padrão, seguindo as seguintes etapas:
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Tela 20 |
| 2
- Administração científica Utilizando o seu método, Taylor acreditava que a Administração Científica atingiria seu objetivo que, segundo ele, seria:
Mesmo que a maioria das pessoas acreditassem que os interesses de patrões e empregados eram antagônicos, a Administração Científica tem por fundamento a certeza de que os verdadeiros interesses de ambos são um único e mesmo interesse, o de que:
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Tela 21 |
Os elementos da Administração Científica de Taylor são os seguintes:
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Tela 22 |
| Taylor
estava convencido que no velho sistema os trabalhadores eram incentivados
a "fazer cera", o que na maioria das vezes reduzia sua produção. Para ele
haviam dois motivos para "fazer cera": |
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Tela 23 |
| Decidido
a mudar essa situação utilizou todos os "recursos" gerenciais que conhecia.
Bajulando, ameaçando e demitindo empregados ele conseguiu atingir o nível
esperado de produção em aproximadamente três anos. Taylor defendeu o uso de incentivos monetários adicionais, como um diferencial no sistema de pagamento por peças, que valorizasse o pagamento diário dos trabalhadores de primeira classe. |
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Tela 24 |
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Taylor não acreditava que o aumento salarial devesse ser negociado, mas
sim determinado pela experiência. Por exemplo, empregou homens a diferentes
salários e descobriu qual salário com o qual eles aceitavam trabalhar
sob sua direção, ao invés de deixá-los reverter ao velho estilo de auto-direção.
Mas ele insistiu que a administração científica não era puramente sobre
incentivos. Era uma revolução mental. O pagamento era apenas um dos fatores. Exemplo 1 - A ciência de utilizar a pá
Exemplo 2 - Sr. Schmdit e a ciência de transportar lingotes
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Tela 25 |
Taylor propôs
quatro princípios que ilustram a essência do seu modelo:
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Tela 26 |
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| 3 - A
Taylor Society Uma sociedade fundada em 1914, posteriormente denominada Taylor Society em sua memória, publicou boletins sobre administração científica, cerca de 6 exemplares por ano, entre 1914 a 1934. Frank e Lilian Gilbreth e Henry Gantt foram influentes teóricos nessa sociedade. Frank Gilbreth foi um empreiteiro bem sucedido, construtor de edifícios que se considerava um habilidoso profissional da construção. Ele conduziu estudos sobre a "ciência" do assentamento de tijolos. Essa ciência foi referida por Taylor na Comissão do Senado em 1912, quando defendeu a administração científica. Segundo Taylor a arte de assentar tijolos tinha permanecido essencialmente a mesma por 4000 anos, até mesmo os tijolos eram similares. Nenhum progresso tinha sido feito a despeito de sucessivas gerações de pedreiros. Gilbreth, com a adoção da administração científica, modificou todo o procedimento. |
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Tela 27 |
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| Frank e Lillian
Gilbreth desenvolveram suas ideias partindo da premissa básica de que o
resultado do trabalho do indivíduo depende muito da atitude que ele assume
na fábrica, das oportunidades que consegue criar na tarefa e do ambiente
físico em si. Assim, desenvolveram: Gilbreth, com relação ao estudo de tempos e movimentos, chegou a conclusão que todo trabalho manual poderia ser reduzido a movimentos elementares, que denominou de Therblig (seu próprio nome ao contrário). |
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Tela 28 |
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| 4 - A
contribuição de Ford Henry Ford foi o responsável pela grande inovação do século XX: a produção em massa. Seu objetivo era produzir um maior número de produtos acabados, com maior qualidade e menor custo. Com esta contribuição à administração científica, surge o chamado Fordismo como um novo método de produção. Nasce, assim, a linha de montagem baseada no princípio da simplicidade, que considera como aspectos fundamentais para a criação e elaboração de um produto o planejamento e a sequência contínua e ritmada. Para otimizar ainda mais o tempo de produção, Ford centrou os princípios da produção em massa: Ford observou que os trabalhadores perdiam muito tempo para montar um carro e que um dos fatores era a necessidade que este tinha de se locomover para pegar as peças no estoque que ficava em outro local, que não o da montagem. Assim, Ford passou a entregar as peças no local da montagem, o que reduziu consideravelmente o tempo gasto nas operações. |
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Tela 29 |
A especialização do operário e a disponibilização das peças e máquinas no posto de trabalho trouxeram como consequência a redução do tempo de produção: em uma atividade de montagem que um operário, em 1908, consumia 514 minutos, em 1913, um operário executando uma única operação (trabalho especializado), na mesma tarefa, gastava apenas 2 minutos e meio. Porém, surgiram novos problemas, os operários não tinham o mesmo ritmo de trabalho e os mais lentos atrapalhavam os mais velozes. Surge, assim, a Linha de Montagem da FORD, que inicialmente era artesanal, com o operário se deslocando de um para outro automóvel. Já em 1910, Ford institui a linha de montagem móvel, onde os carros iam até o operário, o que reduziu o tempo de produção do seu carro de 12 horas e 28 minutos, para 1 hora e 33 minutos. Este método possibilitou uma maior produção, redução dos custos de estoque e consequentemente, barateamento dos automóveis.
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Tela 30 |
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O trabalho especializado e a montagem móvel e mecanizada foram alguns fatores que contribuíram para o sucesso e expansão da indústria automobilística internacionalmente. Só em 1923 foram produzidos 2,1 milhões de unidades do Modelo Ford T.
Na produção em massa ou em série o produto, o maquinário, o material e a
mão-de-obra passam a ser padronizados.
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Tela 31 |
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| 5 - Críticas
à administração científica Todos os estudiosos já tiveram tempo de tecer suas críticas ao trabalho de Taylor, você encontra aqui uma síntese das mais repetidas. a) Premissas questionáveis b) Mecanicismo c) Superespecialização d) Visão microscópica do homem e) Ausência de comprovação científica f) Abordagem incompleta da organização g) Limitação do campo de aplicação h) Abordagem prescritiva e normativa i) Abordagem do sistema fechado |
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Tela 32 |
| Resumo
Frederick Winslow Taylor dedicou-se a melhorar a produtividade do trabalho realizado no nível mais baixo da organização. Partindo do pressuposto de que o trabalho, principalmente o dos operários, pode ser estudado cientificamente, analisou a relação entre a natureza física do trabalho e a natureza fisiológica dos trabalhadores na busca do melhor método de organizar o trabalho. Com a publicação do livro Shop Management, em 1903, Taylor iniciou o movimento que veio a ser conhecido como administração científica. Em 1911, publicou seu livro mais conhecido: Princípios de Administração Científica. Apoiando-se no postulado de que para cada operação "há sempre um método mais rápido e instrumento melhor que os demais", deveria ser determinada a maneira ótima para a realização de cada tarefa ("the one best way"). Taylor acreditava que o interesse do empregado - de obter maior remuneração - era perfeitamente compatível com o interesse do empregador em obter a maximização dos resultados organizacionais. |
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Tela 33 |
Os elementos
da administração científica para Taylor eram:
Taylor propôs quatro princípios que ilustram a essência do seu modelo:
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Tela 34 |
A Organização
racional do trabalho possui os seguintes fundamentos:
Henry Ford
foi o responsável pela grande inovação do século XX: a produção em
massa. Seu objetivo era produzir um maior número de produtos acabados,
com maior qualidade e menor custo. Ford centrou os princípios da produção
em massa na fabricação de grandes quantidades de peças padronizadas e
na especialização dos trabalhadores.
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Tela 35 |
São críticas
à administração científica:
Ao se preocupar com a execução de tarefas no nível mais baixo da organização, a administração científica não desenvolveu conceitos e princípios aplicáveis aos problemas mais amplos e abstratos da estrutura organizacional. Foram analisadas apenas as funções administrativas ligadas ao planejamento e controle dos operários. Outras funções administrativas foram examinadas por Fayol e seus seguidores nos estudos conhecidos como teoria da organização administrativa. |
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| Unidade 2 | Módulo 2 | Tela 36 |
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1
- A obra de Fayol Já em 1910 tentava colocar no papel suas ideias sobre as funções gerais da administração. Seu estudo foi feito, ao contrário de Taylor, com ênfase na estrutura administrativa que a organização deveria possuir para ser eficiente, a partir de uma análise lógico-dedutiva da administração. Ele via a organização como um corpo, e sua abordagem - anatômica e fisiológica - visava garantir eficiência de todas as partes, fossem elas órgãos ou pessoas.
Diferentemente de Taylor, Fayol não escutava nem observava os trabalhadores,
sua intenção era identificar e compartilhar com outros executivos o segredo
da administração eficaz da organização vista como um todo. Esse todo empresarial
tinha funções básicas nas quais as atribuições do corpo empresarial poderiam
ser encaixadas: |
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Tela 37 |
| Os executivos daquela época conheciam bem as funções empresariais e eram capazes até de discorrer sobre elas, menos sobre a última, a função administrativa, que, na prática, se confundia com as outras, principalmente com as técnicas e comerciais. Fayol procurou explicar as características da função administrativa que a diferenciava de todas as demais. Fez uma reflexão de sua própria experiência como administrador e escreveu sobre diversos procedimentos, técnicas e métodos que havia utilizado e cujos resultados ajudaram sua empresa a funcionar melhor. Para ele a principal capacidade requerida de um operário é a técnica. À medida que a pessoa se eleva na escala hierárquica, a importância relativa da capacidade administrativa aumenta, enquanto a da capacidade técnica diminui. A capacidade principal do executivo deve ser a administrativa.
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Tela 38 |
| Cabia à gerência, portanto, exercer as funções administrativas de:
Existem bispos, tenentes, supervisores, gerentes e executivos tão mergulhados nas operações de suas organizações que não conseguem compreender suas responsabilidades com relação às funções de planejar, organizar, dirigir e controlar. Por meio delas você não realiza nenhuma tarefa específica, mas desempenhando-as eficazmente adquire o dom de manter a organização em funcionamento, alcançando os seus objetivos e cumprindo sua missão institucional. Portanto, Fayol e seus seguidores procuraram desenvolver condições administrativas padronizadas por meio de planos, estruturas, formas de liderar e controles que pudessem promover uma integração global entre as diversas partes da organização e entre pessoas e tarefas. |
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Tela 39 |
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| Fayol é considerado o fundador da escola de chefes pois, ao contrário da opinião generalizada da época, acreditava na possibilidade e necessidade de um ensino metódico para formar melhores administradores. Preocupado em não ser confundido com alguém que dita leis universais, Fayol alertou que estava apenas sugerindo princípios que os gerentes poderiam utilizar sempre conscientes de que "não existe nada rígido ou absoluto quando se trata de problemas de administração". Se você considerar a lista dos quatorze princípios como um conjunto de tópicos a serem aplicados em certos casos, sua atitude estará compatível com o propósito de Fayol ao escrevê-los. Os quatorze princípios de Fayol, são:
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Tela 40 |
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| 2 - Teoria da organização Fayol e outros autores da teoria clássica (Gulick, Urwick, Mooney) elaboraram trabalhos cujo principal objetivo era definir princípios que orientassem o design e a administração das organizações de forma racionalmente planejada. Foram unânimes em afirmar que se deve tratar a organização de forma científica, evitando-se o empirismo e a improvisação. A Teoria Clássica da Organização concebe a empresa como uma estrutura composta de partes e o inter-relacionamento entre elas. A preocupação com a estrutura e com a forma da organização, bem como com a disposição das partes que a constituem, é a marca que a restringe aos aspectos formais da organização, vendo-a mais como uma estrutura estática e limitada. A teoria da organização pode ser descrita como uma técnica de correlacionar atividades específicas ou funções num todo coordenado. Vem daí a importância da função coordenação. |
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Tela 41 |
| A teoria clássica da organização preocupa-se com a divisão do trabalho no nível dos órgãos que compõem a empresa: departamentos, divisões, seções, unidades etc. Esta divisão poderia ocorrer de duas formas: a) vertical - quando a hierarquia define a graduação das responsabilidades, conforme os diferentes graus de autoridade, isto é, a escala hierárquica;
b) horizontal - distribuição de responsabilidades num mesmo nível hierárquico, no qual cada seção é responsável por uma atividade específica.
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Tela 42 |
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| Fayol interessou-se pela Organização linear, que se baseia em princípios de:
Ou seja, a estrutura piramidal típica, onde a disciplina e a obediência é o ponto forte. Baseada na unidade de comando, adotava a supervisão linear, ou seja, o oposto da supervisão funcional proposta por Taylor. Para funcionar bem, essa estrutura exigiria um profundo conhecimento geral do supervisor que poderia levá-lo a uma dispersão improdutiva que deveria ser evitada. Para isso, seriam criados órgãos prestadores de serviços estranhos às especialidades dos órgãos de linha, denominados de assessoria ou de staff, encarregados de fornecer consultoria sempre que solicitados.
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Tela 43 |
| Nessa nova estrutura linha-staff os órgãos de linha seguem rigidamente o princípio escalar enquanto os órgãos de staff, ou de assessoria, prestadores de outros serviços especializados (serviços, conselhos, recomendações e consultoria) não obedecem a este princípio e nem possuem autoridade de comando; sua autoridade vem do saber que detêm, é a autoridade do especialista. Os órgãos de linha, por outro lado, seguem o princípio escalar. Outro ponto importante é o princípio da amplitude de controle, pelo qual cada superior não deve ter mais do que um certo número de subordinados, já que ele não tem apenas pessoas para supervisionar, mas também e, principalmente, as relações entre elas. Alguns teóricos chegaram a sugerir que o número de subordinados não deveria passar de 6, mas essa ideia foi muito combatida pelos que acreditavam que o número ótimo de subordinados deveria variar conforme a natureza e o nível dos cargos. |
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Tela 44 |
| Graicunas
fez um estudo do número de relações que advinham de um grupo de pessoas
que se relacionam com um gerente. Pesquisas posteriores mostram que a amplitude
de controle deve levar em conta não apenas os subordinados formais, mas
também todos aqueles que têm acesso ao gerente. |
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Tela 45 |
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| 3 - Críticas Decorrido tanto tempo e tendo sido tão abrangente em termos de prescrever estruturas e modos de organizar e de administrar as empresas, é claro que as críticas são muitas, vindas de todas as teorias que a sucederam, principalmente das Relações Humanas. A seguir, foram listadas as críticas consideradas mais importantes: |
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Tela 46 |
| Resumo Em 1916 Henri Fayol publicou "Administração Geral e Industrial". Seu grande mérito foi olhar a organização como um todo, um conjunto racionalmente organizado. A preocupação com o estabelecimento da estrutura da organização era apenas uma das várias tarefas do administrador, juntamente com o planejamento e controle. A arte da administração consistia em selecionar dentre os princípios aqueles que melhor se ajustavam a uma dada situação. Fayol simplesmente listou os princípios que lhe haviam sido úteis sem determinar seu inter-relacionamento, reconhecendo que poderia haver muitos outros que ele não utilizou. Como a função administrativa refere-se somente ao corpo social, sentiu que era necessário um certo número de regras para assegurar o bom funcionamento da empresa. Fayol afirma que os princípios não são rígidos porque nada é absoluto em administração, tudo é questão de medida, ponderação e bom senso. Assim, os princípios são maleáveis e adaptam-se a quaisquer circunstâncias, tempo ou lugar. |
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Tela 47 |
| Ele listou os seguintes princípios:
Observados estes princípios, caberia à administração, exercer as seguintes funções administrativas:
As críticas à Teoria Clássica, consideradas mais importantes, são:
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