| Unidade 2 | Módulo 3 | Tela 1 |
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| 1 - Origens
A Teoria da Burocracia foi inspirada na obra de Max Weber que estudou e publicou extensa bibliografia sobre as grandes organizações dando a elas o nome de burocracia. Considerou o século XX como o século das organizações burocráticas que constituíram a base do sistema de produção capitalista, racional e legal, caracterizando uma nova era na história da humanidade. A racionalidade burocrática surgiu em países protestantes como a Inglaterra e Holanda e, posteriormente, nos EUA. Teve, desta forma, forte influência da ética protestante - que encarava o trabalho árduo como dádiva de Deus, incentivava a poupança e o ascetismo, o que permitia a reaplicação das rendas excedentes e o desenvolvimento do modelo. Os princípios burocráticos passaram a ser utilizados, de forma mais abrangente, a partir da década de 40, tornando-se o modelo organizacional hegemônico na sociedade contemporânea, fato este decorrente da crescente necessidade das grandes organizações em obterem maior controle e previsibilidade de suas ações, visto que elas passaram a crescer rapidamente, sem muito planejamento e muitas vezes de forma caótica. |
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Tela 2 |
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Weber estudou as organizações do ponto de vista do estruturalismo, preocupando-se basicamente com a sua racionalidade, ou seja, analisando de que maneira as organizações utilizavam os recursos e meios existentes para atingir, de forma otimizada, os objetivos pretendidos.
Para manter a racionalidade e eficiência no funcionamento das empresas, tornou-se necessário desenvolver um sistema organizacional também em larga escala, capaz de orquestrar simultaneamente o trabalho de milhares de funcionários situados em diferentes departamentos e setores de produção, e responsáveis por tarefas cada vez mais complexas. |
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Tela 3 |
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| Weber
considera a burocracia como um tipo de poder e não como um sistema social,
pois a mesma dá aos dirigentes, das grandes organizações, elevado poder,
status social e econômico. Neste sentido as organizações passam
a ser vistas como centros de poder. b) como um
grupo social, que pode ser caracterizado como uma classe social. |
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Tela 4 |
A estratégia
administrativa utilizada pelo modelo burocrático, propiciou o crescimento
das empresas e o desenvolvimento e manutenção do sistema capitalista de
produção, uma vez que esse modelo, quando adequadamente utilizado, permite
alcançar maior produtividade e maiores taxas de lucratividade.
Como exemplo de organizações burocráticas temos: o Estado Moderno, a Igreja, o exército, as escolas, as associações, entre outras.
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| 2 -
Burocracia, autoridade e poder
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| Dentre
os tipos de autoridade legítima definidos por Weber, temos: Por consequência, Weber identificou três tipos fundamentais de sociedade:
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Tela 7 |
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| As organizações
burocráticas funcionam com base na dominação
racional legal que ocorre pelo aparato administrativo estabelecido.
Desta forma, os níveis hierárquicos estabelecem a estrutura de poder: quanto
mais alto na hierarquia, maior o poder do cargo. As relações dos indivíduos
são estabelecidas por regras impessoais e escritas, definidas de forma racional,
com os direitos e deveres de cada posição. Ao definir formalmente e antecipadamente as funções de cada cargo e departamento, espera-se que ocorra um tipo de cooperação formal na execução do trabalho, com uma maior garantia de que as atividades planejadas ocorram sem os conflitos inerentes ao relacionamento humano e às disputas por poder. Esta imposição de normas e regulamentos pretende, ainda, controlar as ações dos indivíduos para obter uma maior previsibilidade do sistema como um todo. |
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Tela 8 |
| 3 - Características De maneira geral, as organizações burocráticas apresentam as seguintes características:
As organizações burocráticas caracterizam-se pela sua racionalidade porque buscam utilizar da forma mais eficiente os recursos disponíveis para atingir os objetivos definidos. Neste sentido, as regras e normas pretendem ser coerentes com os objetivos visados.
As organizações burocráticas são legais porque estão estruturadas e organizadas em leis, regras e normas preestabelecidas, conferindo aos cargos, autoridade e poder de mando sobre os subordinados. Neste sentido a autoridade burocrática baseia-se na dominação racional legal. |
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Tela 9 |
As organizações
burocráticas são formais porque seu funcionamento não depende da vontade
individual e espontânea de seus participantes. Funcionam de acordo com
um sistema de normas racionais, detalhando antecipadamente como as coisas
devem ser feitas e como a organização deve funcionar, por meio de estatutos,
regulamentos e regimentos. Com
a formalidade das normas, do planejamento e execução das atividades, busca-se
tornar mais fácil o controle por parte dos administradores, já que existem
mecanismos de comparação do que se espera que o funcionário execute (a
norma formal) com o que ele efetivamente executou (resultados alcançados).
Por outro lado, fica claro para os subordinados o que se espera deles
diante de uma determinada situação. ![]() |
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Tela 10 |
Na organização burocrática, cada indivíduo, cada área e cada departamento possui atribuições, competências e limites de ações bem definidos.
Com isso, pretende-se que não ocorra conflito de mando, duplicidade de ações e interferência nas competências alheias, o que prejudicaria a racionalidade e o funcionamento da estrutura existente.
O objetivo de se fortalecer o cargo é garantir a continuidade da organização independentemente de seus ocupantes. |
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Tela 11 |
Cada superior
tem sob seu mando um determinado número de subordinados, os quais têm
sob si outros subordinados, dando à organização um formato de pirâmide
(estrutura piramidal).
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Tela 12 |
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O grau de especialização depende do nível hierárquico a que pertence o cargo:
Nas organizações burocráticas existem uma preparação e um treinamento formal dos funcionários para que os mesmos obtenham:
Com isso, espera-se que os funcionários desempenhem suas tarefas de acordo com os padrões estabelecidos.
O especialista é nomeado por seu superior hierárquico por tempo indeterminado e tende a seguir carreira dentro da organização. Conforme o funcionário demonstre mérito e capacidade, ele pode ser promovido a cargos superiores, caso haja vagas disponíveis, de acordo com os programas de carreira estabelecidos pela empresa.
Segundo Weber, os principais efeitos desejáveis do modelo burocrático consistem na previsibilidade das ações e na eficiência dos processos quando seus princípios são aplicados de forma adequada. |
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Tela 13 |
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| 4 - Disfunções
da burocracia Robert K. Merton (1952) fez um estudo das consequências imprevistas e indesejadas que afetam as organizações burocráticas levando-as à imperfeição e à ineficiência. A estas consequências indesejadas, Merton deu o nome de disfunções da burocracia. Assim, o sucesso ou insucesso na utilização dos princípios burocráticos vai depender da capacidade de discernimento dos administradores em analisar em que grau os princípios burocráticos devem ser utilizados, levando em consideração as tecnologias em uso, as turbulências ambientais e a dinâmica cultural. São disfunções da burocracia:
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Tela 14 |
5 -
Críticas
Em geral,
as organizações burocráticas exigem um elevado nível de conformismo de
seus participantes em função da rigidez do sistema de regras e normas
estabelecido. |
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Tela 15 |
Em geral,
os conflitos tendem a ser ignorados e acabam por eclodir de diversas formas
e, muitas vezes, indesejadas.
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De um modo geral, pode-se dizer que o modelo weberiano analisa a burocracia como um sistema fechado e estável, não considera aspectos do ambiente interno e externo à organização. Neste sentido, a rigidez do modelo burocrático não permite a adaptação da organização às exigências dos clientes, às mudanças ambientais e, também, às exigências internas de seus participantes.
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Tela 17 |
| Resumo
Segundo Weber, existem três tipos de Autoridade Legítima: autoridade tradicional, autoridade carismática e autoridade legal ou burocrática. |
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Tela 18 |
Os tipos de
sociedade estudados por Weber são:
Como características gerais das organizações burocráticas temos:
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Tela 19 |
| Consequências
imprevistas e indesejadas que afetam as organizações burocráticas levando-as
à imperfeição e à ineficiência, são denominadas disfunções da burocracia. São disfunções da burocracia:
Dentre as críticas ao modelo burocrático, podem-se citar:
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1 - Fundamentos básicos A Abordagem
Neoclássica é vista como uma atualização e um redimensionamento da Teoria
Clássica da administração, embora os princípios
administrativos básicos da Teoria Clássica
nunca tenham deixado de ser utilizados.
Para os neoclássicos, o bom administrador é capaz de conduzir os membros de uma organização ou de um departamento para a obtenção dos objetivos traçados, com a melhor utilização dos recursos existentes e o menor custo, por meio da coordenação das atividades de planejamento, organização, direção e controle. |
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Para os neoclássicos:
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A
abordagem neoclássica considera importante: ![]() |
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2 - Características A Teoria Neoclássica possui cinco características básicas, que são: a) Administração interpretada como prática - Muito embora a Abordagem Neoclássica esteja respaldada em conceitos teóricos ela atribui grande importância à prática administrativa e aos seus resultados. Os conceitos são apresentados de forma prática, visando a ação empresarial e enfatizando sua instrumentalidade. b) Atualização dos princípios clássicos - A abordagem retoma vários princípios clássicos fazendo um redimensionamento e uma atualização de acordo com as circunstâncias e necessidades atuais da administração, ampliando e flexibilizando sua utilização prática. c) Flexibilização na utilização dos princípios - Os princípios administrativos devem ser abordados como critérios elásticos e não como leis científicas. Como serão aplicados às situações diversas e múltiplas, podem ser modificados ou adaptados de acordo com as circunstâncias, objetivando buscar as mais adequadas soluções administrativas práticas. |
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d) Foco nos objetivos e resultados - As organizações devem ser dimensionadas, organizadas, estruturadas e orientadas de acordo com os objetivos definidos e resultados esperados. Esses objetivos representam, também, meios e parâmetros para avaliar o desempenho da organização e a eficiência de suas operações. Dentro deste enfoque foi desenvolvida a Administração por Objetivos. e) Reafirmação de princípios gerais de administração - Os princípios gerais envolvem as funções de planejar, organizar, dirigir e controlar a serem desempenhadas por toda e qualquer organização. O que muda de organização para organização é o conteúdo e a forma de cada uma das funções. Os autores neoclássicos apresentam uma grande variedade de princípios administrativos utilizados pelas organizações, além dos princípios gerais. O
critério de escolha dos princípios a serem utilizados deve ser o bom senso
do administrador e sua capacidade de discernimento e preparo, uma vez
que a utilização de um determinado princípio pode entrar em choque com
a utilização de outro ou, ainda, um princípio pode funcionar bem numa
determinada situação, mas não em outras.
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Tela 25 |
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| 3 -
Centralização versus descentralização Dentre os princípios mais discutidos pelos autores neoclássicos está a questão da centralização versus descentralização do processo decisório. De acordo com tais autores não existe uma única opção válida para toda e qualquer situação.
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Alguns aspectos interferem na opção pela descentralização em detrimento da centralização de uma empresa:
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Tanto a centralização quanto a descentralização apresentam vantagens e desvantagens. São vantagens e desvantagens da centralização:
Fonte: Adaptado de Chiavenato - Teoria Geral de Administração |
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São vantagens e desvantagens da descentralização:
Fonte: Adaptado de Chiavenato - Teoria Geral de Administração |
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Tela 29 |
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Nos últimos anos, tem-se observado uma tendência ao aumento do grau de descentralização pelas organizações. Isso se deve ao aumento da complexidade dos problemas empresariais, decorrentes da fragmentação e diversidade dos mercados consumidores, do incremento nas linhas de produção e dos avanços tecnológicos e de comunicação que passaram a requerer agilidade e precisão nas decisões, exigindo que outros administradores participem do processo decisório.
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4 - Processo administrativo Desenvolvido pelos autores neoclássicos o processo administrativo representa a reunião e desdobramento das principais funções que os administradores devem desempenhar e que são: o planejamento, a organização, a direção e o controle. Tais funções são interdependentes e correlacionadas.
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Cada função administrativa deve ser analisada separadamente. Elas devem estar sempre relacionadas com as demais funções, com o ambiente empresarial interno e externo. O desenvolvimento das funções administrativas compõe o processo administrativo e, em virtude de sua dinâmica, deve ser visualizado como um ciclo, no qual a função de controle funciona para ajustar o planejamento e consequentemente as demais funções.
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Caberá ao administrador realizar estas quatro funções - planejamento, organização, direção e controle - tendo por tarefas:
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- Administração por objetivos Peter Drucker é considerado o criador do conceito da administração por objetivo, uma vez que publicou, em 1954, um livro contendo suas principais características. O desenvolvimento do conceito surgiu como resposta às grandes e graves pressões econômicas que vinha sofrendo a indústria norte-americana no início da década de 1950. Em virtude da conjuntura econômica, tornou-se necessário reduzir despesas, eliminar procedimentos supérfluos e concentrar-se nos resultados organizacionais. Juntamente com a administração por objetivos, acentuou-se a administração participativa, a descentralização de decisões e o autocontrole ou a auto-avaliação. Desta forma, cada departamento ou unidade organizacional passou a ser responsável pela determinação de seus objetivos e por como alcançar os resultados. Vários órgãos de staff foram desfeitos e cada divisão passou a ser responsável por suprir suas necessidades internas. |
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Tela 34 |
As metas da empresa servem como parâmetro e como padrão de desempenho para que o administrador saiba o que se espera dele. O administrador, juntamente com seu superior, define as suas próprias metas, departamentais e individuais, de trabalho. São definidas também as principais áreas de responsabilidade em relação aos resultados esperados.
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Características básicas da administração por objetivos:
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Modelo da administração por objetivos, segundo Humble:
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Resumo A Abordagem Neoclássica é vista como uma atualização dos princípios clássicos, aproveitando-se de princípios das demais escolas e teorias administrativas, o que indica seu ecletismo. O bom administrador deve ser capaz de conduzir os membros de uma organização para a obtenção dos objetivos de forma racional pela qual se dá a coordenação das atividades de planejamento, organização, direção e controle. Esta Abordagem preocupa-se não apenas com a eficiência, mas dá especial ênfase à eficácia organizacional no sentido de atender às necessidades dos clientes e alcançar resultados previamente definidos. A organização deve ter definida a sua missão (razão de ser) e seus objetivos, pois a partir deles serão escolhidos a definição da estrutura interna e os princípios administrativos a serem adotados. A organização deve ser tanto eficiente quanto eficaz, garantindo assim a sua sobrevivência. |
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Tela 38 |
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Características da abordagem neoclássica
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Tela 39 |
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A centralização ou descentralização da execução de atividades e do processo decisório, dependerá, entre outros fatores, do tamanho da empresa, ramo de atividade, competência dos subordinados, confiança dos superiores nos subordinados, acesso à informação por parte dos subordinados, cultura e filosofia da empresa. O grau de descentralização de uma organização irá depender da importância das decisões tomadas nos níveis hierárquicos inferiores; do número de decisões tomadas nos níveis hierárquicos inferiores; do grau de supervisão das decisões delegadas; e do número de funções afetadas pelas decisões. A descentralização tem como vantagens: rapidez nas decisões; maior engajamento dos executivos (já que irão decidir sobre o que irão realizar) e maior capacitação do tomador de decisão (já que está mais próximo e conhece melhor a realidade que permeia a decisão). São desvantagens da descentralização: fragmentação da estrutura em função do fortalecimento departamental e centralização das informações nas áreas especializadas; supervalorização dos objetivos departamentais; aumento dos custos de treinamento e de seleção dos tomadores de decisão; divergência de interesses entre os vários departamentos. |
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Vantagens da centralização: o tomador de decisão possui uma visão mais global da empresa e tende a ter melhor preparo; as decisões tendem a estar mais alinhadas com os objetivos globais da empresa; a especialização promove ganhos de escala e diminuição de custos operacionais. Desvantagens da centralização: o tomador de decisão está longe de onde ocorre a sua execução, não tendo contato direto com as pessoas afetadas pela decisão e, muitas vezes, desconhecendo os objetivos específicos da área; há aumento dos custos em função dos trâmites necessários para que a decisão chegue ao local de sua execução e aumento das distorções de informações. Pode-se observar que existe uma tendência ao aumento do grau de descentralização pelas organizações. Isso se deve ao aumento da complexidade dos problemas empresariais e à necessidade de maior agilidade e precisão das decisões. |
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Processo Administrativo - consiste na reunião e desdobramento das funções de planejamento, organização, direção e controle. Tais funções estão correlacionadas e são interdependentes. A dinâmica do processo administrativo deve ser encarada como um ciclo, no qual a função de controle funciona para ajustar o planejamento e as demais funções, contribuindo para a constante correção e ajuste do processo. Principais tarefas do Administrador:
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Administração por objetivos O desenvolvimento do conceito surgiu como resposta às grandes e graves pressões econômicas que vinha sofrendo a indústria norte-americana no início da década de cinquenta. A organização deve definir a sua área de atuação, a sua missão, os objetivos e as metas onde pretende chegar, pela elaboração do planejamento e do controle. Características básicas: os objetivos são estabelecidos, conjuntamente, entre administrador e seu superior, para cada departamento ou cargo; os controles e avaliações possuem como parâmetros as metas estabelecidas pelo próprio gerente ou administrador, caracterizando o autocontrole e a auto-avaliação; as metas estabelecidas devem ser mensuráveis e quantificáveis. |
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1 - Origens A Teoria das Relações Humanas representou a introdução das Ciências Sociais e comportamentais no estudo da Administração, com foco no estudo e análise da natureza humana e de suas motivações no ambiente de trabalho. A Teoria das Relações Humanas só foi possível graças aos trabalhos e estudos de autores como Mary Parker Follet, Elton Mayo, Roethlisberger, Dickson, Chester Barnard, Douglas McGregor, Irving Knickerbocker, Alex Bavelas, Harold J. Leavit, dentre outros.
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Tela 44 |
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O marco inicial
do surgimento da Teoria ocorreu em 1927, por meio dos estudos realizados
por professores da Universidade de Harvard numa fábrica de equipamentos
telefônicos, a Western Eletric, situada em Hawthorne nos Estados Unidos.
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A abordagem central da Teoria reside no argumento de que a motivação dos indivíduos é fator fundamental para que os mesmos tornem-se produtivos e alcancem os objetivos formais da organização. Neste sentido, ela enquadra a motivação humana como sendo complexa e vinculada a aspectos psicossociais. A análise da Teoria centrou-se essencialmente na organização informal das empresas, em detrimento das estruturas formais. |
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Tela 46 |
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| 2 - Figuras importantes Dentre as figuras importantes para a Teoria das Relações Humanas, podemos citar:
Para Freud o comportamento do homem é explicado biologicamente, ou seja, suas ações são determinadas no sentido de satisfazer suas necessidades biológicas. Neste sentido o homem seria essencialmente instintivo, fazendo uso de outras pessoas para satisfazer suas necessidades. À sociedade caberia a repressão dos instintos humanos pelo processo de socialização. Críticos de Freud defendem que a personalidade e o comportamento humano são resultados não apenas dos instintos biológicos e dos traços hereditários mas, também, dos aspectos culturais, onde o grupo primário possui importância fundamental na formação do indivíduo, interferindo no seu comportamento e nas suas atitudes.
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Tela 47 |
Mary Parker Follet identificou três métodos básicos para solucionar os conflitos industriais:
Na época de desenvolvimento dos seus estudos, o método de cooperação mais utilizado pelas empresas era o defendido pela Escola de Administração Científica e baseava-se essencialmente na força e na coação. O método da integração defende que a melhor forma para alcançar a cooperação e solucionar os conflitos nas indústrias seria o desenvolvimento de sistemas de gestão que incorporasse não apenas os interesses das empresas mas também os interesses dos funcionários.
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Tela 48 |
Chester Barnard desloca o foco das atenções, com relação aos problemas administrativos, da organização formal para os grupos informais. Segundo o autor, a organização formal não existiria se não houvesse a organização informal, já que esta última é responsável pela coesão organizacional e pela garantia da integridade individual.
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Tela 49 |
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3 - Princípios A Escola de Relações Humanas caracterizou-se em função de novos conceitos e paradigmas que passaram a ser introduzidos na prática administrativa. Os conceitos nasceram da constatação de que vários princípios da Escola de Administração Científica não se configuravam na prática, surgindo a crítica ao mecanicismo da administração científica e o desenvolvimento de novos enfoques e princípios administrativos que caracterizaram a Escola de Relações Humanas, a saber:
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4 - Críticas Dentre as críticas à Teoria das Relações Humanas pode-se listar as seis principais, que são: a) Limitação do universo de pesquisa Os trabalhos de Elton Mayo limitaram-se a experimentos feitos em indústrias. Não foram feitas pesquisas em empresas prestadoras de serviços como bancos, hospitais ou universidade, reduzindo a aplicabilidade dos princípios propostos. Alguns sociólogos criticam os estudos de Mayo pelo fato do mesmo ter ignorado o papel da teoria na pesquisa social, e argumentam que esse aspecto deve-se ao fato das pesquisas terem sido autorizadas e financiadas pela Western Eletric, levando-o a dar uma grande importância aos resultados empíricos em detrimento dos conceitos teóricos. Miller argumentava que pouco valia um amontoado de observações sem que houvesse uma relação com o embasamento de uma estrutura de referência teórica. |
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b) Desconsideração dos princípios da teoria clássica Vários autores argumentam que os princípios da Administração Científica, embora parciais, são importantes para a racionalidade organizacional, principalmente em se tratando de ambientes estáveis e pouco turbulentos. As duas Teorias são complementares, ficando empobrecida a administração que optasse por uma Teoria em detrimento da outra. O ponto central de várias críticas é o enfoque parcial das Relações Humanas ao rejeitar completamente os aspectos formais da organização (Clássica). Embora divergentes, ambas acreditam que seria possível solucionar qualquer tipo de conflito e de dilema existente entre a busca pela racionalidade organizacional e as motivações humanas. Para estas Teorias, quanto mais competente fosse uma organização, maior seria a satisfação de seus funcionários. Entretanto, para a Administração Científica a satisfação seria decorrente do aumento da remuneração, decorrente do aumento da produtividade e; para a Teoria das Relações Humanas, a satisfação seria resultado da eliminação dos conflitos existentes entre organização e funcionários pela convergência de objetivos. Comparação entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas |
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c) Falsa correlação entre felicidade e produtividade Os estudiosos da Teoria das Relações Humanas defendiam a ideia da eliminação dos conflitos. Os trabalhadores poderiam desempenhar suas funções de forma satisfatória, sentindo-se felizes no ambiente de trabalho e, com isso, tornando-se mais produtivos. As pesquisas elaboradas durante a década de 1940 e início da década de 1950, demonstraram que não havia uma correlação direta entre felicidade e produtividade, havendo funcionários felizes e improdutivos e funcionários infelizes e produtivos. Observou-se que as propostas da Teoria das Relações Humanas para eliminar conflitos (como supervisão liberal, participação e dinâmicas de grupo) não trouxeram os resultados esperados em termos de produtividade e também não garantiam o bem-estar e a felicidade dos funcionários. |
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d) Visão superficial e parcial do comportamento humano A visão da Teoria das Relações Humanas a respeito da problemática dos conflitos existentes entre empregados e organização era bastante parcial e um tanto quanto manipuladora. Procuravam promover a harmonia pela intervenção do administrador, o qual deveria evitá-la a todo custo sem, contudo, considerar as inúmeras funções do conflito. A Teoria ganha um caráter pragmático pela formulação de "receitas" de como evitar os conflitos internos na organização. A Teoria não tratou das causas da alienação do trabalho e nem dos conflitos que estavam diretamente vinculados à natureza do trabalho a ser desenvolvido (fragmentado e repetitivo). Tornou o trabalho mais agradável com soluções periféricas, tais como intervalos de trabalho, torneios de esportes, excursões, colônia de férias, refeições no restaurante da fábrica, entre outros benefícios. Contudo, o trabalho continuava monótono e sem significado para o trabalhador. Para evitar os conflitos no ambiente de trabalho, utilizava entrevistas de diagnóstico e os testes de personalidade na seleção e contratação dos funcionários, visando selecionar os que tivessem maior potencial de adaptação ao serviço a ser desenvolvido. Utilizavam ainda folhetos e realizavam cursos internos com o objetivo de impor, de forma sistemática, a ideologia da empresa e a maneira correta de pensar e agir dos funcionários. |
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e) Supervalorização da coesão grupal Para a Teoria das Relações Humanas, a necessidade de trabalhar em grupo, de forma coesa e associativa, faz parte da natureza humana. Segundo Mayo, grupos pouco coesos e que não permitem a colaboração tendem a desenvolver a queda do moral dos indivíduos, problemas de absenteísmo, baixa eficiência e produtividade. As pesquisas posteriores demonstraram que não existe uma correlação direta entre coesão grupal e produtividade, sendo que muitas vezes a coesão pode ser disfuncional caso trabalhe contra os interesses da empresa ou de outros grupos internos. Mayo caracterizou o homem como um ser essencialmente político cuja vivência em grupo seria algo naturalmente gratificante, não levando em consideração os conflitos inerentes e existentes entre indivíduo e grupo social. f) Caráter manipulativo dos princípios da Teoria A Teoria foi duramente criticada pelo seu caráter manipulativo, objetivando modificar o comportamento humano no sentido de alcançar os objetivos empresariais e não a coesão dos objetivos da empresa com o dos empregados, já que se desconhecia, ou não havia real interesse em descobrir, quais os objetivos pessoais em termos de satisfação no trabalho. |
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Resumo A Teoria das Relações Humanas representou a introdução das ciências sociais e comportamentais no estudo da administração, com foco no estudo e análise da natureza humana e de suas motivações no ambiente de trabalho. O marco inicial do surgimento da Teoria ocorreu em 1927, pelos estudos realizados por professores da Universidade de Harvard numa fábrica de equipamentos telefônicos, a Western Eletric, situada em Hawthorne nos Estados Unidos. A Teoria enquadra a motivação humana como sendo complexa e vinculada a aspectos psicossociais. A análise da Teoria centrou-se essencialmente na organização informal das empresas, em detrimento das estruturas formais. |
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Figuras importantes para a Teoria das Relações Humanas: Para Freud, o homem seria essencialmente instintivo, fazendo uso de outras pessoas para satisfazer suas necessidades biológicas. Mary Parker Follet questiona o método da coação e defende que a melhor forma para alcançar a cooperação e solucionar os conflitos dentro das indústrias seria o desenvolvimento de sistemas de gestão que incorporassem não apenas os interesses das empresas mas também os interesses dos funcionários. Chester Barnard define que a organização formal não existiria se não houvesse a organização informal, já que esta última é responsável pela coesão organizacional e importante para garantir a integridade individual. |
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Princípios Centrais:
Críticas à Teoria:
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