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1 - Origens A Teoria da Contingência defende a ideia de que não existe uma melhor forma de se administrar e organizar uma empresa ou instituição.
A escolha dos modelos ou técnicas administrativas a serem adotados (variáveis dependentes) dependerão, entre outros aspectos, das tecnologias envolvidas e do ambiente no qual está inserida a empresa (variáveis independentes).
Baseado no diagnóstico, o administrador deve aprimorar ou desenvolver novos modelos e técnicas que melhor se adaptem ao ambiente, tornando-o mais eficiente e eficaz. |
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Nesta abordagem não são apenas a estrutura, a tarefa e as pessoas que compõem e afetam as organizações, mas também a tecnologia e o ambiente. ![]() |
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Da análise das pesquisas conclui-se que são as condições externas do ambiente que irão influenciar a estruturação e os processos internos de funcionamento das empresas. As contingências externas podem ser consideradas, para uma empresa, como oportunidade de crescimento e inovação ou como empecilhos ao seu equilíbrio e sobrevivência, dependendo de como essa empresa se relaciona com o ambiente externo (aberta ou fechada) e como reage a ele. As pesquisas que embasaram a Teoria Contingencial:
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| 2 - Conceitos básicos Diferenciação: conceito desenvolvido por Lawrence e Lorsh em sua pesquisa de confrontação entre organização e ambiente. Consiste na divisão da organização em departamentos especializados responsáveis pelo desempenho de tarefas especializadas:
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Alterações no ambiente levam a modificações na estrutura:
Quanto menores forem as alterações no ambiente, menor será a diferenciação interna. Quanto mais estável e previsível for o ambiente, mais formal e rígida tenderá a ser a estrutura. |
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Para Lawrence e Lorsh a integração consiste num esforço interno que tem por objetivo criar coesão e unidade entre os vários departamentos. Geralmente, ocorre pela coordenação interna. A necessidade de integração entre os vários departamentos decorre da diferenciação existente entre eles – quanto mais diferenciados os departamentos maior terá que ser o esforço de integração.
Portanto, ambientes estáveis não exigem grande esforço de integração e a coordenação pode ocorrer por meio dos sistemas formais e da relação direta entre departamentos. Conforme o ambiente vai-se tornando mais instável e turbulento, formas mais elaboradas de integração devem ser desenvolvidas, tais como:
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Conceito de Lawrence e Lorsh. O grau de certeza que uma empresa tem em relação a um ambiente consiste em sua certeza a respeito da dinâmica e do desdobramento do ambiente. Desta forma, quanto maior a certeza, maior será a previsibilidade de funcionamento do ambiente. O grau de certeza representa mais uma capacidade a ser desenvolvida pela empresa do que uma característica do ambiente. Envolve a clareza da informação que se tem sobre o ambiente e a capacidade da empresa em visualizar as consequências e reflexos de decisões tomadas.
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São as variáveis que não dependem da empresa para existir. Podem ser caracterizadas como variáveis ambientais e variáveis tecnológicas externas. Exemplo:
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São as que dependem da organização e geralmente fazem parte do ambiente interno da empresa. Como exemplos, temos:
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3 - Impacto ambiental O ambiente pode ser caracterizado como vasto e complexo, composto de múltiplas variáveis, tornando difícil para uma organização conhecê-lo em toda a sua amplitude e objetivamente. Para reduzir a incerteza que as empresa têm, em relação ao ambiente, torna-se necessário explorar e mapear o espaço relacionado ao negócio da empresa.
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Consiste em selecionar, para estudo e análise, a parte do ambiente que irá exercer influência sobre a empresa.
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Quando as presunções e percepções da empresa em relação ao ambiente são confirmadas na prática, dizemos que ela está em consonância com o ambiente. Neste caso, o comportamento empresarial está de acordo com o ambiente. Por outro lado, quando a empresa não interpreta adequadamente o ambiente, dizemos que ela está em dissonância com o ambiente, ou seja, o seu comportamento está em desacordo com o ambiente.
a) As
fronteiras ou limites são os aspectos que separam a organização
do ambiente e consiste numa caracterização arbitrária para definir o que
é organização e o que é ambiente. Os limites podem ser legais (o que é
propriedade da empresa e o que não é), pode ser a atitude dos funcionários
(quando se identificam com a empresa e se engajam no alcance dos objetivos
organizacionais, individuais e sociais), entre outros. |
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O ambiente geral é composto de variáveis múltiplas que afetam todas as organizações indistintamente. Em geral as variáveis exercem grande impacto sobre a organização da empresa, sua administração e suas operações. São variáveis do ambiente geral: ![]() |
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| Ambiente de tarefa e/ou domínio da empresa
Clique
na figura para obter informações adicionais |
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| O ambiente de tarefa representa o domínio da empresa, é a área de dependência da empresa em relação ao meio. Conhecer o seu domínio representa uma ação estratégica para que a empresa possa aumentar a sua capacidade de influenciar e diminuir a sua dependência em relação ao ambiente. O domínio ou poder de uma organização sobre o seu ambiente de tarefa é estabelecido pela competição e negociações entre as organizações que compõem o ambiente de tarefa. Os componentes do ambiente de tarefa são os responsáveis pelas oportunidades ou ameaças para as operações da organização. Neste sentido, o administrador deve saber definir o seu domínio estratégico, posicionar-se estrategicamente e estabelecer as interfaces necessárias para diminuir as incertezas ambientais e aumentar as possibilidades de sucesso da organização. Diagrama do ambiente geral, ambiente de tarefa e organização
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Cada organização ou empresa possui necessidades específicas em relação às variáveis ambientais. O ambiente de tarefa difere de empresa para empresa. Essa variação pode ocorrer em termos da
Adaptação
de Halal,1986 |
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Lawrence e Lorsh desenvolveram princípios básicos relacionando o impacto que o ambiente externo exerce sobre a organização das empresas, como: a) Não existe uma única forma de se estruturar e organizar uma empresa. Deve-se procurar, constantemente, ajustar-se às condições ambientais;b) A organização deve ser estruturada, organizada e administrada como um sistema aberto que estabelece trocas com o ambiente; c) As empresas devem estruturar-se de forma que as trocas com o ambiente possam ser intensas; d) Ao estruturar e organizar uma empresa deve-se levar em consideração o tipo de tarefa e de trabalho a serem realizados; e) Tese da dependência: a empresa deve buscar o melhor arranjo e adequação entre ambiente, natureza do trabalho, organização e pessoal. Neste sentido, foram desenvolvidas novas abordagens referentes ao trato com o elemento humano dentro das organizações; f) As organizações escolhem os seus ambientes e depois passam a ser condicionadas por eles, devendo adaptar-se constantemente para que possam sobreviver e crescer. |
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4 - Impacto tecnológico A tecnologia externa caracteriza-se como uma variável independente que irá interferir nas características da organização (variáveis dependentes). Está presente em toda e qualquer atividade empresarial e organizacional, fazendo parte do cotidiano das pessoas e interferindo na sua qualidade de vida e comportamento. Tudo o que vemos à nossa volta, casas, carros, prédios, hospitais, escolas, comunicações, é fruto da tecnologia. Em termos globais, a tecnologia pode ser definida como conhecimento humano acumulado de "como fazer as coisas e de como organizá-las no sentido de alcançar objetivos humanos". Pode contribuir tanto para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, como desencadear efeitos colaterais indesejados. ![]() |
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De acordo com a conceituação de James D. Thompson, a tecnologia pode ser definida com base nos seguintes conceitos: a) Tecnologia incorporada ou hardware: a tecnologia pode estar incorporada em matéria-prima ou componentes (uma placa de alumínio, além do alumínio, possui a tecnologia necessária para sua produção; um computador, além das peças que o compõe, possui também a tecnologia necessária para produzí-las). Ex: máquinas, equipamentos e instalações usados na transformação das matérias-primas, recebidas pela empresa, em produtos ou serviços acabados ou intermediários. b) A tecnologia não incorporada ou software: é encontrada nas pessoas (engenheiros, administradores, pesquisadores, especialistas, técnicos) sob forma de conhecimento existente e acumulado, intelectual ou operacional, de como executar tarefas e operações. É encontrada, também, em documentos como planos, ideias, projetos, patentes, relatórios, desenhos, know-how. A tecnologia pode ainda ser caracterizada como:
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A tecnologia pode ser classificada em dois tipos: a) tecnologia
fixa: quando a tecnologia só pode ser utilizada num tipo de produto,
ou quando produz apenas um tipo de produto ou serviço. Empresas que utilizam
tecnologia fixa fabricam produtos padronizados com poucas variações. O
custo de modificações no processo produtivo e no produto exige grandes
investimentos – Ex.: indústria automobilística, siderurgias, refinarias
de petróleo.
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| As tecnologias podem produzir:
O tipo de produto que possui as menores possibilidades de mudança e, portanto, de se adaptarem a novas exigências ambientais, são os produtos concretos produzidos com tecnologia fixa. Por outro lado, os produtos que possuem maior facilidade de se adaptarem a novas exigências ambientais são os produtos abstratos produzidos com tecnologia flexível. Neste sentido, torna-se fator crítico de sucesso para o administrador, identificar o tipo de tecnologia utilizada e o tipo de produto que a sua empresa produz, no sentido de antever e se preparar para possíveis dificuldades e contingências inerentes ao negócio da empresa.
Pode-se classificar três tipos de operações: a) operação com tecnologia intensiva ou de capital intensivo: são operações que utilizam intensivamente máquinas, equipamentos, automação ou robótica, com pouca utilização de mão-de-obra. Exige grande investimento de capital. b) operação com mão-de-obra intensiva: são operações que utilizam intensivamente pessoas com habilidades manuais e físicas na confecção de manufaturas e artesanato. Ex.: construção civil, linhas de montagem com operação manual, atividades artesanais. c) operação com média tecnologia: são operações que utilizam conjuntamente máquinas e equipamentos com pessoas que irão operá-las. |
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De acordo com Joan Woodward, a tecnologia consiste em fator determinante das características de alguns aspectos organizacionais. Neste sentido, dependendo da tecnologia utilizada, uma empresa pode ter um número maior ou menor de níveis hierárquicos e de funcionários subordinados a um chefe, uma comunicação mais ou menos formalizada, entre outros aspectos. Conclui-se que as
tecnologias utilizadas por uma empresa condicionam a sua estrutura e seu
modelo de administração. São meios para se obter o máximo de eficiência
da tecnologia adotada. A análise e o conhecimento da tecnologia são fundamentais
para que o administrador possa organizar a empresa de forma eficaz.
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Woodward subdividiu três grandes grupos de sistemas produtivos que vão desde o mais complexo até o mais simples: a) Produção artesanal ou unitária: na qual são produzidas pequenas quantidades de unidades de cada vez ou, ainda, é produzida unidade por unidade (ex: fabricação de navios, aviões, fabricação sob medida). Características:
b) Produção mecanizada ou em massa: grande quantidade de um mesmo tipo de produto padronizado (ex: eletrodomésticos, confecção, montadoras de automóveis). Características:
c) Produção automatizada ou em processo: existe um alto grau de automatização da produção e, portanto, poucos operários (ex: siderurgia, indústria química e petroquímica). Características:
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A seguir, são enumerados 6 princípios básicos relativos à tecnologia: |
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Resumo Para a Teoria da Contingência não existe uma melhor forma de se administrar e organizar uma empresa. A escolha do modelo de administração (variável dependente) irá depender das tecnologias envolvidas e do ambiente (variáveis independentes). A administração deve identificar as mudanças ambientais e antecipar-se aos seus efeitos desenvolvendo novos modelos e técnicas administrativas que melhor se adaptem ao ambiente. Pesquisadores concluíram que são as condições externas do ambiente e a tecnologia empregada os fatores que mais influenciam a estruturação e os processos internos de funcionamento das empresas. |
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Conceitos Básicos:
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O ambiente é tudo aquilo que envolve externamente a empresa, estabelecendo com a mesma trocas e intercâmbios. As fronteiras ou limites são os aspectos que separam a organização do ambiente e consiste numa caracterização arbitrária para definir o que é organização e o que é ambiente. A interface consiste na área de contato entre uma organização e o seu ambiente, possibilitando as entradas e as saídas através das fronteiras existentes. O ambiente geral é composto de variáveis múltiplas que afetam todas as organizações, indistintamente, exercendo grande impacto sobre a organização da empresa, sua administração e suas operações. As variáveis são: econômicas, políticas, legais, tecnológicas, sociais, demográficas e ecológicas. O ambiente de tarefa ou ambiente operacional representa a parte do ambiente geral que mantém um contato mais próximo e imediato com a empresa. É composto por outras organizações ou pessoas que fornecem informações, insumos, matéria-prima, recursos e entradas e, também, adquirem produtos, serviços e saídas, para que a empresa possa funcionar e operar. São componentes do ambiente de tarefa: consumidores ou usuários, fornecedores, concorrentes, entidades reguladoras. O ambiente de tarefa representa o domínio da empresa, ou seja, a área de influência e, também, a área de dependência da empresa em relação ao meio. Este ambiente pode ocorrer em termos de estrutura e dinâmica ambiental. |
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São princípios básicos da Teoria da Contingência relativos ao ambiente:
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A tecnologia externa caracteriza-se como uma variável independente que irá interferir nas características da organização (variáveis dependentes). Está presente em toda e qualquer atividade empresarial e organizacional e como conhecimento humano acumulado. A tecnologia pode ser definida com base nos conceitos de tecnologia incorporada ou hardware e de tecnologia não incorporada ou software. A tecnologia pode ainda ser caracterizada como variável ambiental externa ou variável organizacional interna. São tipos de tecnologia: fixa e flexível. As tecnologias podem produzir produtos concretos e produtos abstratos. Dentre os tipos de operação produtivas de uma empresa, temos: com tecnologia intensiva ou de capital intensivo; com mão-de-obra intensiva; e com média tecnologia. Os sistemas produtivos podem ser: de produção artesanal ou unitária, de produção mecanizada ou em massa e de produção automatizada ou em processo. Dentre os princípios básicos relativos à tecnologia, temos: organização, previsibilidade, estrutura, supervisão, funções organizacionais e princípios administrativos. |
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| Unidade 4 | Módulo 4 | Tela 30 |
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1 - Introdução Há preocupações genéricas de se buscar formas mais eficientes e eficazes para administrar. As empresas buscam administradores capazes de obter melhores resultados com recursos cada vez mais escassos, num mercado cada vez mais competitivo e num ambiente cada vez mais turbulento. Esse é o grande desafio do administrador para o Milênio. As Teorias Administrativas servem como instrumentos de diagnóstico e de análise de problemas organizacionais. As organizações são formadas por situações complexas, muitas vezes paradoxais. Daí a importância de se observá-las e analisá-las sob vários ângulos e referências, levando-se em consideração as diversas Teorias e Abordagens Administrativas existentes, para analisar os princípios mais adequados a serem seguidos. 2. Críticas ao Modelo Clássico Com o desgaste dos modelos tradicionais de administração, surgem alguns aspectos atuais, que necessitam ser incorporados aos novos modelos de gestão e ou organização, como:
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| A crise dos mercados emergentes Ocorreu essencialmente porque as pessoas já haviam adquirido grande parte dos produtos industriais e não tinham interesse em comprar novamente os bens duráveis como geladeiras, televisores, carros, roupas, sapatos, etc.
O modelo clássico caracteriza-se pela produção padronizada de produtos, não permitindo grandes variações de modelos e diminuindo o interesse de compra pelos clientes que já haviam adquirido tais produtos. Só fariam novas compras, caso os novos produtos incorporassem mudanças significativas. A rentabilidade do modelo clássico requer uma produção contínua, em larga escala, de um mesmo produto. Isto porque o custo fixo do equipamento parado é alto, inviabilizando o preço do produto. E, em larga escala, poderá obter ganhos pelos rateios dos custos fixos entre as diversas unidades produzidas. O modelo exige um mercado de massa que esteja disposto a comprar um produto padronizado. Com a queda da demanda (procura pelos bens produzidos) houve também queda na produção e o aumento nos custos fixos de produção. Os custos fixos tiveram que ser divididos entre uma quantidade menor de produtos fabricados, aumentando o custo individual e o preço final dos mesmos. Agravaram ainda mais a crise da demanda, provocando uma grande queda nas vendas. |
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| Internacionalização da economia Durante a década de 1970, o Japão concebeu uma nova forma de organização empresarial e produtiva mais flexível, eficaz e eficiente. Com a globalização, os produtos japoneses passaram a ser vendidos no mundo todo a preços muito mais competitivos e com qualidade superior aos similares nacionais. Posteriormente, surgiram os Tigres Asiáticos, que também passaram a produzir produtos similares aos produzidos em outros países, a preços também mais competitivos. No Brasil, no final da década de 1980, a competitividade internacional colocou em questionamento a viabilidade do modelo clássico de produção, já que o mesmo fabricava produtos com qualidade inferior e preços superiores aos praticados por outros países, não se apresentando em condições de responder em pé de igualdade à concorrência internacional.
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Incremento dos sistemas informatizados A introdução dos sistemas informatizados nos processos produtivos e organizacionais constitui-se no principal traço de inovação tecnológica das duas últimas décadas. Além de mudanças culturais, a informática possibilitou maior flexibilidade aos equipamentos e maquinarias, permitindo a fabricação de produtos diferenciados em virtude da facilidade de mudanças do modo operatório. A informatização possibilitou às empresas oferecer, ao mercado consumidor, uma maior variedade de produtos, atender clientes com necessidades diferentes e, com isso, aumentar a rentabilidade empresarial. A rentabilidade do modelo flexível de produção requer a utilização contínua dos equipamentos, mas não necessariamente para produzir um mesmo produto, possibilitando várias séries curtas de fabricação de produtos diferenciados, visando mercados segmentados e menores. Por permitir a produção de produtos diferenciados, o modelo flexível torna-se necessário ao crescimento total dos mercados em função dos altos custos dos equipamentos flexíveis. Tal aspecto não representou dificuldades para o novo modelo em função do fenômeno da globalização, que permitiu a expansão da venda dos produtos, de uma mesma empresa, por mercados situados em vários países e continentes.
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A utilização dos sistemas informatizados veio a interferir, também, na gestão empresarial. Os mesmos facilitaram e dinamizaram as relações entre os departamentos de uma mesma empresa e entre as empresas e seus fornecedores e clientes. A diminuição do tempo médio para a troca de informações tornou as empresas mais competitivas, melhorou a eficácia e diminuiu os custos internos. A flexibilidade propiciada pela informática não representa em si uma diminuição da centralização tecnológica ou financeira do capital. Além disso, implica num processo de aprendizado que exige uma força de trabalho qualificada e, neste sentido, os gastos com salário e treinamento tendem a aumentar. Mas, os ganhos de produtividade e de lucratividade compensam os aumentos dos gastos individuais com salários e treinamentos. O aumento da competitividade, decorrente do uso de novas tecnologias, colocou em cheque o modelo clássico, com base em tecnologias menos complexas, rígidas e ultrapassadas, forçando as empresas a revisarem as bases tecnológicas do modelo. A tecnologia da informação facilita a tomada de decisão e o desempenho de todas as tarefas de comunicação. E, também, está presente em todos os processos administrativos, como: planejamento das compras, controle na fabricação de peças, movimentação e controle bancário, compras e vendas, etc. Hoje, a maioria dos processos e da comunicação nas organizações foram absorvidas pelas tecnologias de ponta, como o computador, por meio da internet e intranet, que são ferramentas revolucionárias e que, ao alcance dos gestores e dos seus clientes, mudam radicalmente a forma de executar seus trabalhos e consequentemente é uma nova concepção de administrar. |
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| Incongruências do modelo clássico Dentre as incongruências do modelo clássico, pode-se citar: |
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Em síntese, o esgotamento do modelo clássico juntamente com a nova ordem econômica estabelecida com o fenômeno da globalização forçaram as empresas a buscarem investimentos em novas tecnologias, novos modelos de produção e de administração empresarial.
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3 - Novas abordagens organizacionais Com as mudanças introduzidas pela reestruturação da sociedade atual, como a globalização, o neoliberalismo, etc., as organizações vêm sofrendo adaptações à nova conjuntura ambiental. Portanto, refletem em suas organizações profundas transformações, tanto de natureza trabalhista, como também de estrutura organizacional, causando impacto direto não apenas nas organizações empresariais, mas também sociais. Assim, surgem novas tendências administrativas ou novos modelos de organização, com focos voltados para estrutura e para o pessoal, como:
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![]() A Qualidade total, segundo o European Foundation for Quality Management – EFQQM é caracterizada pelos seguintes fatores: excelência nos produtos; cultura da melhoria contínua; criação de um melhor relacionamento com os clientes e fornecedores; envolvimento de todos os trabalhadores; e transparente orientação para o mercado. A utilização e os ensinamentos da gestão da qualidade total, deu-se inicialmente nas empresas japonesas, após a Segunda Guerra Mundial, e foram ensinadas por Deming e Juran. |
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Resumo As mudanças introduzidas pelas empresas e organizações, visando uma maior adaptação à nova conjuntura ambiental, refletiram em profundas modificações na natureza do trabalho e na estrutura organizacional, causando impacto direto, não apenas nas organizações empresariais mas também nas sociais. As mudanças ambientais levaram as empresas, tanto privadas quanto públicas, a buscarem eficiência e redução de custos. A nova conjuntura obrigou as organizações a entrarem num período de racionalização, reestruturação, redefinição dos modelos empresariais, de organização do trabalho e de produção e requalificação dos funcionários. Os quadros abaixo facilitam o entendimento das transformações ocorridas entre as organizações administrativas, no que diz respeito ao processo de produção, ao trabalho e à ideologia: Contraste entre o Modelo Clássico e Novos Modelos
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