| Unidade 3 | Módulo 1 | Tela 1 |
| 1 - Estudo das funções Ocorrem muitos casos, na prática, onde o valor de uma quantidade depende do valor de outra. Assim o salário de uma pessoa pode depender do número de horas trabalhadas, o número de unidades de certo produto demandado pelos consumidores pode depender de seu preço, a produção total numa fábrica pode depender de máquinas utilizadas, e assim por diante. A noção matemática que contempla os exemplos citados anteriormente (e milhares de outros), é a definição de função. Vejamos a definição de função. Sendo A
e B conjuntos, uma função de A em B
é uma correspondência que a cada elemento x (variável)
de A associa um único elemento y de B.
A é chamado de domínio da função
e B é chamado de imagem da função. a) Seja f a função tendo por domínio o intervalo A = [0,1], definida por f(x)=x3. Então f é a correspondência que a cada x do intervalo A = [0,1] associa o número y=x3. Dessa forma, vamos calcular os valores de y = f(x) para alguns valores de x pertencente ao domínio A. Quando x = 0 :
y = f(0) = 03
= 0
Podemos observar que x é transformado em y pela relação f(x) = x3. |
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Tela 2 |
É
importante ressaltar, que apenas a regra que usamos para associar os elementos
não define uma função. É necessário
ter, pelo menos, uma noção dos conjuntos, domínio
e imagem, envolvidos pela tal regra. Vamos a mais
um exemplo: E se a função
for f(x) = |
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Tela 3 |
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Procure resolver os exercícios:
Deu para entender? Vamos ver alguns exemplos mais práticos... |
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Tela 4 |
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Exemplo 01: Na produção de um determinado produto, uma empresa tem um custo fixo de R$400,00 mais um custo variável de R$10,00 por cada produto. Apenas com as informações dadas obtenha a função que represente o custo total da empresa. Resolução: Ora, o custo da empresa depende da quantidade de produtos que ela produz. Seja x a quantidade de produtos que a empresa produz e seja C o custo total da empresa na produção dos produtos. Daí, C(x)=400+10x Observação: Utilizamos
letras que tenham a ver com o contexto. Trataremos custo por C, lucro
por L, receita por R e assim por diante. Exemplo 02: Se voltarmos ao problema anterior e perguntarmos: qual o custo da empresa se 50 produtos forem produzidos? Como resolver este problema? Resolução: Alguns alunos poderão mentalmente encontrar a resposta para a pergunta, procedendo de forma parecida com a seguinte: Cada produto custa R$10, eu adquiri 50, então o custo será de 50.10=500 mais ainda tem o custo fixo de R$400,00 o que perfaz R$900,00. Usando a
expressão da resolução do exemplo anterior, podemos
proceder de outra forma:
Logo, C(50)=400+10(50)=900 A leitura da expressão acima é: 'O custo para adquirir 50 produtos é de R$900,00'. Vejamos um exemplo mais complicado, só que agora começaremos a omitir passagens. Exemplo 03: Um operário que chega ao trabalho às 8 horas da manhã, terá produzido p(x)=-x3+6x2+15x rádios transistores x horas mais tarde. a) Quantas
rádios terá produzido às 10 horas da manhã?
Resolução:
Logo às 10 horas (2 horas após as oito) o trabalhador terá montado 46 rádios transistores. Resolução:
Recomendamos agora que realize os exercícios de fixação deste módulo. A definição de função é muito simples mas muitos se confundem com o seu significado. E matemática não se aprende apenas vendo algo pronto... É preciso um pouco de prática e os exercícios estão aí para isto. |
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Tela 5 |
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Exercícios
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Tela 6 |
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Exercícios
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Tela 7 |
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Exercícios
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Tela 8 |
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Exercícios
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Tela 9 |
2
- Representação Gráfica Definição: O gráfico de uma função f é o conjunto dos pares ordenados (x, f(x) ), para qualquer x pertencente ao domínio de f. Quando a
função é dada por uma equação y
= f(x), seu gráfico nada mais é que o conjunto-solução
dessa equação. Com a representação do gráfico,
a gente "vê" o comportamento da função,
o que, na maioria das vezes, é difícil só com a expressão.
Vamos esclarecer este ponto com um exemplo prático:
onde
x é a medida em metros de um lado da construção.
Podemos
fazer as seguintes perguntas: Olhando só para a expressão de C(x), fica difícil responder tais perguntas. Vamos agora exibir uma representação do gráfico da função C(x).
Se
soubermos interpretar tal representação corretamente, vamos
poder começar a responder as perguntas anteriormente formuladas.
De fato, quando x aumenta, a curva vai abaixando, até que
x atinja 4 ( isto significa que o custo está diminuindo);
daí em diante, a curva vai subindo (o que significa que o custo
está aumentando). Pela representação do gráfico
vemos que o custo mínimo ocorre para x =4, e este custo
mínimo é |
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Tela 10 |
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Representação Gráfica de uma Função. Uma grande utilidade da matemática para o curso de administração será aprender a interpretar gráficos. Podemos a partir de um gráfico encontrar a função que o representa de melhor forma e tendo a função podemos obter o seu gráfico. Mas o que vem a ser um gráfico? A resposta para esta pergunta será dada a seguir, antes vejamos o que você conhece de gráfico, onde você já viu um gráfico. Muitas notícias mostradas em jornais, revistas e telejornais utilizam gráficos para ilustrar a notícia. A grande maioria das pessoas consegue compreender o que o gráfico está tentando 'dizer'. Isto é, a informação fica melhor compreendida com a ajuda do gráfico. Muitas vezes teremos em mão uma regra de uma função que diz respeito, por exemplo, a produtividade de uma empresa e queremos visualizar melhor o que aquela regra está nos dizendo, nessas horas o gráfico fornecerá muito mais informações de forma que várias pessoas possam entender. Como qualquer pessoa com um conhecimento mínimo de matemática consegue compreender facilmente vários tipos de gráficos, isto pode ajudar e muito quando, por exemplo, da apresentação de um plano de negócios para investidores potenciais, ou ainda, da apresentação do seu produto para prováveis compradores e as aplicações seriam muitas, além é claro de aumentar o seu conhecimento. Um gráfico de um função f(x) é o conjunto de pares ordenados (x, f(x)) onde x percorre o domínio e f(x) percorre o contra-domínio de f(x). Representar pares ordenados é muito fácil. Não é? A melhor forma de entendermos o que vem a ser um gráfico de função será dando exemplos. Começaremos com exemplos simples e depois complicaremos gradativamente. |
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Tela 11 |
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Considere f(x)=2x+1 onde o domínio de f(x) é A={1,2,3,4} e o contra-domínio é B = R. Para construir o gráfico de f(x) precisamos encontrar os valores do contra-domínio que estão associados com os elementos do domínio, esses elementos do contra-domínio recebem o nome de imagem de x por f(x). Costuma-se fazer uma tabela com os valores, como a seguir:
Marcamos
os elementos do domínio num eixo horizontal e os elementos do contra-domínio
num eixo vertical, os dois eixos se interceptando no ponto (0,0) dito
origem do sistema (ou do plano cartesiano). Veja a figura:
O domínio
da função anterior era finito logo colocamos apenas quatro
pontos, mas se o domínio fosse, por exemplo, todos números
reais entre 0 e 4, incluindo o zero e o quatro, teríamos que marcar
infinitos pontos em ambos os eixos e depois encontrar os pontos de interseções
das retas horizontais e verticais, e isso seria inviável. Então
como devemos proceder?
Em seguida, marcamos os pontos no plano cartesiano.
Agora unimos os pontos por uma linha suave, obtendo a seguinte figura.
Viu como é fácil?! Vamos complicar um pouco mais?! |
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Tela 12 |
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Agora considere
que a função dada seja f(x)=-x3+6x2+15x
com domínio R.
Marcando os pontos obtidos na tabela no plano cartesiano, obtemos.
Unindo os pontos, obtemos:
Se introduzirmos mais pontos teremos:
Quanto mais pontos introduzirmos teremos uma idéia melhor de como a função se comporta. O gráfico ficaria parecido com o seguinte:
Repassando o que foi visto. Para esboçar
o gráfico de uma função por marcação
de pontos quando o domínio é infinito siga os seguintes
passos: |
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Tela 13 |
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Vamos considerar agora a função f(x)=x3+5x2+3x+7.Calculando os valores para. Obtemos a seguinte aproximação do gráfico de f(x). Começamos, construindo a tabela:
Em seguida, marcamos os pontos no plano cartesiano:
Em seguida unimos os pontos por uma linha suave.
Entendido!! Talvez este
gráfico fosse bem representativo de um problema em que a variável
x não pudesse ser negativa. Mas e se a variável x
pudesse ser negativa? Não teríamos idéia do comportamento
da função. Na verdade o gráfico da função
acima toma valores bem interessantes para valores negativos de x,
vejamos.
Observe então que a escolha dos pontos que marcaremos no plano cartesiano é fundamental na hora da construção do esboço do gráfico de uma função. Quando possuímos a regra de uma função e queremos saber se um ponto pertence ao gráfico da função substituímos as coordenadas do ponto da regra da função e verificamos se obtemos uma identidade. Confuso?! Vejamos em exemplos. |
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Tela 14 |
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Exemplo: Verifique se o ponto (2,5), pertence ou não ao gráfico da função, f(x)=9x2+3x-1. Resolução: A resolução é muito simples, um ponto sempre é formado por duas coordenadas, a primeira é dita abscissas e pertence ao domínio da função (variável independente), a segunda é dita ordenada e pertence ao contra-domínio da função (variável dependente), então para o ponto dado, (2,5), o 2 representa o x e o 5 representa o f. Substituímos o x por 2 e o f(x) por 5 na regra e vejamos o que se obtém:
O que não é verdade nunca, logo o ponto (2,5) não pertence ao gráfico da função. Exemplo: Verifique, agora, se o ponto (1,11) pertence ou não ao gráfico da função do exemplo anterior. Resolução:
O que é verdadeiro, logo o ponto (1,11) pertence ao gráfico da função f(x)=9x2+3x-1. |
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Tela 15 |
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Sinal de uma função Quando se pergunta qual o sinal de uma função estamos preocupados em determinar os valores do domínio onde a imagem é negativa, ou positiva, ou zero. Quando temos em mãos o gráfico da função e queremos determinar o sinal da função basta verificar os intervalos em que o gráfico da função está acima ou abaixo do eixo x. Exemplo: Determine o sinal da função cujo gráfico é dado a seguir:
Resolução: A função
é positiva para x entre -1 e 2 e para x maior que
3, e é negativa para x menor que -1 e para x entre 2 e 3.
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Tela 16 |
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Raízes de uma função As raízes de uma função são os elementos do domínio cuja imagem é zero. Ou seja, são os valores de x onde o gráfico da função intercepta o eixo das abscissa (o eixo x). Exemplo: Considerando o gráfico do exemplo anterior, determine as raízes da função. Resolução:
Neste caso as raízes da função são os valores x=-1, x=2 e x=3. |
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Tela 17 |
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Interceptos do gráfico de uma função Com o próprio nome sugere, interceptos são pontos onde o gráfico da função intercepta os eixos do plano cartesiano. Os interceptos x, são também ditos raízes da função (visto anteriormente). O intercepto y, não têm um nome especial, mas são mais fáceis de serem determinados quando temos a regra da função. Basta, para isto, substituir o valor de x por 0 e pronto. Exemplo: Encontre os intercepto y para a função do exemplo anterior. Resolução: O intercepto y será o ponto (0,6), e uma função só pode ter no máximo um intercepto y. |
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Tela 18 |
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Exercícios
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Tela 19 |
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Exercícios
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Tela 20 |
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3 - Plano cartesiano Podemos representar geometricamente os números reais numa reta: a cada ponto da reta corresponde um número real, e cada número real corresponde um ponto na reta.
Podemos também representar pares ordenados de números reais pelos pontos de um plano em que fixamos um sistema de coordenadas (ou plano cartesiano) formado por duas retas que se interceptam perpendicularmente, dispostas como na figura a seguir:
Para representar o par (3,2), que chamaremos de ponto A, procedemos assim:
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Tela 21 |
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O par (-2,-1 ) é representado no ponto B, assim obtido:
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Tela 22 |
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Nomenclatura Eixo x= eixo
das abscissas
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| Unidade 3 | Módulo 2 | Tela 23 |
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Algumas
funções são muito utilizadas e por isso dedicaremos
um tempo maior a elas. Muito do que utilizaremos neste módulo
já foi visto e tratado na unidade anterior (expressões
algébricas, equação polinomial, equação
do segundo grau), qualquer dificuldade que tiver procure retornar a
tal unidade para rever os conceitos tratados por lá. É toda função do tipo y = k , onde k é uma constante real. O gráfico de uma função constante é uma reta horizontal, paralela ao eixo x, interceptando o eixo y no ponto de ordenada k.
Dessa forma, observe que qualquer valor de x, pertencente ao domínio, está associado ao valor k. Assim, dizemos que o domínio da função são os reais e a imagem o número k. Exemplo: Vamos traçar o gráfico da função y = f(x) = 2. Lembrando que o gráfico de uma função é o conjunto dos pontos (x,f(x)). Vamos encontrar alguns deste pares ordenados.
Observe que para qualquer valor de x obtemos sempre o mesmo valor para y, assim a imagem da função será apenas o número k.
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Tela 24 |
2 - Funções lineares ou do 1º grau É
toda função do tipo y=mx+b, onde m e b são contantes
reais e m São exemplos de funções lineares: a) f(x)=3x+4 Vale salientar que os exemplos c) e d) são funções denominadas constantes, vistas anteriormente, que são casos particulares das funções lineares, quando m = 0.
A constante b é denominada coeficiente linear e, graficamente, representa a ordenada do ponto de interseção da reta com o eixo y, tendo coordenadas (0, b). O coeficiente m é denominado coeficiente angular da reta ou inclinação da reta. Não entraremos em detalhes aqui, mas a inclinação de uma reta é justamente a tangente do ângulo formado pelo eixo x e a reta, medida no sentido anti-horário a partir do eixo x. Para entender melhor o assunto, precisaríamos de um certo conhecimento de trigonometria e isto não foi visto. b)
As raízes de uma função linear. y
= mx+b = 0 Observe
que se m = 0 e b c) O gráfico de uma função linear.
Vamos esboçar a gráfico da função y=2x+1... É necessário lembrar que o gráfico de uma função é o conjunto de pontos ou pares ordenados (x, f(x)). Logo, como se trata de uma função linear, cujo gráfico é uma reta, precisamos encontrar pelo menos 2 pontos pertencentes a este conjunto. Assim, atribuindo a x os valores 0 e 1, obtemos os valores de y correspondentes, através da regra da função em estudo . Lembre-se que os valores de x são independentes, logo podem assumir qualquer valor no domínio da função, a escolha é arbitrária.
Marcando os dois pontos obtidos (0, 1) e (1, 3) no plano cartesiano obtém-se o gráfico da reta descrita pela função y=2x+1.
Observe que o gráfico intercepta o eixo y exatamente no valor do coeficiente b da função, ponto (0, 1), e que a raiz é o ponto de intersecção do gráfico com o eixo x, representada pelo ponto (-1/2,0). Exemplos:
Esboce o gráfico das funções: Resposta: b) |
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Tela 25 |
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| Construir
o gráfico de uma função linear quando é dada
sua regra é até fácil, basta marcar dois pontos no
plano cartesiano. Mas, e se quiséssemos obter a função
que representa a reta que passa por dois pontos dados, como devemos proceder?
É o que veremos a seguir. d) Obtendo a função linear a partir de dois pontos conhecidos. Vamos obter a equação da reta y=mx+b que passa pelos pontos Q(x1, y1) e P(x2, y2). 1º Passo) Conhecendo-se dois pontos pertencentes à reta o coeficiente angular m pode ser calculado, através da relação: m
= 2º
Passo) Para calcular o coeficiente linear b, deve-se substituir na equação
geral da reta (y=mx+b), o valor de m, calculado anteriormente, e (x, y)
por um dos pontos P ou Q, previamente conhecidos. Exemplo: Vamos obter a equação da reta y=mx+b que passa pelos pontos (-2, 7) e (1, 1). 1º Passo: Determinar o coeficiente angular m. m
= 2º Passo: Substituir o valor de m e um dos pontos conhecidos, na equação geral da reta y=mx+b, para encontrar o valor da constante b. Vale salientar que a escolha do ponto a ser substituído é indiferente e que a equação obtida com qualquer um deles deve ser mesma. Vamos utilizar o ponto (-2, 7).... Assim, vamos fazer x = -2, y = 7 e m = -2, para encontrar o b. y
= mx+b Assim, para m = -2 e b = 3, temos que a equação da reta que passa por estes 2 pontos é dada por: y=-2x + 3. Exemplos: Determinar a equação da reta que passa pelos pontos: a) (2, 3) e (5, -3) Resposta: |
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Tela 26 |
| e)
Estudo do sinal de uma função linear
O sinal de uma função linear está diretamente ligado ao sinal do coeficiente angular m, vejamos. Se m é positivo então a função será crescente e terá o aspecto mostrado na Fig.(a). Se m é negativo então é decrescente e terá o aspecto mostrado na Fig. (b).
Observe que à direita e a esquerda da raiz da função, há uma mudança de sinal, ou seja, a função (o valor de y) passa de positivo para negativo ou vice-versa. Assim, funções crescentes são positivas a direita da raiz e negativas à esquerda. Já as decrescentes, são positivas a esquerda da raiz e negativas á direita. Veja mais alguns exercícios de fixação da matéria. |
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Tela 27 |
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Exercícios
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Tela 28 |
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Exercícios
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Tela 29 |
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Função
do 2º grau (Parábola) As funções
a seguir são exemplos de funções do segundo grau.
Vamos construir o gráfico de uma função do segundo grau por marcação de pontos. Exemplo: Resolução: Comecemos
construindo a tabela com valores.
Agora, marcando os pontos no plano cartesiano e unindo por uma curva suave, obtemos
A curva vem descendo e parece que a partir de x=2 ela começara a subir. Vamos jogar mais dois pontos para verificar se isso acontece de verdade.
Na verdade o gráfico de qualquer função do segundo grau terá um comportamento parecido com a função do exemplo acima, esta curva recebe o nome de parábola. Os valores onde o gráfico intercepta o eixo x (das abscissas) recebem o nome de raízes do gráfico da função, justamente onde a imagem se anula, o ponto de mínimo ou de máximo do gráfico da função recebe o nome de vértice da função. |
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Tela 30 |
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Para esboçar
o gráfico de uma função do segundo grau nos concentraremos
em determinar apenas quatro pontos no máximo: o vértice,
as raízes (no máximo duas), e o intercepto y.
Onde
a,b e c são os coeficientes do polinômio.
O intercepto y, é o ponto onde x=0, para determinar tal ponto basta, portanto, substituir x por zero na função e encontraremos o termos independente c. Logo o intercepto y é o ponto (0,c). Exemplo:
Resolução:
Logo x= -2 e x=1 são as raízes do gráfico da função. Passemos ao vértice da parábola.
Lembre-se
de que Falta
agora o intercepto y, que é o ponto .
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Tela 31 |
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Podemos ter gráficos voltados para baixo, como o esboço a seguir
O que determina se a função será voltada para baixo ou para cima é o sinal de a. Se a é negativo o gráfico da função é voltado para baixo, e dizemos, neste caso, que o gráfico da função tem concavidade voltada para baixo. Se a é positivo o gráfico da função é voltado para cima, e dizemos, neste caso, que o gráfico da função tem concavidade voltada para cima. O sinal
de uma função quadrática
Se
Se
Se
Se
Se
Exemplo: Resolução: Temos que
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Tela 32 |
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Exercícios
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Tela 33 |
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Exercícios
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| Unidade 3 | Módulo 3 | Tela 34 |
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1 - Função Custo A função custo descreve o custo de produção de um determinado produto e varia em função da quantidade a ser produzida. O custo total de produção é composto de duas parcelas: o custo fixo (Cf) e o custo variável (Cv). O custo fixo é aquele que não depende da quantidade a ser produzida, por exemplo, aluguel, impostos, manutenção das instalações, etc. Já o custo variável está ligado diretamente à quantidade a ser produzida, por exemplo, a matéria-prima envolvida na produção. Dessa forma, seja x a quantidade produzida de um determinado produto. O custo total de produção é definido como sendo: C(x) = Cv . x + Cf . Vamos analisar um exemplo de aplicação: Exemplo 01: O custo fixo de uma malharia é R$ 100,00, e custo por camiseta produzida é de R$ 2,00. Obtenha a função que descreve o custo total de produção de x camisetas. Resolução: Custo
total = custo fixo + (custo variável)x. Observe que com a função determinada, poderemos obter o custo associado a qualquer quantidade x que se queira produzir, bem como, limitar um custo e verificar a quantidade que poderá ser produzida para tal valor. Vejamos.....
C(x) =
2x + 100 b) Determine a quantidade que deverá ser produzida para que custo seja de R$ 500,00. C(x) =
500 |
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Tela 35 |
2 - Função Receita Seja x a quantidade de produtos vendidos ao preço p. A receita de uma empresa é a arrecadação total que se tem pela venda de um determinado produto. Logo, a função receita é definida como sendo: R(x) = p . x Exemplo 02: Suponha que o preço de comercialização de camiseta do exemplo anterior seja de RS 7,00. Determine a função receita. Se o preço
é p = 7,00, então se x unidades são vendidas, a receita
total arrecadada é de 7.x. 3 - Função Lucro A função lucro é definida como sendo a diferença entre as funções, receita e custo. Assim, supondo que as quantidades produzidas e comercializadas sejam iguais a x, o lucro total envolvido é dado por: L(x) = R(x) - C(x) Exemplo 03: Vamos obter a função lucro para o nosso exemplo da malharia que vem sendo desenvolvido, cujas funções custo e receita, foram C(x) = 2 . x +100 e R(x) = 7 . x, respectivamente.
A partir da definição da função lucro dada, pode-se concluir que:
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Tela 36 |
| Vamos verificar
isto graficamente.....
Para isso, vamos traçar os gráficos da função custo e receita em um mesmo par de eixos e, em seguida, a função lucro. Observe que o gráfico da função custo parte do valor do custo fixo, pois quando a produção é zero, a empresa terá que pagar o custo fixo independente da produção. Já a função receita, parte da origem (0,0), pois quando não se comercializar nenhuma unidade, certamente a arrecadação ou receita obtida também será nula.
Analisando o gráfico acima podemos fazer as seguintes interpretações: - Para quantidades x maiores que 20, a receita é maior que o custo, o que implica em um lucro maior que zero (positivo). - Para quantidades x menores que 20, a receita é menor que o custo, o que implica em um lucro menor que zero (negativo), portanto, prejuízo. - Para x = 20 unidades as duas retas se interceptam quando x = 20 unidades, o que significa que para x = 20 a receita é igual ao custo e, portanto, o lucro é zero. Para quantidades x menores que 20, a receita é menor que o custo
De uma forma geral, o valor de x para o qual o lucro é nulo é chamado de ponto de nivelamento ou break-even point e é obtido fazendo R(x) = C(x) ou L(x) = 0 Observações:
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Tela 37 |
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| Exemplo 04: Uma fábrica
de equipamentos eletrônicos está colocando um novo produto
no mercado. Durante o primeiro ano o custo fixo para iniciar a nova produção
é de R$ 140.000,00 e, o custo variável para produzir cada
unidade é de R$ 25,00. Durante o primeiro ano o preço de venda
é de R$ 65,00 por unidade.
a) Se x unidades são vendidas durante o primeiro ano, expresse a função lucro como função de x. b) Estima-se que 23.000 unidades serão vendidas durante o primeiro ano. Use o resultado da parte (a) para determinar o lucro do primeiro ano se os dados de venda forem atingidos. c) Determine o ponto de nivelamento. Resolução: a) O problema nos fornece os seguintes dados: x = número
de unidades vendidas Para obter a função lucro é necessário que se conheçam as funções receita e custo. Assim, Receita = 65.x e o custo total será C(x) = 140.000 + 25x Logo, o Lucro = L(x) = 65x-(25x+140.000) = 65x-25x-140.000 = 40x-140.000 L(x) = 40x-140.000 b) Se x = 23.000 então neste exemplo queremos determinar L(23.000), (isto é feito substituindo o valor de x por 23.000 na equação do lucro). Portanto, L(23.000) = 40(23.000)-140.000 = 780.000 Assim, caso ele venda 23.000 unidades obterá um lucro de R$ 780.000,00. c) No ponto de nivelamento o lucro é nulo, portanto, R(x) = C(x).
Assim, quando o fabricante vender 3500 unidades terá lucro nulo, ou seja, não perde mas também não ganha.
O custo mensal
fixo de uma fábrica que produz esquis é R$ 4.200, e o custo
variável é de R$ 55,00 por par de esquis. O preço
de venda é R$105,00 por par de esquis. Se x pares de esquis são
vendidos durante o mês expresse o lucro mensal como função
de x. |
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| Unidade 3 | Módulo 4 | Tela 38 |
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1 - Função Demanda A demanda de um determinado bem é a quantidade desse bem que os consumidores pretendem adquirir ao longo de um determinado tempo. Esta quantidade demandada de um produto no mercado é função de várias variáveis, por exemplo: preço por unidade do produto, preços de bens substitutos, renda do consumidor, gostos, etc. Vamos supor que todas as variáveis citadas permaneçam constantes, exceto o preço unitário do produto (p). Dessa forma, verifica-se que o preço (p) relaciona-se com a quantidade demandada (x). Assim, definimos a relação p= f(x) como função demanda e, em se tratando de ser uma função linear, podemos escrever na forma p = mx + b. Exemplo
01 : p=10-0,002x a)
Determine a quantidade demanda por semana quando p=R$ 4,00. Resolução:
Assim se o preço for igual a R$ 4,00 teremos 3.000 unidades de sorvetes demandados por semana. b) Como a função p=10-0,002x é linear sabemos que seu gráfico é uma reta. Logo basta encontrarmos dois pares (x, y), satisfazendo a equação, para podermos esboçar o gráfico da função demanda. Considere arbitrariamente x = 0 e x = 3000, assim teremos:
x=0
Þ p=10-0=10
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Tela 39 |
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2 - Função oferta A oferta de um certo bem é a quantidade desse bem oferecida no mercado pelos produtores ou vendedores, num determinado tempo. Mantidas constantes certas condições, a quantidade de um produto colocada no mercado pelos produtores x relaciona-se com o preço unitário do produto p. Chamamos função oferta a relação p=f(x) e, em se tratando de ser uma função linear, podemos escrever na forma p=mx + b. Exemplo
02 : Resolução:
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Tela 40 |
Entendidas as funções demanda e oferta, vamos explicar o conceito de ponto de equilíbrio de mercado...... O ponto de equilíbrio de mercado é o ponto de intersecção entre a curva de oferta e de demanda. Observe, no gráfico abaixo, que neste ponto os preços dados pelas funções, oferta e demanda, são iguais, assim como as quantidades ofertadas e demandas. Neste caso, haverá um preço e uma quantidade de equilíbrio. Observe que a função oferta é crescente, pois quanto maior o preço maior será a quantidade que ofertada pelo produtor. Já a função demanda é decrescente, pois quanto maior o preço menor será a quantidade procurada pelo consumidor.
O nome ponto de equilíbrio de mercado decorre do seguinte fato:
Exemplo 03 Considere
a função demanda e oferta por sorvetes, dadas por: p=10–0,002x
e Resolução: No ponto de equilíbrio de mercado o preço, dado pelas funções demanda e oferta são iguais. Então para obter o ponto de equilíbrio, é necessário impor estar igualdade. Logo,
Assim, a quantidade de equilíbrio é x = 3500 unidades e o preço correspondente é obtido substituindo esta quantidade em uma das funções, oferta ou demanda. Logo, o preço de equilíbrio será: p = 10 - 0,002 . 3500 = R$ 3,00 Veja ilustração do problema no gráfico abaixo:
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Tela 41 |
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3 - Depreciação Linear Devido ao desgaste, obsolescência e outros fatores, o valor de um bem diminui com o tempo. Essa perda de valor ao longo do tempo chama-se depreciação. Assim, o gráfico do valor de um determinado bem em função do tempo é uma curva decrescente. Nesta unidade vamos admitir que a curva de valor seja uma reta e, portanto, que a depreciação é linear. Isto significa que a perda é constante ao longo do tempo (dias, meses, anos, outros). Dessa forma, podemos escrever uma função que descreve o valor de um bem em função do tempo, através da relação: V = mx + b. Um raciocínio que vai ajudar na resolução dos exercícios é.... Por dedução lógica podemos afirmar que o valor de um bem daqui a x anos, será o valor dele hoje menos a perda total ocorrido neste período de x anos. Correto? De forma matemática, V(x) = VH - dx Exemplo 04 :
Resolução:
O coeficiente
angular da reta = Assim a
equação da reta será: V=-150x+1000 b) A depreciação total até esta data será: Observe que em 6 anos a perda foi de R$ 900, logo como a perda é constante ao longo dos anos, podemos concluir que a perda foi de R$ 150,00 por ano. Assim, Perda em 1 ano =
150 = R$ 150,00 Assim, a depreciação em x anos foi de 150x. Exemplo 05 : Daqui a
2 anos o valor de um computador será de R$5.000,00 e daqui a
4 anos R$4.000,00. Admitindo depreciação linear: Resolução: Observe
que x=2 Þ
V=5000 Para o item a) fazendo
x=0, obteremos o valor do computador hoje, daí: Vamos resolver este item de uma outra forma..... Por dedução lógica podemos afirmar que o valor de um equipamento daqui a 2 anos, será o valor dele hoje menos a perda total ocorrido no período de 2 anos. Correto? Em uma equação temos que: V(2) = VH – d2 Logo, V(2)
= 5000 Ficou mais fácil? Escolha a forma que mais gostou... b) Para
determinar o valor do equipamento daqui a 5 anos, basta substituir x
por 5 na função obtida e teremos: Utilizando o raciocínio lógico explicado anteriormente, podemos escrever que: V(5) = VH – d5. Neste caso, V(5) =
? Finalmente, V(5) = 6000 – 2500 = R$ 3500,00. |
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