| Unidade 2 | Módulo 1 | Tela 1 |
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1 – Ampliação do escopo de atuação das empresas Nos dias de hoje, as empresas vêm ampliando seu sentido original, dentro da ótica capitalista (maximização do lucro e do retorno aos seus acionistas), indo muito além da mera comercialização de produtos e da prestação de serviços. Elas vêm ocupando espaço cada vez maior na sociedade, por intermédio de:
Essa mudança de orientação, com ampliação de escopo de atuação, tem por pressuposto a percepção da necessidade de manutenção de seu ambiente de negócios (fornecedores, clientes, usuários, consumidores etc.), mas também da comunidade e, por extensão, da própria sociedade – e, em última instância, a preservação do próprio planeta, com seus recursos naturais e biodiversidade. Mas não
basta “apenas” realizar essas ações (o que já
é algo extremamente difícil e complexo, na prática):
as empresas precisam comunicá-las, de forma a
que a sociedade e seus próprios funcionários conheçam
(e reconheçam) seus esforços e investimentos. Com isso,
as empresas obtêm ganhos de imagem e, consequentemente, reforçam
seus negócios, com melhores resultados. Para que esse processo
seja efetivo, as empresas precisam atentar a uma série de aspectos
relacionados à comunicação em ambientes organizacionais. |
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2 – Aspectos da comunicação empresarial Para compreendermos em sua totalidade a forma como ocorre a comunicação em ambientes organizacionais, é fundamental atentarmos para seis pontos:
Veremos a seguir cada um desses aspectos. |
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| 2.1
– Dimensões
O primeiro aspecto relacionado à comunicação empresarial que cabe ressaltar é quanto às dimensões - ou categorias às quais se direciona. Quando analisamos esse fator, temos dois tipos: • a comunicação interna e
Veremos mais detalhes sobre os públicos-alvo das empresas mais à frente. |
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| 2.2 – Níveis No ambiente organizacional, a comunicação ocorre, de acordo com Gaudêncio Torquato, em quatro níveis: intrapessoal, interpessoal, grupal e coletivo. O nível intrapessoal corresponde a fatores relacionados ao comportamento do indivíduo, suas habilidades e atitudes, suas condições pessoais para atuar no processo comunicacional. Problemas relacionados ao nível intrapessoal são relativos à fala, como a gagueira, ou de capacidade de compreensão ou de raciocínio, por exemplo. O nível interpessoal abrange a comunicação direta, entre duas pessoas, realizada de forma privada. Neste caso, se os indivíduos forem de diferentes níveis hierárquicos (como gerente e subordinado, hipoteticamente), pode haver ocorrência de ruído – no sentido de o gerente dar uma determinação, por exemplo, e ser mal interpretado pelo subordinado. O nível grupal contempla situações do cotidiano organizacional em que o processo de comunicação ocorre entre mais de duas pessoas, como reuniões e palestras. Problemas no nível grupal são relacionados à potencial duração excessiva desses eventos, monotonia gerada por tom de voz do emissor etc. O nível
coletivo abarca o uso de meios de comunicação
(como boletins, jornais e revistas) para realização da comunicação.
A fonte de problemas no nível coletivo é justamente essa
mediação da mensagem, que pode ser interpretada (nesses
casos, por meio da leitura) de maneira diversa da que originalmente intencionada
pelo emissor quando da elaboração dela. |
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2.3 – Fluxos Existem diversas abordagens sobre fluxos e suas direções na literatura acadêmica. Aqui, abordaremos a expressa por Nassar (2009), que classifica os fluxos de comunicação nas organizações em:
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2.4 – Redes Angeloni define rede como:
Nesse sentido, existem duas redes: formais e informais. A rede formal é aquela por onde fluem as mensagens oficiais da empresa, normalmente de caráter normativo e que orientam a realização das atividades e negócios da empresa.
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A rede informal, para Torquato, é aquela que abriga as manifestações espontâneas dos indivíduos em uma organização – tais como rumores, boatos ou “fofocas”, que são disseminados por meio de “grupinhos”.
O fato de
ser transmitido normalmente por meio de conversas realizadas de maneira
informal – no corredor da empresa da empresa, por exemplo –
levou estudiosos, no Brasil, a denominarem esse “meio” de
transmissão do rumor como rádio-corredor (ou rádio-peão)
– no inglês, grapevine. |
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2.5 – Meios Numa organização, a comunicação flui por meios diversos. Nassar (2009) classifica-os em:
Cabe agregar a esses meios a existência daqueles baseados primordialmente em áudio (rádio corporativa). É importante ressaltar, ainda, que diversos suportes podem ser classificados em mais de uma categoria. Veremos mais
sobre meios de comunicação utilizados nas empresas mais
à frente em nosso estudo. |
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| 2.6
– Barreiras
Existe uma série de barreiras à comunicação nas empresas. Vejamos algumas delas:
Esta é uma das diversas abordagens sobre este tema, mas existem várias outras. Angeloni, por exemplo, a partir da compilação de diversos estudos, discorre sobre 19 barreiras à comunicação nas empresas, relacionadas a fatores como: • processo de
comunicação (ausência de feedback, ocorrência
de ruídos etc.), |
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| 3 – A comunicação empresarial: conceitos e objetivos Vistos os principais aspectos relacionados à comunicação empresarial, podemos, agora, analisar alguns dos seus objetivos, que podem ser sintetizados nos seguintes: • Divulgar suas contribuições para o desenvolvimento econômico, social e cultural da comunidade em que atua e no país (ou países, no caso de multinacional). • Mostrar ao público a excelência dos serviços prestados e a qualificação das pessoas que nela trabalham. • Reforçar sua credibilidade junto a clientes, funcionários e fornecedores, pela abertura e manutenção de canais de comunicação. • Atender às exigências dos consumidores, cada vez mais conscientes e exigentes quanto aos seus direitos. • Adotar política de transparência com seus acionistas, sejam eles minoritários ou majoritários. • Criar imagem positiva da empresa. • Obter bons negócios, gerando relacionamentos comerciais diretos e indiretos, eficazes para os negócios. • Motivar seus funcionários, por meio de ações capazes de fazer com que eles se orgulhem da empresa na qual trabalham. • Atrair futuros funcionários – que, movidos pelo bom conceito da empresa junto à sociedade, buscam oportunidades de ingresso nela. • Favorecer
a imagem pessoal da diretoria e da gerência. |
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| Tendo em vista esses objetivos, podem-se encontrar, na literatura acadêmica, diversos conceitos de comunicação empresarial (ou comunicação organizacional, termos que consideramos equivalentes, para nosso estudo, e que utilizaremos de forma intercambiável, de agora em diante). Cahen define comunicação empresarial como:
Pimenta define comunicação empresarial como:
Destaca-se, na abordagem da autora, a alusão ao seu caráter funcional, voltado ao conjunto de atividades postas em prática a partir de métodos e técnicas oriundas de diversas disciplinas – jornalismo, marketing, relações públicas etc. |
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| Shermerhorn trata de comunicação organizacional como:
A ênfase, aqui, recai sobre o sentido processual da comunicação empresarial, na análise sobre como a informação flui dentro dela e dela em relação ao seu exterior. Por sua vez, Kunsch afirma que a comunicação organizacional:
A acepção
da autora abrange a questão da comunicação sob uma
ótica relacionada a múltiplos fatores
e colocada em prática por um grupo, situado em um contexto
organizacional e ligado por cultura e objetivos comuns. |
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- Públicos da comunicação empresarial
Seja qual for a análise empreendida sobre o conceito de comunicação empresarial, uma característica prevalece: a existência de diversos públicos aos quais deve se dirigir. A importância de conhecê-los é fundamental para o sucesso da comunicação, uma vez que é com base nele (o receptor) que todo o composto comunicacional da empresa é planejado – partindo-se, anteriormente, dos objetivos e dos recursos que a empresa irá utilizar para atingi-los. Uma classificação tradicional distingue os públicos de uma grande empresa entre principal (aos quais corresponderiam funcionários, clientes, acionistas e comunidades) e secundário (que incluiria mídia, fornecedores, governo – local, regional e nacional – e credores).
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É importante considerar, no entanto, que a relevância de cada um desses grupos pode mudar com o tempo. Em determinado momento, por exemplo, o governo pode ser um público principal – em uma situação de participação da empresa em uma licitação de grande porte, hipoteticamente. Outro fator digno de nota é o caráter dinâmico dessa situação: às vezes, a empresa dá ênfase a certo público para se aproximar de outro. Argenti cita o caso dos funcionários (público principal), que, quando convencidos da atenção que a organização dá a eles, podem se tornar verdadeiros “embaixadores da marca”, divulgando, fora da empresa, as qualidades dela – e ajudando a ampliar a base de clientes (outro público principal). Cabe ressaltar, por fim, a existência de outros públicos que não constam do quadro anterior e que podem ser relevantes para a empresa em sua estratégia de comunicação, como familiares, aposentados, terceirizados, contratados, consultores, usuários, concorrentes, parceiros, autoridades estrangeiras, comunidade de negócios, associações de classe, instituições de ensino, ONGs, sindicatos, público em geral etc. O vídeo a seguir foi produzido pela Catho para ilustrar a importância da comunicação empresarial nos dias de hoje. Vale a pena assistir! Agora que já conhecemos um pouco mais sobre aspectos referentes à comunicação empresarial, seus conceitos, objetivos e públicos, vamos ver, adiante, como ela surgiu, nos Estados Unidos, e como foi sua evolução no Brasil, nas últimas décadas. Também veremos a importância da integração entre as diversas áreas da comunicação organizacional e a necessidade de ser pensada de forma estratégica, com alinhamento entre a comunicação e a estratégica corporativa. |
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Resumo Nos dias de hoje, as empresas vêm ampliando seu sentido original, dentro da ótica capitalista (maximização do lucro e do retorno aos seus acionistas), indo muito além da mera comercialização de produtos e da prestação de serviços. Essa mudança de orientação, com ampliação de escopo de atuação, tem por pressuposto a percepção da necessidade de manutenção de seu ambiente de negócios (fornecedores, clientes, usuários, consumidores etc.), mas também da comunidade e, por extensão, da própria sociedade – e, em última instância, a preservação do próprio planeta, com seus recursos naturais e biodiversidade. Mas não basta “apenas” realizar essas ações (o que já é algo extremamente difícil e complexo, na prática): as empresas precisam comunicá-las, de forma a que a sociedade e seus próprios funcionários conheçam (e reconheçam) seus esforços e investimentos. Com isso, as empresas obtêm ganhos de imagem e, consequentemente, reforçam seus negócios, com melhores resultados. Para compreendermos em sua totalidade a forma como ocorre a comunicação em ambientes organizacionais, é fundamental atentarmos para seis pontos: dimensões, níveis, fluxos, redes, meios e barreiras. O primeiro aspecto relacionado à comunicação empresarial que cabe ressaltar é quanto às dimensões às quais se direciona. Quando analisamos esse fator, temos dois tipos: a comunicação interna e a externa. No ambiente organizacional, a comunicação ocorre, de acordo com Gaudêncio Torquato (2010), em quatro níveis: intrapessoal, interpessoal, grupal e coletivo. Existem diversas abordagens sobre fluxos de comunicação nas organizações. Aqui, vemos a classificação em: descendente, ascendente, lateral, transversal e circular. |
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Angeloni define rede como um conjunto de canais existente dentro de uma organização ou grupo social, por meio dos quais ocorre o processo de comunicação. Nesse sentido, existem duas redes: formais e informais. Numa organização, a comunicação flui por meios diversos. Nassar classifica-os em: orais, impressos, audiovisuais e digitais. Existe uma série de barreiras à comunicação nas empresas, tais como: níveis organizacionais, autoridade da administração, especialização e Sobrecarga de informações. Diversos são os objetivos da comunicação empresarial. Alguns dos principais são: • Divulgar
suas contribuições para o desenvolvimento econômico,
social e cultural da comunidade em que atua e no país (ou países,
no caso de multinacional). |
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Tendo em vista esses objetivos, podem-se encontrar, na literatura acadêmica, diversos conceitos de comunicação empresarial (ou comunicação organizacional). Pimenta (2002) define comunicação empresarial como o somatório de todas as atividades de comunicação da empresa, como atividade multidisciplinar que envolve métodos e técnicas de diversas áreas da comunicação, tais como relações públicas, jornalismo, assessoria de imprensa, propaganda e marketing, dentre outras. Shermerhorn trata de comunicação organizacional como o processo específico pelo qual a informação se movimenta dentro de uma organização e entre a organização e seu ambiente. Por sua vez, Kunsch afirma que a comunicação organizacional, “como disciplina acadêmica, estuda o fenômeno comunicacional do agrupamento de pessoas que integram uma organização e a ela se ligam em torno de uma cultura e de objetivos comuns. Busca compreender todo o sistema, funcionamento, processos, fluxos, redes, barreiras, meios, instrumentos, níveis de recepção da comunicação que é gerada no dia a dia da vida organizacional e as implicações que estão imersas nesse contexto”. Seja qual for a análise empreendida sobre o conceito de comunicação empresarial, uma característica prevalece: a existência de diversos públicos aos quais deve se dirigir. Uma classificação tradicional distingue os públicos de uma grande empresa entre principal (aos quais corresponderiam funcionários, clientes, acionistas e comunidades) e secundário (que incluiria mídia, fornecedores, governo – local, regional e nacional – e credores). No entanto, é importante considerar que a relevância de cada um desses grupos pode mudar com o tempo. Em determinado momento, por exemplo, o governo pode ser um público principal – em uma situação de participação da empresa em uma licitação de grande porte, hipoteticamente. Outro fator digno de nota é o caráter dinâmico dessa situação: às vezes, a empresa dá ênfase a certo público para se aproximar de outro. Argenti cita o caso dos funcionários (público principal), que, quando convencidos da atenção que a organização dá a eles, podem se tornar verdadeiros “embaixadores da marca”, divulgando, fora da empresa, as qualidades dela – e ajudando a ampliar a base de clientes (outro público principal). Cabe ressaltar, por fim, a existência de outros públicos – que não constam do rol acima – e que podem ser relevantes para a empresa em sua estratégia de comunicação, como familiares, aposentados, terceirizados, contratados, consultores, usuários, concorrentes, parceiros, autoridades estrangeiras, comunidade de negócios, associações de classe, instituições de ensino, ONGs, sindicatos, público em geral etc. |
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| Unidade 2 | Módulo 2 | Tela 18 |
1 – O surgimento da comunicação empresarial
A declaração de princípios afirmava:
Com sua atuação, Ivy Lee modificou a percepção negativa em relação ao empresário Rockeller e a suas empresas – e, a reboque, acabou criando uma nova profissão: a de relações públicas. |
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| O segundo momento marcante teve lugar com a crise de 1929, quando, no cenário organizacional, muitas empresas faliram e aquelas que sobreviveram tiveram de demitir milhares de funcionários – só a Ford, demitiu 60 mil operários.
A década de 30 presenciou o começo da oferta de disciplinas de relações públicas, vinculadas ao curso de Administração, em universidades de renome, como Yale, Harvard e Columbia, possibilitando a formação de especialistas – e consolidando uma escola americana de relações públicas. Nos anos seguintes, a expansão da atividade nos Estados Unidos foi exponencial. Nos anos 40, a atividade começou a ser exercida no Canadá e na França (nesta, ligada a filiais de empresas multinacionais, como Esso Standard e Shell). Na década posterior, agências e/ ou departamentos de relações públicas surgiram em outros países europeus, como Holanda, Itália, Inglaterra, Noruega, Bélgica, Suécia, Finlândia e Alemanha. No entanto,
Argenti situa, na década de 70, por meio da Mobil Oil (empresa
do setor petrolífero), a estruturação do primeiro
de departamento de comunicação empresarial em si. Saiba
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– A evolução da comunicação empresarial
no Brasil
No Brasil, a chegada da atividade também se dá por meio da atividade de relações públicas, que acompanha a instalação de operações de multinacionais no país. Chaparro descreve assim o período: “depois da Segunda Guerra Mundial, e mais acentuadamente após a eleição de Juscelino Kubitschek, para aqui convergiram, com prioridade estratégica, os investimentos das grandes multinacionais – e com as fábricas vieram as relações públicas profissionalizadas e as práticas de assessoria de imprensa”. Desse início até o final da década de 60, imperava uma fragmentação completa das atividades de comunicação nas organizações. Não existia nas empresas (com poucas exceções), órgão ou departamento que coordenasse os esforços de relacionamento delas com os seus públicos.
Na década de 70, começa a haver uma maior profissionalização do mercado, especialmente com a entrada de pessoas formadas em Comunicação (recém-egressos da universidade, em função de os primeiros cursos dessa área terem sido criados na década anterior) nas empresas. Como relata o autor, empresas privadas, especialmente de médio e grande porte, começam a criar áreas de comunicação ou a contratar profissionais para exercer atividades específicas. |
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A década de 80 vê a comunicação empresarial adquirir status nas empresas e atrair mais profissionais da Comunicação (de jornalismo, relações públicas e publicidade), que, até então, atuavam essencialmente na produção de house organs, na organização de eventos e de campanhas de comunicação internas, e no relacionamento com a imprensa. Apesar disso, havia um sentido de segmentação muito presente ainda, com a separação entre comunicação institucional e comunicação mercadológica. A segunda metade dessa década viu surgir experiência emblemática na área: a Rhodia, empresa do setor químico, lançou sua Política de Comunicação Social. O sucesso dessa iniciativa deveu-se ao fato de que, até então, nenhuma empresa no Brasil havia sistematizado e tornado público seu projeto de comunicação. Segundo Nassar e Figueiredo, pela primeira vez, a comunicação empresarial foi concebida como a somatória de ações – sempre integradas – das várias áreas de comunicação da empresa, definindo as suas tarefas e com a preocupação daquela empresa em ordenar a comunicação empresarial. A partir dali, não existem mais ações isoladas de comunicação. Tudo segue o posicionamento estratégico e mercadológico da empresa.
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Dos anos 90 até os dias de hoje, a comunicação empresarial vem passando por um processo de expansão, no qual ainda consolida movimentos de passagem de uma área fragmentada para assumir um novo perfil, no qual se busca alinhar a comunicação com o conjunto de orientações estratégicas de negócios. Algumas empresas já conseguiram fazer isso, mas grande parte delas ainda não. Bueno ressalta que a comunicação integrada ainda hoje se constitui mais em um discurso, apropriado pelos especialistas e gestores da comunicação, do que em prática efetiva no quotidiano das organizações. O mesmo autor reforça essa percepção, afirmando que é fácil notar que, ressalvadas honrosas exceções, a comunicação empresarial brasileira não atingiu ainda esse patamar. O planejamento em comunicação (muitas vezes confundido com mera descrição de ações e produtos e correspondentes custos de execução) raramente está respaldado em cenários previamente desenhados; frequentemente vislumbra a organização individualmente, sem considerar a presença dos concorrentes; e apenas recentemente está buscando desenvolver metodologias que permitem avaliar, consistentemente, os resultados de suas atividades (assessoria de imprensa, patrocínios, publicações etc.). Assim, percebe-se a necessidade de ocorrer um processo de integração interna das diversas áreas que compõem a comunicação empresarial (relações públicas, assessoria de imprensa, comunicação interna, marketing etc.), com o objetivo de implantar e consolidar uma imagem única junto aos seus diversos públicos, conjugado à busca ao alinhamento entre estratégia de negócios e de comunicação. A esse processo dá-se o nome de comunicação empresarial integrada. |
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| 3 – A comunicação empresarial integrada Kunsch propôs modelo de comunicação empresarial integrada no qual ocorra a adoção, por parte das organizações, de uma filosofia de comunicação integrada e da não fragmentação dessa comunicação. Essa filosofia, em seu entender, comporia as orientações que as organizações, por meio dos seus departamentos de comunicação, devem dar à tomada de decisões e à condução das práticas de todas as suas ações comunicativas. O modelo pressupõe a existência de duas áreas responsáveis pela direção da comunicação organizacional: relações públicas e marketing, conforme mostra a figura a seguir. Adiante, veremos mais sobre as áreas e atividades de comunicação empresarial.
Essas áreas, com o conjunto de atividades que as compõem (como jornalismo empresarial, assessoria de imprensa, edição multimídia etc.), deveriam ser totalmente integradas, visando buscar a eficácia, a eficiência e a efetividade organizacional, em favor dos públicos e da sociedade como um todo – não só da organização apenas. |
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Para cada uma das áreas de comunicação, os direcionadores seriam constituídos pela natureza dela, ou seja, os propósitos e o tipo de segmento de público a que se destina. Assim, enquanto a comunicação institucional teria natureza institucional e visaria criar relações de confiança e construir reputação positiva junto a todos os públicos, a comunicação mercadológica teria natureza mercadológica, com objetivo de persuadir o consumidor a adquirir um bem ou serviço. Kunsch ainda destaca que:
Outro
autor que aborda a comunicação empresarial integrada é
Neves. De maneira mais simplificada, o autor propõe a integração
da comunicação de marketing e da comunicação
institucional, no que constituiria a comunicação externa,
com a comunicação interna. Central ao processo de integração é a necessidade de alinhamento entre a comunicação e a estratégica da organização. |
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Tela 25 |
| 4 – Alinhamento entre comunicação e estratégia organizacional No entender de Kunsch, o ponto de partida para o planejamento da comunicação organizacional seria o próprio planejamento estratégico da organização, com o qual o conjunto de ações, originadas a partir dos planos operacional, tático e estratégico, necessita ser alinhado. Argenti reforça essa necessidade, afirmando que a comunicação empresarial deve ser intimamente ligada a uma visão e a uma estratégia geral da empresa.
No entanto,
aponta uma realidade de grande parte das organizações norte-americanas
(e também das brasileiras): poucos gerentes reconhecem a importância
da comunicação e, com isso, não contratam profissionais
qualificados dessa área. Assim, o resultado é que o pessoal
de comunicação acaba ficando de fora desse processo. |
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| Para Argenti, empresas de sucesso vinculam a comunicação à estratégia por meio da estrutura organizacional, fazendo com que o gestor da comunicação organizacional se reporte diretamente ao presidente da empresa. Com isso, a área acaba tendo acesso à estratégia diretamente por meio daqueles que estão no mais alto nível hierárquico da organização. E conclui:
Outro aspecto relevante a considerar quando falamos em decisões sobre a forma de atuação da comunicação empresarial é: centralizá-la, mantendo-a na matriz, ou descentralizá-la, permitindo que as unidades tenham autonomia para lidar com as atividades de comunicação? A resposta a essa questão não é única: de acordo com Argenti, vai depender de fatores como:
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Outros aspectos devem ser considerados para a tomada dessa decisão, como a cultura da empresa (as decisões costumam ser tomadas de forma centralizada ou colegiada? A hierarquia é rígida? O presidente é uma figura distante ou presente do dia a dia? Como ele influencia o cotidiano da empresa?) e a forma como a comunicação flui dentro dela (a rádio corredor é muito ativa? As comunicações formais são claras e precisas, cumprindo seus objetivos?), por exemplo. O autor cita o exemplo de duas empresas grandes, multinacionais, que adotaram a descentralização da comunicação. No entanto, o autor aponta riscos na descentralização: disseminar a função de comunicação entre unidades individuais, sem uma supervisão central, pode aumentar a quantidade de mensagens inconsistentes. Assim, uma alternativa factível é encontrar um meio-termo entre os dois caminhos: manter uma área funcional sólida e centralizada, complementada por uma rede de “centros operacionais” descentralizada, que adaptam a função para as necessidades especiais de suas diversas unidades de negócios. |
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5 – Planejamento estratégico de comunicação Segundo Torquato, o planejamento da comunicação organizacional passa por um conjunto de etapas lógicas: Adiante, tomaremos contato com uma proposta de planejamento estratégico voltado especificamente a assessorias de imprensa. Anteriormente, tomamos contato com os principais aspectos referentes à comunicação empresarial (barreiras, níveis, fluxos etc.) e conhecemos seus conceitos, objetivos e públicos. Agora, acabamos de saber como ela surgiu, nos Estados Unidos, por meio das relações públicas, e como foi sua chegada e evolução no Brasil. Também vimos a importância da integração entre as diversas áreas da comunicação organizacional e a necessidade de ser pensada estrategicamente, com alinhamento entre a comunicação e a estratégica corporativa. Adiante, analisaremos a comunicação empresarial em si, seu funcionamento, as atividades que a constituem etc., a partir de suas duas dimensões: a interna e a externa.
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Resumo Os estudiosos costumam associar as origens da comunicação empresarial ao surgimento da atividade de relações públicas – como coloca Argenti, essa foi a função predecessora da comunicação empresarial. Em 1906, o norte-americano Ivy Lee deixou de atuar no jornalismo ao ser contratado pelo magnata John Rockefeller para modificar a percepção da opinião pública sobre o empresário – que, então, tinha imagem muito negativa. O segundo momento marcante teve lugar com a crise de 1929, quando, no cenário organizacional, muitas empresas faliram e aquelas que sobreviveram, tiveram de demitir milhares de funcionários – só a Ford, demitiu 60 mil operários. A década de 30 presenciou o começo da oferta de disciplinas de relações públicas, vinculadas ao curso de Administração, em universidades de renome, como Yale, Harvard e Columbia, possibilitando a formação de especialistas – e consolidando uma escola americana de relações públicas. Nos anos seguintes, a expansão da atividade nos Estados Unidos foi exponencial. Nos anos 40, a atividade começou a ser exercida no Canadá e na França. Na década posterior, agências e/ ou departamentos de relações públicas surgiram em outros países europeus, como Holanda, Itália, Inglaterra, Noruega, Bélgica, Suécia, Finlândia e Alemanha. No entanto, Argenti situa na década de 70, por meio da Mobil Oil (empresa do setor petrolífero), a estruturação do primeiro de departamento de comunicação empresarial em si. Como assinala o autor, a empresa criou uma nova função de comunicação que mudou a natureza de seus esforços comunicacionais de um antigo modelo de relações públicas para o primeiro departamento de comunicação empresarial significativo. No Brasil, a chegada da atividade também se dá por meio da atividade de relações públicas, que acompanha a instalação de operações de multinacionais no país após a Segunda Guerra Mundial, e mais acentuadamente após a eleição de Juscelino Kubitschek. |
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Desse início até o final da década de 60, imperava uma fragmentação completa das atividades de comunicação nas organizações. Como relata Bueno, não existia nas empresas (com poucas exceções), órgão ou departamento que coordenasse os esforços de relacionamento delas com os seus públicos. Mesmo assim, a criação da Aberje (então, Associação Brasileira de Editores de Revistas e Jornais de Empresas; hoje, Associação Brasileira de Comunicação Empresarial), em 1967, mesmo que abrangesse a área de edição de jornais e revistas produzidas pelas empresas, ilustra bem o crescimento dessa área no país. Na década de 70, começa a haver uma maior profissionalização do mercado, especialmente com a entrada de pessoas formadas em Comunicação (recém-egressos da universidade, em função de os primeiros cursos dessa área terem sido criados na década anterior) nas empresas. Como relata o autor, empresas privadas, especialmente de médio e grande porte, começam a criar áreas de comunicação ou a contratar profissionais para exercer atividades específicas. A década de 80 vê a comunicação empresarial adquirir status nas empresas e a atrair mais profissionais da Comunicação. Apesar disso, havia um sentido de segmentação muito presente ainda, com a separação entre comunicação institucional e comunicação mercadológica. A segunda metade dessa década viu surgir experiência emblemática na área: a Rhodia, empresa do setor químico, lançou sua Política de Comunicação Social. O sucesso dessa iniciativa deveu-se ao fato de que, até então, nenhuma empresa no Brasil havia sistematizado e tornado público seu projeto de comunicação. Como assinalam Nassar e Figueiredo, “pela primeira vez, a comunicação empresarial foi concebida como a somatória de ações – sempre integradas – das várias áreas de comunicação da empresa, definindo as suas tarefas” e “com a preocupação daquela empresa em ordenar a comunicação empresarial. A partir dali, não existem mais ações isoladas de comunicação. Tudo segue o posicionamento estratégico e mercadológico da empresa”. |
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Dos anos 90 até os dias de hoje, a comunicação empresarial vem passando por um processo de expansão, no qual ainda consolida movimentos de passagem de uma área fragmentada para assumir um novo perfil, no qual se busca alinhar a comunicação com o conjunto de orientações estratégicas de negócios. Assim, percebe-se a necessidade de ocorrer um processo de integração interna das diversas áreas que compõem a comunicação empresarial (relações públicas, assessoria de imprensa, comunicação interna, marketing etc.), com o objetivo de implantar e consolidar uma imagem única junto aos seus diversos públicos, conjugado à busca ao alinhamento entre estratégia de negócios e de comunicação. A esse processo dá-se o nome de comunicação empresarial integrada. Kunsch propôs modelo de comunicação empresarial integrada que pressupõe a existência de duas áreas responsáveis pela direção da comunicação organizacional: relações públicas e marketing. A primeira coordenaria a comunicação institucional, a comunicação interna e a comunicação administrativa, enquanto a segunda seria responsável pela comunicação mercadológica. Essas áreas, com o conjunto de atividades que as compõem, deveriam ser totalmente integradas, visando buscar a eficácia, a eficiência e a efetividade organizacional, em favor dos públicos e da sociedade como um todo – não só da organização apenas. Outro autor que aborda a comunicação empresarial integrada é Neves. De maneira mais simplificada, o autor propõe a integração da comunicação de marketing e da comunicação institucional, no que constituiria a comunicação externa, com a comunicação interna. No entender de Kunsch, o ponto de partida para o planejamento da comunicação organizacional seria o próprio planejamento estratégico da organização, com o qual o conjunto de ações, originadas a partir dos planos operacional, tático e estratégico, necessita ser alinhado. |
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Argenti reforça essa necessidade, afirmando que a comunicação empresarial deve ser intimamente ligada a uma visão e a uma estratégia geral da empresa. Aspecto relevante a considerar quando falamos em decisões sobre a forma de atuação da comunicação empresarial é: centralizá-la, mantendo-a na matriz, ou descentralizá-la, permitindo que as unidades tenham autonomia para lidar com as atividades de comunicação? A resposta a essa questão não é única: como aponta Argenti, vai depender de fatores como tamanho da empresa, dispersão geográfica e da diversidade de seus produtos. Segundo Torquato, o planejamento da comunicação organizacional passa por um conjunto de etapas lógicas:
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1 – Diversidade de possibilidades de análise Na literatura acadêmica, existem diversas maneiras de abordagem da comunicação empresarial em termos de suas áreas e atividades típicas. Já encontramos alusão a algumas delas anteriormente, ao estudarmos o conceito de comunicação empresarial proposto por Pimenta, que alude a métodos e técnicas de diversas áreas da comunicação, tais como relações públicas, jornalismo, assessoria de imprensa, propaganda e marketing – dentre outras. Também tomamos contato com a sugestão de Kunsch de que a direção da comunicação organizacional fosse feita por relações públicas e marketing, e os tipos de comunicação que ela utiliza em seu modelo de integração, como comunicação institucional, comunicação interna, comunicação administrativa e comunicação mercadológica. Ainda, anteriormente, vimos que a comunicação empresarial possui duas dimensões: a interna e a externa, de acordo com os diferentes públicos aos quais ela se dirige – funcionários, clientes, fornecedores, acionistas etc. – e a ao meio no qual fluem as mensagem (dentro ou fora da organização). Dentro dessa enorme gama de possibilidades de análise da comunicação empresarial, optamos, aqui, por uma abordagem que leve em conta os públicos da organização. Com isso, trataremos da comunicação sob a ótica interna e externa. Mas, antes de tratarmos da comunicação interna, vamos analisar alguns elementos que tocam à área de comunicação nas organizações, de uma maneira geral. |
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| 2 – A área de comunicação nas organizações Diversos fatores influenciam tanto na criação de uma área de comunicação nas empresas quanto na sua posição dentro da estrutura organizacional. Dentre esses fatores, podemos citar:
Assim, há empresas de porte tão pequeno que nem consideram a possibilidade de ter uma área de comunicação formal e estruturada. Outras, são tão burocráticas e “fechadas” em si próprias que evitam quaisquer formas de comunicação informal em seu dia a dia – e que nem consideram a possibilidade de criação de um departamento que facilite o fluxo dela dentro e fora da organização. Por outro lado, existem aquelas empresas que vislumbram na comunicação um fator de vantagem competitiva, capaz de alavancar seus negócios e atrair os melhores talentos do mercado para fazerem parte dela. Essas costumam ter uma área (bem) estruturada, que se reporta diretamente ao executivo-chefe ou ao presidente da empresa (sem estar subordinada a outras áreas-meio), que participam da elaboração da estratégia corporativa e que procuram alinhar o seu planejamento ao da organização – mensurados os resultados obtidos por meio das ações de comunicação que ela implementa e o quanto elas contribuem para a sucesso dos negócios. Assim como não há uma “regra geral” sobre isso, pois o cenário organizacional é rico e multifacetado, não existe um padrão de atuar em todas as áreas ou uma nomenclatura estandardizada quanto às atividades exercidas por ela. Os mesmos fatores que citamos anteriormente – e outros mais – vão determinar isso. |
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| De forma geral, contudo, pode-se elencar um rol de atividades exercidas por uma área de comunicação empresarial:
Em maior ou menor medida, são essas áreas que serão abordadas deste momento de nosso estudo em diante, de forma direta ou indireta (por exemplo, falaremos diretamente de relações com os investidores, mas marketing cultural e eventos estará inserido na alusão à comunicação de mercado). Uma última observação antes do próximo assunto: muitas dessas atividades são voltadas tanto ao público interno quanto aos externos. Assim, têm-se ações de marketing voltadas ao mercado, mas têm-se, também, ações de endomarketing; o profissional que atua no jornalismo empresarial produz matérias para publicações internas e também externas – e assim por diante. Pronto para começar? Então, vamos lá! |
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3 – A comunicação interna 3.1 – Conceitos e funções
Kunsch acrescenta que, para que a comunicação interna seja de qualidade, faz-se necessário: • disposição
da direção em abrir as informações; Você percebeu a reiterada alusão ao termo “estratégia” pelos dois autores? Pois é: novamente, percebemos a importância de que a comunicação cumpra, efetivamente, uma função estratégica nas empresas, sempre alinhada à estratégia corporativa. Isso vale, inclusive, para a forma como é gerida a comunicação interna delas, como vimos anteriormente. |
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| 3.2 – Objetivos Para Kunsch, o objetivo principal da comunicação interna é promover a máxima integração entre a empresa e seus empregados, devendo ser um setor planejado, com objetivos definidos para viabilizar toda a interação possível entre as duas partes. Angeloni afirma que, para que a comunicação interna atinja seus objetivos, é necessário que ela seja transparente e tenha credibilidade, e a credibilidade só é atingida se o discurso é condizente com a prática do dia a dia. Em suma, não basta haver um belo discurso organizacional, mas sim a sua prática (tanto em relação a seus funcionários quanto aos públicos externos) seja aderente à realidade. Caso isso não ocorra, a comunicação pode ser inócua, ineficaz, “cair no vazio”. Assim, a autora propõe uma série de objetivos relacionados à comunicação interna, dentre os quais ressaltamos:
Esse conjunto
de objetivos nos permite perceber alguns elementos predominantes na comunicação
interna, como seu caráter informativo e motivacional/ comportamental. |
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3.3 – Tipos de comunicação interna A partir dessas constatações,
abordaremos a comunicação interna sob a ótica da
comunicação administrativa, do endomarketing e da comunicação
social voltada ao público interno. De acordo com Torquato:
Em outras palavras, contempla, principalmente, normas e orientações para execução do trabalho cotidiano, materializada na forma de documentos (como instruções, normativos, portarias, memorandos etc.), que entopem os canais da organização, prejudicando suas operações, ou seja, ao invés de chegarem ao destinatário, param no meio do processo de transmissão, em função de problemas gerenciais, do acúmulo administrativo e da excessiva quantidade de canais de comunicação. Além dos documentos mencionados, Torquato registra diversos outros problemas, distorções e falhas relacionadas à comunicação administrativa, como:
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| Para minimizar esses aspectos dificultadores e melhorar a comunicação administrativa, o autor sugere um programa de aperfeiçoamento, com o foco voltado para: • informatizar
a comunicação, compatibilizando o programa de comunicação
com as novas tecnologias; |
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3.3.2 – O endomarketing O termo endomarketing provém da junção do prefixo grego éndon, que significa “ação ou movimento para dentro”, com marketing. Endomarketing significa, portanto, o conjunto de ações de marketing voltadas para dentro – ou seja, para o público interno da organização. De acordo com Bekin:
Angeloni afirma que o endomarketing está sustentado em três premissas:
Esse conjunto
de ações de marketing voltadas ao público interno
das empresas tem como missão básica, para Torquato, contribuir
para o desenvolvimento e a manutenção de um clima positivo,
propício ao cumprimento de metas estratégicas da organização,
ao crescimento contínuo de suas atividades e serviços e
à expansão de suas linhas de produtos. |
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| Torquato enumera uma série de objetivos que podem ser atingidos por meio dessa forma de comunicação interna:
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Notam-se, nas diferentes abordagens anteriores, alguns pontos comuns:
Por fim, Carvalho aponta que os gestores das organizações começam a compreender melhor a aplicação do endomarketing e o quanto ele pode contribuir para os resultados. Assim, o momento atual aponta três desafios relacionados a este tema:
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3.3.3 - Comunicação social voltada ao público interno As ações
de comunicação social direcionadas ao público interno
são coletivas (no sentido de massivas), veiculadas por mídias
como jornais, revistas, rádio, televisão e intranet.
Para atingir
esses objetivos, são utilizados, no âmbito organizacional
interno, meios de comunicação tipicamente de massa, como
jornais, revistas, rádio e televisão – como visto
anteriormente. Essas mídias atendem a características inerentes
ao jornalismo: atualidade, periodicidade,
universalidade e difusão coletiva.
As duas últimas referem-se à abrangência temática
dos conteúdos, à dispersão geográfica e à
circulação das mensagens para uma coletividade, como características
massivas. |
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Levando-se em conta essas características, resta a necessidade de definição da mídia a ser empregada. Para isso, são fatores a serem considerados:
Além
desses fatores, o autor lembra que o planejamento estratégico levará
em consideração a natureza dos canais jornalísticos
e sua integração aos canais de comunicações
gerenciais e administrativas. Isto é, deve-se levar em conta a
realidade de todas as formas de comunicação da organização. |
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Independentemente da mídia a ser definida, cabe atentar à necessidade de que ela seja produzida de forma profissional, com uma qualidade a mais próxima possível da encontrada em jornais, revistas ou outros meios de comunicação de massa produzidos no ambiente externo.
Alguns autores
assinalam que isso se deve ao fato de que o público interno confronta,
o tempo todo, os padrões de criação e produção
das mídias internas de massa com o das mídias externas tradicionais.
Assim, seguir os padrões de criação e produção
das mídias externas de massa é condição básica
para assegurar a eficiência e a credibilidade da comunicação
empresarial para o público interno. |
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| Quanto ao conteúdo das publicações, pode abranger as mais diversas áreas e tipos de matérias, desde aquelas mais ligadas à organização - como matérias institucionais (normas, projetos, produtos, serviços), de cunho motivacional (concursos, prêmios, promoções), de orientação profissional (saúdes, programas de treinamento), associativas (festas, casamentos, nascimentos) ou operacionais (processos de fabricação, inovações técnicas) – ou de caráter mais abrangente – como educativas (história, geografia, conhecimentos gerais) e de entretenimento (curiosidades, quadrinhos, palavras cruzadas). Por fim, Torquato inclui a possibilidade de a comunicação social auxiliar na divulgação e efetividade de campanhas internas, que abrangem uma diversidade de fins:
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Como você percebeu, a comunicação social e suas mídias podem ser utilizadas para dar um caráter criativo à divulgação dessas campanhas. Agora, assista a vídeo produzido pela Nós da Comunicação, no qual Paulo Clemen expõe conceituação e trata das dimensões que leva em conta em sua abordagem sobre comunicação interna. Vistas essas características dos diversos tipos de comunicação interna, vamos estudar, a seguir, a outra dimensão da comunicação empresarial: a comunicação externa. |
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Resumo A comunicação empresarial possui duas dimensões: a interna e a externa, de acordo com os diferentes públicos aos quais ela se dirige – funcionários, clientes, fornecedores, acionistas etc. – e a ao meio no qual fluem as mensagem (dentro ou fora da organização). Para Neves, a comunicação interna tem como responsabilidade determinar as estratégias de como e quando levar as mensagens ao público interno considerando as estratégias da organização e da comunicação. A comunicação interna é uma ferramenta estratégica para compatibilizar os interesses dos empregados e da empresa, mediante o estímulo ao diálogo, à troca de informações e de experiências e à participação de todos os níveis. O objetivo principal da comunicação interna é promover a máxima integração entre a empresa e seus empregados, devendo ser um setor planejado com objetivos definidos para viabilizar toda a interação possível entre as duas partes. Angeloni afirma que, para que a comunicação interna atinja seus objetivos, é necessário que ela seja transparente e tenha credibilidade, e a credibilidade só é atingida se o discurso é condizente com a prática do dia a dia. Assim, propõe uma série de objetivos relacionados à comunicação interna, dentre os quais podemos ressaltar: informar e integrar todos os colaboradores da empresa; tornar determinante a participação dos colaboradores no andamento dos negócios; facilitar a comunicação empresarial, deixando-a clara e objetiva para o público interno; ajudar na construção de um comportamento profissional necessários aos negócios; e conhecer a opinião, os sentimentos, as aspirações das pessoas. A comunicação interna será abordada de acordo com a ótica da comunicação administrativa, do endomarketing e da comunicação social voltada ao público interno. A comunicação
administrativa, segundo Torquato, refere-se à comunicação
administrativa como aquela que abrange todos os conteúdos relativos
ao cotidiano da organização, normalmente de caráter
técnico-normativo, com a finalidade de orientar, atualizar, ordenar
e reordenar o fluxo das atividades funcionais. |
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Para o autor, muitas vezes, esses documentos entopem os canais da organização, prejudicando suas operações, ou seja, ao invés de chegarem ao destinatário, param no meio do processo de transmissão, em função de problemas gerenciais, do acúmulo administrativo e da excessiva quantidade de canais de comunicação. Para minimizar esses aspectos dificultadores e aprimorar a comunicação, o autor sugere um programa de aperfeiçoamento, com foco em diversas ações. O termo endomarketing provém da junção do prefixo grego éndon , que significa ação ou movimento para dentro’, com marketing. Assim, grosso modo, significa o conjunto de ações de marketing voltado para dentro – ou seja, para o público interno da organização. Bekin conceitua endomarketing como ações de marketing voltadas para o público interno da empresa, com o fim de promover entre seus funcionários e departamentos aqueles valores destinados a servir o cliente. Angeloni afirma que o endomarketing está sustentado em três premissas: 1. o mercado é orientado para o cliente, que só pode ser conquistado e retido por meio de um serviço excelente; 2. colaboradores são um ativo valioso e constituem o primeiro mercado para organização, devendo ser tratados como clientes e valorizados como pessoas; e 3. excelência de serviços para os clientes e gerenciamento de pessoas significam muito mais do que sorrisos e tapinhas nas costas; significam desenvolver e comprometer os colaboradores com os objetivos e decisões da empresa. Esse conjunto de ações de marketing voltadas ao público interno das empresas tem como missão básica, para Torquato, contribuir para o desenvolvimento e a manutenção de um clima positivo, propício ao cumprimento de metas estratégicas da organização, ao crescimento contínuo de suas atividades e serviços e à expansão de suas linhas de produtos. As ações
de comunicação social direcionadas ao público interno
são coletivas ou de massa, por meio de mídias como jornais,
revistas, rádio, televisão e intranet. |
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Entre os objetivos da comunicação social em ambientes organizacionais, Torquato aponta:
Para atingir esses objetivos, são utilizados, no âmbito organizacional interno, meios de comunicação tipicamente de massa, como jornais, revistas, rádio e televisão – como visto anteriormente. Essas mídias atendem a características inerentes ao jornalismo: atualidade, periodicidade, universalidade e difusão coletiva. As duas últimas referem-se à abrangência temática dos conteúdos, à dispersão geográfica e à circulação das mensagens para uma coletividade, como características massivas – como assinala Torquato. Levando-se em conta essas características, resta a necessidade de definição da mídia a ser empregada. Para isso, são fatores a serem considerados: o porte da organização (que vai influenciar na tiragem), a dispersão geográfica de suas unidades (que influencia a distribuição), aos tipos de público que se quer atingir (que se relaciona com diversos aspectos, como estilo de linguagem, temas, forma de abordagem dos assuntos etc.) e a periodicidade das mensagens (que implica custos e questões de cronograma, dentre outros). Independentemente da mídia a ser definida, cabe atentar à necessidade de que ela seja produzida de forma profissional, com uma qualidade a mais próxima possível da encontrada em jornais, revistas ou outros meios de comunicação de massa produzidos no ambiente externo. Quanto ao conteúdo das publicações, pode abranger as mais diversas áreas e tipos de matérias, desde aquelas mais ligadas à organização – como matérias institucionais, de cunho motivacional, de orientação profissional, associativas ou operacionais – ou de caráter mais abrangente – como educativas e de entretenimento. A comunicação social pode auxiliar, ainda, na divulgação e efetividade de campanhas internas, que abrangem uma diversidade de fins: mudança de padrões culturais, prevenção de acidentes, integração departamental, competitividade, aperfeiçoamento profissional e estímulo à criatividade. |
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– A comunicação externa
A comunicação externa é responsável pelo posicionamento e pela imagem da organização junto à sociedade; assim, seu foco é a opinião pública. Entre os públicos externos à organização, podemos destacar, entre outros: • os clientes,
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| Para Torquato, os objetivos da comunicação externa são:
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| Além desses objetivos, Torquato relaciona princípios e valores que podem guiar os programas de comunicação elaborados pela empresa. São eles:
A responsabilidade social, quando inclui a necessidade de a empresa pautar sua atuação pelo respeito e estímulo à conservação do meio ambiente, também costuma ser denominado responsabilidade socioambiental ou, na visão do Instituto Ethos, Responsabilidade Social Empresarial (RSE). São exemplos de ações que abrangem a dimensão ambiental, nesse conceito, dentre outras: • otimização
do uso de fontes energéticas no desenvolvimento de seus produtos
e disponibilização de seus serviços; |
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| 2 – Tipos e áreas de atuação da comunicação externa Angeloni e Neves apontam dois tipos de comunicação relacionados à atuação junto ao público externo das empresas: a comunicação de marketing e a comunicação institucional. Veja a seguir.
Para efeito didático, dentre os dois tipos acima, abordaremos a comunicação externa analisando as seguintes áreas de atuação das empresas: • na
comunicação de marketing, essa própria;
Aspectos específicos
relacionados à gestão da imagem da organização,
outra importante função desempenhada junto ao público
externo, serão tratados de forma separada, adiante. |
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2.1 – Comunicação de marketing Segundo Argenti, a área de comunicação de marketing: • coordena
e gerencia a publicidade relativa a novos produtos ou a produtos existentes, Além da compra de espaços comerciais em mídias diversas, uma das principais formas de publicidade dos produtos, inclui patrocínios a eventos diversos, normalmente de cunho esportivo ou cultural. Assim, dependendo da estratégia de marketing da empresa, pode ser interessante patrocinar um ou outro tipo de evento, destinado a determinado público. Veja um exemplo. Hoje em dia, não basta às empresas desenvolverem bons produtos e fornecerem serviços adequados: elas precisam comunicar os atributos desses produtos e posicioná-los como os melhores, imprescindíveis, indispensáveis às pessoas. Saiba + Por fim, cabe ressaltar um aspecto importante: não se deve confundir a comunicação de marketing com a atividade de marketing em si. Observe:
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| 2.1 – Relações com a mídia/ assessoria de imprensa O relacionamento da empresa com a mídia é realizado, atualmente, através de departamento próprio ou de forma terceirizada, contratando-se assessoria de imprensa. Nesse sentido, de acordo com Farias, constitui-se um dos instrumentos mais utilizados para a divulgação de fatos institucionais e como fonte de recursos para agências e profissionais. Segundo o autor, é fundamental que a estratégia de relacionamento com a mídia seja fruto de uma ação contínua, estruturada e planejada, que vise não somente à mão-única de fornecimento de informações à imprensa ou ao atendimento das demandas oriundas desta, mas à percepção de um cenário no qual a imprensa é um dos muitos elementos que contribuem para a formação de opinião dos públicos estratégicos a cada organização. Nesse contexto, a imprensa está contida na mídia, que também é fonte para o planejamento comunicacional das organizações, tanto institucional quanto promocionalmente.
A assessoria de imprensa é definida como:
Posto de outra maneira, trata-se da atividade de comunicação que busca a veiculação de notícias sobre a empresa, na mídia, de teor positivo e gratuitamente. |
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O principal instrumento utilizado pela assessoria de imprensa para fazer chegar aos órgãos de imprensa tais fatos noticiáveis é o press release ou apenas release. A sua ideia original é auxiliar na composição da pauta dos órgãos de imprensa – não de ser notícia acabada. Eventualmente, as empresas podem ter interesse em desenvolver o produto em audiovisual, contratando produtora para esse fim. Nessa situação, é denominado release eletrônico ou video release. A grande virtude do release é gerar repercussão do nome (e, por consequência, da imagem) da empresa junto à mídia e ao público. Por outro lado, a principal crítica em relação a ele é que gera acomodação dos jornalistas, que, muitas vezes, acabam utilizando-o como notícia pronta e, com isso, não apuram a veracidade da informação veiculada, acabando por cumprir um papel de meros repassadores (intermediários) de informação da empresa para a audiência.
Exemplo
de release (produzido pela Vale) |
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Além do release, existem outros meios que as assessorias de imprensa utilizam no seu relacionamento com a mídia, tais como:
Estabelecidas as ações de comunicação prestadas pela área interna de relações com a mídia ou pela assessoria de imprensa, torna-se necessário mensurar os resultados obtidos por meio delas. Diversas são as formas de se fazer essa medição. A mais tradicional de todas é o clipping ou clipagem, que se trata da coleta sistematizada de recortes (no caso da mídia impressa) ou gravações (meios audiovisuais) de tudo o que foi publicado/ veiculado sobre a empresa em determinado período de tempo. Saiba + A partir dessas informações, uma série de análises pode ser feita, indicando, por exemplo, a frequência, o volume (quantidade de vezes) e a qualidade da abordagem (positiva, neutra, negativa) de exposição da empresa à mídia. |
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| Há diversos outros indicadores de resultados da atividade de assessoria de imprensa, tais como:
Atualmente, uma das formas para realizar essa avaliação de resultados é por meio da auditoria de mídia.
O principal instrumento utilizado para esse fim é a avaliação de percepção, obtida a partir de entrevistas com jornalistas-chave, por intermédio das quais se identificam conhecimento, posicionamento e interesse pelos temas. Para alguns autores, a auditoria de mídia desempenha uma função estratégica, agregando informação ao trabalho de clipping e, com isso, transformando informação em conhecimento. Isso ocorre porque, diferentemente da clipagem, que privilegia a análise quantitativa de dados sobre a presença da empresa em diversas mídias, a auditora de mídia analisa qualitativamente essas informações. Com base
nisso, podem-se definir estratégias para posicionar ou reposicionar
a imagem de uma organização perante os públicos de
interesse e a própria opinião pública, bem como identificar
oportunidades de divulgação. |
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| Duarte propõe elementos para a elaboração de um planejamento estratégico específico para assessorias de imprensa. Para isso, é necessário que sua confecção atenda a conceitos de estratégia e que as chamadas ações estratégicas junto à imprensa estejam integradas à visão estratégica geral da organização. Segundo o autor, as fases de elaboração de um planejamento estratégico para assessoria de imprensa são:
O esquema proposto por Duarte tem a virtude de demonstrar a necessidade de que a área de assessoria de imprensa pense de forma estratégica e que o conjunto de ações por ela realizado esteja integrado, tanto internamente quanto com o plano de comunicação empresarial e com o plano estratégico da empresa (quando tratar-se de área interna), de forma a que haja sinergia entre elas. Com isso, objetiva-se que a comunicação possa exercer seu papel da melhor forma possível, contribuindo para o atingimento dos resultados da organização. |
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| 2.3 – Relações com investidores Como explica Argenti, as relações com investidores (RI) são uma subfunção essencial de um programa de comunicação empresarial, que tem como objetivo principal posicionar a empresa para competir de forma eficiente pelo capital dos investidores.
A complexidade da atividade exercida por ele é tamanha que requer tanto conhecimento financeiro quanto sólidas habilidades de comunicação – uma vez que desempenham atividades tradicionalmente tratadas por profissionais de relações públicas e de mídia –, além de precisar relacionar a comunicação à estratégia e à visão da empresa. |
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| Argenti classifica os investidores como institucionais (bancos, seguradoras, fundos de pensão etc.) e de varejo (acionistas individuais). Os investidores institucionais têm maiores participações que os individuais e transacionam de forma mais ativa, tendo, assim, maior influência sobre a volatilidade do preço das ações. O contato do profissional de RI com esses investidores pode ser realizado de diversas formas, como por meio de contatos telefônicos e reuniões particulares com analistas e representantes dessas instituições. Os investidores de varejo (individuais) detêm participações menores que os institucionais e geram menor volume de transações. A divulgação junto a esses investidores inclui mensagens diretas a grupos de afinidades (acionistas atuais, funcionários, clientes, fornecedores), informações disponibilizadas na internet e ações de mídia e de propaganda, dentre outras. Quanto à estrutura, a função de RI de uma empresa pode variar de totalmente interna até totalmente terceirizada. Quando se opta pela terceirização, podem-se escolher agências especializadas em trabalho de RI ou agências de relações públicas que ofereçam serviço de RI entre suas atividades. Independentemente da solução escolhida, o autor ressalta a importância de que os profissionais de RI possam ter acesso direto a executivos da alta direção. Analisadas todas essas dimensões, a maneira como tudo isso deve ser abordado não é diferente de outra atividade de comunicação: as empresas precisam seguir uma estratégia de comunicação que inclua uma compreensão clara dos objetivos da empresa e uma análise profunda de seu público, de forma que mensagens apropriadas possam ser feitas e transmitidas. Para entendermos um pouco mais sobre o significado de Relações com Investidores, assista ao vídeo produzido pela Nós da Comunicação sobre esse tema.
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| Resumo
A comunicação externa é responsável pelo posicionamento e pela imagem da organização junto à sociedade; assim, seu foco é a opinião pública. Entre os públicos externos à organização, podemos destacar, entre outros, os clientes, a imprensa, os concorrentes, os parceiros, os governos (locais, regionais e nacionais), os sindicatos, as associações de classe e as organizações não governamentais (ONGs). Para o autor, os objetivos da comunicação externa são:
Além desses objetivos, Torquato relaciona princípios e valores que podem guiar os programas de comunicação elaborados pela empresa. São eles: verdade, qualidade, adequação, clareza, equilíbrio, rapidez, oportunidade, confiança/ credibilidade, prevenção, cordialidade e respeito, impessoalidade, uniformidade e coerência, direcionalidade e responsabilidade social. |
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| Angeloni e Neves apontam dois tipos de comunicação relacionados à atuação junto ao público externo das empresas:
Abordamos também, neste módulo, a comunicação externa sob a ótica das seguintes áreas de atuação das empresas:
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