3 - A terminologia contábil

Todo ramo do saber humano tem sua linguagem especial. Isso ocorre, também, com a Contabilidade, que possui linguagem própria. Embora alguns termos contábeis coincidam com termos utilizados em nossa linguagem cotidiana, eles nem sempre significam a mesma coisa. Apresentamos, a seguir, dois exemplos:

  • na linguagem coloquial, ativo significa uma pessoa esperta, rápida. Já na Contabilidade, ativo são os recursos econômicos possuídos por uma empresa;
  • razão, na linguagem cotidiana, é sinônimo de raciocínio, ou seja, é a faculdade de avaliar idéias universais. Mas, na Contabilidade, razão é um livro de escrituração mercantil que contém o resumo das contas lançadas no diário.

Os registros contábeis devem fornecer informações confiáveis e no nível de detalhe adequado. Para isso, há necessidade de padronização e normatização do trabalho contábil, inclusive em relação à terminologia, evitando interpretações equivocadas das transações registradas pela empresa. O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) estabelece que “os termos utilizados nos registros e nas demonstrações contábeis conseqüentes devem expressar, tanto quanto possível, o verdadeiro significado das transações ocorridas, preservando-se expressões do idioma nacional". Deve-se evitar, portanto, termos americanizados, como cash ou goodwill.

A utilização de termos muito genéricos também não é aconselhável por permitir falhas na percepção de detalhes relevantes, indicadores de problemas ou aspectos positivos da situação patrimonial da entidade. O termo "credores", por exemplo, apresenta informações muito agregadas, omitindo a identificação dos tipos de credores, como fornecedores, bancos ou governo. Com isso, a entidade pode estar com elevadas dívidas tributárias e esse fato não ser percebido pelos usuários da informação contábil.



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