| Unidade 3 | Módulo 1 | Tela 1 |
| 1 - Patrimônio
e Seus Elementos
O patrimônio forma-se por acumulação de bens. No início da formação do mundo, os indivíduos não possuíam patrimônio, pois, para satisfazer suas necessidades primárias de alimentação e habitação, moravam em cavernas naturais e, quando tinham fome, saiam procurando o que comer. Com o passar do tempo, o homem começou a guardar comida para o dia seguinte e a acumular peles de animais para usá-las quando delas necessitasse. Aos poucos, o homem primitivo começou também a perceber que poderia acumular bens para trocá-los por outros que ele não possuía. Esse conjunto de bens que ele guardava constituía seu patrimônio.
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Tela 2 |
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Considera-se, na atualidade, patrimônio como o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade, sendo que os bens e direitos são valores positivos e as obrigações representam valores negativos. Veja quadro abaixo:
O patrimônio abrange, portanto, tudo aquilo que a pessoa tem (bens e direitos) e tudo que a pessoa deve (obrigações). |
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Tela 3 |
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2 - Bem é qualquer coisa suscetível de avaliação econômica. É a utilidade que dá ao bem valor econômico, porque ninguém o desejaria se não fosse útil e ele não teria, portanto, valor de troca. Além disso, é preciso que o bem seja apropriável, isto é, que possa ser propriedade de alguém. Se o bem não for apropriável não poderá ser permutado.
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Tela 4 |
| Os bens
classificam-se em duas espécies: imóveis e móveis.
São bens imóveis aqueles que não possam ser
deslocados do seu lugar natural sem dano, aqueles que possam ser incorporados
ao solo, tais como: terrenos, prédios e árvores. E são
bens móveis os que podem ser objeto de remoção
sem dano, por força própria ou alheia, como: animais, dinheiro,
equipamentos, máquinas e mercadorias. Existem
outras classificações, como aquela que divide os bens em
materiais imateriais, ou corpóreos e incorpóreos, ou tangíveis
e intangíveis. Os bens materiais são, por exemplo,
os equipamentos, as matérias-primas, os veículos, os prédios
e as mercadorias. Como imateriais, temos os créditos (valores
a receber de terceiros), marcas, patentes etc. |
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Tela 5 |
| 3 - Direitos
são bens que nos pertencem, mas estão sob a posse de terceiros.
No sentido contábil, são os créditos a receber de terceiros.
Exemplificando: contas a receber por vendas a prazo de mercadorias, dinheiro
aplicado em instituições bancárias, renda fixa resultante
de aquisição de títulos de crédito, e cheque
nominativo ou ao portador referente a serviços prestados.
Observa-se que ao nascer um direito para uma pessoa, surge uma obrigação para outra pessoa, decorrente desse direito.
Obrigações são dívidas ou compromissos para com terceiros, tais como: impostos a recolher, duplicatas a pagar, empréstimos bancários a honrar e contas mensais de serviços adquiridos (energia elétrica e telefone). Exercício Observe e identifique as contas de um Balancete de Verificação de uma empresa comercial. Clique na letra que indica o elemento correspondente: (B) para bens, (D) para direitos ou (O) para obrigações. |
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Tela 6 |
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4 - Ativo
e Passivo
O excesso do ATIVO sobre o PASSIVO representa o capital, também chamado de Patrimônio Líquido, parcela que aparece no PASSIVO para completar a igualdade entre o total do ATIVO e o do PASSIVO. Essa igualdade é denominada equação patrimonial, a ser vista no módulo 2 da Unidade 03 (que é o módulo seguinte) . |
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Tela 7 |
| O ATIVO patrimonial
abrange as aplicações de capitais em bens e direitos,
variando essa aplicação de acordo com a natureza da entidade;
o PASSIVO compreende a origem dos capitais, ou seja, a fonte de onde provêm.
Serão vistos, a seguir, os componentes do ATIVO, ou investimentos patrimoniais, e os do PASSIVO, que são as fontes de financiamento do patrimônio. Patrimônio como investimento: de acordo com a natureza das entidades e a finalidade dos itens patrimoniais, os bens e direitos que compõem seu ATIVO recebem destinação específica, necessária à consecução de seus objetivos.
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Tela 8 |
| Em face da
divergência de naturezas e finalidades das entidades, não podemos
estabelecer classificação uniforme de componentes patrimoniais,
mas podemos criar grupos gerais, comuns a todas elas; entretanto, os bens
e direitos têm diversas classificações dentro desses
grupos, de acordo com a natureza da entidade, a destinação
dos bens e o prazo de realização dos direitos, isto é,
de seu recebimento. Um prédio, um veículo ou um imóvel,
por exemplo, não têm a mesma destinação em todas
as entidades, pois umas os destinam a uso próprio e outras à
venda. O mesmo ocorre com certos bens, ou mesmo com créditos da entidade
(direitos), que podem existir em algumas e não existir em outras,
de acordo com suas finalidades.
Os valores ATIVOS recebem, portanto, classificação de acordo com a natureza e a destinação dos bens em que são investidos os capitais. |
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Tela 9 |
| Patrimônio
como fonte de financiamento: se o ATIVO indica a aplicação
dos capitais e o PASSIVO a origem desses capitais, teremos a representação,
por meio das contas do PASSIVO, das fontes de financiamento para
formação do ATIVO.
Nas entidades
com fins lucrativos (empresas), o patrimônio se forma com a dotação
de um capital inicial, aplicado por seu titular. Esse capital sofrerá
variações, aumentativas e/ou diminutivas, mas será
sempre a parcela que pertence aos proprietários e que lhes caberá
em caso de liquidação de haveres e conseqüente paralisação
das atividades patrimoniais. Nessas condições, as fontes de financiamento podem ser divididas em dois grupos: capitais próprios e capitais de terceiros. |
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Tela 10 |
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Os capitais próprios distinguem-se, de acordo com sua origem, em dois grupos: (1) aqueles que tiveram sua origem fora do patrimônio e que foram fornecidos por seu titular; (2) aqueles que se originaram da própria atividade patrimonial, como lucros e reservas.
Os capitais de terceiros também merecem classificação, de acordo com sua origem, em:
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Tela 11 |
| Em Contabilidade,
a palavra Capital é habitualmente utilizada para representar
o dinheiro ou bens materiais que os proprietários (titular, sócios
ou acionistas) ou terceiros (fornecedores e/ou financiadores) colocam à
disposição da entidade para que ela possa iniciar suas atividades.
Após determinado período de atividades, essa importância
inicial sofre modificações, pois o objetivo das empresas (entidades
com fins econômicos) é o aumento de suas riquezas.
Os atos constitutivos da entidade fixam o valor do Capital Social, expresso em moeda nacional. Ele pode ser alterado no decorrer da vida da entidade, mediante integralização de lucros ou reservas ou aportes de novos recursos externos. A variação aumentativa do Capital aparece em outras contas, como de Reservas ou Lucros, denominando-se Capital Real a soma de todos esses valores, isto é, o Capital Inicial mais as reservas e os lucros decorrentes da atividade econômica. Essa soma chama-se também Patrimônio Líquido, porque é a parte do patrimônio que realmente pertence a seus titulares (proprietários de ações ou quotas de capital). |
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Tela 12 |
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Todo Capital é Patrimônio Líquido, mas nem todo Patrimônio Líquido é Capital, já que os lucros gerados pelo Capital fazem parte do Patrimônio Líquido, porém não foram valores entregues pelos sócios ou acionistas, tendo sido produzidos pela própria entidade.
Vendidos todos os bens, recebidos os créditos e pagos os débitos, o proprietário do patrimônio estará de posse de uma importância líquida, que é seu Capital. Não se deve confundir, entretanto, Capital com dinheiro, porque esse excesso que pertence ao proprietário pode ser representado por outros bens e/ou direitos. |
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Tela 13 |
| Como explicar
a diferença entre Capital e Patrimônio? A origem dos capitais em qualquer entidade está representada por seu passivo. Daí afirmar-se que o Capital total à disposição de uma entidade é igual a seu passivo. A soma dos capitais disponíveis é aplicada pela entidade, com vistas à produção de bens e serviços, isto é, com os recursos originários dos proprietários ou de terceiros, a entidade adquire máquinas, equipamentos, mercadorias etc. Isso constitui a aplicação dos capitais e esses elementos compõem o ATIVO. Por sua vez, o patrimônio é o conjunto dos bens, direitos e obrigações de uma entidade, ou seja, o patrimônio pode ser conceituado como um conjunto de capitais cuja origem é representada pelo PASSIVO e a aplicação pelo ATIVO. |
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Tela 14 |
| Existem diversos
conceitos de Capital, entre os quais foram destacados:
Capital Social corresponde ao valor constante dos atos constitutivos do Capital da entidade. Representa o investimento inicial feito pelos proprietários e faz parte do Patrimônio Líquido. Ele só será alterado quando os proprietários da entidade realizarem investimentos adicionais (aumentos de Capital) ou desinvestimentos (diminuições de capital).
Suponha-se que duas pessoas resolvam constituir uma sociedade comercial e a denominem CERES, participando uma delas com R$ 750.000,00 em dinheiro e a outra com R$ 500.000,00 em mercadorias e R$ 250.000,00 em móveis e utensílios. Geralmente, esta situação seria assim representada:
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Tela 15 |
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Capital
Próprio é igual ao Patrimônio Líquido ou
Situação Líquida. Constitui a riqueza líquida
à disposição dos proprietários. Compreende
a soma de Capital Social, Lucros Acumulados e Reservas.
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Tela 16 |
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Capital de Terceiros representa a aplicação dos recursos provenientes de financiadores (fontes de financiamento) e/ou fornecedores (fontes de funcionamento). É o mesmo que Passivo Exigível. Suponha-se que a Sociedade Ceres adquira de fornecedores R$ 400.000,00 de mercadorias a prazo, objetivando repor seus estoques. Seu patrimônio
passaria a ter a seguinte configuração:
O Capital de Terceiros, neste caso, é representado pela expressão monetária do elemento "fornecedores". |
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Tela 17 |
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Capital à Disposição da Entidade - O conceito contábil de Capital abrange todo o conjunto de recursos postos à disposição da entidade, seja pelos proprietários, seja por terceiros. É, portanto, o mesmo que Passivo Total (Exigível + Patrimônio Líquido). No exemplo da Sociedade Comercial Ceres, após a terceira configuração patrimonial, identifica-se o seguinte: Capital Social.......................................R$
1.500.000,00; |
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Tela 18 |
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Capital
Realizado, a Realizar e Subscrito - Diz-se que o Capital Social só
é realizado ou integralizado quando os recursos correspondentes
são transferidos do patrimônio dos sócios para o da
entidade. Eis porque a Lei nº 6.404/76 exige: Assim sendo, quando um sócio se compromete formalmente a entregar certa importância, em data futura, para compor o Capital Social da entidade, diz-se que, embora tenha havido uma subscrição, aquela parcela do Capital, correspondente aos recursos não entregues, encontra-se a integralizar ou a realizar. Pode-se concluir, dessa forma, que o Capital Subscrito pode ou não estar integralizado. Tome-se ainda, como exemplo, a Sociedade Ceres. Suponha-se que, ao ser formado o Capital Inicial da entidade, um dos sócios possuísse apenas R$ 500.000,00 em dinheiro, assumindo o compromisso de transferir para o patrimônio da Sociedade metade dos R$ 250.000,00 em 30 dias e a outra metade em 60 dias. Graficamente, a situação representada no item sobre Capital Social teria a seguinte configuração após as modificações previstas neste item:
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Tela 19 |
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Capital Autorizado: toda mudança na constituição do Capital Social só pode ser feita por meio de uma alteração do Estatuto, Contrato ou Registro da Empresa na Junta Comercial ou no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas, conforme o caso. Para reduzir esse transtorno, a Lei nº 6.404/76, que dispõe sobre as Sociedades por Ações, instituiu a figura jurídica denominada Capital Autorizado. Isso significa que, nas Sociedades Anônimas, a Assembléia Geral dos Acionistas pode delegar ao Conselho de Administração (órgão executivo das Sociedades Anônimas) a faculdade de elevar o Capital Social até determinado limite autorizado. Suponha-se que em uma Sociedade Anônima de Capital Autorizado a Assembléia Geral tenha deliberado:
Assim sendo,
na data da subscrição do aumento de Capital, identificam-se
os seguintes tipos de Capital e seus respectivos valores:
Observa-se, portanto, que o Capital Autorizado foi criado, pela Lei nº 6.404/76, como um instrumento de flexibilidade para as Sociedades Anônimas poderem elevar seu Capital Social com menos burocracia. |
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Tela 20 |
| 5 - Universalidade
do Patrimônio: Qualquer pessoa é titular de um patrimônio.
Qualquer cidadão possui bens, direitos e obrigações;
o que varia é o valor do patrimônio de uma para outra pessoa.
Da mesma forma com relação as empresas.
Toda empresa tem um patrimônio, variando apenas o tamanho do mesmo, numa escala que pode ir do patrimônio da microempresa até o patrimônio de uma grande multinacional. |
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Tela 21 |
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6 - Aspectos Estáticos e Dinâmicos do Patrimônio Observando-se um patrimônio em determinado momento, por exemplo, na ocasião do levantamento do Balanço Patrimonial, está-se frente ao seu aspecto estático. Entretanto, o patrimônio está em constante mudança e ela, que tanto pode ser quantitativa como qualitativa, isto é, pode alterar seus componentes ou seus valores, fazem do patrimônio um conjunto de elementos dinâmicos que evoluem constante e rapidamente. As mutações ocorrem sempre que a entidade efetua qualquer tipo de transação - pagamentos, recebimentos, compras, vendas, empréstimos ou outra similar. |
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Tela 22 |
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A seguir, como exemplo do dinamismo patrimonial, serão apresentados três fatos administrativos, ocorridos em determinada empresa. Observe que a igualdade entre o ATIVO e o PASSIVO sempre se mantém. |
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Tela 23 |
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Resumo O patrimônio compõe-se de uma parte positiva, denominada ativo, e de outra negativa, intitulada passivo. O excesso do ativo sobre o passivo exigível representa o capital próprio, também chamado de Patrimônio Líquido. Esta parcela aparece no passivo para completar a igualdade entre o total do ativo e o do passivo. Essa igualdade é denominada equação patrimonial. O Capital social representa o dinheiro ou bens materiais que os sócios ou terceiros colocam à disposição da entidade para que ela possa iniciar suas atividades e o Patrimônio Líquido é formado inicialmente pelo capital, recebendo posteriormente outras parcelas como lucros e reservas. O Patrimônio Líquido não se confunde com o patrimônio da entidade porque este pode ser conceituado como um conjunto bens e direitos colocados à disposição da empresa, oriundos de capitais próprios ou de terceiros. Alguns conceitos de Capital merecem destaque: O Capital Social ou Nominal representa o investimento inicial feito pelos proprietários da entidade e faz parte do Patrimônio Líquido; o Capital Próprio constitui a riqueza líquida à disposição dos proprietários e compreende a soma do Capital Social com os Lucros Acumulados e as Reservas; o Capital de Terceiros representa as obrigações da entidade, indicando as fontes de recursos utilizados para financiar as operações da empresa. O Capital Subscrito pode estar integralizado ou a integralizar. É chamado de Capital Realizado ou Integralizado quando os recursos correspondentes são transferidos do patrimônio dos sócios para o da entidade. O patrimônio é dinâmico, ocorrendo as mutações sempre que a entidade efetua qualquer tipo de transação, mas o Balanço é uma demonstração estática porque apresenta o Patrimônio em um determinado momento. |
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| Unidade 3 | Módulo 2 | Tela 24 |
| 1 - Patrimônio
como fundo de valores
A contabilidade estuda os componentes patrimoniais em seus aspectos qualitativos e quantitativos. No aspecto qualitativo, eles são classificados de acordo com a natureza e a destinação de cada um dos bens, direitos ou obrigações que formam esse patrimônio e são representados por contas, como: Caixa, Mercadorias e Contas a Pagar. Analisados do ângulo quantitativo, esses elementos são considerados sob um aspecto homogêneo, que é o da tradução monetária de seus valores. Sob esse aspecto, o patrimônio representa um fundo de valores, exibindo, de um lado, os valores positivos (bens e direitos) e, de outro, os negativos (obrigações). A diferença entre os valores positivos e negativos é chamada de situação líquida ou Patrimônio Líquido. |
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Tela 25 |
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Já foi dito que o passivo é formado pelas obrigações da entidade. Porém, na exemplificação das obrigações, foram citadas apenas as obrigações da entidade para com terceiros. Não se falou das obrigações para com os sócios. Entretanto, o dinheiro que os sócios entregam à entidade, para a integralização do Capital, é uma obrigação da entidade para com eles, denominada de situação líquida ou Patrimônio Líquido. Ela se modifica com as alterações de Capital e pela apuração de lucros ou prejuízos. É claro que os prejuízos poderão tornar a situação líquida negativa. Nessas condições, os sócios passarão a ter obrigações para com a entidade e não o inverso.
Tendo em vista esse novo componente, a equação fundamental do patrimônio é a seguinte:
Donde se conclui que Patrimônio Bruto é o que a entidade tem, independentemente de suas dívidas, daí a igualdade:
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Tela 26 |
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Tudo gira em torno da equação patrimonial, que deu origem ao moderno conceito de Contabilidade. Para melhor compreensão da importância dessa equação, será apresentado um exemplo:
Os dados sobre o patrimônio de Rogério permitem o cálculo do valor do seu Patrimônio Líquido, utilizando-se a equação patrimonial:
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Tela 27 |
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Isso significa que, embora ele tenha bens no valor de R$ 2.030.000,00 e direitos no total de R$ 60.000,00, o fato de ter dívidas (obrigações) no montante de R$ 1.075.000,00 faz com que sua riqueza efetiva (Patrimônio Líquido) seja reduzida para R$ 1.015.000,00. Em outras palavras, se ele resolvesse transformar em dinheiro tudo o que tem e pagar tudo o que deve, ficaria com um saldo de R$ 1.015.000,00. Daí a importância do Patrimônio Líquido como medidor de riqueza.
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Tela 28 |
| 2 - Avaliação da Situação Patrimonial O Administrador deve compreender as demonstrações contábeis e os elementos patrimoniais, sob pena de tomar decisões equivocadas por desconhecer a situação da sua própria empresa ou mesmo de um cliente ou fornecedor. Uma empresa
pode possuir muitos bens, mas apresentar um Passivo Exigível muito
elevado que comprometa suas operações.
O
que significa isso? |
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Tela 29 |
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O registro dos fatos administrativos, além de possibilitar a quantificação dos elementos patrimoniais quando se coloca a expressão monetária dos bens, direitos e obrigações, também permite identificar no Patrimônio Líquido o crescimento ou decréscimo da riqueza efetiva da entidade. Suponhamos uma empresa constituída com um Capital Inicial em dinheiro, no montante de R$ 22.000,00, disponibilizado por duas pessoas. A representação contábil desse fato foi a seguinte:
No primeiro mês de funcionamento, ocorreram as seguintes transações: (1) aquisição
de móveis e utensílios, no valor de R$ 3.000,00, provenientes
de recursos adicionais, tendo sido necessário um aumento de Capital
em igual valor; |
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Tela 30 |
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A representação contábil do mês é a seguinte:
Assim sendo, para saber qual o crescimento do Patrimônio Líquido basta subtrair do Patrimônio Líquido Final (Capital Inicial + aumento de Capital + Lucro) o valor do Patrimônio Líquido Inicial (somente o Capital Inicial):
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Tela 31 |
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Em valores teríamos o seguinte:
Entretanto, aumento de capital não é considerado ganho. Para encontrá-lo, basta subtrair do crescimento do Patrimônio Líquido (PL) o valor do aumento de capital. A diferença, se positiva, será lucro, se negativa, será prejuízo. A seguir, apresenta-se o cálculo do Lucro do Período considerado:
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Tela 32 |
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O Patrimônio Líquido é considerado uma boa medida de riqueza, permitindo a comparação de entidades diferentes. Assim, na Contabilidade, diz-se que é mais rico aquele que tem mais Patrimônio Líquido, ou é maior que outra a entidade que tem o maior Patrimônio Líquido. Exemplificando:
No entendimento da Contabilidade, embora o Novo Rico ostente mais do que o Classe Média Assumido, o fato do Novo Rico ter dívidas elevadas faz com que, neste momento, o Classe Média Assumido seja considerado mais rico porque seu Patrimônio Líquido é maior. Na etapa atual não é considerado o potencial de geração de receitas. Pode ser que o Novo Rico, a curto prazo, consiga quitar sua dívida, já que sua receita é boa. E pode ocorrer que a receita do Classe Média Assumido não seja tão boa. Isto pode fazer com que as posições se invertam brevemente. Entretanto, qualquer comparação toma como base um determinado momento, uma situação estática, apresentando uma radiografia de uma ocasião específica. |
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Tela 33 |
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3 - Situação Patrimonial Líquida
A verdadeira situação patrimonial da entidade só é demonstrada quando do Ativo se deduz o valor do Passivo Exigível. Essa diferença, denominada situação líquida, permite observar três tipos de situações líquidas possíveis: positiva, nula ou negativa. Veja quadro a seguir:
A Situação Líquida Positiva ocorre quando o Ativo é maior do que o Passivo Exigível, ou seja, quando os Bens e Direitos superam as Obrigações para com terceiros. Nessa situação, em que se evidencia o patrimônio líquido, é que aparece o Capital. A Situação Líquida Nula acontece quando o Ativo (Bens e Direitos) é igual ao Passivo (Obrigações). Nesse caso, o Capital foi absorvido e todo o patrimônio pertence a terceiros, pois o total dos bens e direitos é igual ao das obrigações. A Situação Líquida Negativa se verifica quando o Ativo é menor do que o Passivo Exigível, ou seja, quando os Bens e Direitos são menores do que as Obrigações. Esta é uma situação desfavorável ou deficitária porque indica que todo o Capital foi absorvido, havendo ainda um déficit patrimonial, denominado Passivo a Descoberto. Isto significa que uma parcela das Obrigações (Passivo) ficará sem ser paga, mesmo que a entidade venda todo seu Ativo. Para exemplificar apresentamos três casos de situação líquida passíveis de serem encontrados. |
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Tela 34 |
| O patrimônio
das entidades passa por freqüentes modificações acarretadas
por decisões tomadas por seus dirigentes ou por acontecimentos fora
do controle da administração, mas que têm reflexos sobre
o patrimônio.
Todos os eventos que modifiquem o patrimônio, consentidos ou não pela administração, são chamados de fatos contábeis ou administrativos, e são objeto de registro pela Contabilidade. Quando a administração decide comprar uma máquina, essa decisão terá repercussão sobre o patrimônio. Quando ocorrem incêndios, atos terroristas ou desfalques, esses eventos também terão reflexo sobre o patrimônio, embora independam da administração.
As variações decorrentes dos fatos administrativos dão margem a três tipos de alterações no patrimônio, resultantes de fatos permutativos, modificativos e/ou mistos. |
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Tela 35 |
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4
- Fatos Permutativos são aqueles que não alteram o Patrimônio
Líquido (PL), ocorrendo apenas trocas entre os elementos do patrimônio,
tais como: bens por bens, bens por obrigações, direitos
por bens etc. Eles representam modificações entre componentes
do Ativo e/ou Passivo, sem que o PL se modifique.
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Tela 36 |
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5 - Fatos Modificativos são aqueles que alteram o Patrimônio Líquido. Podem ser aumentativos, quando o patrimônio aumenta com as receitas, e diminutivos, quando diminui com as despesas.
Exemplos:
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Tela 37 |
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6 - Fatos Mistos são os que provocam alterações no ATIVO, no PASSIVO e no PATRIMÔNIO LÍQUIDO, simultaneamente. Combinam os fatos permutativos e modificativos. Exemplos:
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Tela 38 |
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O aumento da situação líquida positiva, ou a diminuição da situação líquida negativa, acarreta aumento da riqueza do titular do patrimônio; a diminuição na situação líquida positiva ou o aumento na situação líquida negativa resulta em diminuição da riqueza patrimonial. O lucro aumenta e o prejuízo diminui o valor do Patrimônio Líquido. O lucro ou o prejuízo, embora modifiquem quantitativamente a situação líquida, podem não representar a mudança de uma situação positiva em negativa ou vice-versa, pois a empresa pode apresentar prejuízo em determinado exercício, mas continuar com a situação líquida positiva, embora diminuída. Para tanto, é necessário que a diminuição seja inferior ao patrimônio líquido existente. |
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Tela 39 |
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4 - Equação do Equilíbrio Patrimonial Já vimos que a equação fundamental do patrimônio é:
Para encontrar a equação do equilíbrio patrimonial passa-se o Patrimônio Líquido para o lado direito e os valores positivos para o lado esquerdo:
Simplificadamente,
o lado esquerdo da equação é denominado ATIVO o lado
direito, PASSIVO.
Assim, o Ativo compreende os elementos patrimoniais positivos, ou seja, os bens e direitos, e o Passivo compreende os elementos patrimoniais negativos (as obrigações) e, ainda, evidencia a riqueza efetiva, isto é, o Patrimônio Líquido. Por aparecer no lado do PASSIVO sem ser um elemento negativo, o Patrimônio Líquido também é conhecido como Passivo Fictício, enquanto as obrigações representam o Passivo real. |
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Tela 40 |
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5 - A Representação Estática do Patrimônio
Segundo Lopes de Sá, a "estática patrimonial é o estudo do patrimônio considerado sem movimento em um dado momento na sua estrutura qualitativa e quantitativa, isto é, nos seus elementos e nos seus componentes e valores". Ao conjunto do Ativo e Passivo denomina-se Balanço Patrimonial. O nome Balanço vem da idéia de equilíbrio entre Ativo e Passivo, como numa balança. No Balanço Patrimonial, o Ativo compreende os bens e direitos, e o Passivo engloba as obrigações e o Patrimônio Líquido (PL).
Observe-se que o Balanço reflete a posição do conjunto patrimonial em determinado momento. Ele é um relatório estático. Por isso, o Balanço Patrimonial é a representação estática do patrimônio. Entretanto, como o Balanço Patrimonial é um relatório que evidencia o patrimônio de uma entidade em determinado instante, isto significa que, em outro momento, um novo fato poderá alterar essa situação. Esse novo fato fará com que se tenha outro Balanço, configurando uma nova realidade. |
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Tela 41 |
| Resumo
A Contabilidade estuda os componentes patrimoniais em seus aspectos qualitativos e quantitativos. No aspecto qualitativo, eles são classificados de acordo com a natureza e a destinação de cada um dos bens, direitos ou obrigações que formam esse patrimônio. Analisados do ângulo quantitativo, eles são considerados sob o aspecto da tradução monetária de seus valores, exibindo, de um lado os valores positivos e, de outro, os negativos. A diferença entre os valores positivos e negativos é chamada de situação líquida ou Patrimônio Líquido (PL). O passivo é formado pelas obrigações da entidade, que podem ser para com terceiros ou para com os sócios. Entretanto, os prejuízos poderão tornar a situação líquida negativa, caso em que os sócios passarão a ter obrigações com a entidade e não o inverso. O Patrimônio
Bruto é o que a entidade tem, independentemente de suas dívidas,
correspondendo ao ativo, ou seja, bens mais direitos. O Patrimônio
Líquido leva em conta as obrigações, pois é
obtido quando deduzimos as obrigações do Patrimônio
Bruto. O PL é considerado uma boa medida de riqueza, permitindo
identificar qual a real situação econômica de uma
entidade e comparar patrimônios de entidades diferentes. Todos os eventos que modifiquem o patrimônio, consentidos ou não pela administração, são chamados de fatos contábeis ou administrativos, e são objeto de registro pela Contabilidade. Todos os eventos que não afetem o patrimônio são chamados de atos administrativos e não são objetos de registro pela Contabilidade. As variações decorrentes dos fatos administrativos dão margem a três tipos de alterações no patrimônio, resultantes de fatos: permutativos, modificativos e/ou mistos. Fatos permutativos são aqueles que não alteram o Patrimônio Líquido, ocorrendo apenas trocas entre os elementos do patrimônio. Fatos modificativos são aqueles que alteram o Patrimônio Líquido; eles podem ser aumentativos, quando o patrimônio aumenta com as receitas, e diminutivos, quando diminui com as despesas. Fatos mistos são os que provocam alterações no Ativo, no Passivo e no Patrimônio Líquido, simultaneamente. A equação do equilíbrio patrimonial apresenta o ativo (bens e direitos) no lado esquerdo e o passivo (obrigações) no lado direito. Observe-se que o Balanço reflete a posição do conjunto patrimonial em determinado instante. Por isso, ele é considerado um relatório estático. |
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| Unidade 4 | Módulo 1 | Tela 42 |
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1 - Contas patrimoniais e contas de resultado As contas
podem ser classificadas em dois grandes grupos: Contas Patrimoniais e
Contas de Resultado. As Contas Patrimoniais fazem parte do Balanço Patrimonial e não são utilizadas para a Demonstração de Resultados, enquanto as Contas de Resultado só são utilizadas para a Demonstração de Resultados e não fazem parte do Balanço Patrimonial. Veja a utilização das Contas na elaboração de Demonstrações Contábeis:
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Tela 43 |
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O processo com as Contas de Resultado é o seguinte:
As contas de apuração são Contas de Resultado em que o saldo final não é definido antecipadamente, podendo ter saldo credor ou devedor. O exemplo clássico é a conta que faz o encerramento das Contas de Resultado, denominada "Lucros e Perdas" ou "Resultado do Exercício". Todas as contas de despesas e receitas são nela lançadas, apurando-se o Lucro (saldo credor) ou Prejuízo (saldo devedor). |
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Tela 44 |
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À
medida que vão acontecendo as diversas operações
realizadas pela empresa, elas vão sendo contabilizadas. Assim,
durante o Exercício Financeiro, vão ocorrendo variações
positivas e negativas nos componentes patrimoniais, provenientes do aumento
ou diminuição de valor, não só nas Contas
Patrimoniais (bens, direitos e obrigações), como nas Contas
de Resultado (receitas e despesas).
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Tela 45 |
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O encerramento
das Contas de Resultado ao final do período é necessário
porque não se pode misturar despesas e receitas de um período
com gastos e ganhos do exercício seguinte, e assim sucessivamente.
Dessa forma, depois de apurado o lucro ou prejuízo, é preciso
deixar as contas de despesas e receitas com saldo zero, para que, quando
se iniciar a contabilização do próximo período,
os dados não venham a misturar-se. Ao final
do período, quando se vai fazer a apuração do lucro,
faz-se ao mesmo tempo o encerramento das Contas de Resultado e o levantamento
do Balanço Patrimonial. O segundo
passo é transferir para essa conta todos os saldos das contas de
despesas e receitas, zerando-as. Para tanto, as contas de despesas terão
um lançamento a crédito do valor total de seu saldo final,
em contrapartida a débito em Lucros e Perdas; enquanto as contas
de receitas terão um lançamento a débito de seu saldo
final, creditando-se a Lucros e Perdas. |
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Tela 46 |
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Após apuração
do lucro do período, deverão ser verificadas as distribuições
e constituições de reservas de lucros. Assim, a conta Lucros
e Perdas terá o seu saldo eliminado pelas distribuições
de lucros e transferências para as contas de Reservas de Lucros.
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Tela 47 |
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2 - Balancete de Verificação O Razão
é o livro contábil por excelência, em que o contabilista
apura o saldo das contas e a sua movimentação.
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Tela 48 |
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Embora o
Balancete seja de muita utilidade, não detectará toda a
amplitude de erros que possam existir nos lançamentos contábeis.
Por exemplo, ele não evidencia o débito ou o crédito
na conta errada, uma vez que os totais do Balancete continuarão
iguais.
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Tela 49 |
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| A periodicidade
do levantamento do Balancete fica a critério de cada entidade,
mas, em geral, ele é feito mensalmente. O Balancete, além
de possibilitar a identificação de erros cometidos na escrituração,
permite ao administrador acompanhar os efeitos de sua gestão, orientando-o
na tomada de decisões. |
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Tela 50 |
| A seguir, os mesmos fatos serão mostrados em contas T:
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Tela 52 |
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Tela 53 |
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3 - O
Processo de Encerramento Primeiro passo - Abertura da Conta Lucros e Perdas.
Segundo passo - Encerramento das Contas de Resultado: a. Lançamentos para as Despesas: DÉBITO
- CONTA DE LUCROS E PERDAS ![]() DÉBITO
- CONTA POR CONTA DAS RECEITAS ![]()
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Tela 54 |
| 4 - Terceiro passo - Transferência do saldo da conta Lucros e Perdas para a conta Reservas de Lucros (no Patrimônio Líquido do Balanço Patrimonial):
Conforme foi visto, o Balancete de Verificação serve como base para a elaboração do Balanço Patrimonial, que é o nosso próximo assunto. |
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Tela 55 |
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Resumo As contas
podem ser classificadas em dois grandes grupos: Contas Patrimoniais e
Contas de Resultado. |
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| Unidade 4 | Módulo 2 | Tela 56 |
| 1 - Estrutura
básica da DRE
A Demonstração
do Resultado do Exercício (DRE) é um resumo ordenado das
receitas e despesas da entidade em determinado período, que tem
por objetivo fornecer o Resultado Líquido do Exercício e
os elementos que o compuseram.
A DRE apresenta os saldos finais dos movimentos das contas do sistema de resultado, referindo-se a determinado período de apuração - em geral um mês ou doze meses. |
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Tela 57 |
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A Demonstração do Resultado do Exercício é apresentada de forma dedutiva vertical, isto é, das receitas subtraem-se as despesas, até apurar-se o resultado do exercício (lucro ou prejuízo).
Veja uma estrutura básica de DRE, tomando-se como base as determinações legais e fiscais, recomendadas também pelas instituições contábeis que interferem no assunto, como o Conselho Federal de Contabilidade, os Conselhos Regionais de Contabilidade e o Instituto Brasileiro de Contadores - IBRACON. |
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Tela 58 |
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2 - As apurações dos agrupamentos de contas da DRE A Receita Bruta compreende, no período, o resultado da venda de mercadorias, produtos ou serviços prestados que estejam relacionados com o objetivo social da empresa. Assim, se a empresa é fabricante de computadores, as receitas provenientes das vendas de computadores são classificadas nesse grupo de contas.
Na Receita Bruta estão incluídos os TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE AS VENDAS, que pertencem ao governo e dela não foram deduzidas as DEVOLUÇÕES (vendas canceladas), os ABATIMENTOS (descontos) e os DESCONTOS INCONDICIONAIS verificados no período.
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Tela 59 |
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3 - Tributos incidentes sobre vendas são os impostos e taxas decorrentes da venda e que variam proporcionalmente às vendas efetuadas. Os mais comuns são:
Admita-se que a Cia. Celina Carvalho Tristão, indústria, tenha emitido uma Nota Fiscal de venda cujo preço do produto seja de R$ 5.000,00 mais 30% de IPI e que o ICMS, de 18%, esteja embutido no preço do produto:
A empresa é apenas uma intermediária que arrecada tributos junto ao consumidor e recolhe ao governo o resultado dessa arrecadação; por isso, eles não devem ser considerados como receita da empresa, mas como recursos que transitam pelo caixa, razão pela qual são deduzidos da RECEITA BRUTA da empresa. |
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Tela 60 |
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4 - Devoluções
e Abatimentos
- Em determinadas circunstâncias, o comprador devolve total ou parcialmente
a mercadoria por sentir-se prejudicado. Isto ocorre quando a mercadoria
está em desacordo com o pedido, geralmente por questões
de preço, qualidade, quantidade ou pela ocorrência de avaria. Suponha-se que a Cia. Picareta tenha vendido R$ 8.000,00 de mercadorias de má qualidade, metade para um comprador e 25% para cada um dos outros dois compradores. A empresa A devolveu 20% do lote e, para evitar devolução, a empresa B aceitou a proposta de 10% de abatimento e a C, de 15%.
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Tela 61 |
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Serão considerados "Descontos Incondicionais" somente as parcelas redutoras do preço de venda, quando constarem da nota fiscal de venda dos bens ou da fatura de serviços e não dependerem, para a sua concessão, de evento posterior à emissão desses documentos.
Enquanto
isso, os abatimentos não figuram no documento fiscal e são
originados de evento posterior a emissão desse documento. |
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Tela 62 |
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Quando o resultado bruto é positivo, denomina-se Lucro Bruto. O Lucro Bruto numa empresa comercial é a diferença entre a RECEITA LÍQUIDA e o Custo da Mercadoria Vendida, sem considerar as despesas administrativas, financeiras e de vendas. Para outros tipos de empresas, o raciocínio é o mesmo. Nas indústrias, considera-se o custo dos produtos vendidos e nas empresas prestadoras de serviços, leva-se em conta o custo dos serviços prestados.
Assim, após deduzir-se o custo da mercadoria adquirida para revenda (ou o custo de fabricação do produto, ou o custo do serviço prestado) encontra-se o resultado bruto. |
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Tela 63 |
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Ao resultado bruto são somadas outras receitas operacionais e, desse montante, são diminuídas as despesas operacionais, encontrando-se o resultado operacional. Quando ele é positivo, denomina-se Lucro Operacional.
As despesas financeiras líquidas devem ser compensadas com as Receitas Financeiras (conforme disposição legal), isto é, essas receitas são deduzidas daquelas DESPESAS. Entretanto, se o montante de Receita Financeira for maior que o de Despesa Financeira, ela será deduzida de outras Despesas Operacionais.
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Tela 64 |
| 5 - Apuração do resultado antes da contribuição social - As despesas e receitas não relacionadas diretamente com o objetivo do negócio da empresa eram classificadas como não operacionais. Mudanças recentes na Lei 6.404/76 extinguiram esse grupo de contas. Com isso, as receitas e despesas anteriormente classificadas como “não operacionais” devem ser classificadas como “outras receitas operacionais” ou “outras despesas operacionais”. Outras Receitas
Operacionais são ingressos provenientes de transações
atípicas não incluídas nas atividades principais
ou acessórias da empresa. São exemplos dessas receitas:
venda de ativos permanentes, tais como venda de veículo, de máquinas
ou equipamentos (imobilizado), ou venda de ações (investimentos).
Exemplificam outras despesas operacionais: baixas de ativos permanentes,
como máquinas obsoletas e os prejuízos com imóveis
ou equipamentos decorrentes de sinistros. Equivalência
Patrimonial é
a contrapartida do critério de avaliação específico
dos investimentos permanentes relevantes em sociedades controladas e coligadas.
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Tela 65 |
| 6 - Apuração do resultado antes do imposto de renda - Na apuração do Resultado Líquido do período, a Contribuição Social deve ser deduzida antes de computado o valor correspondente à Provisão para o Imposto de Renda.
Apuração do resultado depois do imposto de renda - O Imposto de Renda (IR) incide sobre o lucro da empresa.
As pessoas jurídicas são tributadas pelos lucros verificados segundo os lançamentos contábeis, escriturados em obediência a legislação comercial e tributária. O Lucro Real será calculado num livro extracontábil denominado "Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR". Quando esse lucro, que serve de base de cálculo para o Imposto de Renda, for inferior ao limite estipulado pela Legislação vigente, a alíquota será de 15 %. Atualmente, este limite está fixado em R$ 240.000,00 anuais. Será
adicionado 10% à alíquota base para aplicar à parcela
de lucro que exceder o limite estabelecido. Com isso, a parcela de lucro
acima de R$ 240.000,00 pagará IR de 25%.
O exercício social em que é gerado o lucro (ano X) denomina-se "ano base". O exercício em que se paga o IR (ano X + 1) denomina-se "exercício financeiro". Pelo Regime de Competência considera-se o IR no período em que foi gerado (ano base) e não no período de pagamento (exercício financeiro). |
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Tela 66 |
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7 - Apuração do resultado líquido A Apuração
do Resultado Líquido é efetuada deduzindo-se do Resultado
Depois do Imposto de Renda as Doações e Contribuições,
bem como as provisões para Participação de Debenturistas,
de Empregados, de Administradores e de Partes Beneficiárias.
As doações
e contribuições são dirigidas às fundações
com a finalidade de assistir o quadro de funcionários; às
previdências privadas com o objetivo de complementar a aposentadoria;
às cooperativas de empregados; etc. Provisão para Participação de Empregados. Se previsto pelo estatuto, os empregados terão participação no lucro anual da empresa. Provisão
para Participação de Administradores.
O RESULTADO LÍQUIDO, quando positivo, denomina-se Lucro Líquido. Ele é a sobra líquida à disposição dos proprietários (sócios ou acionistas). |
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Tela 67 |
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8 - Distribuição do lucro - Os proprietários decidem a parcela do Lucro Líquido que ficará retida na empresa e a parte que será distribuída aos donos do capital (dividendos). A distribuição do lucro será evidenciada na Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados. Lucro
por ação A indicação do montante do lucro
ou prejuízo líquido por ação é obrigatória
por força do disposto no artigo 187, inciso VII, da Lei n°
6.404/76.
Para cálculo do lucro ou prejuízo por ação, divide-se o lucro líquido do exercício pelo número de ações em circulação que compõe o capital social. Exemplo: Uma empresa que apurou um lucro líquido de R$ 10.000.000,00 e cujo capital está dividido em 1.000 ações, apresenta o seguinte resultado:
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Tela 68 |
| Na Demonstração
de Lucros ou Prejuízos Acumulados evidencia-se o "destino"
do lucro, a canalização, a distribuição do
lucro do exercício. |
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Tela 69 |
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A Demonstração Comparativa do Resultado dos Exercícios permite comparar o desempenho nos negócios, bem como a evolução da situação econômico-financeira da empresa. Geralmente ela compara os dois últimos exercícios sociais. A seguir,
fornecem-se os dados para a elaboração de exemplo de DRE
Comparativa:
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Tela 70 |
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São
várias as informações que podem ser obtidas mediante
análise da DRE Comparativa. |
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Tela 71 |
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Resumo A Demonstração
do Resultado do Exercício (DRE) é um resumo ordenado das
receitas e despesas da entidade em determinado período, que tem
por objetivo fornecer o Resultado Líquido do Exercício e
os elementos que o compuseram. |
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