| Unidade 4 | Módulo 3 | Tela 1 |
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1 - Pré-balanço
A elaboração do Balanço Patrimonial deve ser precedida de vários procedimentos, denominados “pré-balanço”. |
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Tela 2 |
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A rotina de medidas na fase pré-Balanço é a seguinte: 1. Levantamento do Balancete de Verificação Na data do Balanço Patrimonial levanta-se, utilizando os saldos do Livro Razão e antes de se efetuarem os ajustes de encerramento do exercício, o Primeiro Balancete Final de Verificação, que representa a primeira etapa da fase pré-Balanço. Observe-se que o Módulo anterior ensina a levantar um Balancete de Verificação. Vale lembrar que o
Balancete de Verificação é uma relação
de saldos devedores e credores que permite confirmar se o total de saldos
devedores equivale ao total de saldos credores. Quando há divergências
sabe-se que houve erro nos lançamentos contábeis. |
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Tela 3 |
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| 2. Ajustes O Balanço representa a situação patrimonial de uma entidade, em determinado momento. Só que, no decurso das atividades da empresa, aparecem diferenças entre os valores contábeis e a existência física dos elementos Ativos e Passivos. Por isso, na data do Balanço, deve ser procedido um levantamento minucioso em cada conta patrimonial para se certificar da veracidade do saldo, bem como para ajustar esses valores quando necessário.
Vejamos algumas contas contábeis e os procedimentos para verificar a necessidade de ajustes: Caixa - o saldo do Razão é igual ao saldo apresentado pelo livro Caixa? E esse saldo confere com o dinheiro existente na empresa? Bancos conta movimento - os saldos dos registros contábeis da empresa sobre as contas bancárias conferem com os saldos dos extratos apresentados pelos Bancos? Caso contrário, deve ser providenciada a conciliação desses saldos. Duplicatas a receber - o saldo apresentado no Balancete de Verificação representa realmente o total a receber ou existe alguma duplicata recebida que não foi baixada? Já foram efetuados os lançamentos das duplicatas consideradas incobráveis? Duplicatas descontadas - as relações de duplicatas descontadas encaminhadas pelos bancos estão conferindo com a da contabilidade? Móveis e utensílios - todos os Móveis e Utensílios registrados na contabilidade ainda estão em uso? Ou existe algum que já quebrou ou foi vendido e não foi baixado? O procedimento de dar baixa nos bens considerados sucatas já foi efetuado? |
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Tela 4 |
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| Alguns procedimentos são comuns a diversas contas. É o caso do Inventário, por exemplo. Na fase pré-Balanço, elabora-se o inventário dos materiais, das mercadorias, dos imóveis, dos móveis e utensílios, das máquinas, das duplicatas a receber e a pagar, dos devedores e credores em contas-correntes, enfim dos elementos patrimoniais suscetíveis de serem inventariados. Elaborados os inventários,
confrontam-se seus totais com os saldos das respectivas contas e os registros
específicos de cada bem. Se houver divergências, faz-se uma
verificação e, uma vez determinada a causa da variação,
procede-se ao ajustamento. Despesas Antecipadas - Certas despesas são pagas por um período que corresponde a mais de um Exercício Financeiro. Por ocasião do Balanço, terá que ser determinado quanto pertence ao exercício que está sendo encerrado e quanto pertence ao exercício seguinte.
O exemplo
mais usual desse tipo de operação é o caso dos seguros.
De modo geral, os seguros pagos correspondem a um período de 12
meses, mas, freqüentemente, a vigência do seguro extrapola
a data do encerramento do exercício em que foi pago. Um seguro
iniciado em 1º de junho de 2008 terá vigência até
31 de maio de 2009. Assim, a despesa relativa aos 7 meses de 2008 devem
ser apropriadas como despesas neste exercício, mas a despesa dos
5 meses de 2009 devem ser apropriadas em 2009. Vejamos a contabilização
no Livro Diário: |
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Tela 5 |
Observe, portanto, que o saldo da conta Despesas Antecipadas será de R$ 500,00, relativo ao valor a ser apropriado como despesas de seguro em 2009. Vale destacar que a conta Despesas Antecipadas deve ser classificada no Ativo Circulante. Depreciação Acumulada - é uma conta que registra a perda do valor do bem registrado no Imobilizado, em decorrência do desgaste pelo uso, ação da natureza ou obsolescência normal.
Os bens materiais, constantes do Ativo Imobilizado (Móveis e Utensílios, Instalações, Veículos, Máquinas e Equipamentos etc.), com o uso e com o passar do tempo vão se desgastando. A contabilização da perda de valor desses bens corresponde a uma despesa chamada depreciação e terá como contrapartida contas de registro da Depreciação Acumulada, que funcionarão como contas retificadoras do ativo. Assim sendo, na fase pré-Balanço são realizados os cálculos da depreciação dos vários bens e contabilizados a débito de Despesa com Depreciação e a crédito de Depreciação Acumulada. |
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Tela 6 |
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| Existem vários métodos para calcular a depreciação. No Brasil, o mais usado é o Método Linear, que consiste em depreciar o bem em quotas anuais, constantes, pelo tempo de vida útil estimada para o mesmo. Como regra geral, a taxa de depreciação será fixada em função do prazo durante o qual se possa esperar a utilização econômica do bem, pela entidade, na produção de seus rendimentos (RIR/80, artigo 202). Por esse método pode-se calcular a depreciação mensal, trimestral ou anual, com ou sem valor residual. Tome-se, como exemplo, uma máquina que custou R$ 100.000,00. O seu tempo de vida útil, estimado em dez anos, indica uma quota anual de depreciação de 10% do valor de custo. A depreciação será calculada em quotas anuais de R$ 10.000,00. Vejamos a contabilização da referida depreciação, por ocasião do Balanço:
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Tela 7 |
| Provisões Retificadoras do Ativo e Provisões Passivas – as provisões retificadoras do ativo aparecem no ativo de forma subtrativa, reduzindo o valor contábil do bem ou direito sob o qual se provisionaram custos ou despesas. Essas provisões são criadas devido às expectativas de perdas em relação aos bens e valores a receber. Vejamos as provisões mais comuns: • provisão para créditos de liquidação duvidosa;Provisões passivas - são classificadas no passivo exigível indicando obrigações:
A Provisão
para Créditos de Liquidação Duvidosa é a mais
utilizada porque as empresas que vendem a prazo assumem o risco de deixar
de receber alguns créditos (Duplicatas a Receber, Contas a Receber
etc.) em virtude da insolvência de seus clientes. Por esse motivo,
por ocasião do levantamento do Balanço é feita uma
Provisão, levando em conta possíveis perdas pelo não-recebimento
de créditos.
Os prejuízos provenientes de créditos considerados incobráveis (depois de tomadas todas as medidas legais para recebê-los) serão debitados na conta de Provisão que, por esse motivo, no final do Exercício poderá estar sem saldo, se foi totalmente utilizada ou apresentar algum saldo, decorrente de sua utilização parcial ou, até mesmo, de sua não-utilização. Se houver saldo na conta de Provisão ele será revertido para o Resultado do Exercício ou acrescido de valor, caso a provisão para o novo exercício exceda ao saldo existente, no dia do Balanço. |
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Tela 8 |
| Vejamos um exemplo
de “Provisão para Crédito de Liquidação
Duvidosa (PCLD)”, também chamada de “Provisão
para Devedores Duvidosos (PDD)”:
Em 02-4-x2, uma duplicata no valor de R$ 10.000,00 foi considerada incobrável e usada a conta de provisão:
No restante do exercício
de x2, a conta Provisão para Créditos de Liquidação
Duvidosa não mais foi utilizada, restando, no final do exercício,
um saldo de R$ 50.000,00 (R$ 60.000,00 da provisão menos R$ 10.000,00
utilizados).
3. Levantamento
do Balancete de Verificação após os ajustes |
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Tela 9 |
| 4. Apuração
do Resultado
O Custo das Mercadorias
Vendidas (CMV) pode ser contabilizado a cada venda (debitando CMV e creditando
Estoque). Assim, no final do exercício contábil o saldo
da conta CMV corresponderá ao custo de todas as mercadorias vendidas
durante o ano.
Observe, portanto, que o estoque existente no início do período é acrescido pela contabilização das compras, mas não é reduzido pelas saídas. O valor real do estoque deve ser obtido por meio do levantamento do inventário, no qual verifica-se a quantidade de cada item em estoque e a determinação do seu valor pela última aquisição. Esse valor contábil do estoque acrescido das compras será ajustado ao valor real inventariado, obtendo-se o CMV que é a diferença. |
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Tela 10 |
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Vejamos
um exemplo:
Aplicando-se a fórmula para a apuração do Lucro Bruto (LB):
O Lucro Bruto dessa
empresa será de R$ 200.000,00, ou seja, o total de Vendas (R$ 600.000,00)
menos o CMV (R$ 400.000,00).
Em 05-9-x4, uma duplicata no valor de R$ 15.000,00 foi considerada incobrável:
O Lucro Bruto ficará
automaticamente na conta Resultado do Exercício, proveniente da
diferença entre o débito dessa conta (R$ 400.000,00) e o
crédito (R$ 600.000,00), ou seja, R$ 200.000,00. A conta Mercadorias
irá para o Balanço representando o estoque existente, naquela
data (R$ 100.000,00). |
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Tela 11 |
| 5. Elaboração
do Balanço Patrimonial Após a contabilização dos ajustes e apuração do resultado do exercício, a empresa deverá elaborar o Balanço Patrimonial. No Brasil, o Balanço
Patrimonial deve seguir as orientações estabelecidas na
Lei nº 6.404/76, em seus artigos 175 a 205. Segundo o art. 178 dessa
Lei, as contas serão classificadas no Balanço Patrimonial
dentro dos seguintes grupos:
Exemplo de um Balanço Patrimonial: BALANÇO
PATRIMONIAL
Na prática, para levantamento do Balanço, ocorre uma separação das Contas Patrimoniais e de Resultado, constantes do Balancete ajustado. Como já foi dito, apenas as contas representativas de bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido constam do Balanço Patrimonial. As Contas de Resultado (receitas e despesas) são reduzidas a um único valor, através do demonstrativo de resultados, passando a integrar o Balanço Patrimonial na forma de lucro ou prejuízo. |
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Tela 12 |
| Resumo A demonstração estática do patrimônio, em determinado momento, é chamada Balanço Patrimonial, e tem por finalidade demonstrar, de forma sintética, todos os componentes patrimoniais. As empresas são obrigadas a elaborar o balanço pelo menos uma vez em cada doze meses, ao término do exercício financeiro. Na data do Balanço Patrimonial levanta-se, por meio dos saldos do Livro Razão e antes de se efetuarem os ajustes de encerramento do exercício, o Primeiro Balancete Final de Verificação, que representa a primeira etapa da fase pré-Balanço. Nele deve ser procedido um levantamento minucioso em cada conta patrimonial para se certificar da veracidade do saldo dela, bem como para que esses valores sejam ajustados e as contas possam apresentar o valor exato dos elementos que representam. As Contas de Resultado (despesas e receitas) são responsáveis pelo resultado do Exercício Financeiro que está sendo encerrado, daí a importância de que determinados ajustes sejam feitos nessas contas, para que o resultado do exercício represente a realidade. As empresas que vendem a prazo assumem o risco de deixar de receber alguns créditos (Duplicatas a Receber, Contas a Receber etc.) em virtude da insolvência de seus clientes. Por esse motivo, por ocasião do levantamento do Balanço é feita uma Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa, levando em conta possíveis perdas pelo não-recebimento de créditos. A apuração do Resultado do Exercício corresponde a transferir todas as contas de despesas e receitas para a conta Resultado do Exercício. A etapa seguinte é a distribuição do mesmo, que é feita de acordo com a conveniência da diretoria da empresa ou as disposições legais, constantes em seu estatuto ou contrato social. O saldo final da Conta Apuração do Resultado do Exercício é transferido para a conta Reservas de Lucros, classificada no Patrimônio Líquido. Realizados todos os ajustes, levanta-se novamente o Balancete Final, como recurso para conferir os procedimentos de encerramento. A partir do Balancete ajustado, elabora-se o Balanço Patrimonial, de acordo com as determinações da Lei nº 6.404/76. Na prática, para levantamento do Balanço, ocorre uma separação das Contas Patrimoniais e de Resultado, constantes do Balancete. Apenas as contas representativas de bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido constam do Balanço Patrimonial. As Contas de Resultado (receitas e despesas) são reduzidas a um único valor, através do demonstrativo de resultados, passando a integrar o Balanço Patrimonial na forma de lucro ou prejuízo. |
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| Unidade 4 | Módulo 4 | Tela 13 |
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1 - Regimes Contábeis A Lei n° 6.404/76 tornou obrigatória a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA), que objetiva evidenciar todas as mutações ocorridas na conta Lucros ou Prejuízos Acumulados ao longo de um período de apuração contábil, partindo de seu saldo no início do exercício social e concluindo com a posição da conta por ocasião do Balanço de Encerramento do Exercício.
A
elaboração da DLPA deve respeitar os limites do Exercício
Financeiro. Por isso, os ajustes de exercícios anteriores efetuados
sobre elementos patrimoniais não devem afetar o resultado do exercício
atual. |
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Tela 14 |
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No Regime de Competência as despesas e a receitas são registradas mensalmente, mesmo que não tenham sido pagas ou recebidas, apropriando-se cada despesa e receita a seu respectivo mês. Exemplificando com o aluguel do mês de julho, pago em 5 de agosto, tem-se os seguintes lançamentos: Segundo determinações da Lei n° 6.404/76, artigo 187, o resultado deverá ser apurado segundo o Regime de Competência, isto é, as receitas e os rendimentos ganhos no período deverão ser computados no resultado, independentemente de sua realização em moeda. Serão também computados nos custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. É de fundamental importância, quanto ao Regime de Competência, o Princípio da Competência dos Exercícios. Ele estabelece que as receitas e as despesas devem ser atribuídas aos exercícios segundo a real incorrência dos mesmos, isto é, de acordo com a data do fato gerador e não ao serem recebidos ou pagos. |
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Tela 15 |
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No Regime de Caixa o registro contábil do pagamento ou recebimento ocorre no momento de sua efetivação, não importando a que mês se refere o fato. Tomando-se o mesmo exemplo:
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Tela 16 |
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2 - Modelo de DLPA A
Lei n° 6.404/76 define o conteúdo da Demonstração
de Lucros ou Prejuízos Acumulados, no artigo 186, estabelecendo
que ela discriminará:
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Tela 17 |
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O
artigo 186, parágrafo 1º da Lei n° 6.404/76, dispõe:
"como ajustes de exercícios anteriores serão considerados
apenas os decorrentes de efeitos de mudança de critério
contábil, ou da retificação de erro imputável
a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos
a fatos subseqüentes". Portanto:
O artigo 177 da Lei n° 6.404/76 e seu parágrafo 1° prescrevem que a escrituração das empresas deve observar métodos ou critérios uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o Regime de Competência, sendo que, quando houver modificação relevante nos métodos ou critérios contábeis, tais alterações devem ser apresentadas nas demonstrações financeiras e seus efeitos devem ser indicados por meio de notas explicativas.
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Tela 18 |
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Os erros referentes a exercícios anteriores devem ser lançados diretamente à conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados para não distorcer o lucro a ser apurado no exercício em curso. Deve-se destacar que somente se caracteriza como erro uma situação que não possa ser atribuída a fato posterior.
Exemplo:
O contador da Comercial Rezende Ltda., ao apurar o lucro real, esqueceu-se
de acrescentar ao lucro líquido do exercício o montante
de R$ 50.000,00, relativo as participações de administradores
nos lucros, que não é dedutível do Imposto de Renda.
a) Lucro
Real antes da retificação do erro R$ 1.000.000,00 Acréscimo
do valor das participações ao Lucro Real:
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Tela 19 |
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O ajuste resultante de retificação de erros de exercícios anteriores deve ser objeto de nota explicativa à Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados. Entretanto, é preciso ter cuidado para não considerar como "ajuste" diferenças que não sejam provenientes de erros contábeis, mas de fatos posteriores à data de seu registro. Exemplificando: Ao encerrar
o exercício social de 20x1, a Empresa Jaraguá Ltda. constituiu
uma Provisão para o Imposto de Renda de R$ 200.000,00, cujo cálculo
foi baseado na legislação em vigor. Após o encerramento
do exercício e antes da data de entrega da declaração
do Imposto de Renda, entra em vigor uma nova legislação
que possibilita à empresa reduzir seu Imposto para R$ 160.000,00.
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Tela 20 |
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O item Lucro (ou prejuízo) líquido do exercício após a provisão para o imposto de renda visa demonstrar o valor do resultado do exercício que, após apurado deve ser transferido para a conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados. Nas reversões e transferências de reservas, a constituição da Provisão decorre da incorporação de valor ao custo do exercício, enquanto a da Reserva decorre de destinação dada a uma parcela do Lucro Líquido.
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Tela 21 |
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Podem
ser realizados os seguintes tipos de reversões ou transferências
de Reservas:
No exercício em que ocorre a perda, registra-se:
Concomitantemente, reverte-se a Reserva:
Realizadas as Reversões e Transferências de Reservas encontra-se o Saldo à Disposição da Assembléia Geral Ordinária da empresa, no caso de S.A., que terá a decisão final sobre a destinação dos lucros. A administração
deve apresentar proposta quanto à destinação dos
lucros, que será submetida à deliberação
da Assembléia Geral Ordinária da empresa. Dessa proposta
devem constar as Transferências para Reservas, os Dividendos a Distribuir
e a Parcela dos Lucros Incorporada ao Capital.
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Tela 22 |
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De
acordo com as disposições legais ou estatutárias,
parte dos lucros apurados pela empresa deverá ou poderá
ser transferida para reservas. Há reservas de constituição
obrigatória por lei, como é o caso da Reserva Legal, e outras
cuja constituição dependerá do que dispuser o Estatuto
da empresa ou o que vier a decidir a Assembléia Geral.
Os Dividendos
propostos a pagar, conforme estabelece o artigo 202 da Lei n°
6.404/76, serão de 50% do Lucro Líquido Ajustado que, no
exercício de 20x1 foi de R$ 4.000.000,00.
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Tela 23 |
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3 - Exemplo de elaboração de DLPA A Cia. Dalva Vital e Silva, no encerramento do exercício social de 20x1, apresentou os seguintes dados registrados em sua contabilidade: a) Após o encerramento do exercício social de 20x1 descobriu-se que um investimento em sociedade coligada havia sido avaliado aplicando-se o método de custo, quando essa participação societária estava sujeita à avaliação pela equivalência patrimonial. A mudança de critério contábil acarretou um aumento de R$ 40.000,00 no resultado em participações societárias, que fora considerada de R$ 60.000,00. b) A empresa deduziu do resultado do exercício de 20x0 o montante de R$ 265.000,00, sendo parte referente à multa de ofício por insuficiência de pagamento de Imposto de Renda (R$ 200.000,00) e parte relativa à multa de mora por atraso no pagamento da Contribuição Social (R$ 65.000,00). Essa situação foi identificada antes da entrega da Declaração do Imposto de Renda. c) O Patrimônio Líquido da Cia. Apresentava a seguinte posição de contas em 31-12-x1
RESERVAS DE LUCROS
g) O Estatuto da Companhia fixa o dividendo de 20% sobre o lucro líquido ajustado. h) A reserva legal deve ser constituída pelo valor mínimo obrigatório. i) Em 02-01-x1, a Cia. Dalva Vital e Silva promoveu um aumento de capital mediante incorporação de 50% do saldo da conta Lucros Acumulados. |
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Tela 24 |
Mudanças de critérios contábeis - O aumento de valor (R$40.000,00) do investimento em sociedade coligada acarretado pela mudança de critério contábil afetará o resultado operacional da Cia. Dalva Vital e Silva. Deve-se, portanto, analisar os efeitos desse aumento de valor sobre todos os elementos calculados após o cômputo desse resultado, e que possam ter sua base de cálculo afetada pelo referido ajuste. Esses elementos são:
Nesse caso, o ajuste do resultado operacional não alterará a base de cálculo das Provisões porque os resultados positivos em participações societárias não estão sujeitos à incidência da Contribuição Social e do Imposto de Renda. |
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Tela 25 |
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Quanto
às Participações no Resultado, elas não estão
previstas pelos Estatutos da Cia. Assim sendo, o ajuste afetará
apenas o resultado do exercício encerrado em 31-12-x1, devendo
ser feito diretamente à conta de Lucros Acumulados. O lançamento
correspondente será:
Retificações
de erros de exercícios anteriores: Ocorreu um erro de interpretação
da legislação do Imposto de Renda, por parte da Cia. Dalva
Vital e Silva. Sabe-se que as multas aplicadas pela autoridade tributária
em razão do ofício e no curso de ação fiscal,
por terem caráter punitivo, não são dedutíveis
do Imposto de Renda. No exemplo dado, somente a multa por atraso no pagamento
da Contribuição Social será dedutível. A Cia.
deixou de considerar na determinação do Lucro Real, o valor
de R$ 200.000,00, relativo à multa de ofício não
dedutível. Logo, o efeito sobre a Provisão para o Imposto
de Renda, considerando-se uma alíquota de incidência de 25%,
será:
A elevação do saldo de Provisão para o Imposto de Renda em R$ 50.000,00 implica redução, de igual valor, no Lucro Líquido do Exercício apurado em 31-12-x0. Como esse ajuste não pode ser feito a débito do resultado de um exercício já encerrado, efetua-se a retificação à conta de Lucros Acumulados, a saber:
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Tela 26 |
Lançamento
no Diário:
Lançamento
contábil correspondente no Diário:
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Tela 27 |
Lançamento
contábil correspondente no Diário:
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Tela 28 |
Lançamento contábil correspondente no Diário:
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Tela 29 |
Lançamento contábil correspondente:
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Tela 30 |
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Para
Transcrição para o razão, observe-se a correlação
numérica com os lançamentos no Diário: ![]() ![]() |
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Tela 31 |
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4 - A DLPA elaborada Cia
Dalva Vital e Silva
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Tela 32 |
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5
- Demonstração de mutações do patrimônio
líquido (DMPL)
A Demonstração
das Mutações do Patrimônio Líquido é
indispensável porque, no Brasil, diversas interferências
legais e fiscais obrigam a efetuar lançamentos de receitas diretamente
no Patrimônio Líquido, sem transitar pela Demonstração
de Resultados. Além disso, os efeitos da correção
monetária de balanço são outros elementos a alterarem
o valor do Patrimônio Líquido, sem se configurarem como aumento
de capital ou lucros retidos. |
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Tela 33 |
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Vamos
elaborar as Demonstrações de lucros ou prejuízos
acumulados (DLPA) e de mutações do patrimônio líquido
(DMPL) a partir dos mesmos dados:
BALANÇO
PATRIMONIAL
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Tela 34 |
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Tela 35 |
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6 - Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) A DLPA elaborada com os dados da Companhia Vitória Dutra S.A., objetivando permitir identificar as diferenças básicas entre as duas demonstrações contábeis, é a seguinte: DEMONSTRAÇÃO
DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
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Tela 36 |
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Resumo Para registrar despesas e receitas, existem dois métodos: Regime de Caixa e Regime de Competência. A utilização de um ou outro Regime afeta o resultado do Exercício Financeiro porque, no Regime de Caixa, determinadas despesas e receitas de um exercício poderão ser lançadas apenas em outro Exercício, quando forem efetivamente pagas ou recebidas. A Lei n°
6.404/76 define o conteúdo da Demonstração de Lucros
ou Prejuízos Acumulados, no artigo 186, estabelecendo que ela discriminará: Apresenta-se,
no módulo, um modelo de DLPA em conformidade com o que prescreve
a referida Lei. A Demonstração
de Mutações do Patrimônio Líquido apresenta
vantagens sobre a Demonstração de Lucros ou Prejuízos
Acumulados porque, por meio dela é possível identificar
todas as movimentações sofridas pelas contas do Patrimônio
Líquido ao longo do período, enquanto a DLPA fica restrita
à conta de Lucros (Prejuízos) Acumulados. |
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| Unidade 4 | Módulo 5 | Tela 37 |
| 1 - Introdução
A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos permite visualizar como foram obtidos e aplicados os recursos que afetam o capital de giro das empresas, denominado pela Lei n° 6.404/76 de Capital Circulante Líquido (CCL). Esse demonstrativo contábil era obrigatório para as Sociedades Anônimas, mas em 2009 passou a ser facultativo. Embora tenha sido substituído pela Demonstração de Fluxo de Caixa (veremos esse assunto em Contabilidade Gerencial), o seu valor informativo deve ser considerado.
O objetivo
da DOAR é evidenciar as mutações sofridas pelo CCL
entre o início e o término do exercício. Dessa maneira
é possível avaliar a liquidez de curto prazo de uma empresa,
identificando os fatores que contribuem para a alteração
da posição financeira de curto prazo.
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Tela 38 |
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Classificar ativos e passivos como circulante e não circulante permite identificar o montante de capital de trabalho da entidade. A seguir, são apresentadas as contas classificadas em componentes circulantes e não circulantes:
Essa demonstração é feita para avaliar as novas origens ou aplicações provenientes de alterações sofridas nos grupos NÃO CIRCULANTE. |
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Tela 39 |
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O Capital Circulante Líquido (CCL) é conceituado como a diferença absoluta entre Ativo Circulante (AC) e Passivo Circulante (PC), conforme apresentado na fórmula:
Em linguagem de análise financeira, entende-se que o Capital Circulante Líquido (CCL) é a expressão da capacidade financeira da empresa, a curto prazo. O objetivo da demonstração é mostrar a movimentação de valores durante o exercício que provoca aumento ou redução do CCL.
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Tela 40 |
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| O Quadro1 mostra que o Ativo Circulante (AC) é maior do que o Passivo Circulante (PC), significando que a empresa está operando, no curto prazo, com capital de giro próprio (parte em cinza). Em princípio, será satisfatória a posição financeira a curto prazo, se a empresa tiver capital de giro positivo, ou seja, os bens e direitos dos ativo circulante são suficientes para cobrir as obrigações de curto prazo. Quadro 1: Capital de Giro Positivo
Exemplo numérico:
O Quadro 2 mostra que o Passivo Circulante pode ser superior ao Ativo Circulante, demonstrando que a empresa opera, no curto prazo, com capital de giro de terceiros (parte em cinza). Quando a empresa está em situação financeira debilitada, ou seja, as obrigações são maiores do que os bens e direitos do ativo circulante. Quadro 2: Capital de Giro Negativo
Exemplo numérico:
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Tela 41 |
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Essas conceituações são melhor visualizadas no quadro:
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Tela 42 |
| 2
- Transações que afetam o CCL
Quatro tipos de transações afetam o CCL quando alteram:
Exemplos de alterações do Ativo Circulante e do Passivo Não Circulante: a) Obtenção de um empréstimo a longo prazo:
Observe-se que, como a contrapartida do aumento do AC é um PNC, o CCL aumentará (ORIGEM de recursos). b) Venda de mercadorias com lucro:
Observe-se que as contas de resultado representam mutações do patrimônio Líquido, devendo ser classificadas, para fins de DOAR, como PNC.
Exemplo de alterações do Ativo Circulante e do Ativo Não Circulante: a) Compra a vista de bens do Ativo Permanente:
Observe-se que, como a contrapartida da redução do AC é um ANC, o CCL diminuirá (APLICAÇÃO de recursos). |
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Tela 43 |
Exemplo de alterações do Passivo Circulante e do Ativo Não Circulante:
a) Aquisição de bens do Ativo Permanente com financiamento a curto prazo:
Exemplo de alterações do Passivo Circulante e do Passivo Não Circulante: a) Provisionamento de dividendos a pagar:
Observe-se que, como a contrapartida do aumento do PC é um PNC, o CCL diminuirá (APLICAÇÃO de recursos). |
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Tela 44 |
a)Compra de mercadorias para pagamento a vista:
Observe-se que, como a contrapartida da redução do AC (Disponibilidades/Caixa) é o aumento de um AC (Estoques/Mercadorias), o CCL não será afetado.
a) Transferência do valor do Imposto de Renda provisionado para a conta Imposto de Renda a pagar, quando da entrega da declaração anual de rendimentos:
Observe-se que, como a contrapartida da redução do PC (Obrigações Provisionadas/IR provisionado) é o aumento de um PC (Obrigações a Curto Prazo/IR a pagar), o CCL não será afetado.
a) Bem classificado como Investimento que passa a ser utilizado para dar suporte às atividades operacionais da empresa, como é o caso de um terreno adquirido para renda que passa a ser utilizado como pátio de estacionamento de máquinas:
Observe-se que, como a contrapartida da redução do ANC (Ativo Permanente/Investimentos/Imóveis para Renda) é o aumento de um ANC (Ativo Permanente/Ativo Imobilizado/Imóveis), o CCL não será afetado. |
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Tela 45 |
a) Constituição, a débito de lucros acumulados, de reserva de lucro:
Observe-se que, como a contrapartida da redução do PNC (Patrimônio Líquido/Lucros ou Prejuízos Acumulados/Lucros Acumulados) é o aumento de um PNC (Patrimônio Líquido/Reserva de Lucros/Reserva Legal), o CCL não será afetado.
a) Pagamento de uma duplicata no vencimento:
Observe-se que, como a contrapartida da redução do AC (Disponibilidades/Caixa) é a redução de um PC (Obrigações a Curto Prazo/Duplicatas a Pagar), o CCL não será afetado.
a) Financiamento para aquisição de bem do ativo permanente amortizável a longo prazo:
Observe-se que, como a contrapartida do aumento do PNC (Passivo Exigível a Longo Prazo/Financiamento a Pagar) é o aumento de um ANC (Ativo Permanente/Ativo Imobilizado/Imóvel), o CCL não será afetado. |
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Tela 46 |
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3 - Enfoque Financeiro e Estrutura da DOAR
A DOAR tem
um enfoque financeiro, enquanto a Demonstração de Resultados
e o Balanço Patrimonial são de caráter basicamente
econômico. Por isso, despesas ou receitas que não são
efetivadas financeiramente durante o período devem, em princípio,
não ser consideradas. |
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Tela 47 |
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Diversos
itens que afetam a formação do Resultado do Exercício
não alteram o CCL. Por essa razão, o lucro ou prejuízo
do exercício precisa ser ajustado pela exclusão de todos
os valores que não representam mutações do CCL, para
que se tenha o valor do lucro que se constitui em origem de recursos.
Quando um valor deve ou não ser objeto de ajuste ao resultado, para fins de levantamento da DOAR? O caminho é responder-se a duas perguntas:
Se a resposta
a segunda pergunta for negativa, o ajuste deve ser |
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Tela 48 |
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Vemos agora outras origens de Recursos
Exemplo
1: Ganho ou Perda de Capital
A Lei das
S.A. determina que a DOAR apresente como fonte de recursos o produto da
alienação de elementos do Ativo Permanente, razão
pela qual os R$ 60.000,00 devem ser demonstrados como origem de recursos. |
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Tela 49 |
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Exemplo
2: Integralização de Capital em dinheiro ou em valores Exemplo
3: Ágio na Emissão de Ações, Produto da Alienação
de Partes Beneficiárias e Bônus de Subscrição
ou Doações e Subvenções para Investimento Em exemplos anteriores já foram feitos comentários sobre as principais modalidades de aplicação de recursos, relacionados a seguir:
No modelo de DOAR apresentado foram explicitadas as situações mais comuns e relevantes que geram origem ou aplicação de recursos, por elemento específico (como aumento de capital, pagamento de dividendos), deixando que as variações menos comuns sejam genericamente apresentadas como aumentos ou diminuições de elementos não circulantes. |
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Tela 50 |
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4 - Exercício DEMONSTRAÇÃO
DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS
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Tela 51 |
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BALANÇO
PATRIMONIAL PARA LEVANTAMENTO DA DOAR
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Tela 52 |
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DEMONSTRAÇÃO
SIMPLIFICADA DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
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Tela 53 |
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DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS
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Tela 54 |
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Resumo
Em outros, o Passivo Circulante pode ser superior ao Ativo Circulante, demonstrando que a empresa opera, no curto prazo, com capital de giro negativo (parte em cinza). Quando a empresa está em situação financeira debilitada, o capital de giro será negativo. |
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Tela 55 |
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Conceitua-se
como origens todas as transações que provocam aumento no
Capital Circulante Líquido (CCL) e como aplicações
o conjunto das transações que provocam redução
do CCL. |
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Tela 56 |
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Assim,
também, a contabilização dos juros e variações
monetárias de empréstimos de longo prazo, que serão
pagos no futuro, representando para o ano em curso apenas uma correção
da dívida.
Se a resposta à segunda pergunta for negativa, o ajuste deve ser feito No modelo apresentado foram explicitadas as situações mais comuns e relevantes que geram origem ou aplicação de recursos, por elemento específico (como aumento de capital, pagamento de dividendos), deixando que as variações menos comuns sejam genericamente apresentadas como aumentos ou diminuições de elementos não circulantes. |
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| Unidade 4 | Módulo 6 | Tela 57 |
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1 - Informatização na Contabilidade A complexidade
do ambiente econômico, o desenvolvimento tecnológico e o
crescimento das organizações têm dificultado o entendimento
e a gestão dos negócios. A conseqüência desse
cenário é a necessidade de informações que
auxiliem os administradores na tomada de decisões.
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Tela 58 |
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Ao se projetar a informatização de uma entidade, a primeira questão que surge é: quais os requisitos do sistema de computador para operar o software? Recomendam os especialistas que o sistema computacional necessário para implementar a rotina contábil dentro de uma entidade varie conforme a capacidade produtiva de tal entidade. Eis porque a escolha do computador adequado depende basicamente da necessidade de geração da informação contábil e da estrutura operacional da entidade.
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Tela 59 |
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São muitos os programas para computadores utilizados em Contabilidade. Na formação do contador é imprescindível que ele saiba lidar, basicamente, com:
Existem,
também, programas específicos como contas a pagar, contas
a receber, controle de ponto, controle fiscal, folha de pagamento e programas
próprios para a contabilização de eventos.
A análise de balanços é facilitada, pois índices como margem de contribuição, análise de endividamento e liquidez podem ser calculados de maneira mais rápida e segura. Além disso, o uso de computadores no processo contábil abre novos campos de atuação para o contador como, por exemplo, a Auditoria de Sistemas Computadorizados, que consiste na avaliação do grau de aproveitamento e conhecimento dos sistemas pelo usuário. |
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Tela 60 |
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A internet já foi incorporada de forma definitiva à rotina contábil. A troca de informações entre clientes e entidade contábil através de e-mails está sendo intensificada. As entidades enviam aos clientes orientações e relatórios, recebendo deles, principalmente, dúvidas e dados. Entre os serviços mais utilizados na internet pelos contadores, encontram-se: acessar o Diário Oficial; consultar serviços disponíveis sobre legislação, inclusive as instruções normativas da Receita Federal; entregar declarações de IRPF, IRPJ, DIRF, RAIS e outras; pagar tributos como INSS e IPVA; utilizar serviços oferecidos pelos governos estaduais por meio de postos fiscais eletrônicos, alguns oferecendo desde orientações até a possibilidade de pagamento de tributos; obter certidões, algumas de uso freqüente como a Negativa de Débitos; acompanhar saldos e extratos de contas correntes nos principais bancos; recrutar e selecionar empregados; consultar marcas e patentes; comprar software, hardware e livros; ler notícias em jornais e revistas. Além dos serviços, há um grande número de entidades que investem na construção e manutenção de suas home pages, endereços que permitem sejam suas mensagens lidas em qualquer parte do mundo.
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Tela 61 |
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Entre as
desvantagens, a informática pode gerar acomodações
do contador, fazendo com que ele não busque melhorias na técnica
contábil, quando forem detectadas anomalias no sistema. |
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Tela 62 |
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2 - Divulgação das informações contábeis As principais informações contábeis são divulgadas por meio das Demonstrações Contábeis. Elas são importantes fontes de informações sobre as entidades e consistem em relatórios sintéticos e padronizados que buscam retratar a situação de uma empresa em determinado momento ou período de tempo. Contêm informações relevantes para todos os segmentos da sociedade que de alguma maneira se relacionem com a entidade: os proprietários, os administradores, os credores atuais e potenciais, seus fornecedores e clientes, o governo (federal, estadual e municipal) os concorrentes e os empregados. Cada um desses segmentos pode extrair das demonstrações as informações necessárias para decidir quanto ao seu relacionamento com a organização, tais como: sua capacidade de saldar compromissos, seu grau de endividamento e sua rentabilidade. Cada uma das demonstrações financeiras exigidas pela Lei n.º 6.404/76 fornece informações sobre um aspecto específico da situação da empresa: sobre o montante dos diversos componentes do patrimônio (BP); sobre como obteve o resultado (lucro ou prejuízo) em determinado exercício (DRE); sobre o destino dos lucros da empresa (DLPA) ou dos diversos elementos do patrimônio líquido ao longo do exercício (DMPL); e sobre a utilização dos recursos financeiros, ou seja, recebimentos e pagamentos realizados (DFC). Além desses, existem outros relatórios que disponibilizam informações relevantes, complementando os demonstrativos já estudados. Podemos destacar: Parecer dos Auditores Independentes, Relatório da Diretoria e Balanço Social.
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Tela 63 |
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O parecer é o documento mediante o qual o auditor emite sua opinião sobre as demonstrações contábeis nele indicadas. Ele deve expressar, clara e objetivamente, se as demonstrações contábeis auditadas representam, em todos os aspectos relevantes, adequadamente ou não, consoante ao levantamento e para o período a que correspondam: a posição patrimonial e financeira, as origens e aplicações dos recursos, o resultado das operações e as mutações do patrimônio líquido. O parecer dos auditores independentes, segundo a natureza da opinião que contem, classifica-se em: parecer sem ressalva, parecer com ressalva, parecer adverso e parecer com abstenção de opinião.
O parecer sem ressalva indica que o auditor está convencido de que as demonstrações contábeis foram elaboradas consoante os Princípios Fundamentais de Contabilidade, as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for pertinente, a legislação específica. Quando a auditoria não encontra nenhum problema, o parecer incorpora expressões como "as demonstrações representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da entidade". O auditor não deve emitir um parecer sem ressalva quando existirem quaisquer das circunstâncias seguintes que, na sua opinião, tenham efeitos relevantes para as demonstrações contábeis: discordância com a administração da entidade a respeito do conteúdo e/ou da forma de apresentação das demonstrações contábeis, ou limitação na extensão do seu trabalho. Exemplo: |
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Tela 64 |
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O parecer com ressalva é emitido quando o auditor conclui que o efeito de qualquer discordância ou restrição na extensão de um trabalho não é de tal magnitude que requeira parecer adverso ou abstenção de opinião. Entretanto, um parecer com ressalva é um indicador negativo que, no mínimo, permite supor que a entidade pode estar sonegando informações.
O auditor
deve emitir parecer adverso quando verificar que as demonstrações
contábeis estão incorretas ou incompletas, em tal magnitude
que impossibilite a emissão do parecer com ressalva. No parecer
adverso, o auditor emite opinião de que as demonstrações
contábeis não representam, adequadamente, a posição
patrimonial e financeira, e/ou as mutações do patrimônio
líquido, e/ou as origens e aplicações dos recursos
da entidade, nas datas e períodos indicados. |
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Tela 65 |
Embora não exista um padrão para o Relatório da Diretoria, geralmente ele possui duas partes: inicia-se com uma descrição do mercado e dos fatores externos, principalmente dos itens econômicos que afetaram o resultado, e finaliza detalhando os efeitos do ambiente macroeconômico nos resultados da entidade, destacando as medidas adotadas por ela para suplantar eventuais dificuldades. Por sua característica, o Relatório da Diretoria é otimista no que diz respeito ao desempenho da entidade, optando por destacar os pontos positivos e relegando ao segundo plano os aspectos que poderiam dar a entender que há má gestão. Destaca-se, contudo, que a leitura desse relatório poderá chamar a atenção do usuário para as variáveis externas mais relevantes que afetaram o resultado da entidade, além de lançar luz sobre o comportamento da Diretoria diante das mudanças ambientais. |
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Tela 66 |
Senhores Acionistas, O Makro submete à apreciação dos senhores o relatório de administração e as demonstrações financeiras da empresa, com o parecer dos auditores independentes, referentes aos exercícios sociais findos em 31 de dezembro de 2004 e de 2003. Resultados As vendas líquidas em 2004 foram de R$ 3.115,8 milhões, representando um aumento de 19,83% sobre as vendas do ano anterior de R$ 2.600,2 milhões. No conceito de mesmas lojas, as vendas líquidas aumentaram em 15,4%; quando comparadas a 2003. |
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Tela 67 |
Juros sobre capital próprio e dividendos
O Conselho de Administração da empresa proporá à Assembléia Geral dos Acionistas que os juros sobre capital próprio sejam imputados ao dividendo mínimo obrigatório. |
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Tela 68 |
Organização A filosofia da empresa é estimular dentro da organização a criatividade e a iniciativa. Isso significa descentralização e atribuição das responsabilidades no nível hierárquico mais baixo possível dentro da organização. Ao mesmo tempo, deve-se reconhecer que a empresa se encontra inserida dentro de um mercado cada dia mais competitivo, operando uma fórmula Makro complexa, na qual as tentações para divergir são inúmeras, portanto, é convicção da administração que um foco e políticas claras junto a uma disciplina rígida na execução são fundamentais para se obter sucesso. A abordagem da Administração é a da descentralização, no entanto dentro de políticas e regras claras, especialmente com respeito ao posicionamento da empresa, fatores chaves da fórmula Makro e quanto a alocação de recursos financeiros e gerenciais. |
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Tela 69 |
Estratégia/ perspectivas Atualmente,
o Makro se destaca por seu posicionamento claro como atacadista de auto-serviço
de baixo custo operacional, presença nacional, como distribuidor
de marcas líderes e de marcas próprias e exclusivas, de
qualidade. Esse baixo custo operacional, aliado a uma eficiente administração
do capital de giro, permite ao Makro reforçar sua liderança
na prática de preços baixos, aumentando sua participação
no mercado distribuidor e mantendo sua lucratividade. A empresa mantém
sua estratégica focada nos pequenos e médios comerciantes/empresas,
oferecendo-se como fonte de abastecimento confiável, prática
e funcional. |
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Tela 70 |
O grupo O Makro Atacadista S.A é parte do grupo Makro América do Sul, constituído em 1º de janeiro de 1998, que possui operações em quatro países: Argentina, Brasil, Colômbia e Venezuela. Ao final de 2004 o grupo operava 90 lojas Makro. Agradecimentos Aproveitamos esta oportunidade para agradecer nossos funcionários pelos seus contínuos esforços e também registrar nossa apreciação pelo apoio que recebemos de nossos clientes e fornecedores. Gostaríamos de expressar o reconhecimento aos nossos acionistas pela confiança em nós depositada e pelo seu comprometimento firme com a estratégia atual e crescimento da nossa organização. São
Paulo, 14 de fevereiro de 2005.
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Tela 71 |
O Balanço Social diz respeito ao conjunto de informações relativas ao desempenho social da entidade, cuja finalidade difere dos dados que constam do Balanço Patrimonial. O Balanço Social reflete as relações entre as entidades e o conjunto da coletividade (Estado, clientes, empregados, fornecedores, financiadores, cidadãos, etc.).
Esse demonstrativo
presta contas da ação da entidade no que tange a seu desempenho
e ao de seus colaboradores com relação ao meio ambiente
e à comunidade. |
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Tela 72 |
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Nos Estados
Unidos, a partir da década de 60, as entidades começaram
a divulgar relatórios que objetivam prestar contas à sociedade
dos resultados de suas políticas sociais e ambientais. Lá,
a atuação das empresas influencia até o preço
de suas ações em bolsa, uma vez que interfere na aceitação
de seus produtos ou serviços pela população, que
está atenta ao desempenho delas na área social e, sobretudo,
no respeito à ecologia. |
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Tela 73 |
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Do Balanço Social deverão constar informações sobre:
O objetivo das empresas continua sendo o lucro, mas a adoção do Balanço Social reflete a atuação das empresas no campo social e torna transparente o comportamento empresarial no que se refere à ética e à responsabilidade social. |
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Tela 74 |
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Há
outras propostas de adoção do Balanço Social, como
uma Instrução da Comissão de Valores Mobiliários
- CVM, que abrange as companhias de capital aberto sob sua fiscalização.
Assim, também, o projeto de reforma da Lei das Sociedades por Ações
que propõe a inclusão de informações de natureza
social e produtividade na elaboração das demonstrações
contábeis e da demonstração do valor adicionado. O Balanço Social possibilita o conhecimento do que está sendo feito pelas empresas e, assim sendo, separar aquelas que ainda se identificam com o capitalismo selvagem em busca apenas de lucro daquelas que, conscientes de sua responsabilidade para com a sociedade brasileira, desenvolvem e/ou apóiam e incentivam atividades culturais, esportivas, de lazer e de preservação do meio ambiente, projetos educacionais e filantrópicos, bem como desenvolvem ações de proteção ao meio ambiente. |
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Tela 75 |
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As empresas que não respeitam o patrimônio ambiental devem ficar atentas a Lei de Proteção Ambiental, nº 9.605/98, que prevê multas de até R$ 50 milhões para os crimes contra o meio ambiente.
Recomenda-se que a empresa pública ou privada adote uma postura responsável pelo bem-estar da comunidade em que atua. Esse é o princípio da empresa cidadã, isto é, comprometida com a qualidade de vida da sociedade e que, por intermédio do Balanço Social, tem a oportunidade de divulgar seus investimentos nos mais diversos projetos socioculturais. |
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Tela 76 |
| 3 - Utilização
das Informações Contábeis A informação contábil é útil a toda a sociedade. Um cidadão, ao analisar um demonstrativo da execução orçamentária do governo, poderá verificar se os recursos públicos foram corretamente aplicados para alcançar os fins a que haviam sido destinados. Assim sendo, o controle social tem nos registros e demonstrativos contábeis suas mais preciosas fontes de informação. Os
administradores têm uma responsabilidade especial no que diz respeito
à utilização da informação contábil
em virtude das decisões decorrentes da interpretação
dessas informações.
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Tela 77 |
| 4 - Novas
Tendências Profissionais
O profissional do futuro será tão bem-sucedido quanto for a sua aptidão para lidar com as mudanças. E isso só será possível se ele conseguir encontrar em todas as situações motivação suficiente para seguir estudando e se aperfeiçoando. Com esse comportamento, o contabilista, como qualquer outro profissional, estará habilitado a resolver problemas novos e certamente estará inserido no mercado de trabalho do futuro. O profissional de contabilidade do passado, o antigo guarda-livros, está sendo substituído com muita eficiência pela máquina. O uso de computadores no processo contábil abre novos campos de atuação para o contador. Dentre eles pode ser citada a Auditoria de Sistemas Computadorizados, cujo trabalho consiste na avaliação do grau de aproveitamento e conhecimento dos sistemas pelo usuário. O auditor procura elucidar as dúvidas mais prementes do usuário, assim como apresentar recursos que o mesmo desconhecia. Um aspecto avaliado com rigor pelos auditores é a segurança dos dados, orientando-o sobre como evitar riscos e perda de banco de dados. |
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Tela 78 |
| A informatização
tornou os serviços contábeis mais rápidos. Com maior
disponibilidade de tempo, os contabilistas dedicam-se a produzir informações
gerenciais com o objetivo de participar mais ativamente do processo decisório
das entidades. Inclusive, ao deixar de se preocupar preponderantemente com
as "partidas dobradas", muitos contabilistas passaram a assumir
funções de executivo nas empresas. Seguindo uma tendência
mundial, cada vez mais contadores estão ocupando nas empresas o cargo
de Controller, função diretamente vinculada à diretoria
financeira e de relações com o mercado.
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Tela 79 |
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A função
básica da Controladoria é garantir a perfeita realização
do processo de decisão-informação-controle, acompanhando
e controlando as atividades da empresa. Cabe ao Controller assessorar
a alta administração, selecionando e filtrando as informações
oriundas dos diversos departamentos, que serão utilizadas para
a tomada de decisões. Nesse processo, o Controller também
avalia os resultados obtidos em comparação com o planejado,
identificando as causas e os responsáveis pelas variações
entre o desempenho esperado e o real, apresentando recomendações
para a adoção de medidas corretivas e influenciando a tomada
de decisões dentro da empresa.
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Tela 80 |
| O contador
pode exercer, ainda, a função de perito contábil para
opinar sobre matéria em litígio. Diz Reynaldo de Souza Gonçalves:
"A perícia contábil é o exame hábil com
o objetivo de resolver questões contábeis, ordinariamente
originárias de controvérsias, dúvidas e de casos específicos
determinados ou previstos em lei". Por sua vez, o Conselho Federal
de Contabilidade aprovou a NBC-T-13 - Da Perícia Contábil,
tendo conceituado: "Perícia contábil é o conjunto
de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de
laudo sobre questões contábeis, mediante exame, vistoria,
indagação, investigação, arbitramento, avaliação
ou certificação". O perito contábil pode ser nomeado
em Juízo ou ser indicado por uma das partes. Pode, também,
ser escolhido pelas partes para realizar perícia extrajudicial. As mudanças impostas pelos novos tempos fazem surgir a necessidade de um perfil novo de profissional mais comprometido com o sucesso do seu cliente. Os profissionais de contabilidade, além de profundo conhecimento técnico contábil, precisam ter conhecimento de línguas e de informática, bem como capacidade de interpretar corretamente a legislação. Recomenda-se, ainda, melhorar o nível de cultura geral do contabilista, para que tenha uma visão ampla dos problemas e de onde se insere a Contabilidade. Não se pode fazer uma boa administração só com a Contabilidade, mas pode-se afirmar que dificilmente haverá uma boa gestão sem se utilizar a Contabilidade. |
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Tela 81 |
| Resumo
Muitos são
os programas para computadores utilizados em Contabilidade. O contador
deve saber lidar com: uma planilha de cálculos e um editor de textos.
Existem, também, programas específicos como contas a pagar,
controle fiscal e folha de pagamento. As demonstrações contábeis são importantes fontes de informações sobre as entidades, assim como: Parecer dos Auditores Independentes, Relatório da Diretoria e Balanço Social. O parecer é o documento pelo qual o auditor emite sua opinião sobre as demonstrações contábeis, deve expressar se as demonstrações contábeis auditadas representam a posição patrimonial e financeira, as origens e aplicações dos recursos, o resultado das operações e as mutações do patrimônio líquido. O parecer dos auditores independentes podem ser classificados em: parecer sem ressalva, parecer com ressalva, parecer adverso e parecer com abstenção de opinião. O Relatório
da Diretoria destaca os pontos positivos da gestão, podendo chamar
a atenção para as variáveis externas mais relevantes
que afetaram o resultado da entidade. |
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Tela 82 |
| O profissional
de contabilidade do passado está sendo substituído com muita
eficiência pela máquina. O uso de computadores no processo
contábil abre novos campos de atuação para o contador.
Dentre eles pode ser citada a Auditoria de Sistemas Computadorizados. A
informatização tornou os serviços contábeis
mais rápidos e os contabilistas, com maior disponibilidade de tempo,
dedicam-se a produzir informações gerenciais, sendo que muitos
assumiram, seguindo uma tendência mundial, o cargo de Controller.
A auditoria, é uma das mais importantes especializações do profissional da contabilidade, tem como principal função confirmar a exatidão dos registros e das demonstrações contábeis. O contador
pode exercer, ainda, a função de perito contábil
para opinar sobre matéria em litígio, nomeado em Juízo
ou indicado por uma das partes. |
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