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Mesmo não podendo ter certeza sobre o futuro, você poderia procurar indícios estruturais que lhe permitam reduzir a incerteza. Por exemplo, se você estava no setor bancário no início dos anos 90, podia esperar a desregulamentação e, com a crescente globalização, a entrada de todos aqueles bancos internacionais que vieram para o Brasil no final da década? Se você está no setor de informática, pode esperar mudanças cada vez mais rápidas no seu cenário de atuação? Na realidade, você pode considerar previsões nas projeções econômicas, nas análises demográficas, na evolução industrial etc. Você pode ainda explorar ideias capazes de moldar o futuro em trabalhos filosóficos, romances de ficção científica, plataforma de partidos políticos e livros dos principais sociólogos, cientistas políticos e futurologistas. Longe de saber como será o futuro, de não ter informações sobre o que ocorrerá, é provável que você esteja cercado de informações relevantes sobre o futuro, embora somente algumas delas sejam úteis para estabelecer a visão de futuro para a sua empresa. Mas é na seleção e interpretação dessas informações que reside a arte da liderança e da boa gestão empresarial. Analisar as forças que moldarão o futuro é uma tarefa complexa e cheia de riscos. Os riscos são bem maiores, mas a complexidade é a mesma enfrentada pelo historiador que "descobre", a partir de uma pilha de informações sobre o passado, quais as forças que atuaram para gerar as condições do presente. O mesmo procura fazer o empreendedor, mas este tem uma vantagem sobre o historiador, porque grande parte do futuro pode ser inventada ou projetada. Estabelecendo uma visão apropriada, o líder influi na criação do seu próprio futuro. |
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