O nosso dia a dia está repleto desse tipo de "psicologia", a qual poderíamos chamar de psicologia popular ou psicologia de senso comum. Alguns autores utilizam o termo “psicologismo”para designar essa prática.

O senso comum nada mais é do que a forma de pensar da maioria das pessoas de uma cultura, comunidade ou sociedade. Tem como característica, a capacidade de acumular, pelos tempos, o saber das diversas ciências de forma superficial, ou seja, sem necessidade de explicar com profundidade os diversos fenômenos que ocorrem na natureza e no meio social. O senso comum apenas se apropria, de forma ingênua, de termos científicos para usá-los no cotidiano. É esse saber, sem preocupação científica, que permite as diversas explicações para situações surgidas no dia a dia.
Observem os exemplos.

Se perguntarmos à dona Josefa por que oferece xarope caseiro a seu neto, com certeza, ela nos dirá que o menino, sempre que fica resfriado, melhora com isso. O remédio é feito em casa, com o uso de diversas ervas, há três gerações, a família de dona Josefa usa esse xarope e sempre deu certo.

Um bioquímico com certeza saberia explicar-nos que a criança melhora porque as plantas usadas contêm o princípio ativo necessário para a cura daquele tipo de problema. Dona Josefa não está nem um pouco interessada nessa história de "princípio ativo". Importa-lhe, sim, que o filho melhore quando toma o xarope.



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