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Resumo
A
história da Psicologia se inicia na Grécia Antiga,
com destaque para três grandes filósofos: Sócrates,
Platão e Aristóteles. Seus interesses estavam voltados para
desvendar os mistérios que envolviam o ato de pensar, a alma e
a razão humanas.
Com
o Cristianismo, merecem destaque: Santo Agostinho e São
Tomás de Aquino. O primeiro inspira-se nas ideias de Platão
no que se refere à imortalidade da alma, o elemento de ligação
com Deus.
São Tomás surge num momento de fortes conflitos internos
na Igreja Católica. Inspira-se em Aristóteles para explicar
a distinção entre a essência e a existência
humana. Sua missão foi garantir à igreja o estudo do psiquismo
humano, como forma de compreender os mistérios da alma humana nessa
relação com Deus.
Psicologia
científica começa a despontar no século XIX,
com os avanços do capitalismo. Wundt, na Alemanha, desenvolve o
primeiro laboratório, onde faz experimentos com as sensações
humanas. Sua escola é chamada de estruturalista, os psicólogos
deveriam estudar os processos elementares da consciência e localizar
suas correlações com o sistema nervoso.
William
James, da escola funcionalista, questiona o estruturalismo, defendendo
a utilidade prática das pesquisas. Para os funcionalistas a consciência
era única e pessoal, e sua função é ajudar
na adaptabilidade do ser humano ao meio.
Vimos ainda três escolas de destaque: o Behaviorismo, a
Gestalt e a Psicanálise.
Os
behavioristas acreditavam que os psicólogos deveriam
se preocupar apenas com fatos observáveis. Valorizavam os processos
de aprendizagem e preocupavam-se com a descrição, explicação,
predição e controle dos comportamentos. Seus conhecimentos
foram muito utilizados pela administração, principalmente
no período taylorista.
A
Gestalt teve em Wertheimer seu grande representante. A percepção
é o ponto chave dessa escola, pois segundo a Gestalt, os processos
perceptivos influenciavam o comportamento. Seus princípios são
muito usados no meio organizacional, como por exemplo, quando se pretende
lançar um produto no mercado.
A escola Psicanalítica, que tem em Sigmund Freud sua grande referência,
defendia que a personalidade humana se estrutura na infância, determinando
a forma de comportamento na idade adulta. Seu método de trabalho
era fazer vir à consciência fatos traumáticos vivenciados
e mantidos no inconsciente, o que influenciaria na adaptabilidade do indivíduo
ao meio. Sua utilização no campo organizacional facilita
não só a compreensão das inter-relações
de trabalho, como também a identificação de mecanismos
repressores dentro da organização, que apontam para a manipulação
e dominação, impedindo o crescimento e desenvolvimento das
pessoas.
Vimos, ainda, as diferenças básicas entre a Psiquiatria,
Psicanálise e Psicologia, bem como os locais onde esta última
pode ser exercida.
Enfocamos a importância da psicologia organizacional em nossas organizações,
pois sua função é estudar as inter-relações
de indivíduos sob condições de trabalho e as variáveis
que podem interferir nessa estrutura e nos comportamentos objetivando
o crescimento e desenvolvimento organizacional.
Hoje, sabemos que novos desafios se colocam para a psicologia organizacional:
seus interesses se voltam para o clima e o desenvolvimento organizacional,
e ainda para os processos de tomada de decisão, entre outros. A
integração teórica entre as diversas áreas
está acelerada, principalmente em virtude da globalização
das pesquisas, que é facilitada pelos meios de comunicação.
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