Tela 1 |
| 1 - Conceitos de formação de preço de vendas A
determinação dos preços de venda dos produtos e serviços
é tarefa extremamente importante na empresa moderna, constituindo-se
uma das peças fundamentais do planejamento empresarial. A fixação
de preços deve refletir os objetivos e estratégias estabelecidas
pela alta administração da empresa.
As diversas
variáveis que interagem na determinação e na análise
do preço de um produto ou serviço tornam essa tarefa complexa,
exigindo por parte da empresa a definição de uma eficiente
política de fixação de preços, que tenha por
objetivo a continuidade operacional ao longo do tempo. O grande objetivo
é o de se encontrar o preço que melhor utilize o potencial
e os recursos da empresa.
A formação de preços de venda a partir do custeio por absorção é a técnica mais utilizada. É feita adicionando-se ao custo industrial por produto, as taxas gerais de despesas (administrativas, de vendas e despesas financeiras) e, a margem de lucro desejada. A formação de preço de vendas a partir do custeio direto, leva em conta somente o custo direto ou variável mais as despesas variáveis do produto que possam ser identificadas. A margem aplicada deverá cobrir, além do percentual de lucro desejado, os custos e despesas fixas, que não foram considerados no processo. |
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Tela 2 |
A formação
do preço de venda a partir dos custos pode servir de base para coisas
tais como:
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Tela 3 |
No caso de formação de preços de venda com informações do mercado, quem define preços é o mercado. Se essa assertiva for considerada indiscutível, todo o trabalho de controle de custos é dispensável. É necessário que a empresa saiba o preço dos concorrentes e a partir daí definir o seu preço de venda. A formação do preço a partir dos custos seria somente teoria. No mercado existem muitas outras variáveis não consideradas na teoria da lei da oferta e da procura. O antigo consumidor, hoje cliente pode resolver comprar um produto simplesmente para atender um impulso ou desejo pessoal, ficando totalmente indiferente a dados de mercado, como oferta, procura, preço do outro vendedor, etc.
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Tela 4 |
| As informações
do mercado não podem ser negligenciadas, todavia, não podem
ser o único elemento definidor de preço. O trabalho de marketing
pode criar infinitas formas de tornar o produto mais atrativo, ainda que
isso não passe de opiniões. O plus
do produto pode fazer a diferença.
Seria então, um caminho inverso, a partir do preço que o mercado está disposto a pagar, a empresa deduz a margem almejada, bem como outros custos intrínsecos do processo. O custo meta, a ser alcançado seria o custo-padrão ideal do processo, que a empresa buscaria. A partir do exemplo cabe à empresa avaliar se tem condições de produzir determinado produto com as informações do mercado. |
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Tela 5 |
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2 - Multiplicador sobre os custos - mark-up De maneira simples,
a formulação de preços baseado nos custos é
a resultante da aplicação de um índice (divisor ou
multiplicador) sobre os custos e despesas, conhecido como mark-up, ou
"ponto de marcação". Uma grande vantagem da sua
aplicação consiste na facilidade de determinar um novo preço
quando ocorre aumento dos custos, uma vez que o aumento no custo de produção
ou aquisição não altera o mark-up.
ou
Segundo o dicionário Accounting- the language of business, de Sidney Davidson et al., o mark-up é "um valor originalmente adicionado ao custo. Usualmente expresso como um percentual do preço de venda. Refere-se também a um aumento sobre um preço de varejo originalmente estabelecido." Segundo o Dicionário Técnico Contábil Português-inglês, mark-up significa "remarcação para cima". O mark-up pode então ser definido como um índice ou percentual que irá adicionar-se aos custos e despesas, o que não significa que deva ser aplicado linearmente a todos os bens e serviços. O mark-up deve ser estruturado conforme a incidência de impostos, despesas operacionais e o lucro desejado na venda, observadas as circunstâncias e interesses mercadológicos e financeiros, as experiências passadas, tudo combinado de forma equilibrada para que a empresa consiga atingir seus objetivos. Mark-up não é lucro da venda. Confunde-se, na prática, mark-up com lucro da venda, o que é danoso à imagem das empresas, além de incorreto. Se uma empresa utiliza o custo multiplicado por um mark-up de 2, por vezes entendido como lucrar 100%, isto não é verdadeiro, pois existem impostos e despesas que precisam ser pagos com o produto da venda, não restando um lucro de 100% sobre os custos. O preço deve ser suficiente para cobrir os custos, as despesas, os impostos e propiciar um lucro na venda; assim, considerando-se esses elementos, desenvolve-se a estrutura do mark-up. O mark-up pode ser determinado a partir do custeio por absorção ou do custeio variável. Considerando que o custeio por absorção é a metodologia mais utilizada, o cálculo do mark-up será apresentado a partir desta metodologia. A partir do custo do produto, apurado pelo custeio por absorção, aplica-se um índice para cobrir os outros formadores do preço, inclusive a margem de lucro desejada. O mark-up é composto dos seguintes elementos: O ICMS, como já visto, é computado no mark-up, mas o IPI não deve ser incluído. A explicação para isso é tributária: o ICMS é um imposto incluído no preço de venda na nota fiscal, enquanto o IPI é adicionado separadamente quando se trata de venda da indústria para o comércio. Em outras palavras, o IPI deve ser adicionado ao valor da venda, quando for o caso, enquanto o ICMS já está embutido no preço de venda. |
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Tela 6 |
| O Mark-up
genérico é a aplicação de um índice
sobre o custo por absorção, que serve para todos os produtos.
Ou seja, os elementos constantes do mark-up construído, serão
aplicados a todos os produtos.
O mark-up por produto é um multiplicador para cada produto ou grupo de produtos, com base nos diferentes elementos formadores de preço. Os índices multiplicadores para cada produto ou grupo de produtos, variam de acordo com a margem de lucro desejada, com os impostos incidentes e com o volume de despesas administrativas, comerciais, financeiras e de vendas. Independente de utilizar o mark-up por produto ou genérico, é importante a integração do sistema de informação da empresa, de maneira a permitir informações consistentes para a determinação dos preços. |
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Tela 7 |
| 3 - Buscando
a margem de lucro
A margem de lucro perseguida, varia bastante de empresa para empresa. Segundo Padoveze (2000) esses são alguns dos fatores responsáveis por essa variação:
Na prática não pode ser desconsiderada a rentabilidade do capital próprio, já subtraídos os impostos sobre o lucro líquido. Nosso exemplo de construção do mark-up será baseado nas seguintes premissas:
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Tela 8 |
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| Para calcular
a Margem de lucro desejada, assim como determinar outras
informações necessárias para o cálculo do
mark-up, vamos utilizar uma Demonstração de Resultado do
Exercício:
Considerando que o imposto de renda não tem, necessariamente, uma relação com o lucro contábil, a margem de lucro deve ser determinada em relação ao lucro antes do imposto de renda. Portanto, a margem
de lucro obtida pela empresa foi de 14,85%. |
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Tela 9 |
Utilizando a Demonstração de Resultado do Exercício, podemos determinar os percentuais de impostos e despesas, a serem utilizados no cálculo do mark-up. Vejamos:
O Mark-up multiplicador poderá ser então calculado: Então
teremos: O Mark-up divisor pode ser calculado utilizando-se a fórmula:
Então teremos: |
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Tela 10 |
| Se a empresa
desejar manter a sua margem de lucro obtida com base na DRE, poderá
utilizar o mark-up no cálculo dos preços dos seus produtos,
multiplicando o índice calculado pelo custo do produto.
Como exemplo ilustrativo, vamos admitir que a empresa produza refrigeradores a um custo de R$ 500,00. Seu preço de venda então seria:
Utilizando o Mark-up divisor, temos:
Obs.: Devemos então chegar ao mesmo preço. A diferença ocorrida deveu-se a arredondamento. O mais importante nesse cálculo é que a margem de lucro projetada representa o valor real a ser auferido, já descontados os impostos sobre as vendas, custos e despesas. Vejamos:
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Tela 11 |
| No quadro a seguir podemos vislumbrar a aplicação dos índices para formação do preço de venda de diferentes produtos utilizando o mark-up:
A comprovação
dos mark-ups pode ser feita com a aplicação dos índices
calculados, partindo-se do preço de venda.
Há que se ter em mente que as empresas podem calcular seus preços a partir dos mark-ups, todavia, a definição de preços deve considerar outras variáveis, como o preço de mercado, por exemplo. Contudo, isso não invalida os cálculos feitos, pois, no mínimo, são necessários como informação para decisão empresarial. |
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Tela 12 |
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Resumo A formação do preço de venda a partir do custo não é calcada na premissa de que o mercado está disposto a absorver os preços de venda determinados pela empresa. A formação de preços de venda a partir do custeio por absorção é a técnica largamente utilizada. O preço é determinado adicionando-se ao custo industrial do produto, as taxas de despesas administrativas,financeiras e com a comercialização do produto, assim como a margem de lucro desejada. A formação de preço de vendas a partir do custeio direto, leva em conta somente o custo direto ou variável mais as despesas variáveis do produto que possam ser identificadas. A margem aplicada deverá cobrir, além do percentual de lucro desejado, os custos e despesas fixas, que não foram considerados no processo. A partir do custo apurado de cada produto, pelo custeio por absorção, aplica-se um índice para cobrir os outros elementos formadores do preço (mark-up). O mark-up é genérico quando o índice é aplicado indistintamente sobre o custo por absorção de todos os produtos. Normalmente é usado quando os impostos, taxas de despesas e margens de lucro são iguais para todos os produtos. O mark-up por produto é utilizado quando construímos um multiplicador para cada produto ou grupo de produtos. Com a interação do Sistema de informação contábil e mark-up, busca-se a integração do sistema global da empresa para que, qualquer que seja o mark-up utilizado, específico ou genérico, a empresa tenha condições de levantar informações nos diversos setores de forma a dar base e consistência aos cálculos de preços. Por fim, a formação de preços de venda não pode negligenciar as informações do mercado. |
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| Unidade 5 | Módulo 1 | Tela 13 |
| 1 - Custo como conseqüência de Ações Gerenciais À medida que os administradores se preocupem com o gerenciamento de seus insumos, eles terão uma estrutura de custos mais enxuta. Nesse processo gerencial, negociação é, sem dúvida, a ferramenta mais importante dentro do processo empresarial. À medida que a empresa compra bem, a custos menores, ela se coloca melhor em relação aos concorrentes, garantindo a prestação de seus serviços e sua sobrevivência a médio e longo prazos.
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Tela 14 |
| No custeio por absorção, para se obter o custo do produto, leva-se em consideração todos os gastos industriais, diretos ou indiretos, fixos ou variáveis. Os gastos comuns são atribuídos aos produtos por algum critério de distribuição. Exclui-se os gastos não fabris (despesas). O método deriva da aplicação dos princípios fundamentais de contabilidade e é o método aceito pela legislação comercial e pela legislação do Imposto de Renda.
Todos os custos são alocados aos produtos fabricados: os custos diretos pela apropriação direta e os custos indiretos por algum critério de rateio pré-definido. Podemos relembrar os passos no processo de custeio:
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Tela 15 |
| As
despesas de comercialização e de administração
geral são reconhecidas como custo do período ou seja, despesas
do período. Desta forma, não são atribuídas
a produtos específicos. A depreciação de uma máquina é registrada como custo indireto; num segundo momento, é atribuída a cada produto de acordo com uma unidade de medida de atividade, ou seja, o quanto cada produto se beneficia de determinada máquina. Essas unidades atribuídas a cada produto são, então, multiplicadas pelo custo de uma medida de atividades. Vejamos um exemplo adaptado de Crepaldi (1998): uma empresa que trabalha com dois produtos, Alfa e Ômega,registrou os seguintes gastos: |
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| Seguindo o esquema proposto, o primeiro passo, então, é separar os custos de produção das despesas do período. O total dos custos é $ 480 mil. O total das despesas é $ 210 mil. Os gastos então ficaram assim distribuídos: As despesas não integram o custo do produto, entram somente na demonstração de resultados do exercício - DRE. |
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Tela 17 |
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Como fica então a apropriação dos custos? Considerando que a empresa dispõe de um sistema de controle de materiais que informa quanto cada produto consumiu de matéria-prima, temos: Os salários da fábrica devem ter a separação da mão-de-obra direta da indireta vale lembrar que os custos com mão-de-obra incluem os encargos sociais. As anotações da empresa permitem a separação das horas gastas em cada produto, possibilitando a correta quantificação dos custos diretos. Considerando os demais custos como indiretos, temos o seguinte quadro:
Do total dos custos incorridos, $ 360 mil já estão devidamente alocados aos produtos Alfa e Ômega. Os gastos gerais de fabricação ou custos indiretos de fabricação, que somam $ 120 mil, precisam ser rateados aos mesmos produtos. |
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É necessário adotar-se um critério para distribuição dos custos indiretos. Adotaremos uma distribuição proporcional aos custos diretos de cada produto, então vejamos:
Com o critério adotado, o produto Alfa recebe 1/3, $ 40.000,00, e o produto Ômega 2/3, $ 80.000,00. Poderíamos, ainda, fazer o rateio de acordo com o gasto de mão-de-obra direta. Vejamos: Esse rateio pode ser determinado utilizando-se a relação percentual entre os valores. Para o nosso exemplo, aplicaremos o percentual de gasto com mão-de-obra (obtido para cada produto) ao custo indireto total e obteremos o custo indireto rateado a cada produto:
Observe-se que mudando
a forma de calcular percebemos uma pequena diferença nos valores
finais, mas quando mudamos o critério de rateio ou base de rateio
(mudamos de custos diretos para mão-de-obra), a diferença
pode ser significativa. |
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Tela 19 |
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2 - Departamentalização A departamentalização é o processo organizacional de dividir as funções da fábrica em departamentos. Aos departamentos são debitados os custos incorridos em cada um deles. Dentro de uma fábrica, os departamentos podem ser divididos em dois grupos: departamentos de produção e departamentos de serviços.
Os Departamentos de produção têm atuação efetiva sobre os produtos e recebem a apropriação dos custos. Veja alguns exemplos de Departamentos de produção: Os Departamentos de serviços não têm atuação direta nos produtos e sua finalidade é prestar serviços aos Departamentos de produção. |
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Tela 20 |
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Os custos dos Departamentos de Serviços não são apropriados diretamente aos produtos. Vejamos alguns exemplos. Na maioria dos casos, a unidade "Departamento" é um centro de custo. Vamos considerar, em nossos estudos, para efeitos didáticos, que o Departamento é um centro de custo.
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Tela 21 |
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3 - Critério de Rateio dos CIF pelos Departamentos Existem alguns critérios que podem ser utilizados para atribuir os Custos Indiretos de Fabricação aos Departamentos. Vejamos o quadro a seguir: |
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Tela 22 |
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Estimativa dos CIF para um período de produção consiste em projetar o valor dos custos de produção para determinado período. Em muitos casos, há a necessidade da aplicação de valores estimados à medida que os produtos vão sendo transferidos de um departamento para outro. Os custos indiretos e reais bem como o próprio volume de produção só são conhecidos no fim do período. Vamos a um exemplo de como os CIFs poderiam ser distribuídos a cada produto, supondo o seguinte quadro de Custos Indiretos de Fabricação.
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Tela 23 |
| O item "Administração da fábrica" ($ 200) será rateado aos cinco departamentos com base na área utilizada pelos mesmos, ficando assim:
O Departamento de almoxarifado terá seus custos (agora $ 135.000) distribuídos entre os três departamentos produtivos (em partes iguais), já que o "Controle de Qualidade" não se utiliza do almoxarifado. |
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Tela 24 |
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O Rateio dos custos do controle de qualidade, neste momento $ 95.000 ($ 60.000 + $ 35.000), é feito considerando o número de testes feitos para cada departamento.
Após os rateios, vimos todos os custos indiretos de fabricação distribuídos aos três departamentos de produção como se segue:
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Tela 25 |
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Agora, podemos fazer a transferência dos CIFs para cada produto fabricado. Vamos supor que a produção do período tenha sido 1000 unidades dos produtos A e B, e que os apontamentos feitos indicam os totais de hora-máquina por produto, em cada departamento, da seguinte maneira:
O custo indireto por hora-máquina e por departamento seria: Diante dos cálculos, podemos montar um quadro final com o total dos custos indiretos de fabricação atribuído aos produtos A e B. Vejamos a apuração dos custos do produto A:
Os custos do produto B, calculados da mesma forma, seriam $ 361.950. Para se encontrar os custos unitários de cada produto, basta dividir os totais de custos de cada produto por 1000 (total produzido de cada produto). |
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Tela 26 |
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Resumo À medida que os administradores se preocupem com o gerenciamento de seus insumos, eles terão uma estrutura de custos mais enxuta. No custeio por absorção, para se obter o custo do produto, leva-se em consideração todos os gastos industriais, diretos ou indiretos, fixos ou variáveis. Os gastos comuns são atribuídos aos produtos por algum critério de distribuição. Exclui-se os gastos não fabris (despesas). A departamentalização é o processo organizacional de dividir as funções da fábrica em departamentos. Aos departamentos são debitados os custos incorridos em cada um deles. A estimativa dos CIF, custos indiretos de fabricação, consiste em projetar o valor dos custos de produção para determinado período. |
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| Unidade 5 | Módulo 2 | Tela 27 |
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1 - Custeio Direto ou Custeio Variável O custeio direto, também conhecido como custeio variável, consiste em considerar como custo de produção do período apenas os custos variáveis incorridos. O custeio direto não leva em consideração o custo fixo, pelo fato de existirem mesmo que não exista produção, e estes são tratados como despesas do período. O que significa dizer que os estoques de produtos em elaboração e produtos finais, bem como o custo dos produtos vendidos só conterão os custos variáveis. O custeio direto fundamenta-se na separação dos gastos, em gastos variáveis e gastos fixos.
Os defensores do custeio variável valem-se dos seguintes argumentos: O
custeio direto pode ser utilizado internamente a níveis gerenciais,
já que não é aceito pelo fisco.
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| 2 - Custos e Despesas Variáveis São os que variam diretamente com o volume de produção. Exemplo: mão-de-obra direta; matéria-prima. Têm como características: |
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| 3 - Custos e Despesas Fixas São
os que não variam diretamente com o volume de produção.
Exemplos: aluguel de fábrica, salários de gerentes, honorários
de diretores.
Têm como características:
Observe que o comportamento dos custos fixos e variáveis devem ser analisados dentro de certa "faixa de produção", já que podem ser alterados a partir de certo volume de produção ou quando a empresa se aproxima de sua capacidade máxima de produção.
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| 4 - Críticas e Pontos Positivos do Custeio Direto (variável) Por outro lado, podemos enumerar os seguintes pontos positivos em relação ao custeio direto: |
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5 - Aplicação prática e comparação com o custeamento por absorção Procuremos tornar o sistema mais claro com o exemplo de Crepaldi (1998):
E que tenha os seguintes custos de produção:
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Considerando que a empresa utiliza o método PEPS para avaliar seus estoques e calcular o custo dos produtos vendidos, o custo de produção pelo custeio por absorção e pelo custeio direto bem como seus estoques finais em cada período seriam: Para fins de comparação vamos utilizar aqui o custeio por absorção |
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Supondo que o preço de venda unitário foi de $ 120,00, como ficariam as demonstrações de resultados dos períodos considerados: |
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Como seriam os resultados dos quatro períodos apurados pelo custeio direto (ou variável)? Vale
lembrar que no custeio direto, apenas os custos variáveis formam
o custo dos produtos, sendo os custos fixos lançados integralmente
na Demonstração de Resultado. No custeio por absorção,
o estoque permanece com a parcela dos custos fixos correspondentes às
unidades não vendidas, sendo levada à Demonstração
de Resultado apenas a parcela dos custos fixos relativa aos produtos vendidos.
Em consequência, o lucro contábil será sempre menor
quando adotado o custeio direto ou variável.
Temos, em seguida, a Demonstração dos Resultados dos quatro períodos: Neste sistema, pode-se perceber que, aumentando-se as vendas, aumenta-se o lucro, que é o caso do 2º período, e que, reduzindo-se as vendas, reduz-se o lucro, que é o caso do 3º período. Vejamos, a seguir, o comportamento do lucro pelo custeamento direto e pelo custeamento por absorção. Pode-se
perceber que o aumento de vendas causa o aumento do lucro, o que não
acontece no custeio por absorção. Por
isso, o custeio variável tem um melhor potencial gerencial: permite
a análise da variação do volume de produção
e vendas e os efeitos nos custos e lucros. Essa análise é
chamada de custo x volume x lucro. |
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Resumo O custeio direto, também conhecido como custeio variável, consiste em considerar como custo de produção do período apenas os custos variáveis incorridos. Não leva em consideração o custo fixo, pelo fato de existirem mesmo que não exista produção, estes são tratados como despesas do período. Fundamenta-se na separação dos gastos em gastos variáveis e gastos fixos. Os custos e despesas variáveis são os que variam diretamente com o volume de produção. Exemplos: mão-de-obra direta, matéria-prima. Os custos e despesas fixas são os que não variam diretamente com o volume de produção. Exemplos: aluguel de fábrica, salários de gerentes, honorários de diretores. As principais críticas ao custeio direto:
Os principais pontos positivos são:
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| Unidade 5 | Módulo 3 | Tela 37 |
| 1 - Custo-Padrão No sistema Custo-padrão, os custos são apropriados à produção, não pelo seu valor efetivo (ou real), mas por uma estimativa do que deveriam ser (custo-padrão). Podem ser utilizados quer a empresa adote o Custeio por Absorção, quer o Custeio Variável.
As diferenças entre custo-padrão e custo real são objetos de análise da Contabilidade de Custos, com o objetivo de controle dos gastos e medida de eficiência. Como se faz isso e como se contabiliza a diferença entre o padrão e o real são assuntos explicados mais adiante. O custo-padrão tem como finalidade básica proporcionar um instrumento de controle à administração da empresa. |
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Nesse sentido, podemos dizer que controle significa tomar conhecimento de uma determinada realidade, compará-la com aquilo que deveria ser, em termos ideais, identificar oportunamente os desvios e tomar providências no sentido de correção de tais desvios.
Analisando esses conceitos de controle, podemos perceber que nenhum sistema de custo permite, por si só, controlar os custos de uma empresa. Isto ocorre porque a fase mais importante é a tomada de decisões com o objetivo de corrigir os desvios. Assim, podemos definir contabilidade de custos como sendo: |
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Mas afinal o que é custo-padrão? "Custo-padrão é um custo estabelecido pela empresa como meta para os produtos de sua linha de fabricação, levando-se em consideração as características tecnológicas do processo produtivo de cada um, a quantidade e os preços dos insumos necessários para a produção e o respectivo volume desta". Crepaldi (1998) O custo-padrão é um poderoso instrumento à disposição da empresa onde ela projeta os custos para um período futuro e compara com o custo real (custo incorrido no período), possibilitando, pela diferença, saber se a empresa está atingido as metas estabelecidas, ou seja, se suas atividades estão sob controle.
A determinação do custo-padrão é feita com base nos padrões reais de produção. Mais adequado em empresas que produzem em série diferentes produtos e que se utilizam da mesma matéria-prima. |
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| Estudaremos aqui três tipos de custo-padrão. São eles: O Custo-padrão ideal é um custo determinado da forma mais científica possível pela engenharia de produção da empresa, dentro de condições ideais de qualidade dos materiais, de eficiência de mão-de-obra, com o mínimo de desperdício de todos os insumos envolvidos. Pode ser considerado como uma meta de longo prazo da empresa. Entretanto, a curto prazo, por existirem, na prática, deficiências no uso e na qualidade dos insumos, apresenta muita dificuldade para ser alcançado. O Custo-padrão Estimado é aquele determinado, simplesmente, por meio de uma projeção, para o futuro, a partir da média dos custos observados no passado, sem qualquer preocupação de avaliar se ocorreram ineficiências na produção (por exemplo, se o nível de desperdício dos materiais poderia ser diminuído, se a produtividade da mão-de-obra poderia ser melhorada, se os preços pagos pelos insumos poderiam ser menores etc.).
O Custo-padrão corrente situa-se entre o ideal e o estimado. Ao contrário deste último, para fixá-lo, a empresa deve proceder a estudo para uma avaliação da deficiência da produção. |
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2 - Custeio-Padrão No processo industrial, quando a empresa resolve controlar os custos na própria contabilidade dá-se o nome de custeio-padrão. De forma simplificada, significa registrar os valores-padrão nas contas referentes aos produtos em elaboração e controlar através de contas especiais a variação entre o real e o padrão. O custo-padrão ou standard é aquele determinado como sendo o custo normal de um produto. É estabelecido com base em estudos e acompanhamento da realidade do processo produtivo da empresa, e utilizado como parâmetro para planejamento da produção.
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Tela 42 |
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3 - As Variações entre Custo-Padrão e Custo Real A análise das variações (diferença) entre custo-padrão e custo real permite à empresa controlar seus custos e identificar deficiências que possam ocorrer na produção. Por convenção, a variação será favorável à empresa, quando o custo real for inferior ao padrão, e desfavorável, quando o custo-padrão for inferior ao custo real. Vejamos:
As variações devem ter suas origens identificadas, já que, para encontrar a variação, basta comparar os custos. Quando comparamos o custo-padrão com o custo real podemos verificar diferença em relação à quantidade e em relação ao preço. Vejamos a representação gráfica a seguir:
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| Vale lembrar que as três grandes categorias do custo de produção são: As variações de matéria-prima e mão-de-obra direta podem ocorrer na quantidade ou no preço, ou, ainda, acontecer simultaneamente (variação mista).
Vamos considerar estabelecidos os seguintes custos por unidade, para um determinado produto. Custo-padrão Ao final do período, os custos reais foram A comparação dos valores nos leva a concluir que: |
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Tela 44 |
| 4 - Variações de Preço, de Quantidade e Mista Aprofundando um pouco mais a análise, teremos o seguinte: Variação
de quantidade VQ = (Quantidade Real - Quantidade-padrão) x Preço-padrão
A variação de preço é resultante do aumento do preço da hora de mão-de-obra. Podemos encontrar essa variação, com a fórmula: VP = (Preço Real - Preço-padrão) x Quantidade-padrão No caso analisado: |
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Variação Mista - Quando ocorre simultaneamente a variação do preço e da quantidade. A fórmula a ser aplicada é a seguinte: VM = (Quantidade Real - Quantidade-padrão) x (Preço Real - Preço-padrão). No caso analisado,
a aplicação da fórmula ficaria assim: A variação pode ser visualizada por meio do esquema abaixo. Variações de preço, de quantidade e mista Para que os dados apurados sejam úteis para a administração da empresa, é necessário gerar relatórios com indicações de caminhos a serem seguidos. É necessário saber se os custos estão sob controle. Se não estiverem, é necessário identificar a causa dos desvios, e estudar alternativas para melhorar a situação. |
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Resumo Custo-padrão é um custo estabelecido pela empresa como meta para os produtos de sua linha de fabricação, levando-se em consideração as características tecnológicas do processo produtivo de cada um, a quantidade e os preços dos insumos necessários para a produção e o respectivo volume desta. No custo-padrão, os custos são apropriados à produção, não pelo seu valor efetivo (ou real), mas por uma estimativa do que deveriam ser. Pode ser utilizado quer a empresa adote o Custeio por Absorção, quer o custeio variável. Sua finalidade básica é proporcionar um instrumento de controle à administração da empresa. Neste sentido, podemos dizer que controle significa tomar conhecimento de uma determinada realidade, compará-la com aquilo que deveria ser em termos ideais, identificar oportunamente os desvios e tomar providências no sentido de correção de tais desvios. Os tipos de custo-padrão são: ideal; estimado; corrente. A análise das variações (diferença) entre custo-padrão e custo real permite à empresa controlar seus custos e identificar deficiências que possam ocorrer na produção. Por convenção, a variação será favorável à empresa, quando o custo real for inferior ao padrão, e desfavorável, quando o custo-padrão for inferior ao custo real. |
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