| Unidade 5 | Módulo 4 | Tela 1 |
1 - Informação Contábil na Tomada de Decisão
E Você? Que tipos de informações contábeis são necessárias em determinados momentos para se tomar uma decisão de qualidade? Em muitos
casos, torna-se impossível avaliar alternativas sem a utilização
de técnicas estatísticas ou da matemática financeira
para auxiliar o momento da decisão, pois a complexidade organizacional
e o número de variáveis a serem analisadas é crescente.
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Tela 2 |
| 2 - Decisões do Tipo Fabricar ou Comprar É o tipo de decisão que deve ser tomada pela gerência com constância relativa. Em determinado processo é comum ocorrerem avaliações ou reavaliações da situação operacional. Em alguns momentos, pode-se deparar com variações de preços que podem gerar grandes lucros ou, em outra via, grandes prejuízos para a Empresa. Ou seja, se a empresa resolve fabricar uma peça que é parte de um de seus produtos, sem comparar com a alternativa de comprar a mesma peça de terceiro e, mais adiante, descobre que seria mais barato comprar de terceiros, a empresa está tendo prejuízos. Esses prejuízos podem, inclusive, se perpetuar após a produção, pois provavelmente seu preço será superior aos praticados por seus concorrentes que se utilizaram de informações gerenciais para resolver o que fazer.
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Tela 3 |
| Para Iudícibus e Padoveze, a decisão de comprar ou fabricar envolve as seguintes variáveis:
Vejamos um exemplo adaptado de Iudícibus: A administração da Industrial Serrana solicitou a opinião do contador a fim de decidir seria mais vantajoso continuar fabricando uma peça de um produto seu ou adquiri-la de um fornecedor. O preço de aquisição desta peça é de $ 469,12. A empresa precisa, atualmente, de 5.000 unidades de tais peças. Os custos para produzir as peças estão discriminados a seguir.
Somando os custos necessários à fabricação das peças e dividindo pela quantidade produzida, teremos um custo unitário de R$ 614,00 (valor superior ao preço de aquisição das peças), mas deveremos analisar outras informações, a saber:
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Tela 4 |
| Para o nosso exemplo, consideraremos que se as peças forem adquiridas de um fornecedor, as máquinas utilizadas atualmente para produzi-las poderão ser vendidas pelo valor contábil (valor de aquisição menos depreciações). Vale lembrar que a aquisição das peças permitirá uma redução de custos com depreciação de equipamentos e seguros (já inseridos no custo do produto) no valor de R$ 32.448,00. Por outro lado, no caso de adquirirmos de um fornecedor, incorreríamos nos seguintes custos adicionais:
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Tela 5 |
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Que decisão tomar? Podemos melhorar a visualização do problema com a construção do quadro de Comparação de Alternativas a seguir:
Assim, teremos um gasto de $ 3.070.000 para produzir e R$ 2.643.800 para adquirir as peças. Considerando os números, a decisão será pela aquisição, mas como salientamos anteriormente, a empresa deverá verificar outros aspectos como qualidade e continuidade do fornecimento. Na base de tais números, provavelmente decidiríamos pela aquisição, em vez de fabricação.
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Tela 6 |
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Considerações O importante numa decisão deste tipo é, por um lado, apresentar os custos de aquisição das peças e, por outro, apresentar os custos de fabricação das peças.
Se, por outro lado, os custos mão-de-obra indireta antes da fabricação forem de $ 100.000,00 e, com a decisão de fabricar, subirem para $ 120.000,00, somente a diferença de $ 20.000,00, poderá ser apropriada como custos da alternativa de fabricar.
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Tela 7 |
| 3 - Decisões sobre Substituição de Equipamentos O que acontece quando as empresas e, particularmente, as indústrias não acompanham o desenvolvimento de novas tecnologias, a utilização de novos métodos e máquinas no processo produtivo?
Certamente você responderia de imediato que ela deverá estar fora do mercado em pouco tempo, em função da perda de competitividade. Esse é um dos motivos pelos quais a substituição de equipamentos é um tema em constante estudo pela administração de qualquer empresa, sobretudo aquelas cujos produtos apresentam maior velocidade de mudanças. Afinal, quais as principais razões que levam à substituição de equipamento?
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Tela 8 |
| Existem diversas alternativas quanto à substituição de equipamentos, pois pode ser adquirido um equipamento similar, um equipamento tecnicamente superior, ou até mesmo um equipamento usado. Essas alternativas devem ser analisadas, levando-se em conta os efeitos, a longo prazo, sobre os lucros e fluxos de caixa. Apresentaremos algumas técnicas e exemplos para ilustrar, de forma introdutória, o tipo de decisão pretendido.
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Tela 9 |
| Um dos procedimentos mais utilizados para avaliação de investimentos consiste na verificação da taxa de remuneração do capital investido. A opção mais conhecida para verificação da taxa de rentabilidade do capital investido é a Taxa Interna de Retorno (TIR), também chamada de Taxa de Retorno Ajustada pelo Tempo. A análise de valores agregados ao fluxo de caixa, gerados pelo novo investimento, também é uma metodologia muito utilizada. Esses fluxos de caixa são comparados ao custo de oportunidade dos recursos investidos. Quando a análise da viabilidade é realizada por meio do somatório dos fluxos de caixa descontados para a data atual, denomina-se Valor Presente Líquido(VPL) ou Valor Atual Líquido. É possível também levar os fluxos de caixa para o valor futuro, dependendo do interesse e possibilidades informacionais. Trataremos então dessas duas metodologias para subsidiar a decisão sobre substituição de equipamentos:
Para decidir entre alternativas ou projetos que envolvam fluxos de longo prazo, ambas as metodologias podem ser utilizadas.
A Metodologia da Taxa de Retorno Ajustada pelo Tempo ou Taxa Interna de Retorno (TIR):
O Método do Valor Atual Líquido ou Valor Presente Líquido (VPL):
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Tela 10 |
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| Vejamos um exemplo de aplicação dos dois métodos: Certa empresa poderia adquirir, por $ 300.000,00, uma nova máquina, e esta economizaria $ 29.000,00 por ano em despesas operacionais desembolsáveis. Sua vida útil estimada é de 20 anos, e o valor residual estimado é nulo. Solução pelo Método da Taxa de Retorno Ajustada pelo Tempo ou Taxa Interna de Retorno (TIR). Na verdade, segundo esta metodologia, $ 300.000,00 corresponde ao valor atual de uma anuidade de $ 29.000,00 a x % (porcentagem que estamos, justamente, procurando), durante 20 anos. Como já
mencionado anteriormente, o cálculo da TIR pode ser feito utilizando
uma calculadora financeira ou em uma planilha
Excel. Veja os valores
na planilha.
Verificando em uma tabela de Valor Atual de Anuidades e procurando, na linha de 20 anos, deve-se identificar a coluna que mais se aproxima de 10,345. Assim, encontram-se a coluna de 7%, apontando 10,594, e a de 8%, apontando 9,8181. A verdadeira taxa ajustada pelo tempo estará entre estas duas (7% e 8%). Assim, por interpolação, uma diferença de 10,594 menos 9,8181, ou seja, 0,7759, corresponde a uma diferença percentual de 1%. Considerando que 10,345 está mais próximo de 7% (Fator 10,594), significa que a verdadeira TIR será 7% mais um pequeno percentual. Assim:
Logo, a TIR será de 7% + 0,32% = 7,32% Observem
que a TIR encontrada apresenta uma pequena diferença em relação
ao cálculo realizado na planilha Excel, mas isso é normal
devido à interpolação. |
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Tela 11 |
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O que significa a taxa de retorno ajustada pelo tempo? É a taxa que iguala o valor investido de $ 300.000,00 ao valor atual das economias de despesas de desembolso (ou ao valor das entradas de caixa) de $ 29.000,00 anuais durante 20 anos. Esta taxa deve ser comparada com a taxa de juros sobre os recursos tomados emprestados. Se tomamos um empréstimo à taxa de 7,32% ao ano para adquirir a máquina, as economias de despesas de $ 29.000,00, durante 20 anos, produzidas pela máquina, pagariam exatamente o empréstimo e os juros durante os 20 anos. Se o custo de captação de capital for inferior a 7,32%, o projeto será lucrativo; caso contrário, será deficitário. A taxa de retorno ajustada pelo tempo, portanto, foi de 7,32% ao ano. |
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Tela 12 |
| Solução pelo Valor Atual Líquido ou Valor Presente Líquido (VPL): Neste caso, todavia, iremos substituir $ 300.000,00 por uma incógnita, e o x% será substituído pela taxa desejada de retorno de 6%. X
= valor atual de uma anuidade de $ 29.000,00 a 6%, por 20 anos.
O projeto é favorável, portanto, pois o valor computado é superior ao custo investido. Consideramos o método do valor atual líquido melhor do que o da taxa de retorno ajustada pelo tempo, pois não exige interpolações e é aplicável com igual facilidade quando os fluxos não são constantes. Entretanto, os contadores e gerentes parecem entender melhor o método da taxa ajustada de retorno, pois comparamos uma taxa com outra, ao passo que, no método do valor atual líquido, comparamos um valor atual de um fluxo futuro com o custo do investimento. |
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Tela 13 |
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No exemplo apresentado, aceitaríamos o projeto pelas duas metodologias. Metodologia da Taxa de Retorno Ajustada pelo Tempo
Metodologia do Valor Atual Líquido
A empresa "New Option S.A." está estudando a possibilidade de adquirir uma nova máquina de beneficiamento de algodão para substituir a máquina em uso. A máquina,
atualmente em uso, está relativamente bem conservada e poderá
durar mais 10 anos. Mas a nova máquina é muito superior
tecnicamente e permitirá a redução de custos de matéria-prima,
materiais e outros custos diretos de operação em $ 50.000,00
por ano. A nova máquina custa $ 150.000,00, já instalada.
A taxa de retorno desejada é de 25% e o tempo de vida útil
da nova máquina é de 10 anos.
- Utilizando
o cálculo manual teremos: Assim, verificamos que as economias derivadas da compra da nova máquina são de $ 50.000,00 anuais, durante 10 anos. Vamos então calcular o Valor Presente Líquido (VPL) utilizando a calculadora HP12C:
Observe que limpamos os registros da calculadora, informamos o valor do investimento, fluxo de caixa e número de períodos e, finalmente, informamos a taxa de retorno desejada. O resultado deverá ser de $ 178.525,16. Poderemos aproveitar e confirmar o cálculo da TIR, utilizando as informações já incluídas na calculadora. Para isso basta dar mais um passo:
O resultado deverá ser 31,11, ou seja, 31,11% calculado na planilha Excel, certo? O valor do investimento é de $ 150.000,00, logo, aparentemente, vale a pena adquirir a máquina, pois o valor atual dos rendimentos futuros proporcionados pela nova máquina é superior ao seu custo. Entretanto, para tomar uma decisão final, precisamos levar em conta as informações sobre o provável valor da venda da máquina antiga e as depreciações. |
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Tela 14 |
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As depreciações são alocações contábeis que não implicam saídas específicas de caixa (são chamadas despesas extra-caixa). As depreciações e os valores contábeis são, portanto, desprezados nas decisões envolvendo fluxos descontados de caixa, pois representam custos "expirados". No que se refere ao valor de venda da máquina antiga, poderíamos receber $ 11.000,00 se fosse vendida agora. Portanto, ao adquirir novo equipamento, venderíamos o antigo e receberíamos $ 11.000,00. Isto faz com que o custo efetivo da nova aquisição seja de $ 150.000,00 - $ 11.000,00 = $ 139.000,00. Assim, o fluxo futuro de economias resulta num valor atual de $ 178.525, e o valor efetivo de custo do investimento é de $ 139.000,00. O projeto seria, portanto, aprovado. |
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Tela 15 |
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Outras Considerações Freqüentemente, o problema da decisão é complicado por um ou vários dos seguintes fatores: É preciso considerar, por outro lado, que o fluxo descontado não é a única forma de avaliar projetos. Contadores e administradores freqüentemente usam outros métodos, a saber: Método do Payback, Método da Taxa Contábil de retorno e outros baseados, em nenhuma fórmula, apenas no "bom senso". Alguns supervisores decidem por adquirir novo equipamento apenas quando o antigo, literalmente, "pifar". É o mesmo tipo de comportamento de um dono de automóvel que substitui seu carro quando realmente estiver "caindo aos pedaços". Provavelmente, todavia, as despesas de manutenção e reparos que ele teve para poder andar com o carro antigo por tanto tempo, ou os aborrecimentos, perdas de tempo (mensuráveis em dinheiro), falta de segurança, etc., teriam tornado mais viável a alternativa de adquirir um carro novo, antecipadamente. |
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Tela 16 |
| 4 - Outros métodos de análise de investimentos Método do payback Um dos métodos mais utilizados para avaliação de investimentos consiste no cálculo do prazo de recuperação do capital investido, o payback. Este método dá muita ênfase ao tempo que demorará a recuperar o investimento e tira o destaque da lucratividade do projeto. Entretanto, é, provavelmente, o método mais usado, na prática, para avaliação de projetos.
Suponhamos duas alternativas de investimento. Uma implica o desembolso de $ 100.000,00, porém economiza (em despesas operacionais desembolsáveis) $ 30.000,00 por ano. A vida estimada é de seis anos. |
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Tela 17 |
| Outra máquina custaria $ 66.667,00 e economizaria $ 33.000,00 por ano. Sua vida seria de quatro anos.
Se utilizássemos o método do payback puro, seríamos levados a escolher a máquina 2, pois o investimento inicial é recuperado mais rapidamente do que pela máquina 1.
Entretanto, a máquina 1 proporcionará 2,67 anos de economias (6 anos da vida útil menos 3,33 do payback) adicionais, ao passo que a máquina 2 proporcionará somente mais 1,98 ano (4 - 2,02). |
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Tela 18 |
| É possível que, se levarmos em conta este fato adicional, a escolha recaia na máquina 1 (seria necessário, de qualquer forma, para ter certeza, o cálculo dos valores atuais, logo, cairíamos no método do fluxo descontado). Entretanto, existem variantes do método do payback que podem ser realmente úteis em várias decisões. Uma delas é conhecida com "Payback Recíproco" e é definida como:
No caso do exemplo utilizado no estudo da Taxa de Retorno Ajustada pelo Tempo, teremos:
Entretanto, com relação ao Payback Recíproco, pode-se demonstrar que é um método válido apenas se:
Note-se, de qualquer forma, que o Payback Recíproco sempre será algo maior que a verdadeira taxa de retorno (no caso do exemplo citado, esta taxa era de 7,32%). |
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Tela 19 |
| Apesar das técnicas de fluxos descontados serem, normalmente, as melhores para o tipo de decisão que estamos tratando, alguns contadores e administradores estão mais familiarizados com a taxa contábil de retorno. Conquanto seja superior ao Payback, no sentido de preocupar-se com a lucratividade, tem o grave defeito de ignorar o efeito tempo nos fluxos. A taxa contábil de retorno pode ser definida como:
Alguns preferem que o denominador seja representado pelo investimento médio.
No caso do 1º exemplo, a taxa de retorno seria assim calculada:
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Tela 20 |
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Resumo No processo
decisório, existe o momento anterior à decisão, o
atual e o novo, que dependerá da decisão tomada. Deve-se
avaliar que tipo de informação contábil é
necessária em determinado momento? Em muitos casos, torna-se impossível
avaliar as alternativas sem a utilização de técnicas
estatísticas ou da matemática financeira para auxiliar a
tomada de decisão. As decisões podem envolver as seguintes variáveis: a) comparação entre custos; b) grau de ocupação da capacidade da fábrica antes da decisão; c) problemas de mercado, tempos de espera e qualidade das partes; d) segurança no longo prazo. As decisões sobre substituição de equipamentos devem avaliar se: a) continuamos a utilizar um equipamento já existente - parcialmente depreciado e quase sempre necessitando de muita manutenção e oferecendo produtividade apenas razoável; b) se adquirimos um novo equipamento, assumindo o custo do investimento e tendo as vantagens de maior produtividade e menor manutenção. Para decidir que curso de ação tomar, vimos que é preciso calcular taxas de retorno ajustadas pelo tempo ou valores atuais. Dinheiro tem valor diferente, conforme seja recebido em épocas diferentes, não somente pelo fenômeno inflacionário, mas porque é muito mais proveitoso, sob todos os aspectos, receber $ 100 hoje do que daqui a um mês ou daqui a um ano. Destacamos as principais taxas e suas aplicações, tais como: TCR - taxa contábil de retorno, TIR - taxa interna de retorno; o método do Payback. |
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| Unidade 5 | Módulo 5 | Tela 21 |
| 1 - Informação para Avaliação de Desempenho Uma das funções mais importantes da contabilidade gerencial consiste em fornecer informações hábeis para a avaliação de desempenho. Este desempenho pode ser considerado não somente em relação à apuração de resultados por produto ou por serviço.
O ponto mais
importante da avaliação de desempenho consiste em aplicar
instrumentos que dimensionem de forma clara e objetiva o desempenho dos
diversos setores da empresa em relação às metas previamente
estabelecidas. Contudo, hoje em dia, esta noção de contabilidade por responsabilidade está associada a conceitos mais avançados, como centro de lucro e centro de investimento, como veremos a seguir. |
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Tela 22 |
| 2 - Centro de Custo É a menor fração de atividade ou área de responsabilidade para a qual é feita a acumulação de custo (HORNGREN apud IUDÍCIBUS, 2000). Centros de Custos podem coincidir com Departamentos, mas em alguns casos um departamento pode conter vários centros de custo. Por exemplo, um departamento de beneficiamento pode ter apenas um supervisor, mas pode ter várias linhas de beneficiamento. Para cada linha, poderíamos criar um centro de custo à parte e avaliá-lo separadamente.
No caso de uma Instituição de Ensino Superior, os Departamentos podem ser a menor unidade administrativa, sendo caracterizado como Centro de Custo.
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Tela 23 |
| Quando são criados centros de custos, os chefes ou supervisores dos centros passam a ser responsáveis pelos respectivos custos. Considerando que alguns custos não podem ser controlados por esses supervisores, sugiram os conceitos de custos controláveis e não controláveis. Pode-se dizer que custos controláveis são os passíveis de serem influenciados diretamente por um supervisor ou gerente durante certo interregno de tempo. É importante notar que o maior ou menor grau de controle de um supervisor sobre um item de custo está diretamente associado ao nível de sua autoridade. Um custo pode recair em determinado centro de custo, entretanto seu controle pode escapar de seu supervisor. Por exemplo, o custo da mão-de-obra indireta de certo departamento produtivo, numa empresa altamente centralizada, quanto à política de pessoal e salários, pode não ser controlável pelo supervisor do departamento produtivo, mas pelo Diretor ou Responsável pela área de Recursos Humanos, e assim por diante. Por causa de problemas deste tipo, é que existe uma contradição entre a acumulação tradicional de custos em centros de custo e suas conseqüentes variações entre previsões e realizações, e a necessidade de se atribuírem responsabilidades em nível de pessoas, pelo desempenho. Verifique que a depreciação pelo método da linha reta é incontrolável por qualquer setor ou função da empresa, pois está associada ao uso de um critério pré-definido. Puramente sob um ponto de vista de contabilidade por responsabilidade, somente deveriam ser reportados como responsabilidade de um departamento os custos controláveis pelo responsável do departamento, excluindo-se os não controláveis, que seriam alocados como responsabilidade de mais alguém, dentro da organização. |
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Tela 24 |
| 3 - Centro de Lucro e Investimento Centro de lucro é um segmento da empresa, às vezes constituído por uma divisão, que é responsável não apenas por custos (centro de custo), mas também por receitas e, portanto, por resultados.
Centro de investimento - É um centro de lucro, porém, o sucesso relativo não é mensurado pela diferença entre receitas e despesas, mas por esta diferença relacionada com o investimento realizado. É o melhor conceito de Centro, pois o lucro deve ser relacionado com o que foi investido, a fim de obtermos a lucratividade relativa.
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Tela 25 |
| 4 - A Descentralização As empresas centralizadas reservam maior parte do poder de decisão para os seus principais executivos. Em contraste, as empresas descentralizadas delegam muita autoridade para que ocorram decisões importantes nos níveis intermediários. Normalmente, as empresas altamente centralizadas têm maior dificuldade de responder rapidamente às mudanças exigidas pelos seus ambientes interno e externo. Podemos então dizer que a centralização é mais cabível nas empresas que atuam em ambientes estáveis. Por outro lado, as
empresas que atuam em ambientes dinâmicos precisam pensar na descentralização
por duas razões: Segundo Atkinson e
Kaplan (2000), existem três condições necessárias
para a descentralização eficiente: A descentralização
de atividades em unidades distintas de uma mesma empresa deve ser acompanhada
por uma adequada criação de centros de custos e centros
de lucro ou investimento. Contudo, a descentralização não
acontece simplesmente com a criação de centros de custo
e de lucro. Caso os gerentes de tais centros precisem de autorização
da administração central para decidir, constata-se que de
fato não existe descentralização.
A descentralização de uma atividade é mais vantajosa quando as unidades da empresa forem independentes. Isto não quer dizer que a descentralização seja desvantajosa nas outras circunstâncias. |
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Tela 26 |
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Todo esquema de descentralização na área industrial envolve o estabelecimento de preços de transferência entre as subunidades. Várias teorias entrechocam-se a respeito da forma de cálculo de tais preços. A forma mais encontrada, na prática, é transferir na base do custo total mais alguma porcentagem de mark-up. A polêmica sobre preços de transferência abrange tanto o campo da contabilidade quanto o da economia. Vários fatores, segundo Iudícibus apud Horngren, são críticos na escolha desta ou daquela forma para o preço de transferência: conciliação entre fatores econômicos e de avaliação de desempenho, existência de mercados intermediários, grau de interdependência das subunidades (o método do preço de mercado seria mais apropriado no caso de haver bastante independência entre as subunidades), etc. Segundo Iudícibus (2000),"... será interessante resumir o assunto da avaliação de desempenho da seguinte forma: |
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Tela 27 |
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| 5 - O lucro como Medida de Desempenho O lucro serve em muitos casos para simplificar toda a problemática de medir desempenho.
As maiores dificuldades para medir lucros são:
Vejamos um demonstrativo divisional construído com dados de uma Organização:
Os itens marcados acima (*) podem ser os indicadores de desempenho da divisão. Procure verificar cada um deles. Lucro antes do IR - divisional - muitas empresas alocam as despesas gerais e administrativas às divisões no sentido de alerta, para que gerem lucros suficientes para cobri-las. Um critério de alocação pode ser as vendas de cada unidade em relação ao investimento. |
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Tela 28 |
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Resumo Uma das funções mais importantes da contabilidade gerencial consiste em fornecer informações hábeis para a avaliação de desempenho. Este desempenho pode ser considerado não somente em relação à apuração de resultados por produto ou por serviço. O Centro de custo é a menor fração de atividade ou área de responsabilidade para a qual é feita a acumulação de custo. Aprendemos que Centros de Custos podem coincidir com Departamentos, mas em alguns casos um departamento pode conter vários centros de custo. Os custos controláveis são os passíveis de serem influenciados diretamente por um supervisor ou gerente durante certo interregno de tempo. Um custo pode recair em determinado centro de custo, entretanto seu controle pode escapar de seu supervisor, caracterizando-os, portanto, como custos incontroláveis. Centro de lucro é um segmento da empresa, às vezes constituído por uma divisão, que é responsável não apenas por custos (centro de custo), mas também por receitas e, portanto, por resultados. Centro de investimento é um centro de lucro, porém o sucesso relativo não é mensurado pela diferença entre receitas e despesas, mas por esta diferença relacionada com algum conceito de investimento realizado. A descentralização de execução deve ser acompanhada por uma adequada criação de centros de lucro ou investimento. O lucro serve, em muitos casos, para simplificar toda a problemática de medir desempenho. Contudo as maiores dificuldades para medir lucros são: escolher um índice de lucro que trate da alocação de custos e receitas ao centro de lucro; precificar a transferência de bens entre centros de lucros. |
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| Unidade 6 | Módulo 1 | Tela 29 |
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1 - Importância do Fluxo de Caixa A escassez de recursos financeiros e o elevado custo para a sua captação tem exigido, de forma crescente, o planejamento e controle mais eficiente das necessidades empresariais. Por outro lado, a abertura de mercado e a internacionalização de capitais se apresentam como razões suficientes para que os investidores e financiadores de capitais busquem a cada dia mecanismos que permitam uma análise mais segura da situação financeira da empresa em que pretendam investir. As informações obtidas por meio das demonstrações contábeis clássicas não são suficientes para que os analistas de mercado avaliem os riscos e a capacidade de retorno do investimento que a empresa oferece. Diante dessas necessidades, a Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) tornou-se obrigatória para as grandes empresas. O Fluxo de caixa é uma excelente ferramenta de planejamento financeiro, pois permite visualizar com antecedência as possibilidades de investimento, o grau de endividamento e o montante de dinheiro que é necessário manter em caixa, visando a otimização dos resultados da empresa. A Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC), exigida por lei, indica a origem de todo recurso (dinheiro) que entrou no caixa da empresa, bem como o destino de todo o recurso que saiu do Caixa em determinado período, informando, ainda, o resultado desse fluxo, que pode ter sido favorável ou desfavorável para a empresa. O termo "fluxo de caixa" designa a entrada ou saída de dinheiro, independentemente da conta utilizada nos lançamentos contábeis (Caixa ou Banco). Ou seja, se o dinheiro foi registrado na conta banco por ocasião do recebimento, não significa que não faz parte do fluxo de caixa. Dessa forma, o fluxo dos recursos passa, necessariamente, pela conta Caixa e pela conta Bancos.
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2 - Demonstração de Fluxo de Caixa A Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) pode ser apresentada pelo método direto ou método indireto. No método direto, a DFC é elaborada a partir da movimentação diretamente ocorrida nas disponibilidades. Nesse método, são apresentados todos os itens que tenham provocado entrada ou saída de disponibilidade, ou seja, recebimentos ou pagamentos. No método indireto, a DFC é elaborada a partir do resultado, ou seja, do lucro ou prejuízo líquido do exercício, de forma semelhante à DOAR. Considerando que o objetivo é apresentar o fluxo financeiro, são eliminadas do resultado, por adição ou exclusão, as receitas e despesas que não afetaram as disponibilidades ou representam atividades de financiamento ou investimento. Em ambos os métodos, o fluxo deve ser segmentado em três atividades:
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| Vejamos a representação gráfica dos dois métodos:
Vale
destacar que a DFC elaborada como parte das demonstrações
contábeis refere-se às operações realizadas
no período contábil ao qual se referem os demais demonstrativos.
Entretanto, o fluxo
de caixa pode ser projetado para um período para, em seguida, ser
comparado com o fluxo real. Essa comparação demonstra as
variações, que servem de subsídios para o futuro
da empresa. |
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3 - Fluxo de Caixa Projetado O fluxo de caixa pode evidenciar tanto o passado como o futuro, o que permite projetar, dia a dia, a evolução do disponível, de forma que se possam tomar com a devida antecedência, as medidas cabíveis para enfrentar a escassez ou o excesso de recursos. Trata-se, portanto, de uma ferramenta de aferição e interpretação das variações dos saldos do Disponível da empresa. É o produto final da integração das Contas a Receber com as Contas a Pagar, de tal forma que, quando se comparam as contas recebidas com as contas pagas tem-se o fluxo de caixa realizado, e quando se comparam as contas a receber com as contas a pagar, tem-se o fluxo de caixa projetado. O fluxo de caixa é um retrato fiel da composição da situação financeira da empresa. É imediato e pode ser atualizado diariamente, proporcionando ao gestor uma radiografia permanente das entradas e saídas de recursos financeiros da empresa. O objetivo principal do fluxo de caixa projetado é informar como se comportará o fluxo de entradas e saídas de recursos financeiros em determinado período, podendo ser projetado a curto ou a longo prazo. A curto prazo busca-se identificar os excessos de caixa ou a escassez de recursos dentro do período projetado, para que através dessas informações se possa traçar uma adequada política financeira. A longo prazo, o fluxo de caixa projetado, além de identificar os possíveis excessos ou escassez de recursos, visa também obter outras informações importantes, tais como:
É bom lembrar que as informações de que a empresa dispõe para elaborar o fluxo de caixa projetado a curto prazo diferem daquelas que estão disponíveis quando se projeta a longo prazo. Normalmente, quando se projeta a curto prazo, as principais operações que vão provocar entradas e saídas de dinheiro já foram realizadas e a empresa trabalha com relativo grau de certeza dos recebimentos e/ou pagamentos dentro do período. No entanto, quando se projeta a longo prazo, o que se conhece são apenas projeção das operações de ingressos e/ou desembolsos de recursos financeiros, ficando o fluxo de caixa projetado a longo prazo exposto a eventos não previstos, podendo comprometer as previsões consideradas. |
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Tela 33 |
| 4 - Transações que afetam o Caixa São as transações realizadas pelas empresas, que geram entradas ou saídas de dinheiro e, por isso, afetam o caixa ou as disponibilidades da empresa. Transações que aumentam o Caixa
A ilustração, a seguir, apresenta um resumo das entradas de dinheiro no Caixa.
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Tela 34 |
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Transações que diminuem o Caixa
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Tela 35 |
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Vejamos, a seguir, um esquema representativo do fluxo financeiro da empresa:
Há alguns tipos de transações que não afetam o caixa em um primeiro momento, mas que, no futuro, geram saídas ou entradas de dinheiro. Vejamos alguns exemplos dessas transações: |
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Tela 36 |
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Vejamos a seguir, um exemplo simplificado de um fluxo de caixa projetado: A Comercial Carvalho é uma loja de conveniências e elabora orçamentos trimestrais para acompanhamento de suas atividades e para decisões sobre a política de preços e prazos. Para o terceiro trimestre de 2010 temos as seguintes projeções:
Informações
complementares:
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Tela 37 |
| Considerando as informações da empresa Comercial Carvalho e o esquema indicado, podemos elaborar o fluxo de caixa. Vejamos:
Algumas observações sobre o fluxo de caixa:
Vale destacar que o fluxo de caixa projetado pode ser elaborado na periodicidade desejada pela empresa: mensal, quinzenal, semanal ou diário. É comum a elaboração de um fluxo de caixa mensal em um prazo maior e um fluxo semanal ou diário em um prazo menor. A elaboração do fluxo de caixa semanal ou diário permite visualizar eventual descasamento das entradas e saídas durante o mês, permitindo ajustes de curto prazo. A empresa pode ter um elevado valor a receber no dia 25 de julho, mas um pagamento previsto para o dia 20 de julho. O fluxo diário permitirá a correção antecipada e evitará atrasos de pagamentos. |
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| Resumo A demonstração do fluxo de caixa deve ser elaborada pelas grandes empresas para atender a legislação societária, mas sua obrigatoriedade surgiu por ser uma excelente ferramenta de planejamento financeiro. Ela permite visualizar com antecedência as possibilidades de investimento, o endividamento e o montante de dinheiro necessário para manter as atividades financeiras em nível de excelência. A demonstração do fluxo de Caixa indica a origem de todo recurso (dinheiro) que entrou no caixa da empresa, bem como o destino de todo o recurso que saiu do Caixa em determinado período, informando, ainda, o resultado desse fluxo, que pode ter sido favorável ou desfavorável para a empresa. A Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) pode ser apresentada pelo método direto ou método indireto. No método direto, a DFC é elaborada a partir da movimentação ocorrida nas disponibilidades, ou seja, recebimentos ou pagamentos. No método indireto, a DFC é elaborada a partir do lucro ou prejuízo líquido do exercício, com eliminações, por adição ou exclusão, das receitas e despesas que não afetaram as disponibilidades ou representam atividades de financiamento ou investimento. As
transações que afetam o caixa são as transações
que as empresas executam/operam que geram entradas ou saídas de
dinheiro e, por isso, afetam o caixa ou as disponibilidades da empresa.
O relatório de fluxo de caixa deve ser elaborado, inclusive em nível internacional, segmentado em três grandes áreas: a) atividades operacionais; b) atividades de investimentos; c) atividades de financiamento. O fluxo de caixa pode evidenciar tanto o passado como o futuro, o que permite projetar, dia a dia, a evolução do disponível, de forma que se possam tomar com a devida antecedência, as medidas cabíveis para enfrentar a escassez ou o excesso de recursos. Quando se comparam as contas a receber com as contas a pagar, tem-se o fluxo de caixa projetado. Em um sentido mais amplo, o fluxo de caixa projetado permite traçar uma adequada política financeira para a empresa. |
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| Unidade 6 | Módulo 2 | Tela 39 |
| 1 - Patrimônio Líquido Conforme já visto, o Patrimônio Líquido representa as obrigações da empresa para com os sócios ou acionistas (proprietários) e indica a diferença entre o valor dos Ativos (bens e direitos) e o valor do Passivo (obrigações com terceiros). Representa, primariamente, o capital da empresa, os recursos aportados pelos sócios ou acionistas, quando da criação da empresa. Contudo, está subdividido em: |
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2 - Capital Social Representa o investimento efetuado pelos proprietários da empresa. Quando a empresa é uma limitada - Ltda - será dividido em quotas; quando a empresa for uma sociedade anônima - S/A - estará dividido em ações.
A Lei das S/A reza que a conta Capital Social deverá representar o montante do capital subscrito e, por dedução, o capital a ser realizado. |
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A representação simplificada no Balanço Patrimonial pode ser da seguinte forma: Capital Social
Assim, o Capital Subscrito representa o compromisso assumido pelos sócios ou acionistas em contribuir para a empresa com uma certa quantia.
Observe que o Capital pode ser integralizado também na forma de móveis e equipamentos, ou utensílios, que recebem avaliação para formar o capital. Como os sócios ou acionistas não têm a "obrigação" de colocar todos os recursos à disposição da empresa de uma só vez e forma, a diferença entre o que foi disponibilizado para a empresa e o montante comprometido é o capital a realizar. O capital realizado é a parte integralizada do capital social, ou seja, os acionistas ou sócios já colocaram à disposição da empresa recursos que serão representados nessa conta do Capital Social.
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3 - Reservas de Capital São contribuições recebidas dos proprietários e de terceiros que não representam receitas ou ganhos, portanto não devem transitar por contas de resultado. Deverão ser classificados(as) como "Reservas de Capital":
As reservas de capital podem ser utilizadas para: |
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| Reavaliação dos Bens - Pela Lei das Sociedades Anônimas (S/A) e pelo Regulamento do Imposto de Renda, o valor contábil do Ativo Permanente pode: a) diminuir, mediante depreciação, amortização, exaustão acumulada ou provisão para perdas prováveis na realização de investimentos; b) aumentar mediante reavaliação. A reavaliação representa a complementação, até o valor de mercado, pela diferença entre este valor e o do custo contábil do bem. As reservas de reavaliações são constituídas com base em laudo (emitido por peritos) aprovado em Assembléia Geral.
A avaliação de bens deverá ser feita por três peritos, ou por empresa especializada, nomeados pela Assembléia Geral. Os avaliadores responderão por eventuais danos que causarem à Cia., na avaliação de bens. |
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4 - Reservas de Lucros "Serão classificadas como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia". Representam "lucros reservados" e constituem garantia e segurança adicional para a saúde financeira da companhia; porque são lucros contabilmente realizados que não foram distribuídos aos sócios ou acionistas. As reservas de lucro deverão ser revertidas quando os motivos para sua constituição não mais existirem. Na ocasião da reversão, os valores das reservas deverão retornar para a conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
Na constituição da Reserva, a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados foi debitada contra crédito de Reservas de Lucros. Na reversão, o lançamento inverso deverá ser feito. |
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5 - Lucros ou Prejuízos Acumulados A conta "Lucros ou Prejuízos Acumulados" apresenta o saldo remanescente de Lucros ou Prejuízos Acumulados como, por exemplo, os lucros não distribuídos, não capitalizados ou ainda não apropriados na formação de reservas de lucros. Quando o resultado de um período for prejuízo, este deverá ser, obrigatoriamente, absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, observando a ordem aqui descrita. |
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6 - Ações em Tesouraria Representam o produto da operação de compra pela companhia, de suas próprias ações, para revendê-las futuramente, e pode ser feita com o objetivo de participar no mercado de suas ações, visando influir, de maneira limitada, na liquidez e na cotação de tais ações.
Essa "interferência" da companhia no mercado, comprando suas próprias ações, tem limite. Este é até o saldo de lucros ou reservas (exceto a Reserva Legal), e a regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários. A compra representa a retirada de circulação de parte das ações e deve ser contabilizada a preço de custo de compra. A contabilização é débito de Ações em Tesouraria e crédito de Caixa ou Bancos. |
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7 - Distribuição de Lucros ou Dividendos A distribuição de lucros ou dividendos é prevista na Lei das Sociedades Anônimas, para as S/As. Para as Sociedades por cota de responsabilidade limitada, não existem exigências legais, existe ampla liberdade quanto à política a ser adotada pelas empresas.
Os acionistas têm direito a receber como dividendo obrigatório, em cada período, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto. Quando o estatuto for omisso, o dividendo mínimo obrigatório será de 50% do Lucro Líquido Ajustado. O Lucro Líquido Ajustado significa, na verdade, uma atualização das reservas em função do Lucro do Período. |
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8 - Situação Financeira e Situação Econômica Através da análise das contas do grupo Circulante no Balanço Patrimonial, podemos ter posições sobre a situação financeira da empresa. Quando o Ativo Circulante é menor do que o Passivo Circulante, a empresa terá dificuldades em cumprir suas obrigações, o que indicará uma posição financeira, no mínimo, desconfortável. Por outro lado, pode-se identificar, por meio do Balanço Patrimonial, também a situação econômica da empresa.
A variação do Patrimônio Líquido é indicadora da situação econômica da empresa. O crescimento constante do Patrimônio Líquido com parcelas de lucros não distribuídas aos acionistas reforça a situação econômica dela. Além disso, o crescimento do Capital Próprio em relação aos Capitais de Terceiros deixa a empresa numa situação mais sólida, menos sensível a mudanças do mercado no dia-a-dia. Se o lucro reforça a situação econômica da empresa, o prejuízo a conduz ao enfraquecimento. |
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9 - O Resultado (Lucro ou Prejuízo)
A cada exercício social ou período contábil (normalmente de 12 meses), a empresa deverá apurar o resultado. Consiste em aplicar mecanismos que evidenciarão o lucro ou o prejuízo do período em questão. Na prática, a empresa pode apurar esse resultado mensalmente, trimestralmente, enfim, em períodos menores que os doze meses. Os sistemas de computadores, voltados à área contábil financeira, tornam esse trabalho viável e barato. O Lucro ou Prejuízo apurado no período é a diferença entre as Receitas e as Despesas.
Sinteticamente, as Receitas representam todas as entradas de dinheiro na empresa, e as Despesas, todas as saídas de dinheiro. Revisando os conceitos de apuração de resultados, anteriormente estudados, podemos esclarecer os conceitos de perdas e ganhos como se segue: Perdas representam saídas de recursos, sem nenhum benefício para a empresa, e são de difícil previsão. Exemplos: desfalques, prejuízos com inundações, incêndios, greves, que independem da vontade da empresa. Geralmente a perda reduz os ativos da empresa.
Ganhos representam ingressos de recursos também imprevisíveis e de forma aleatória. Ocorrem independentemente da atividade operacional da empresa. Exemplos: ganhos com seguros recebidos, venda de bens do imobilizado com lucro, etc. Representam aumento nos ativos. |
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Tela 50 |
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Resumo O Patrimônio Líquido representa as obrigações da empresa para com os sócios ou acionistas (proprietários) e indica a diferença entre o valor dos Ativos (bens e direitos) e o valor do Passivo (obrigações com terceiros). O capital social representa o investimento efetuado pelos proprietários da empresa. Quando a empresa for uma limitada (Ltda.) será dividido em quotas; quando a empresa for uma sociedade anônima (S/A), será dividido em ações. As reservas de capital são contribuições recebidas dos proprietários e de terceiros que não representam receitas ou ganhos, portanto não devem transitar por contas de resultado. Pela Lei das Sociedades Anônimas (S/A) e pelo Regulamento do Imposto de Renda, o valor contábil do Ativo Permanente pode: a) diminuir mediante depreciação, amortização, exaustão acumulada ou provisão para perdas prováveis na realização de investimentos ou b) aumentar mediante reavaliação. Serão classificadas como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia. Representam "lucros reservados" e constituem garantia e segurança adicional para a saúde financeira da companhia; porque são lucros contabilmente realizados os que não foram distribuídos aos sócios ou acionistas. A conta Lucros ou Prejuízos Acumulados representa o saldo remanescente de lucros ou prejuízos acumulados como, por exemplo, os lucros não distribuídos, não capitalizados ou ainda não apropriados na formação de reservas de lucros. As Ações em Tesouraria representam o produto da operação de compra pela companhia, de suas próprias ações, para revendê-las futuramente. A distribuição de lucros ou dividendos é previsto na Lei das Sociedades Anônimas, para as S/A. Para as Sociedades por quotas de responsabilidade limitada, não existem exigências legais, existe ampla liberdade quanto à política a ser adotada pelas empresas. Através da análise das contas do grupo Circulante no Balanço Patrimonial, podemos ter posições sobre a situação financeira da empresa. A cada exercício social ou período contábil (normalmente de 12 meses), a empresa deverá apurar o resultado. Consiste em aplicar mecanismos que evidenciarão o lucro ou o prejuízo do período em questão. Perdas representam saídas de recursos, sem nenhum benefício para a empresa, e são de difícil previsão. Exemplos: desfalques, prejuízos com inundações, incêndios, greves, etc. Ganhos representam ingressos de recursos também imprevisíveis e de forma aleatória. Ocorrem independentemente da atividade operacional da empresa. Exemplos: ganhos com seguros recebidos, venda de bens do imobilizado com lucro, etc. |
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