| Unidade 2 | Módulo 1 | Tela 1 |
| 1 - O Ambiente Organizacional Mantendo
a abordagem sistêmica, focalizaremos a organização
ou a empresa, como um sistema aberto, dentro do qual entram vários
tipos de recursos (materiais, financeiros, pessoas etc.) e do qual saem
produtos diversos (produtos, serviços ou informações).
O sistema aberto mantém uma contínua e constante interação
com o ambiente externo, efetuando trocas: as entradas de recursos e
informações ingressam no sistema que produz resultados,
saídas, produtos, serviços ou informações. |
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Tela 2 |
| Uma organização opera juntamente com outras dentro de um ambiente do qual recebe as informações e dados para tomada de decisões que são levantados por meio de pesquisas de mercado, de fornecedores, da conjuntura econômica, pedidos de clientes, da troca ou transação, etc. A empresa consegue estas informações por meio de pesquisa de mercado, pesquisa de fornecedores, conjuntura econômica, pedidos de clientes etc. De todos os aspectos envolvidos no sistema organizacional, interessa-nos especificamente o fato de que as pessoas ingressam e saem do sistema, gerando uma dinâmica particular que será analisada adiante. |
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Tela 3 |
| 2
- Mercado de Pessoal e Mercado
de Trabalho
Na realidade, a palavra mercado apresenta três aspectos importantes como:
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Tela 4 |
Fonte: CHIAVENATTO, Idalberto. Recursos Humanos. Ed.3ª. São Paulo-SP: Ed. Atlas, 1995, p.147. Como pontos de referência, tomamos abaixo as três possíveis situações do mercado de trabalho: Oferta equivalente à procura: situação de relativo equilíbrio entre o volume de ofertas de emprego e o volume de candidatos para preenchê-las. Oferta maior do que a procura: situação em que ocorre acentuada disponibilidade de emprego: há excesso de ofertas de emprego por parte das organizações e escassez de candidatos para preenchê-las. |
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Tela 5 |
| A situação de maior oferta de empregos acarreta as seguintes consequências para as organizações:
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Tela 6 |
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A situação de oferta de empregos maior do que a procura também acarreta as seguintes influências para os candidatos:
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Tela 7 |
| Oferta menor do que a procura: situação em que há pouquíssima disponibilidade de ofertas de empregos por parte das organizações; há escassez de ofertas de emprego e excesso de candidatos para preenchê-las. Esta situação de procura de emprego acarreta as seguintes consequências para as organizações:
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Tela 8 |
| A situação de maior procura de empregos também acarreta as seguintes influências para os candidatos:
Fonte:
CHIAVENATTO, Idalberto. Recursos Humanos. Ed.3ª. São
Paulo-SP: Ed. Atlas, 1995, p.150. |
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Tela 9 |
| O
mercado de
recursos humanos - Há um contínuo intercâmbio
entre o mercado de recursos humanos e o mercado de trabalho.
Ambos interagem reciprocamente e estão sob contínua e mútua
influência, como indica a ilustração.
Até certo ponto, o mercado de recursos humanos está parcial ou totalmente contido no mercado de trabalho.
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Tela 10 |
| 3
- Modelos de Planejamento de Recursos Humanos
O planejamento de recursos humanos é o processo de decisão a respeito das pessoas necessárias para atingir os objetivos organizacionais, dentro de determinado tempo. Trata-se de antecipar qual a força de trabalho e os talentos humanos necessários para realizar ação organizacional futura. Embora nem sempre o planejamento de recursos humanos de uma organização seja feito por um órgão específico como o departamento de Recursos Humanos - DRH - a preocupação com a captação, seleção, treinamento e acompanhamento de funcionários é extremamente importante. Nas organizações industriais, por exemplo, o planejamento da mão de obra (pessoal ligado diretamente à produção industrial) é desenvolvido em nível operacional e a curto e médio prazo pelo órgão responsável por planejamento e controle da produção (PCP). |
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Tela 11 |
| Existem
modelos de planejamento de recursos humanos que exigem a participação
do órgão de pessoal. Alguns são genéricos
e abrangem toda a organização, ao passo que outros são
específicos para determinados setores da organização.
Modelo Baseado na Procura Estimada do Produto: Neste modelo as necessidades de pessoal são dependentes da procura estimada do produto. A relação entre as duas variáveis - número de pessoas e volume de procura do produto - é influenciada por variações na produtividade, expansão, tecnologia e disponibilidade interna e externa de recursos financeiros e oferta de recursos humanos da organização. Se houver um acréscimo de produtividade decorrente de expansão e/ou de mudança tecnológica, haverá uma redução das necessidades de pessoal por unidade adicional de produto. Esse acréscimo de produtividade poderá também provocar uma redução no preço do produto, de tal maneira que um possível aumento de vendas poderá aumentar as necessidades de pessoal. Assim, o aumento da produtividade sobre as necessidades de pessoal dependerá tanto da magnitude desse aumento como da elasticidade do preço do produto no mercado. |
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Tela 12 |
| Modelo Baseado em Segmentos de Cargos: este modelo está voltado mais para o nível operacional da organização. É uma técnica de planejamento de pessoal utilizada em muitas empresas americanas de grande porte. O método de planejamento da "Standard Oil", por exemplo, consiste em:
Outras empresas, como a IBM, preferem calcular suas necessidades totais de pessoal com base em projeções relacionadas apenas com certos segmentos (ou famílias) de cargos de sua força de trabalho. |
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Tela 13 |
| Modelo
baseado no fluxo do pessoal: é um modelo que procura
caracterizar o fluxo das pessoas para dentro, através e para
fora da organização. A verificação histórica
e o acompanhamento desse fluxo permitem uma predição,
em curto prazo, das necessidades de pessoal da organização.
Trata-se de um modelo vegetativo, adequado para organizações
estáveis, isto é, sem planos de expansão. |
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Tela 14 |
| Modelo Integrado: o modelo integrado é mais amplo e compreensivo. O planejamento de pessoal deve levar em conta quatro fatores ou variáveis, a saber: volume de produção, mudanças tecnológicas, condições de oferta e procura e planejamento de carreiras. Por meio do modelo integrado, o planejamento de pessoal deve considerar a mutável composição da força de trabalho da organização, acompanhando as entradas e saídas. O modelo integrado é um modelo sistêmico e total de planejamento de pessoal. Por ser cíclico, o planejamento de pessoal admite reciclagens, como demonstra o laço de retroação.
Um aspecto importante no planejamento de RH - notadamente nos modelos de fluxo do pessoal e no modelo integrado - é que nem sempre a organização conta com 100% do seu efetivo. Se a organização não considerar a rotatividade (turnover) e o absenteísmo do seu pessoal, o seu planejamento de pessoal estará furado, se, por exemplo, o índice de rotação de pessoal for de 3% e o índice de absenteísmo for de 2%, a organização poderá contar com 95% do seu efetivo. Para compensar a rotatividade e o absenteísmo, se estes não puderem ser evitados, a organização precisará de 5% a mais de pessoas para manter a sua força de trabalho em 100%. De modo geral, o planejamento de pessoal depende de:
Assim, o planejamento de pessoal precisa partir de um conhecimento profundo a respeito de rotação do pessoal e do absenteísmo, assuntos que serão tratados a seguir. |
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Tela 15 |
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4 - Rotatividade Um dos aspectos mais importantes da dinâmica organizacional é a rotatividade de pessoal ou turnover. Geralmente, a rotação de pessoal é expressa por meio de uma relação percentual entre as admissões e os desligamentos com relação ao número médio de participantes da organização, no decorrer de certo período de tempo. Quase sempre, a rotatividade é expressa em índices mensais ou anuais para permitir comparações, seja para desenvolver diagnósticos, seja para promover providências, seja ainda com caráter preditivo. A organização, como todo sistema aberto, caracteriza-se pelo incessante fluxo de recursos de que necessita para poder desenvolver suas operações e gerar resultados. |
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Tela 16 |
| A organização, de um lado, "importa" recursos e energia do ambiente externo, na forma de matérias-primas, equipamentos, máquinas, tecnologia, dinheiro, financiamentos, pedidos de clientes, informações, pessoal, água, energia elétrica, etc. Todos esses recursos e formas de energia são processados e transformados dentro da organização. Por outro lado, a organização "exporta" para o ambiente externo os resultados de suas operações e de seus processos de transformação, na forma de produtos acabados ou serviços, materiais usados, refugos, lixo, equipamentos obsoletos para substituição, resultados operacionais, lucro, entregas a clientes, informações, pessoal, poluição etc. Entre os insumos que a organização "importa" do ambiente externo e os resultados que “exporta" para esse ambiente deve existir certo equilíbrio dinâmico capaz de manter as operações do processo de transformação em níveis satisfatórios e controlados. Se os insumos forem mais volumosos do que as saídas, a organização tem seus processos de transformação congestionados e/ou seus estoques de resultados armazenados e paralisados. Se, ao contrário, os insumos forem bem menores do que as saídas, a organização não tem recursos para operar as transformações e continuar a produzir resultados. Assim, tanto a entrada como a saída de recursos devem manter entre si mecanismos capazes de se autorregularem, mediante comparações, e de garantirem um equilíbrio dinâmico e constante. Esses mecanismos de controle recebem a denominação de retroação (feedback) ou realimentação. |
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Tela 17 |
| A esse fluxo de entrada e saídas de pessoal, destacado na Figura III. 15, a seguir, demonstram a rotatividade de pessoal ou turnover. Em toda organização saudável ocorre normalmente um pequeno volume de entradas e saídas de recursos humanos, ocasionando uma rotatividade meramente vegetativa e de simples manutenção do sistema. A rotatividade de pessoal pode estar orientada de forma a inflacionar o sistema com novos recursos (entradas maiores do que as saídas) para incentivar as operações e ampliar os resultados ou, no sentido de esvaziar o sistema (saídas maiores do que as entradas) para diminuir as operações, reduzindo os resultados. Contudo, algumas vezes, a rotatividade escapa ao controle da organização, quando os desligamentos efetuados por iniciativa dos empregados aumentam substancialmente de volume. Em um mercado de trabalho competitivo e em regime de oferta intensa, ocorre, geralmente, um aumento da rotação de pessoal.
Se a rotatividade, em níveis vegetativos, é provocada pela organização para fazer substituições no sentido de melhorar o potencial humano existente, ou seja, intercambiar parte de seus recursos humanos por outros recursos de melhor qualidade encontrados no mercado, então, a rotação encontra-se sob controle da organização. |
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Tela 18 |
| O Índice de Rotatividade de Pessoal O cálculo do índice de rotatividade de pessoal, segundo Chiavenatto (1995), fundamenta-se no volume de entradas e saídas de pessoal em relação aos recursos humanos disponíveis em certa área da organização, dentro de certo período de tempo, e em termos percentuais, pode-se utilizar a fórmula abaixo:
Em que: A = admissões de pessoal na área considerada dentro do período considerado (entradas); D = desligamentos de pessoal (tanto por iniciativa da empresa como por iniciativa dos empregados) na área considerada dentro do período considerado (saídas); EM = efetivo médio da área considerada dentro do período considerado. Pode ser obtido pela soma dos efetivos existentes no início e no final do período, dividida por dois. |
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Tela 19 |
| O índice de rotatividade de pessoal exprime um valor percentual de empregados que circulam na organização em relação ao número médio de empregados. Assim, se o índice de rotatividade de pessoal, por exemplo, for de 3%, isto significa que a organização pode contar com apenas 97% de sua força de trabalho naquele período. Para poder contar com 100% a organização precisaria planejar um excedente de 3% de pessoal para compensar tal fluxo de recursos humanos. Quando se trata de analisar as perdas de pessoal e suas causas, não se consideram as admissões (entradas) no cômputo do índice de rotatividade de pessoal, mas somente os desligamentos, sejam por iniciativa da organização ou dos empregados. Vejamos
em que: D = desligamentos EM = efetivo médio no período. Esta equação, por ser parcial, pode mascarar os resultados, por não considerar o ingresso de recursos humanos que fluem para dentro da organização, alterando o volume de recursos humanos disponíveis. |
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Tela 20 |
| Quando se trata de analisar as perdas de pessoal para verificar os motivos que levaram as pessoas a deixarem a organização, consideram-se apenas os desligamentos por iniciativa dos empregados, desprezando-se os desligamentos provocados pela organização.
Fonte: CHIAVENATTO, Idalberto. Recursos Humanos. Ed.3ª.São Paulo-SP: Ed. Atlas, 1995, p162. Neste caso, o índice de rotatividade de pessoal cobre apenas as retiradas provocadas exclusivamente pela iniciativa dos empregados, permitindo que se possam analisar as saídas decorrentes puramente da atitude e do comportamento do pessoal, isolando-se as saídas causadas pela ação proposital da organização. |
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Tela 21 |
| Diagnóstico das Causas da Rotatividade de Pessoal Assim como
os sistemas, a organização tem um ou vários objetivos
a alcançar. O sistema é eficaz à medida que alcança
esses objetivos com um mínimo de recursos, esforços e
tempo. Um dos principais problemas na administração de
um sistema é exatamente medir e avaliar seu funcionamento por
intermédio de seus resultados e de adequada utilização
de seus recursos. O ideal seria criar um subsistema de controle automático (feedback), capaz de:
as informações sobre o funcionamento do sistema, o qual permita diagnosticar as correções e realizar os ajustamentos necessários, buscando melhorar o desempenho do sistema. |
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Tela 22 |
| A rotatividade de pessoal não é uma causa, mas o efeito é a consequência de certos fenômenos localizados interna ou externamente à organização que condicionam a atitude e o comportamento do pessoal. É, portanto, uma variável dependente (em maior ou menor grau) daqueles fenômenos internos e/ou externos à organização. Dentre os fenômenos externos que influenciam a rotatividade de pessoal podemos citar a situação e as oportunidades do mercado de recursos humanos e a situação econômica. |
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Tela 23 |
| Dentre os fenômenos internos da organização que se refletem na rotatividade de pessoal podemos citar, entre outros, as estratégias de recrutamento, seleção e manutenção dos recursos humanos, as políticas de benefícios e salarial da organização, o tipo de relacionamento humano e o moral do pessoal, os programas de treinamento, etc.
Fonte:
CHIAVENATTO, Idalberto. Recursos Humanos. Ed.3ª. São
Paulo-SP: Ed. Atlas, 1995, p.164.
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Tela 24 |
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As informações a respeito desses fenômenos internos e externos são obtidas por meio das entrevistas de desligamento. Essas entrevistas são feitas com as pessoas que se retiram, objetivam diagnosticar as falhas e corrigir as causas do êxodo de pessoal. Entre os fenômenos internos responsáveis pelos desligamentos estão praticamente todos os itens que fazem parte de uma política de recursos humanos. Quando uma política de recursos humanos é inadequada, ela gera no pessoal uma atitude que predispõe à saída da organização. Um dos melhores indícios de uma boa política de recursos humanos é a permanência do pessoal na organização, sobretudo quando acompanhada da participação e dedicação das pessoas. Portanto, a entrevista de desligamento é um dos meios principais de verificar os resultados da política de recursos humanos desenvolvida pela organização. Costuma ser o principal meio de diagnosticar e determinar as causas da rotação de pessoal. Algumas organizações realizam a entrevista de desligamento apenas a empregados que solicitam, por iniciativa própria, sua demissão. Outras a aplicam indiferentemente a todos os empregados demissionários - tanto aqueles que solicitam demissão, como aqueles que são desligados por motivos da organização. Essa última posição possibilita desenvolver uma estatística completa sobre todas as causas dos desligamentos. |
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Tela 25 |
| Como em toda entrevista, é necessário estabelecer um planejamento das etapas a serem seguidas. A preparação da entrevista deve abordar aspectos como a definição do local, do material necessário, a duração e os instrumentos que serão usados (questionários autoaplicativos, perguntas a serem feitas, etc.). Um ponto importante é a postura cordial e empática que o entrevistador deve ter. Não há ”receita mágica” para a elaboração e realização da entrevista de desligamento, porém, deve-se levar em conta que os dados coletados podem ser de grande valia para a compreensão do comportamento humano nas organizações. |
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Tela 26 |
| Segundo Chiavenatto (1995) o custo da rotatividade de pessoal envolve: a) custos primários da rotatividade de pessoal |
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Tela 27 |
| b) custos secundários da rotatividade de pessoal envolvem características qualitativas. Estão indiretamente relacionados ao desligamento e consequente substituição do empregado e incluem: Reflexos na produção
Reflexos na atitude do pessoal
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Tela 28 |
| c) custos terciários da rotatividade de pessoal são os relacionados com os efeitos colaterais da rotação, que se fazem sentir no médio e no longo prazo. Enquanto os custos primários são quantificáveis, os custos secundários são qualitativos, os terciários são apenas estimáveis e incluem: Custo Extrainvestimento
Perdas nos Negócios
A rotatividade
de pessoal pelos seus aspectos complexos, quando acelerada, torna-se
um fator de perturbação, em especial quando forçada
pelas empresas no sentido de obtenção de falsas vantagens
em curto prazo. O certo é que em médio e longo prazo a
rotatividade provoca enormes prejuízos à organização,
ao mercado e à economia como um todo e, em particular, ao empregado
tomado individual ou socialmente em relação à sua
família. |
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Tela 29 |
| 5 - Absenteísmo O termo absenteísmo (ou ausentismo) é usado para definir as ausências dos trabalhadores no ambiente de trabalho. As causas são complexas e há vários estudos que procuram explicar as variáveis envolvidas nesse processo. Dentre as principais causas pode-se citar: doenças (relacionadas ou não ao trabalho), razões pessoais e familiares que afetam o funcionário, atrasos involuntários (falta de transporte, situações climáticas, etc.), baixa motivação ou políticas inadequadas da organização em relação à gestão de pessoas. |
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Tela 30 |
| Para o cálculo de absenteísmo utilizaremos o modelo proposto por Chiavenatto (1995): Este cálculo procura refletir o percentual do tempo não trabalhado em decorrência das ausências em relação ao volume de atividade esperada ou planejada.
As ausências de meios dias e os atrasos devem ser calculadas da seguinte fórmula: Chiavenato (1995) cita que da mesma forma que a rotatividade de pessoal, o absenteísmo constitui um sério fator de incerteza e de imprevisibilidade para a organização, provocado pelo comportamento dos recursos humanos. |
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Tela 31 |
| 6 - Recrutamento de Pessoal Para que uma organização preencha as vagas disponíveis, a primeira etapa é o processo de recrutamento de pessoal que deve atrair os candidatos potencialmente qualificados para ocupar os cargos em aberto dentro da organização.
Com as informações obtidas na previsão de pessoal, define-se o quantitativo e os cargos que farão parte do recrutamento de pessoas, afim de seleção e contratação posterior. O recrutamento é importante, pois quanto mais candidatos, mais seletiva poderá ser a contratação. |
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Tela 32 |
| Fontes de Recrutamento - É importante diagnosticar fontes supridoras de recursos humanos localizadas no mercado e que interessem especificamente, para nelas concentrar os esforços de recrutamento. Assim, as fontes de recursos humanos são denominadas fontes de recrutamento, pois passam a representar os alvos sobre os quais incidirão as técnicas de recrutamento. Para identificar e mapear fontes de recrutamento, de acordo com os requisitos que a organização exige dos candidatos, são necessários dois tipos de pesquisa: externa e interna. Pesquisa Externa pertence ao Departamento de Recursos Humanos. Sua análise é feita de forma segmentada e observa os interesses da organização, ou seja, deve ser decomposta e analisada conforme as características exigidas pela organização em relação aos candidatos que visa atrair e recrutar. Pesquisa Interna corresponde àquela sobre as necessidades da organização em relação a recursos humanos e quais as políticas que a organização pretende adotar no que tange ao seu pessoal. A pesquisa interna geralmente envolve:
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Tela 33 |
| 7 - Seleção de Pessoal É o processo pelo qual os candidatos a um cargo são separados (escolhidos) e entrevistados. A seleção depende da natureza do cargo. Após a recepção inicial e a triagem do provável funcionário, aplica-se alguma forma de teste de seleção. A entrevista faz parte do processo de seleção do candidato, como também a verificação das informações curriculares, como por exemplo, investigar as referências, fazer exames. O fator decisivo na seleção do futuro funcionário é examinar se o candidato atende ao que é exigido para a função. (Montana 1998). O objetivo principal do processo de seleção de pessoas é escolher dentre os candidatos recrutados aquele que tenha maior probabilidade de:
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Tela 34 |
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Todo critério de seleção fundamenta-se em dados e informações a respeito do cargo a ser mantido. As exigências da seleção baseiam-se nas especificações do cargo, cuja finalidade é dar maior objetividade e precisão à seleção do pessoal para aquele cargo. A seleção deve ser tomada como um processo realista de comparação entre duas variáveis:
Quando
X é maior do que Y, dizemos que o candidato não tem condições
para ocupar o cargo. |
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Tela 35 |
| Essa comparação, entre x e y exige que a análise e a descrição do cargo sejam transformadas em uma ficha profissiográfica, a partir da qual o responsável pela seleção pode estruturar as técnicas e o próprio conteúdo do processo seletivo. Uma vez feita a comparação entre as características exigidas pelo cargo e as oferecidas pelos candidatos, pode acontecer que vários destes tenham condições equivalentes para serem indicados ao órgão requisitante. Por uma questão política, o órgão responsável pela seleção nem sempre tem autonomia para indicar apenas um candidato entre os mais bem colocados, geralmente, há uma indicação daqueles que obtiveram as melhores posições no processo de seleção, porém, a decisão final de aceitar ou rejeitar os candidatos é quase sempre de responsabilidade do órgão requisitante. Assim, a seleção é de responsabilidade de linha (de cada chefe de unidade organizacional) e função de staff (prestação de serviço pelo órgão especializado). |
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Tela 36 |
| 8 - Técnicas de Seleção O processo de seleção deve-se apoiar em algum padrão ou critério para adquirir validade. O padrão ou critério é extraído geralmente a partir das alternativas de informações conforme mencionadas:
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Tela 37 |
| 1)
Análise do cargo é o levantamento dos aspectos
intrínsecos (conteúdo do cargo) e extrínsecos (requisitos
que o cargo exige de seu ocupante, fatores de especificações)
do cargo. São importantes para a seleção as informações
a respeito dos requisitos e das características que o ocupante
do cargo deverá possuir. 3) Análise de requisição de empregado consiste na verificação dos dados na requisição do empregado, preenchidos pelo chefe direto, especificando os requisitos e as características que o candidato ao cargo deve possuir. Sobretudo quando a empresa não tem um sistema de análise de cargos, o formulário de requisição de empregado deverá possuir campos adequados, nos quais o chefe direto possa especificar esses requisitos e essas características. 4) Análise do cargo no mercado quando se tratar de algum cargo novo, sobre o qual a empresa ainda não tem nenhuma definição a priori, nem mesmo o chefe direto, existe a alternativa de verificar, em empresas similares, cargos comparáveis, seu conteúdo, os requisitos e as características dos seus ocupantes. 5) Hipótese de trabalho é uma previsão aproximada do conteúdo do cargo e sua exigibilidade em relação ao ocupante (requisitos e características necessárias), como simulação inicial. |
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Tela 38 |
| Entrevista de Seleção - Chiavenatto (1995) destaca que a técnica de seleção que mais influencia a decisão final a respeito do aproveitamento ou não de um candidato ao emprego. Deve ser conduzida com habilidade técnica, a fim de que possa realmente produzir os resultados esperados. É possível aperfeiçoar a precisão da avaliação por meio do treinamento contínuo de entrevistadores, da ordenação adequada do processo de entrevista ou da entrevista padronizada. A entrevista padronizada ou dirigida é aquela planejada para ultrapassar as limitações e os defeitos dos procedimentos ordinários de entrevista. O entrevistador deve estar atento a alguns procedimentos durante a entrevista que facilitam a coleta de dados:
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Tela 39 |
| Resumo O mercado de trabalho comporta-se a partir de oferta e procura, ou seja, disponibilidade e demanda de empregos, respectivamente. Tomamos as três possíveis situações do mercado de trabalho: 1. Oferta Maior do que a Procura: situação em que ocorre acentuada disponibilidade de emprego: há excesso de ofertas por parte das organizações e escassez de candidatos para preenchê-las. 2. Oferta Equivalente à Procura: situação de relativo equilíbrio entre o volume de ofertas e o volume de candidatos para preenchê-las, ou seja, de procuras de emprego. 3. Oferta Menor do que a Procura: situação em que há pouquíssimas ofertas de empregos por parte das organizações e excesso de candidatos. O mercado de recursos humanos é constituído pelo conjunto de indivíduos aptos em determinado lugar e em determinada época. É basicamente definido pela população que tem condições de trabalhar e/ou está trabalhando, isto é, pelo conjunto de pessoas empregadas (mercado de RH aplicado) ou desempregadas (mercado de RH disponível) e aptas ao trabalho. O planejamento de pessoas é o processo de decisão para atingir os objetivos organizacionais, dentro de determinado tempo. Trata-se de antecipar qual a força de trabalho e os talentos humanos necessários para a realização de ação organizacional futura. Antecipar a quantidade e qualidades necessárias à organização é extremamente importante. Absenteísmo ou ausentismo é uma expressão utilizada para designar as faltas ou ausências dos empregados ao trabalho. A flutuação de pessoal entre uma organização e seu ambiente é chamada rotatividade ou ausentismo; em outras palavras, o intercâmbio de pessoas entre a organização e o ambiente é definido pelo volume de pessoas que ingressam e que saem da organização. |
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| Unidade 2 | Módulo 2 | Tela 40 |
| 1 - Socialização organizacional Uma vez obtidos os recursos humanos, o passo seguinte é a sua aplicação como força de trabalho na organização. Isto quer dizer, uma vez recrutadas e selecionadas, as pessoas deverão ser integradas na organização, posicionadas em seus cargos e avaliadas quanto ao seu desempenho. As organizações só podem funcionar quando as pessoas estão em seus postos de trabalho e desempenhando adequadamente os papéis para os quais foram selecionadas. Para isso, as organizações delineiam sua estrutura formal, definem órgãos e cargos, definem os requisitos e atribuições necessárias para os diferentes cargos.
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Tela 41 |
| A divisão do trabalho e a especialização provocam diferenciação de papéis. A organização visa racionalizar, estabelecendo rotinas para diminuir a insegurança dos participantes, aumentar as previsões e centralizar funções e controle. Surge então a burocracia. A burocracia é útil até o ponto que traz eficiência à organização. À medida que novos membros ingressam na organização, eles precisam ser integrados aos seus papéis, por meio da socialização organizacional. Esta socialização é o conjunto de processos pelos quais um novo membro aprende o sistema de valores, normas e padrões de comportamento requeridos pela organização por meio de:
O grau em que o novo membro deve aprender esses valores, normas e padrões de comportamento dependem do grau de socialização exigido pela organização. Muitas vezes a socialização organizacional exige uma fase destrutiva ou descongeladora dos valores e padrões de comportamento previamente aprendidos pelo novo membro em outras organizações anteriores. Outras vezes, o processo de socialização envolve apenas a reafirmação de algumas normas mediante vários canais de comunicação existentes na organização ao longo do tempo e de instruções diretas obtidas dos supervisores e instrutores. Geralmente esse processo de socialização é conhecido como programa de integração de novos empregados. |
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Tela 42 |
| 2 - A organização como um sistema de papéis Os papéis podem ser
A
organização, assim, pode ser considerada como papéis
ou aglomerados de atividades esperadas dos indivíduos e de conjuntos
de papéis ou de grupos que se superpõem, cada qual formado
de pessoas que têm mais expectativas quanto a determinado indivíduo.
A organização é uma estrutura de papéis. Mais
do que isso: é um sistema de papéis.
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Tela 43 |
| Desempenho de papel - O desempenho sofre influências. Na relação entre chefe e subordinado, por exemplo, quando o chefe explica ao subordinado 'o que deve fazer' ocorre a expectativa. Quando o subordinado recebe explicações e as interpreta pode ocorrer distorções provenientes do processo de comunicação entre eles. O subordinado passa a fazer aquilo que lhe foi atribuído, ao passo que o chefe passa avaliar o desempenho do subordinado (monitoramento) e comparar esse desempenho com sua expectativa.
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Tela 44 |
| O desempenho nem sempre ocorre conforme expectativas, pois surgem discrepâncias: a)
discrepância de expectativa: diferença entre expectativa
de papel transmitida pelo chefe e o papel percebido pelo subordinado.
Nem sempre aquilo que o chefe explica é perfeitamente entendido; |
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Tela 45 |
| 3
- Desenho do Cargo
Cita ainda que desenhar um cargo significa:
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Tela 46 |
| Modelos de Desenho de Cargos Com base nas escolas de Administração Científica e de Relações Humanas, Chiavenatto (1995) reporta três modelos de desenhos de cargos: a) Modelo Clássico: (Taylor, Fayol, Gant e Gilbreth) Baseia-se nos métodos científicos, visando o aumento da eficiência, modo de execução da tarefa, incentivos salariais e o método de trabalho (tempos e movimentos). b) Modelo
de Relações Humanas (Elton Mayo e Mary Parker
Foilet): c) Modelo de Recursos Humanos: A preocupação básica é o desempenho dos empregados por meio de procedimentos e programas que promovam a criatividade, a autodireção e autocontrole na execução de suas atividades visando o alcance dos resultados organizacionais. |
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Tela 47 |
| Ao sintetizar a ideia dos três modelos podemos citar:
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Tela 48 |
| Satisfação intrínseca no cargo Vários autores procuraram verificar que tipos de condições devem existir para que um trabalhador encontre satisfação intrínseca como resultado do cumprimento de uma tarefa. Ou seja, quais as condições propiciam que um cargo contenha fatores motivacionais ou satisfacientes:
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Tela 49 |
| Enriquecimento e ampliação do cargo A diferença entre ampliação e enriquecimento do cargo reside mais no sentido da conceituação do que da prática. A maior parte dos autores acentua que as diferenças entre rotação, extensão, ampliação e enriquecimento do cargo estão na gradativa variedade, responsabilidade e crescente oportunidade para o desenvolvimento pessoal. As diferenças são mais semânticas do que reais e podem ser mais bem descritas a partir do continuum seguinte:
Ampliação do cargo para McGregor é o meio de trazer significação do trabalho e inovação, visando encorajar a aceitação de responsabilidades nos níveis mais baixos da organização, além de oferecer oportunidades significativas de satisfação das necessidades sociais e egoísticas. Chiavenatto (1995) relata que os cargos podem ser ampliados horizontal ou verticalmente. Se um cargo de operador é expandido para que o ocupante faça uma maior variedade ou número de operações, o cargo é ampliado horizontalmente. Se o operador é envolvido no planejamento, na organização e na inspeção, bem como na exceção do seu trabalho, seu cargo foi ampliado verticalmente. |
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Tela 50 |
| 4 - Qualidade de vida no trabalho A qualidade de vida no trabalho não é determinada somente pelas características individuais (necessidades, valores e expectativas) ou situacionais (estrutura organizacional, tecnologia, sistemas de recompensas). A qualidade de vida no trabalho afeta atitudes pessoais e comportamentos para a produtividade tais como: motivação, adaptabilidade às mudanças no ambiente de trabalho, criatividade e vontade de inovar ou aceitar mudanças e desafios. Assimila duas posições: de um lado a reivindicação dos empregados quanto ao bem-estar e satisfação no trabalho e de outro o interesse da organização quanto aos seus efeitos sobre a produção e a produtividade. Descrição e Análise de Cargos Com a divisão do trabalho e a especialização funcional, as atividades da administração de pessoal estão descritas e especificadas de acordo com as tarefas, deveres e responsabilidades. Estes itens determinam os requisitos necessários ao ocupante do cargo, ou seja, o perfil de profissional que o cargo exige. |
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Tela 51 |
| O conceito de cargo baseia-se em algumas noções sobre os conceitos de tarefa, atribuição e função:
Fonte: CHIAVENATTO, Idalberto. Recursos Humanos. Ed. 3ª. São Paulo-SP: Ed. Atlas, 1995, p.240 |
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Tela 52 |
| Descrição de cargos Chiavenatto (1995) diz que a descrição de cargos é um processo que consiste em enumerar as tarefas ou atribuições que compõem um cargo e que o torna distinto de todos os outros cargos. E o detalhamento das atribuições ou tarefas do cargo (o que se faz), a periodicidade (quando faz), os métodos empregados para a execução dessas atribuições ou tarefas (como faz) os objetivos do cargo (por que faz).
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Tela 53 |
| Análise de cargos Feita a descrição, segue-se a análise do cargo. Ou seja, ao seridentificado o conteúdo do cargo (aspectos intrínsecos), passa-se a analisar o cargo em relação aos aspectos extrínsecos, aos requisitos que o cargo impõe ao seu ocupante. A descrição do cargo se preocupa com o conteúdo (o que faz, quando faz, como faz e por que faz). É um simples arrolamento das tarefas ou atribuições que um ocupante desempenha. A análise do cargo, segundo Chiavenatto (1995), pretende estudar e determinar todos os requisitos qualificativos, as responsabilidades envolvidas e as condições exigidas pelo cargo, para seu desempenho adequado. É uma verificação comparativa de quais as exigências (requisitos) que essas tarefas ou atribuições impõem ao ocupante. Quais requisitos físicos e intelectuais que o ocupante deverá ter para desempenhá-lo.
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Tela 54 |
| A Estrutura da Análise de Cargos Um modelo previamente definido pode descrever os cargos facilitando a geração de informações diversas sobre os mesmos. Como por exemplo:
Fonte: CHIAVENATTO, Idalberto. Recursos Humanos. Ed.3ª. São Paulo-SP: Ed. Atlas, 1995, p.245. |
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Tela 55 |
| Os cargos podem ser descritos em toda sua complexidade, conforme ficha exemplo a seguir: Fonte: CHIAVENATTO, Idalberto. Recursos Humanos. Ed.3ª. São Paulo-SP: Ed. Atlas, 1995, p.246.
Os métodos utilizados para Descrição e Análise de Cargos são:
a) observação direta: é o mais utilizado, por ser o mais antigo e por sua eficiência. A análise do cargo é efetuada por meio da observação direta e dinâmica do ocupante em pleno exercício de suas funções enquanto o analista de cargos registra os pontos-chave de sua observação. Cargos rotineiros e repetitivos permitem uma observação direta, pois o volume de conteúdo manual pode ser verificado por meio de observação visual. Pode ser acompanhada de entrevistas para dissipar dúvidas durante a observação. |
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Tela 56 |
| b) questionário: a análise é feita solicitando ao pessoal o preenchimento de um Questionário de Análise de Cargo, respondendo por escrito todas as indicações sobre o cargo, sobre seu conteúdo e sobre suas características. É importante a validação do questionário a priori antes de submetê-lo para verificar a pertinência e adequação das perguntas. c) entrevista:
consiste em recolher os elementos relativos ao cargo que se pretende
analisar, mediante contato direto e verbal com o ocupante do cargo ou
com o chefe direto. Pode obter informações sobre todos
os |
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Tela 57 |
| 5 - Avaliação do desempenho humano Pode ser
definida como a avaliação sobre o desempenho profissional
de um funcionário em um cargo por determinado período.
Toda avaliação é um processo para estimular ou
julgar o valor, a excelência e as qualidades de alguma pessoa. As práticas de avaliação de desempenho de recursos humanos não são novas. Desde que um ser humano deu emprego a outro, seu trabalho passou a ser avaliado.
A avaliação de desempenho presume que os padrões de desempenho foram estabelecidos no momento do planejamento das atividades entre o empregado e o seu supervisor imediato. Preconiza-se ainda que, no final do período planejado, momento da avaliação, o supervisor forneça feedback ao funcionário, sobre o seu desempenho, para ajudá-lo a eliminar falhas e alcançar um melhor desempenho. As avaliações ainda podem ser reavaliadas entre colegas ou por comitês de avaliação. A comissão de avaliação do desempenho - Em algumas organizações a avaliação do desempenho é atribuída a uma comissão especialmente designada para este fim e constituída de elementos pertencentes a diversos órgãos ou departamentos. A avaliação é coletiva e cada membro terá igual participação e responsabilidade nos julgamentos. Geralmente,
a comissão é formada de membros permanentes e transitórios.
Os permanentes e estáveis participarão de todas as avaliações,
e seu papel será a manutenção do equilíbrio
dos julgamentos, do atendimento aos padrões e da constância
do sistema. Entre os membros permanentes, devem constar um representante
de alta direção na empresa, que assumirá a presidência
da comissão, o responsável pela área de Gestão
de Pessoas, os encarregados direta e indiretamente da avaliação. |
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Tela 58 |
| Benefícios a) para o supervisor:
b) para o subordinado:
c) para a organização:
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Tela 59 |
| Objetivos da avaliação de desempenho A avaliação de desempenho é um instrumento, para melhorar os resultados das pessoas na organização. Os objetivos fundamentais da avaliação segundo Chiavenatto (1995):
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Tela 60 |
| Para alcançar este objetivo básico, melhorar os resultados das pessoas da organização, a avaliação de desempenho, segundo Chiavenatto, procura alcançar:
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Tela 61 |
| 6 - Métodos de avaliação de desempenho As técnicas podem variar entre níveis diferentes ou áreas diferentes. Cada sistemática atende a determinados objetivos específicos e a determinadas categorias de pessoas. A adequação da sistemática é fundamental para o bom funcionamento e obtenção de resultados. Para que a avaliação seja eficaz deve basear-se nos resultados das atividades do ser humano no trabalho e nunca em sua personalidade (pode ser uma avaliação complementar). Método
da Escala Gráfica: É o mais utilizado, é
simples e requer cuidados, para evitar subjetividades e prejulgamentos
do avaliador. Utiliza um formulário de dupla entrada, no qual
as linhas, sentido horizontal, representam os fatores de avaliação
e as colunas, os graus de avaliação daqueles fatores.
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Tela 62 |
| Vantagens do Método das Escalas Gráficas
Desvantagens
do Método das Escalas Gráficas
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Tela 63 |
| Método da Escolha Forçada - Desenvolvida por técnicos americanos, durante a 2ª Guerra para escolha de oficiais das Forças Armadas que deveriam ser promovidos. Avalia o desempenho por meio de frases descritivas de determinadas alternativas de tipos de desempenho individual. O avaliador deverá escolher uma ou duas frases que mais se aplicam ao desempenho do empregado, daí a denominação do método. As frases podem variar bastante. Há duas composições de frases:
Exemplo:
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Tela 64 |
| Vantagens do Método da Escolha Forçada
Desvantagens do Método da Escolha Forçada
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Tela 65 |
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Método de Pesquisa de Campo - É um método de avaliação do desempenho com base em entrevistas de um especialista em avaliação com o superior imediato, mediante as quais se verifica e avalia o desempenho dos seus subordinados, levantando-se as causas, origens e os motivos de tal desempenho, por meio de análises de fatos e situações. É um método que permite um diagnóstico do desempenho como também a possibilidade de planejar com o supervisor seu desenvolvimento no cargo e na organização. Um dos problemas de planejamento e desenvolvimento de RH nas organizações é a necessidade de retroação de dados do desempenho. Nesse sentido, o método pode ter uma enorme aplicação, pois permite avaliar o desenvolvimento, e acompanhar o desempenho do empregado. |
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Tela 66 |
| Vantagens do Método Pesquisa de Campo
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Tela 67 |
| Resumo Este módulo é constituído de: Descrição e análise de cargos e Avaliação do desempenho humano Uma vez obtidos os recursos humanos, o passo seguinte será a sua aplicação como força de trabalho na organização. Ou seja, uma vez recrutadas e selecionadas, as pessoas deverão ser integradas na organização, posicionadas em seus cargos e avaliadas quanto ao seu desempenho. A descrição e análise de cargos envolvem os conceitos de: Papel
- é o conjunto de atividades e comportamentos solicitados de
um indivíduo que ocupa determinada posição em uma
organização. Desenho do Cargo - é a especificação do conteúdo, dos métodos e relações de cargo, no sentido de satisfazer requisitos técnicos, organizacionais, sociais e pessoais. Duas escolas administrativas contribuíram para o desenho do cargo, Administração Científica (Clássica =Taylor) e Humanismo (Relações Humanas) Desenhar
um cargo significa: Modelos de Desenho de Cargos O desenho dos cargos é o modo pelo qual os administradores projetam os cargos individuais e os combinam em unidades, departamentos e organizações. Duas diferentes escolas administrativas contribuíram para o projeto e o desenho dos cargos. a) Modelo Clássico: (Taylor, Fayol, Gant e Gilbreth) salienta que, por meio de métodos científicos, poderiam projetar cargos e treinar pessoas para se obter a máxima eficiência. b) Modelo
de Relações Humanas (Elton Mayo e Mary Parker Foilet): Modelo de Recursos Humanos: O tratamento é mais complexo porque o administrador deve alcançar altos níveis de desempenho por meio da aplicação dos talentos criativos e da capacidade de autodireção e autocontrole dos membros. 2. Avaliação do desempenho humano É um instrumento para melhorar os resultados dos recursos humanos da organização: adequação do indivíduo ao cargo, treinamento, promoção, incentivo ao bom desempenho, melhoria das relações humanas entre supervisores e subordinados, estímulo à maior produtividade, retroação (feedback) de informação ao próprio indivíduo. |
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| Unidade 2 | Módulo 3 | Tela 68 |
| 1 - Sistema de Recompensa e Punição Uma organização viável, do ponto de vista de pessoas, é aquela que não apenas capta e aplica os seus recursos humanos adequadamente, mas também os mantém na organização. O subsistema de manutenção de pessoas é composto dos itens:
Os itens compensação e benefícios compõem o sistema de recompensas (salários direto e indireto) da organização. Toda organização tem um sistema de recompensas, isto é, incentivos para estimular certos comportamentos, punições (castigos ou penalidades) para coibir tipos de comportamentos considerados indesejáveis pela organização. |
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Tela 69 |
| Sistema de recompensas é o pacote de benefícios que a organização coloca à disposição de seus membros junto com os mecanismos e procedimentos pelos quais estes benefícios são distribuídos. Exemplos Sistema
de Punição – Consiste nas medidas disciplinares
empregadas para orientar o comportamento das pessoas que se desviam
dos rumos esperados. Em casos extremos, são usadas para castigar
a reincidência (suspensão no trabalho) ou afastar (desligamento).
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Tela 70 |
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| As recompensas proporcionadas pela organização enfatizam a excelência do serviço e o grau de responsabilidade do empregado. Quais são elas?
Esses tipos de recompensas são concebidos como retribuição pelo alcance de objetivos organizacionais. Na definição de uma organização estão implícitas três espécies de atividades:
A filosofia básica para o sistema de recompensa inclui:
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Tela 71 |
| Teoria
da Iniquidade - Vimos que as pessoas e as organizações
estão engajadas num complexo sistema de relações
de intercâmbio: as pessoas fazem contribuições à
organização e dela recebem incentivos ou recompensas.
Quando
ocorre a iniquidade, a pessoa experimenta um sentimento de injustiça
que aumenta na medida em que a iniquidade é maior. |
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Tela 72 |
| 2 - Compensação - Administração de Salários Um dos aspectos mais importantes na filosofia de uma organização é o que se relaciona com a sua política de salários. O nível de salários é o elemento essencial tanto na posição competitiva da organização no mercado como nas relações com os empregados. Composto Salarial - Diversos fatores internos (organizacionais) e externos (ambientais) condicionam os salários, determinando os seus valores. Envolve os seguintes fatores:
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Tela 73 |
| Administração de salários é um conjunto de normas e procedimentos que visam a estabelecer ou manter estruturas de salários equitativas e justas na organização com relação ao equilíbrio interno e externo. O equilíbrio interno é alcançado por meio de informações internas obtidas por meio da avaliação e classificação de cargos, assentadas sobre um prévio programa de descrição e análise de cargos. O equilíbrio externo é alcançado por meio de informações externas obtidas mediante pesquisa de salários. Com essas informações internas e externas, a organização define a política salarial e normaliza os procedimentos a respeito da remuneração do pessoal.
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Tela 74 |
| 3 - Classificação e Métodos de Avaliação de Cargos É um meio de se determinar o valor e a posição relativos de cada cargo dentro da estrutura organizacional. O setor responsável por esta análise, de modo comparativo, procura determinar as posições com relação aos demais: as diferenças significativas entre os mesmos são estudadas a fim de permitir uma distribuição equitativa dos salários dentro de uma organização, para neutralizar qualquer arbitrariedade. Métodos de avaliação de cargos - É o processo de analisar e comparar o conteúdo de cargos, no sentido de colocá-los em uma ordem de classes, as quais podem ser usadas como base para um sistema de remuneração. Existem várias maneiras de determinar e administrar sistemas de pagamento. A avaliação de cargos está relacionada com a obtenção de dados que permitem uma conclusão acerca do valor para cada cargo, indicando as diferenças essenciais entre os cargos, seja quantitativa ou qualitativamente. |
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Tela 75 |
| Os métodos podem ser divididos em dois grandes grupos:
Todos os métodos são comparativos (cargos entre si) ou compara os cargos com alguns critérios (categorias ou fatores de avaliação) tomados como base de referência.
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Tela 76 |
| O ponto de partida para qualquer avaliação de cargos é obter informação a respeito dos mesmos por meio de uma análise para se tomar decisões comparativas sobre eles. Tal avaliação enfatiza sua natureza e seu conteúdo e não as características das pessoas que os ocupam (perfil). Fundamenta-se:
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Tela 77 |
| Método do Escalonamento do cargo: É também denominado método da comparação simples e consiste em dispor os cargos em um rol (crescente ou decrescente) em relação a algum critério de comparação. Recebe também o nome de comparação cargo a cargo, pelo fato de que cada cargo é comparado com os demais em função do critério escolhido como base de referência. Há duas maneiras de se aplicar o método do escalonamento, a saber: Definição de limites: dispor os cargos em um rol em relação a alguns critérios de comparação:
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Tela 78 |
| Definição dos cargos de referência: define-se o critério de comparação - definem-se os cargos de referência que representam as bases variadas do critério escolhido (1 cargo extremamente complexo, outro muito complexo, relativamente complexo, pouco complexo, não complexo).
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Tela 79 |
| Método das Categorias Predeterminadas - É a divisão dos cargos a serem comparados em um conjunto com características comuns. A seguir faz-se o escalonamento simples em cada um deles.
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Tela 80 |
| Uma vez determinado o número de categorias mais apropriado para a organização (o que pode também ser tratado no nível sindical ou junto à Delegacia Regional do Trabalho), cada categoria deve ser claramente definida em nível de responsabilidade e de outros requisitos e demandas típicas de cada grau. As definições das categorias devem ser escritas e passam a constituir um padrão ou marco contra o qual os outros cargos são avaliados e encaixados no grau apropriado. Algumas vezes torna-se necessário estabelecer um cargo de referência, para cada categoria, a fim de facilitar o processo de comparação. Os critérios para a seleção dos cargos de referência são os mesmos já discutidos anteriormente no método do escalonamento. Sua finalidade é constituir um meio prático de classificar todos os cargos em uma organização, de acordo com as definições de categorias. Esta tarefa é atribuída a uma comissão de avaliação de cargos e os resultados são obtidos por meio de consenso de seus participantes.
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Tela 81 |
| Método da Comparação de Fatores - É uma técnica que engloba o princípio do escalonamento. É uma técnica analítica que compara os cargos com fatores de avaliação.
Este método exige algumas etapas que devem ser desenvolvidas após a análise dos cargos. São elas: a) Escolha dos fatores de avaliação - Os fatores constituem os critérios de comparação, isto é, instrumentos de comparação que permitirão escalonar os cargos e avaliar. A escolha dos fatores de avaliação dependerá dos tipos e características dos cargos a avaliar. b) Definição do significado de
cada um dos fatores de avaliação. |
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Tela 82 |
| c) Escolha dos cargos de referência - Os cargos de referência são escolhidos para facilitar o manuseio dos fatores de avaliação. d) Escalonamento
dos fatores de avaliação -
Montagem
da matriz de escalonamento e de avaliação dos fatores
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Tela 83 |
| A tarefa é reconciliar os resultados obtidos na avaliação de fatores com aqueles obtidos no escalonamento original dos fatores. Deve haver conformidade entre as diferenças relativas indicadas pelo escalonamento e as diferenças absolutas encontradas nas alocações salariais arbitrárias e subjetivas. Matriz de escalonamento de fatores
Com os resultados da avaliação dos fatores, a matriz é completada transformando-se em uma matriz de escalonamento e de avaliação de fatores. Matriz de escalonamento de fatores e de avaliação de fatores
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Tela 84 |
| Comissão de avaliação de cargos - Avaliação do cargo possui dois objetivos:
A
comissão de avaliação de cargos é composta
de: membros
permanentes ou estáveis e membros
provisórios. |
Tela 85 |
| 4 - Pesquisa salarial A administração
de salários procura obter o equilíbrio interno de salários
na organização, procura também obter o equilíbrio
externo dos salários em relação ao mercado de trabalho.
A pesquisa pode ser realizada por meio de entrevistas, reuniões ou aplicação de questionários ao vivo ou por telefone, e deve levar em consideração:
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Tela 86 |
| 5 - Seleção dos cargos e empresas Classificação e avaliação de cargos - É um modo de determinar o valor e a posição de cada cargo na estrutura salarial. Faz-se uma análise comparativa procurando determinar as posições dos cargos com relação aos demais. A avaliação dos cargos é o processo de analisar e comparar o conteúdo de cargos no sentido de colocá-los em ordem de classes, as quais podem ser usadas como base para um sistema de remuneração. A empresa deve definir quais os cargos serão referência, que representam amostras do mercado externo e estrutura interna de salários. Os cargos de referência são os escolhidos para representar o mercado de trabalho, a estrutura de salários da empresa e constituem amostras do mercado interno e externo de salários. Seleção das empresas participantes - Alguns critérios são adotados na escolha das empresas convidadas a participar da pesquisa salarial, constituindo amostra do mercado de trabalho. São eles: |
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Tela 87 |
| Coleta de dados sobre pesquisa salarial - Definidos os cargos de referência e as empresas amostras, o passo seguinte é coletar as informações para a pesquisa, que pode ser feita pelos seguintes meios, segundo Chiavenatto (1995):
Ainda, segundo Chiavenatto (1995), de posse dos dados do mercado a empresa fará a tabulação e tratamento estatístico dos dados que permitam a comparação dos mesmos com seus próprios salários, para verificar se o seu esquema está satisfatório ou se precisa ser corrigido. |
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Tela 88 |
| Política salarial - Define princípios e diretrizes que orientam a filosofia da organização no que se refere aos salários de seus empregados, as recompensas, (promoções e premiações) pelos seus bons desempenhos. Deve ainda, considerar os benefícios, bem como o crescimento profissional. Não deve ser estática, e sim dinâmica, aperfeiçoando-se com modificações em frente de situações. Deve ter como conteúdo: A política salarial deve levar em conta outros aspectos importantes do sistema de recompensas ao pessoal: benefícios, estímulos e incentivos ao desempenho, oportunidades de crescimento profissional, garantia de emprego (estabilidade na empresa) etc. |
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Tela 89 |
| 6 - Benefícios e serviços sociais A remuneração se constitui do salário direto e do indireto. A remuneração direta é o salário, proporcional ao cargo ocupado, ao passo que a indireta é constituída de serviços e benefícios sociais; estes representam os custos para manter o pessoal na empresa. Benefícios sociais são facilidades, vantagens e serviços que as empresas oferecem aos seus empregados, no sentido de dar-lhes mais itens salariais e motivação para mantê-lo na Empresa. Segundo Chiavenatto 1995, os benefícios oferecidos pelas empresas devem-se a:
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Tela 90 |
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Os benefícios sociais podem estar ligados:
Quanto à exigência, os benefícios podem ser classificados em Legais ou Espontâneos; quanto à natureza, podem ser monetários e não monetários. |
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Tela 91 |
| 7 - Higiene e Segurança no Trabalho Segundo Chiavenatto 1995 a higiene no trabalho refere-se a um conjunto de normas e procedimentos que visa à proteção da integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas. Um ambiente de trabalho seguro e livre de acidentes faz parte dos objetivos da higiene e segurança no trabalho, afim de prevenir a saúde ocupacional do trabalhador. As boas condições de trabalho das pessoas, tais como iluminação, temperatura, ruído, duração da jornada de trabalho e período para descanso, fazem parte do escopo de preocupações desse item.
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Tela 92 |
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Chiavenatto
(1995) conceitua como Segurança no Trabalho o conjunto de medidas
técnicas educacionais, médicas e psicológicas,
empregadas para prevenir acidentes, quer eliminando as condições
inseguras do ambiente, quer instruindo ou convencendo as pessoas da
implantação de práticas preventivas. Seu emprego
é indispensável para o desenvolvimento satisfatório
do trabalho e repercute diretamente sobre a continuidade da produção
e sobre o moral dos empregados.
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Tela 93 |
| 8 - Relações Trabalhistas Constituem uma política que estabelece as regras e formas de relacionamento da organização com os seus empregados. Esse relacionamento acontece por meio das entidades representativas da classe trabalhadora (categoria) conhecida como sindicato. As relações entre a organização e o sindicato são para tratar de assunto de ambas as partes no que diz respeito aos itens tratados anteriormente, como: salários, condições de trabalho, benefícios, saúde ocupacional e jornada de trabalho.
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Tela 94 |
| Resumo Este módulo teve como objetivo tratar dos assuntos promotores da manutenção de pessoas na organização: 1) Salários e seus componentes; 2) Benefícios e serviços sociais; 3) Higiene e segurança no trabalho; 4) Regulamentações Trabalhistas. Os itens "1 e 2" (salários e benefícios sociais) compõem o sistema de recompensas (salários: direto e indiretos) da organização. Uma considerável parte da remuneração é constituída de benefícios e serviços sociais. Estes são facilidades, vantagens e serviços que as empresas oferecem aos empregados, convertidos em vantagens salariais, a fim de motivá-los e mantê-los na organização. A higiene está estabelecida em normas visando a proteção física e mental do trabalhador e os riscos que podem ocasionar acidentes no trabalho. A segurança é representada por meio de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas, no sentido de sensibilizar empregador e emprego para o perigo das tarefas que podem ocasionar efeitos na saúde e no físico do trabalhador. As regulamentações trabalhistas estabelecem e regulam as relações no ambiente de trabalho entre o empregador e o empregado. Estas relações ocorrem por meio dos sindicatos representativos da categoria. |
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| Unidade 2 | Módulo 4 | Tela 95 |
| 1 - Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas O treinamento, o desenvolvimento de pessoal e organizacional constituem diferentes amplitudes na conceituação do aperfeiçoamento das pessoas nas organizações.
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Tela 96 |
| A palavra treinamento tem muitos significados. Alguns especialistas em administração de pessoal consideram o treinamento como um meio para desenvolver a força de trabalho dentro dos cargos particulares. Outros
interpretam com um sentido mais amplo, considerando o treinamento
para um adequado desempenho no cargo e estendendo o conceito para nivelamento
intelectual por meio da educação geral. Outros
autores referem-se a uma área genérica chamada desenvolvimento,
a qual se divide em educação e treinamento: o treinamento
significa preparar a pessoa para o cargo, ao passo que o propósito
da educação é preparar a pessoa para o ambiente
dentro ou fora do seu trabalho.
Os principais objetivos do treinamento segundo Chiavenatto (1995) são:
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Tela 97 |
| Ciclo
do treinamento - é o ato de fornecer os meios para possibilitar
a aprendizagem.
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Tela 98 |
| O treinamento envolve necessariamente um processo de:
Essas quatro etapas formam um processo cíclico, cuja sequência é mostrada na figura abaixo.
Fonte: Chiavenatto, Idalberto. (1995) Recursos Humanos. Ed. Atlas, São Paulo-SP, fig.13.2 p.420. |
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Tela 99 |
| O processo de treinamento e desenvolvimento é constituído das seguintes atividades:
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Tela 100 |
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O levantamento de necessidades de treinamento - é um diagnóstico que busca informações a respeito do que deve ser feito para melhorar o desempenho das pessoas, das áreas e consequentemente da organização.
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Tela 101 |
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Além dos meios relacionados existem alguns indicadores de necessidades de treinamento. Esses indicadores servem para apontar eventos que provocarão fatalmente futuras necessidades de treinamento (indicadores a priori) ou problemas decorrentes de necessidades já existentes (indicadores a posteriori). Indicadores a priori – são os eventos que se acontecerem proporcionarão necessidades para treinamento que são facilmente previstas. São eles:
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Tela 102 |
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Indicadores a posteriori – são os problemas provocados por necessidade de treinamento não atendida. Esses indicadores geralmente estão relacionados com a produção e com o pessoal e servem como diagnóstico para necessidade de treinamento. São eles:
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Tela 103 |
| 2 - Programação de Treinamento Após o diagnóstico de necessidade é feita a escolha e a prescrição dos meios de treinamento. Segundo
Chiavenatto (1995) a programação é sistematizada
e fundamentada nos seguintes aspectos:
Ainda,
segundo Chiavenatto, o levantamento de necessidades de treinamento deve
fornecer as seguintes informações para que se possa traçar
a programação de treinamento:
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Tela 104 |
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Planejamento do treinamento - Chiavenatto relata que a programação de treinamento requer um planejamento que envolva os seguintes itens:
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Tela 105 |
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Execução
do Treinamento - Ainda segundo Chiavenatto, é a terceira
etapa do processo de treinamento: após o diagnóstico e
a programação já elaborada passe-se a executar
o treinamento.
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Tela 106 |
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Avaliação dos resultados do treinamento - A etapa final do processo de treinamento é avaliação dos resultados obtidos. Um dos problemas mais sérios relacionados a qualquer programa de treinamento refere-se à avaliação de sua eficiência. O treinamento poderá ser também comparado com outras abordagens usadas para desenvolver os recursos humanos, tais como o aprimoramento das técnicas de seleção ou novo planejamento das operações de produção. A avaliação
deve considerar dois aspectos: Avaliação
no nível organizacional
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Tela 107 |
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3 - Desenvolvimento Organizacional (DO) O Desenvolvimento Organizacional é consequência do desenvolvimento humano. Desenvolvimento
organizacional compreende a sequência de eventos por meio do qual
a mudança organizacional se articula e se verifica. Este conceito
é dinâmico e deve ser examinado de um ponto de vista processual.
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Tela 108 |
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As organizações e as pessoas que nelas trabalham estão em constante mudança. Novos objetivos são estabelecidos e velhos objetivos são revistos ou modificados, novas unidades organizacionais são criadas, as velhas são reestruturadas, as pessoas saem, novas são admitidas, os produtos sofrem alterações, a tecnologia avança. As pessoas também se desenvolvem, aprendem novas coisas, modificam seus comportamentos e suas atitudes, desenvolvem novas motivações, criam novos problemas. Os tempos mudam. Mas o termo
desenvolvimento é utilizado quando a mudança
é intencional e projetada. O campo do DO é recente. Baseia-se
nos conceitos e métodos das ciências do comportamento,
visualiza-se a organização como um sistema e compromete-se
à melhoria à eficácia da organização.
Os trabalhos de DO são desenvolvidos tanto por consultores externos
como por internos. |
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Tela 109 |
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O conceito de DO está intimamente ligado aos conceitos de mudança e de capacidade adaptativa da organização à mudança. O desenvolvimento organizacional promove mudanças na cultura organizacional. Mudar a cultura de uma organização significa alterar, adquirir novos valores, crenças e hábitos condizentes com a nova filosofia que se deseja implantar na Organização. Assim, percebe-se que os novos valores irão mudar os comportamentos das pessoas sejam elas dirigentes ou dirigidos. É importante esclarecer que toda mudança organizacional deve ser apregoada e praticada pelos dirigentes da alta administração no sentido de "dar o exemplo", surge como um efeito cascata, de "cima para baixo" da hierarquia organizacional. Esses valores que irão moldar os novos comportamentos são ditados pelo ambiente empresarial. Por isso, a organização deve interagir com esse ambiente, para perceber e sintonizar com essa percepção e adaptar a cultura e as práticas organizacionais. |
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Tela 110 |
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São objetivos do desenvolvimento organizacional – DO:
O processo de Desenvolvimento Organizacional consiste em: 1. Coleta e Análise de Dados: informações a serem identificadas referentes às atitudes, às tarefas executadas, os métodos e procedimentos que necessitam de ajustes para que a organização se desenvolva de forma atualizada com o ambiente (mercado e sociedade). 2. Diagnóstico: fase em que se definem as soluções dos problemas identificados na fase de coleta de dados. Essas soluções podem ser categorizadas como novas diretrizes (política, estratégica e objetiva) novos métodos ou processos como também novos comportamentos a serem adotados pela organização. 3. Intervenção: é a fase de implemento da solução visualizada, seja por meio de sensibilização dos empregados, da adoção de novas práticas ou diretrizes. |
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Tela 111 |
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4 - Técnicas de intervenção em desenvolvimento organizacional Realimentação
de dados – Esta técnica parte da identificação
dos dados, mediante entrevistas ou questionários, aplicados em
partes da organização para verificar aspectos como: moral,
recompensas, estilo gerencial, etc. Estes dados são analisados
e, em seguida, são planejadas as medidas de correção.
É um meio de suprimento de informações adicionais. Grade Gerencial (Grid Gerencial) – Blake e Mouton O Desenvolvimento Organizacional – DO do tipo Grid (Grade Gerencial (Managerial Grid), proposto por Blake e Mouton - tem início com um laboratório e termina com um programa de solução de problemas. As seis fases que visam a modificar o funcionamento da organização no nível estabelecido são as seguintes: 1. Treinamento
por meio de seminário-laboratório |
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Tela 112 |
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5 - Grade gerencial A grade gerencial é composta de dois eixos que representam as duas principais preocupações do administrador: eixo horizontal preocupação com a produção, vertical com as pessoas. Ambos os eixos estão divididos em 9 graus, nos quais o grau 1 representa a mínima preocupação e o grau 9 a máxima. O modelo do Grid baseia-se em uma tecnologia integrada e pré-programada de DO, na qual a mudança organizacional tem início com a mudança individual como um mecanismo de descongelamento prévio. A tese é de que o modelo do Grid permite induzir a mudança e esses níveis, a mudança é sempre planejada para alcançar a excelência, ou seja, o estilo 9,9.
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Tela 113 |
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6 - Treinamento da Sensitividade Os grupos de treinamento desempenham papel-chave nos programas de desenvolvimento gerencial individual. O método é aplicado, nas grandes empresas, em combinação com o treinamento de equipes, produzindo maior impacto sobre a organização como um todo. Tais grupos são usados como parte de um esforço global, e combinados com outras técnicas. É usado para descongelar executivos que apresentam atitudes inadequadas e fazê-los mais predispostos a outros tipos de intervenções. Tem demonstrado ser eficaz na melhoria da competência interpessoal, na diminuição da ansiedade e na redução do conflito intergrupal. É também um esforço para descobrir e remover barreiras atitudinais, comportamentais, processuais, políticas e estruturais ao desempenho eficaz do sistema, proporcionando uma consciência da dinâmica interna e externa do sistema, de modo a aumentar futuras adaptações e permitir mudanças para melhor. |
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Tela 114 |
| Conceito e tipos de Educação - Educação A educação pode ser institucionalizada e exercida não só de modo organizado e sistemático, como nas escolas e igrejas obedecendo a um plano preestabelecido, como também pode ser desenvolvida de forma difusa, desorganizada e assistemática, como no lar e nos grupos sociais a que o indivíduo pertence, sem obedecer a qualquer plano preestabelecido. Pode-se falar em diversos tipos de educação social, religiosa, cultural, política, moral, profissional etc. O que abordaremos neste módulo é a educação profissional. Educação profissional é a educação institucionalizada ou não, que visa ao preparo do homem para a vida profissional. Compreende três etapas:
Formação profissional é institucionalizada ou não e visa a preparar e formar o ser humano para exercício de uma profissão, em determinado mercado de trabalho. Seus objetivos são amplos e mediatos, ou seja, em longo prazo, e objetiva qualificar o ser humano para uma profissão (pode ser dado nas escolas de ensino fundamental e médio, e nos cursos superiores). Desenvolvimento
profissional visa a ampliar, a desenvolver e a aperfeiçoar
o ser humano para seu crescimento profissional em determinada carreira
na empresa ou para que se torne mais eficiente e produtivo no seu cargo.
Seus objetivos são menos amplos que os da formação,
e situados no médio prazo, de forma a proporcionar ao ser humano
aqueles conhecimentos que transcendem o que é exigido no cargo
atual, preparando-o para assumir funções mais complexas
ou numerosas. |
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Resumo O Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas constituem-se de: a) Treinamento e desenvolvimento de pessoas, e b) Desenvolvimento organizacional. São objetivos do treinamento: preparar o pessoal para execução de tarefas peculiares à organização; proporcionar oportunidades para contínuo desenvolvimento pessoal; mudar atitudes para criar um clima satisfatório, aumentar a motivação dos funcionários e torná-los mais receptivos às técnicas de supervisão e gerência, entre outros. O treinamento envolve um processo de levantamento de necessidades de treinamento (diagnóstico); programação para atender às necessidades; implementação e execução e avaliação dos resultados. Levantamento de
necessidades de treinamento é a primeira etapa do diagnóstico
e pode ser feita em três diferentes níveis: Feito o diagnóstico, passa-se à programação de treinamento, com a escolha e prescrição dos meios de tratamento para sanar as necessidades indicadas ou percebidas. A programação é sistematizada e fundamentada sobre diversos aspectos a serem analisados durante o levantamento (ex: necessidade; onde ocorre; prioridade em relação às demais; número de pessoas e serviços a serem atingidos; tempo disponível para o treinamento; profissional para executar o treinamento etc). O levantamento de necessidades de treinamento deve fornecer informações para que se possa traçar a programação de treinamento (o que deve ser ensinado; a quem se destina; quando, como e onde será ensinado; quem irá ensinar etc). A programação de treinamento requer planejamento e deve envolver abordagem de uma necessidade específica de cada vez; definição clara do objetivo do treinamento; divisão do trabalho a ser desenvolvido em módulos, pacotes ou ciclos; determinação do conteúdo do treinamento; escolha dos métodos de treinamento; definição dos recursos; definição do público-alvo, ou seja, da clientela a ser treinada (considerando nº de pessoas; disponibilidade de tempo; grau de habilidade, conhecimentos e tipo de atitude; características pessoais de comportamento); local onde será efetuado o treinamento (considerando-se se na empresa ou fora da empresa); época ou periodicidade do treinamento; cálculo da relação custo/benefício do programa; controle e avaliação dos resultados. A etapa final do processo de treinamento é avaliação dos resultados obtidos e avaliação de sua eficiência. Deve considerar dois aspectos: 1) determinar até que ponto o treinamento realmente produziu as modificações desejadas no comportamento dos empregados, e 2) demonstrar se os resultados do treinamento apresentam relação com a consequência das metas da empresa. Desenvolvimento Organizacional (DO) compreende a sequência de eventos em que as mudanças organizacionais se articulam e se verificam. Os objetivos do DO incluem, entre outros: aumentar o nível de confiança e apoio entre os membros organizacionais; aumentar a confrontação dos problemas organizacionais dentro dos grupos e entre os grupos; criar um ambiente no qual a autoridade designada pelo papel seja aumentada pela autoridade baseada no conhecimento e habilidade; aumentar a comunicação lateral, vertical e diagonal; incrementar o nível de entusiasmo e satisfação pessoal na organização; incrementar o nível de responsabilidade individual e grupal no planejamento e implementação. O processo do DO consiste em três etapas: colheita e análise de dados, diagnóstico organizacional e intervenção. |
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