Essa supervalorização da abordagem técnica talvez possa ser explicada pelas seguintes razões:

a) os planos tradicionais são centrados nos cargos, mais do que nas pessoas. O pressuposto predominante era que a melhor forma de fazer justiça salarial seria pela diferenciação do valor relativo do cargo;

b) a outra referência mais considerada para compor a estrutura de valores dos planos de cargos e salários é a do mercado. A tabulação e a análise dos dados dos salários vigentes requerem aplicação de técnicas matemáticas e estatísticas que costumam ser muito valorizadas nos estudos e elaboração dos planos, porque fórmulas quantitativas impressionam e dão credibilidade;

c) na maioria das vezes, o modelo preocupa-se mais em impressionar os diretores e gerentes (com formação predominantemente técnica), em validar e aprovar planos com a sofisticação dos modelos matemáticos, contrariamente à satisfação dos empregados.


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