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- Mudanças de Paradigmas de Carreiras
Os planos tradicionais
consideram três tipos ou orientações de carreira:
a) Carreira
Vertical - A estrutura agora reconhecida como exageradamente
verticalizada de níveis hierárquicos e de cargos criou,
no passado, muita expectativa de carreira vertical, difícil de
ser atendida. Por outro lado, usou-se e abusou-se do artifício
de desdobramentos verticais de cargos (I, II, III), raramente justificados
por reais diferenças de atribuições e responsabilidades
entre eles. Tal prática causou muitas disfunções
e distorções, bem como aumentos de custos desnecessários
nas organizações. Se essa prática poderia ser mantida
em tempos de “vacas gordas”, agora não pode mais.
A grande maioria das empresas já reduziu a quantidade de níveis
hierárquicos e caminha para fazer revisão e racionalização
de estruturas de cargos;
b) Maturidade Profissional - constitui outra forma
de carreira vertical, porém mais especificamente aplicada a cargos
técnicos e de nível superior, e os estágios de
maturidade são normalmente identificados como júnior,
pleno e sênior. Embora por essa premissa, bem fundamentada, essas
diferenças de maturidade foram bem definidas nas organizações.
A distinção entre elas era, na maioria das vezes, frágil,
sendo caracterizada por tempo de formação ou experiência
e por referências genéricas, tais como execução
de tarefas simples, médias e complexas. A superficialidade desse
critério provocou também quantidade de distorções
nas empresas. Não é raro, por exemplo, encontrarmos pessoas
ainda exercendo tarefas próprias de um júnior ou pleno,
recebendo como sênior, por ter maior tempo de formado ou de casa;
c) Carreira em Y - O conceito de carreira em Y teve
aplicação mais restrita. Tem a finalidade de valorizar
os cargos técnicos no que se refere a status profissional e salários
em relação aos cargos gerenciais, visando também
evitar que bons técnicos quisessem ser promovidos a cargos gerenciais,
apenas para terem maior ganho salarial, promoção que raramente
dá bom resultado, porque regra geral, os bons técnicos
não têm as características requeridas a gerentes
competentes. Algumas empresas adotaram a carreira em Y com critério,
proporcionando bons resultados; outras o fizeram por modismo e se arrependeram
depois.