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A
globalização também provocou impacto nas políticas
salariais, que passaram a incorporar o aspecto da competitividade internacional.
As indústrias passaram a instalar-se em países com mão
de obra mais barata, provocando o desemprego estrutural em países
onde o custo da mão de obra é alto ou onde a qualificação
e a produtividade dos funcionários são baixas. Deve-se ressaltar
que as novas tecnologias de informação, o barateamento dos
transportes e os avanços da informática permitiram o desenvolvimento
da globalização e os arranjos estruturais que possibilitam
produtos mais acessíveis com maior qualidade. Mas, por outro lado,
isso reflete também em incongruências sistêmicas e
sociais, levando desigualdade e desequilíbrio de renda, de trabalho
e de qualidade de vida entre as nações menos privilegiadas
e em desenvolvimento. Tal aspecto alerta para o fato de que tais países
devem trabalhar de forma a posicionar-se estrategicamente diante da nova
conjuntura e ordem global.
No Brasil, no final da década de 1980, a competitividade internacional colocou em questionamento a viabilidade do modelo clássico de produção: esta gerava produtos com qualidade inferior e preços superiores aos praticados por outros países, sem condições de responder, em pé de igualdade, à concorrência internacional. |
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