| Unidade 1 | Módulo 1 | Tela 1 |
| 1
- Razão Podemos definir razão como o quociente entre dois valores de mesma grandeza, denominados: antecedente e conseqüente.
Exemplo: Suponha que dos cem funcionários de uma empresa, 70 sejam homens e 30 sejam mulheres. Com base nesta informação, podemos calcular, por exemplo: a) A razão
entre homens e mulheres que trabalham na empresa:
O que indica que, para cada sete homens, a empresa possui três mulheres no seu quadro de funcionários. b) A razão entre mulheres e homens que trabalham na empresa:
O que indica que, para cada três mulheres, a empresa possui sete homens no seu quadro de funcionários. c) A razão
entre homens e o total de funcionários da empresa:
O que indica que sete, em cada dez funcionários que a empresa possui, são do sexo masculino. |
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Tela 2 |
| 2
- Proporção
Uma proporção pode ser definida como a igualdade entre duas razões onde, conforme definido em sua propriedade fundamental, o produto dos meios é igual ao produto dos extremos. Exemplo: ![]() Propriedade
Fundamental |
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Tela 3 |
| 3
- Regra de Três Simples
É a constituição de uma proporção mediante a comparação de duas razões. Exemplo: Se 5 Kg de banana custam R$ 10,00, qual o preço de 20 Kg? Solução: Considerando que o preço é proporcional
ao peso em quilogramas, podemos dizer que 5Kg está para 20Kg, assim
como R$10,00 está para “X”, ou seja:
Com base na propriedade fundamental da proporção, onde o produto dos meios é igual ao produto dos extremos: 20 x 10,00 = 5 x X 200 = 5X X = 200/5 X = 40,00 Resposta:
20Kg de banana custarão R$ 40,00 |
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Tela 4 |
| 4
- Potenciação
É a multiplicação de um número, por ele mesmo, quantas vezes estiverem indicadas em seu expoente. Genericamente:
Onde: Regras:
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Tela 5 |
| 5
- Radiciação
A equação acima revela que toda potência de expoente fracionário pode ser representada por uma raiz, e vice-versa, onde:
Exemplo: calcule o valor de quatro elevado a 0,5.
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Tela 6 |
| 6
- Logaritmos
Dados dois
números “a” e “N”, com a Matematicamente:
Observações: a) Assume-se que a base é igual a 10 quando esta não for definida na equação; b) Logaritmo
na base “e” = “ln”, também denominado logaritmo
natural ou neperiano, tem como base “e” Exemplos:
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Tela 7 |
| 7
- Propriedades dos Logaritmos
b) Divisão
c) Potência
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Tela 8 |
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Tela 9 |
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Tela 10 |
Resumo Neste módulo abordamos alguns conceitos de matemática básica que serão fundamentais para o desenvolvimento de nossa disciplina e que deverão servir como fonte de consulta inicial para eventuais dúvidas no decorrer do curso. Além de relembrarmos definições de razão, proporção, regra de três, potenciação, radiciação e logaritmo, relacionamos algumas propriedades afetas a estes assuntos e necessárias ao bom entendimento dos procedimentos de cálculo que envolve a matemática financeira. Dentre os conceitos abordados neste módulo, os principais foram:
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| Unidade 1 | Módulo 2 | Tela 11 |
| 1
- Introdução
O estudo da matemática financeira é de fundamental importância, em nível pessoal, para orientar decisões de poupança e de consumo, ou profissionalmente, auxiliando decisões de financiamento e investimento na empresa. Baseia-se em fundamentos básicos da matemática, aplicados em diversos momentos no processo de interação entre os agentes econômicos e o mercado financeiro. O principal objetivo da matemática financeira é o estudo do valor do dinheiro ao longo do tempo, partindo-se do princípio de que o valor de determinada quantia em dinheiro sofre alterações, na medida em que o tempo passa. Essa constatação, que muitas vezes pode passar despercebida, é facilmente compreendida se refletirmos, por exemplo, no quanto podíamos comprar com R$ 100,00 a um ano atrás e quanto podemos comprar, com o mesmo montante, nos dias atuais. É importante salientarmos que o valor do dinheiro não se refere à quantia expressa na nota de R$ 100,00 aludida no exemplo que, evidentemente, não sofre alterações, mas no poder de compra, ou seja, na capacidade de transformação desses recursos em bens e serviços. Para desenvolver melhor esse conceito, vamos supor que uma pessoa tivesse a opção de receber R$ 1.000,00 hoje ou R$ 1.000,00 daqui a um ano. Não é muito imaginarmos que, agindo de forma racional, essa pessoa preferisse receber esses recursos hoje, ao invés de postergar o recebimento para daqui a um ano, afinal, não seria esta sua escolha? |
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Tela 12 |
| Analisando melhor, veremos que se trata da opção mais racional a seguir e que pode ser justificada por um conjunto de preceitos muitas vezes intuitivos. Mesmo considerando que a pessoa do exemplo não esteja necessitando dos recursos agora, para suprir alguma necessidade urgente, sua decisão de preferir os R$ 1.000,00 hoje pode ser justificada pelos seguintes motivos:
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Tela 13 |
| Por essas razões, é justificável supor que a pessoa irá preferir o recebimento dos R$ 1.000,00 hoje, ao invés de recebê-lo daqui a um ano. Mas, e se a pergunta fosse alterada para receber R$ 1.000,00 hoje ou R$ 1.200,00 daqui a um ano? Ao contrário
da primeira questão, temos agora dois montantes distintos ocorrendo
em datas diferentes, o que insere certa complexidade no problema e exige
algum tipo de instrumento que nos facilite a decisão. Para o momento, vamos adiar a solução do problema e nos voltarmos para certos conceitos que serão necessários para a sua solução. |
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Tela 14 |
| 2 - Juros Podemos conceituar juros sob dois enfoques, partindo-se do princípio de que sua ocorrência se dará sempre com o envolvimento de dois tipos de agentes econômicos:
Sob o enfoque do devedor – os juros podem ser vistos como o preço do fator de capital, ou a remuneração devida pela utilização do capital durante o período de tempo do empréstimo. Na visão
do credor – os juros representam um prêmio por não
consumir, ou seja, pela decisão de adiar para uma data futura
o consumo que poderia ser realizado hoje. |
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Tela 15 |
| Para que tudo isso ocorra, no entanto, faz-se necessário que a taxa de juros seja suficiente para: Com relação aos três itens acima, podemos dizer que todos eles trazem certa subjetividade e estão relacionados às características de cada agente econômico. Assim, o valor dos juros necessários para compensar o risco, depende da percepção do agente econômico quanto ao grau desse risco e de quanto ele exige ganhar para aceitá-lo, conceito que decorre de uma visão pessoal. As expectativas do agente quanto ao poder de compra do dinheiro servirão de parâmetro para aceitar os juros propostos. Caso a expectativa de inflação seja maior do que os juros oferecidos o agente, a princípio, não irá aceitá-lo. O custo de oportunidade também irá depender do agente econômico, dado que as oportunidades de investimento são diferentes para cada pessoa. Se observarmos bem, estes conceitos estão relacionados à nossa questão inicial do curso e, embora ainda sejam insuficientes, começam a nos dar uma noção de como responder a questão relacionada a receber R$ 1.000,00 hoje ou R$ 1.200,00 daqui a um ano. |
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Tela 16 |
| As taxas de juros podem ser representadas na forma percentual ou na forma unitária. Taxa percentual – refere-se aos “centos” do capital, ou seja, ao valor dos juros para cada centésima parte dos recursos envolvidos na operação. Exemplo: Solução: O enunciado indica que para cada R$ 100,00 aplicados se ganha R$ 20,00 (vinte por cento), assim, aplicando-se regra de três, teremos:
Taxa unitária – reflete o rendimento para cada “unidade” de capital, em certo período de tempo. Repetindo o exemplo anterior, se para cada R$ 100 se ganha 20, para cada 1 ganha-se 0,2, ou seja, a taxa para cada unidade do capital empregado é de 0,2. Aplicando-se o conceito de regra de três, com base na taxa unitária, têm-se:
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Tela 17 |
| Com base no exemplo, podemos verificar que, para transformarmos taxas percentuais em unitárias, basta que façamos a divisão desta taxa por cem. Caso se queira o inverso – transformar taxas unitárias em percentuais deverá multiplicar as taxas por cem, conforme demonstrado no quadro abaixo:
Resolvendo o quadro acima, transformamos a taxa unitária de 0,17 em percentual, multiplicando-a por cem e as taxas percentuais de 86% e 1.200%, dividindo-as por cem, obtendo, respectivamente, 17%, 0,86 e 12. Observação Importante: Utilizaremos sempre a forma percentual nos enunciados do problema e para apresentar os resultados. A forma unitária será utilizada nas fórmulas para a solução dos problemas. No caso dos exercícios serem resolvidos no Excel, a taxa empregada será a percentual. |
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Tela 18 |
| 3 - Fluxo de Caixa O fluxo de caixa é um gráfico que busca representar as entradas e saídas de recursos no caixa de uma empresa ou, por exemplo, na conta corrente de uma pessoa física. A linha horizontal do fluxo representa o tempo, onde o momento “zero” se refere à data atual e os demais períodos, 1, 2, 3 até “n”, representam os tempos (dias, meses, anos etc.) onde ocorrerão os fluxos (entradas ou saídas) de dinheiro. Os fluxos de entradas e de saídas de recursos são representados por setas de sinal contrário. Em nosso curso, adotaremos as setas para cima para indicar as entradas e as setas para baixo para indicar as saídas de dinheiro do caixa. Exemplo
No fluxo de caixa acima podemos verificar que no dia cinco de cada mês o senhor João da Silva têm uma entrada de recursos, decorrente de seu salário, no valor de R$ 2.000,00 e, ao longo do mês, nos dias 7, 9 e 10, desembolsos de caixa (pagamentos) de R$ 400,00, R$ 50,00 e R$ 30,00, decorrentes do pagamento de aluguel, telefone e luz, respectivamente. O fluxo de recebimento do Sr. João da Silva é representado por uma seta apontada para cima e os fluxos de pagamento por setas apontadas para baixo. Os pagamentos e recebimentos são distribuídos em uma linha horizontal, que representa o tempo, indicando o momento, no caso o dia, em que ocorrerá o fluxo. |
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Tela 19 |
| 4 - Capitalização Indica a metodologia e a periodicidade de cálculo dos juros empregados na operação financeira. Quanto à periodicidade, a capitalização pode ser classificada em dois tipos básicos:
Exemplo: O preço das ações no pregão da Bolsa de Valores que, dependendo da oferta e da demanda, em determinado momento, pode variar a cada segundo.
A característica principal deste tipo de capitalização é que os juros são calculados em intervalos mensuráveis de tempo. Exemplo: operação de poupança, onde os juros são calculados mensalmente. |
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Tela 20 |
| No RCS o valor dos juros periódicos é calculado tendo como base o capital inicial. Exemplo: Digamos que uma pessoa tenha efetuado uma aplicação de R$ 1.000,00, pelo prazo de três meses, à taxa de juros simples de 2,00% ao mês. Na tabela abaixo, podemos verificar os juros gerados pela operação, o saldo que a pessoa teria ao final de cada período e a variação deste saldo, no regime de capitalização simples: Juros
e Saldos Gerados pela Operação no RCS
Conforme podemos notar no exemplo acima, os juros mensais são constantes e no valor de R$ 20,00. Este resultado decorre da característica do RCS, no qual a taxa de juros é aplicada sempre sobre o valor inicial da operação (0,02 x 1000). O saldo da operação, que representa o capital inicial mais os juros gerados ao final de cada período, cresce R$ 20,00 por mês, chegando, ao final da aplicação a um valor de R$ 1.060,00. |
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Tela 21 |
| No regime de capitalização simples são empregadas as fórmulas: 1. Cálculo dos Juros Os juros decorrentes de uma operação efetuada com base no RCS podem ser calculados mediante a aplicação da seguinte equação:
Onde:
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Tela 22 |
| 2. Cálculo do Montante Também denominado de valor futuro (FV), representa a soma do valor inicial (PV) e dos juros da operação (J).
FV
= PV + J (2)
Substituindo a equação (1) na fórmula acima, tem-se: FV = PV + PV x i x n Ou FV = PV x (1 + i x n) (3)
• O prazo da operação deve ter sua unidade (dia, mês, ano, etc.) coincidente com o período de referência da taxa de juros (diário, mensal, anual, etc.). |
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Tela 23 |
| 5 - Juro Exato e Juro Comercial Os conceitos de juros exatos e juros comerciais estão relacionados ao número de dias que será considerado para o cálculo da taxa de juros. No juro exato utilizamos efetivamente o calendário do ano civil (365 dias) e consideramos efetivamente o número de dias de cada mês para o cálculo da taxa. No juro comercial, admitimos para todos os meses, independente de qual seja, um prazo de 30 dias e o ano com 360 dias. Em nosso curso iremos empregar sempre o conceito de juro comercial, dado que o mesmo facilita os cálculos, sem prejuízo ao aprendizado dos fundamentos da matemática financeira. |
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Tela 24 |
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1) Um investidor aplica R$ 2.500,00, por um prazo de cinco meses, a uma taxa de juros de 3,5% ao mês. Calcule o valor dos juros recebidos na operação.
2) Quanto terei que pagar, ao final de sete meses, se tomar emprestado uma quantia de R$ 5.000,00 a uma taxa de juros de 5% ao mês?
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Tela 25 |
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3) Caso necessite de R$ 4.120,00 daqui a três meses, quanto deverei aplicar numa opção de poupança que paga 1% ao mês para obter este montante?
4) Por quantos anos um investidor deverá manter R$ 12.000,00 aplicados numa opção de investimento que paga 0,5% de juros mensais, a fim de obter R$ 14.160,00?
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Tela 26 |
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A que taxa de juros devo aplicar certo capital, a fim de obter o dobro de seu valor, ao final de dez meses?
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Tela 27 |
| 5)
Qual será o rendimento e o montante de um capital de R$ 3.700,00
aplicado a uma taxa de juros de 12% ao ano, ao final de 4 meses?
Variáveis: J = ?
2º passo – após transformar a taxa poderemos, então, aplicar as fórmulas:
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Tela 28 |
| Utilizando
o Excel
1. Abra uma pasta nova que depois poderá ser arquivada com o nome de Juros Simples.
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Tela 29 |
Solucione os exercícios resolvidos colocando as variáveis do enunciado nos campos referentes aos “dados” e “?” no campo “dados” da variável que se deseja calcular no problema. Lembre-se de que a taxa de juros deverá ter a mesma unidade de tempo da operação e deverá ser transformada, quando necessário, mediante o uso de regra de três, antes de ser inserida na planilha. As figuras abaixo representam as planilhas
construídas mediante os procedimentos descritos: INSERIR FIGURAS 1 E 2 - TABELA DO EXCEL CONFORME EXEMPLO
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Tela 30 |
| Resumo O estudo da matemática financeira tem por objetivo fornecer ao aluno um conjunto de fundamentos que o auxilie em decisões de poupança, consumo, financiamentos e investimentos, sendo de muita importância no seu dia - a - dia, tanto como pessoa física, quanto como administrador de empresas. O objetivo principal da disciplina é o estudo do valor do dinheiro ao longo do tempo, compreendido que este valor se altera, na medida em que o tempo passa, devido a uma série de fatores, dentre eles a aplicação de juro. Quando analisado pelo lado do devedor, o juro constitui-se no custo do capital. Pelo lado do credor, refere-se ao ganho ou prêmio pela abstenção do consumo. A forma pela qual se calcula o juro periódico de uma operação financeira irá depender do regime de capitalização aplicado. No Regime de Capitalização Simples (RCS) o juro será calculado sempre se tendo como base o capital inicial ou valor presente da operação. As fórmulas de cálculo para o RCS, bem como a descrição das variáveis utilizadas estão relacionadas a seguir:
Onde:
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| Unidade 1 | Módulo 3 | Tela 31 |
| 1
- Introdução
Já verificamos que no Regime de Capitalização Simples (RCS) os juros são constantes e calculados mediante a aplicação da taxa sobre o capital inicial. No RCC, o valor do juro periódico é calculado tomando-se por base não apenas o capital inicial, mas também a soma dos juros de períodos anteriores de capitalização, o que gera juros sobre juros. Assim, ao contrário do que ocorre no RCS, onde o valor dos juros é constante para todo o período da operação, no RCC os juros são crescentes. Como exemplo, digamos que um capital de R$ 1.000,00 seja aplicado pelo prazo de três meses, à taxa de juros compostos de 2,00% ao mês. Conforme podemos verificar na tabela abaixo, os juros gerados pela operação, o saldo ao final de cada período e a variação deste saldo são crescentes ao longo do tempo, devido ao fato de a taxa incidir não só sobre o capital inicial, mas sobre os juros de períodos anteriores. Tabela
2 – Juros e Saldos Gerados pela Operação no RCC
Analisando os juros da operação exemplificada acima e, tendo em vista a característica do RCC, podemos concluir:
Tendo em
vista que o exemplo anterior foi o mesmo utilizado para o RCS, compare
as duas tabelas e verifique as diferenças entre os dois regimes.
Onde: FV = valor futuro, valor nominal ou montante PV = valor presente, atual ou inicial i = taxa de juros (sempre na forma unitária) n = prazo da operação |
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Tela 32 |
| 2.
Cálculo dos Juros
Partindo do conceito de que os juros (J) representam a diferença entre o montante (FV) e o valor inicial da operação (PV), ou seja:
Ao substituir FV da equação (3) na fórmula (4), têm-se: Resolvendo a equação:
Observações importantes:
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Tela 33 |
2
- Regime de Capitalização Composto – Exercícios
Resolvidos:
2) Quanto terei que pagar, ao final de sete meses, se tomar emprestado uma quantia de R$ 5.000,00 a uma taxa de juros de 5% ao mês?
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Tela 34 |
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3) Caso necessite de R$ 4.120,00 daqui a três meses, quanto deverei aplicar numa opção de poupança que paga 1% ao mês para obter este montante?
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Tela 35 |
| 4) Por quanto tempo um investidor deverá manter R$ 12.000,00 aplicados numa opção de investimento que paga 0,5% de juros mensais, a fim de obter R$ 14.160,00?
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Tela 36 |
5) A que
taxa de juros devo aplicar um certo capital, a fim de obter o dobro de seu
valor, ao final de dez meses?
Observação: como o prazo é ao mês, a taxa será mensal. |
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Tela 37 |
6) Qual será o rendimento e o montante de um capital de R$ 3.700,00 aplicado a uma taxa de juros de 12% ao ano, ao final de 6 meses?
1º passo – transformar o prazo mensal em uma fração anual, aplicando-se regra de três simples: Importante: A transformação de taxas de juros compostos não pode ser efetuada mediante a aplicação de regra de três simples, mas pelo conceito de taxas equivalentes, que será visto num capítulo mais adiante. Assim, até que seja aprendido este conceito, devemos transformar o prazo da operação na unidade de tempo da taxa.
x = 6 x 1 = 0,5 anos 2º passo – após transformar a taxa poderemos, então, aplicar as fórmulas:
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Tela 38 |
| 3 - Utilizando o Excel 1. Abra uma pasta nova que depois poderá ser arquivada com o nome de Juros Compostos.
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Tela 39 |
As figuras abaixo representam as planilhas construídas mediante os procedimentos descritos acima:
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Tela 40 |
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Utilizando a HP12C Vamos pegar o exemplo abaixo para entendermos a resolução utilizando a calculadora financeira HP12C. A Lepipopi Computers S.A. possui R$ 120.000 disponível em conta corrente e não deseja deixa-lo parado. O diretor financeiro explicou ao seu gerente que não precisará utilizar os recursos durante os próximos 3 meses. O seu gerente de banco, conhecendo a situação, oferece uma aplicação para este período com juros de 1%a.m. capitalizados mensalmente. Utilizando-se a formula de juros compostos chega-se a conclusão que a empresa terá R$ 123.636,12 ao final de 3 meses. Utilizando
a fórmula estudada chegaremos ao valor da seguinte forma: E como fazemos
para resolver via HP12C ? |
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Tela 41 |
| Para tanto deve-se proceder da seguinte maneira: 1º passo – Zerar a máquina
Para tanto é necessário teclar 2º passo – Informar o período da 1ª capitalização Agora,
é necessário teclar 3º
passo – Introduzir os dados informados
4º passo – Achar o valor que se deseja
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Tela 42 |
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A
utilização da HP12C facilita a resolução
de quaisquer problemas e não só o cálculo do Valor
Futuro. Na falta de apenas um dos elementos, seja o prazo ou a taxa
ou o valor presente, mas possuindo todas as outras informações,
a calculadora possibilita o cálculo.
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Tela 43 |
Resumo
Verificamos neste capítulo que, diferentemente do que ocorre no Regime de Capitalização Simples (RCS), no qual os juros incidem sempre sobre o valor inicial, nas operações realizadas sob o Regime de Capitalização Composto (RCC) as taxas são aplicadas sobre o valor inicial mais os juros recebidos em períodos anteriores, gerando o chamado “juros sobre juros”, que se apresenta crescente durante todo o período da operação. Dada essa característica, em problemas em que a taxa não coincidir com o prazo, até que tenhamos trabalhado a metodologia de transformação da taxa, devemos adequar o prazo, nos utilizando de regra de três simples, para poder solucionar o problema. Em questões que envolvam a determinação do prazo e dos juros da operação, devemos fazer uso dos conceitos de logaritmo, para o prazo, e de radiciação, para taxas, ambos abordados no módulo “Revisão de Matemática”. As fórmulas
de cálculo para o RCC, bem como a descrição das
variáveis utilizadas estão relacionadas a seguir:
Onde:
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| Unidade 1 | Módulo 4 | Tela 44 |
| 1
- Capitalização
Podemos definir capitalização como o processo que visa acrescentar juros a um determinado capital, levando-o a uma data futura. No exemplo que serviu como base para a análise do RCC, vimos que um capital de R$ 1.000,00, aplicado a 2% ao mês, resulta num montante de R$ 1.020,00 ao final do primeiro mês, R$ 1.040,40 no segundo mês e R$ 1.061,21 ao final de três meses. Demonstrando a operação em um fluxo de caixa, têm-se:
Para encontrarmos o montante ao final de cada período aplicamos a equação FV=PVx(1+i)n onde “n” irá representar o número de períodos que acrescentaremos juros ao capital ou, sob outro ponto de vista, a data futura para qual queremos levar nosso valor presente. A equação FV=PVx(1+i)n revela que ao multiplicarmos o valor presente (PV) por (1+i)n, encontraremos o valor futuro (FV). A expressão (1+i)n, denominada de Fator de Capitalização Composto (FCC), serve para acrescentar juros a um valor presente (PV) pelo número de períodos indicados em “n”. Assim, a partir do fluxo acima, se desejarmos saber qual o valor futuro de R$ 1.000,00 no mês “1”, basta capitalizarmos este valor por um período:
Para efetuarmos a capitalização no RCS utilizamos os mesmos procedimentos do RCC, modificando apenas a fórmula. Neste caso, para o cálculo do FV aplicamos a equação FV=PV (1+i x n), onde (1+i x n) representa o fator de capitalização, ou melhor, o Fator de capitalização Simples (FCS), por estarmos utilizando o RCS no cálculo. É importante notarmos que o valor futuro (FV) é sempre maior que o valor presente (PV), dado FV representar a soma de PV e dos juros (J). |
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Tela 45 |
| 2
- Descapitalização
Processo inverso ao da capitalização, consiste em mover um determinado valor que ocorrerá em uma data futura, para uma data anterior à sua ocorrência. Para efetuarmos a descapitalização, devemos retirar os juros embutidos no valor futuro (FV), a fim de determinar seu valor presente (PV), conforme demonstrado no fluxo de caixa abaixo:
Em termos matemáticos, conforme visto anteriormente, dado que: FV = PV x (1+i)n Se resolvermos essa equação para PV, teremos: PV=FV x 1/(1+i)n A equação acima revela que ao multiplicarmos o valor futuro (FV) por 1/(1+i)n encontraremos o valor presente (PV). A expressão 1/(1+i)n, denominada de Fator de Descapitalização Composto (FDC), serve para retirar os juros embutidos no valor futuro (FV) pelo número de períodos indicados em “n”. Assim, a partir do fluxo acima, se desejarmos saber qual o valor presente de R$ 1.061,21 no mês “2” , basta descapitalizarmos este valor por um período: PV=FVx1/(1+i)n
Caso desejássemos calcular o valor dos R$ 1.061,21 no momento zero, consideraríamos n = 3 e, ao aplicarmos a equação acima, encontraríamos R$ 1.000,00. Para efetuarmos a descapitalização no RCS efetuamos os mesmos procedimentos utilizados para o RCC. Neste caso, o cálculo do PV é efetuado mediante o uso da equação PV = FV x 1 / (1+i x n), demonstrada no módulo anterior, onde 1 / (1+i x n) é denominado Fator de Descapitalização Simples (FDS). |
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Tela 46 |
| Resolvendo
uma questão pendente
Quando iniciamos a abordagem dos conceitos básicos de matemática financeira, lançamos aos alunos a seguinte questão: o que você prefere receber R$ 1.000,00 hoje ou R$ 1.200,00 daqui a um ano? Lembre-se que, nesta questão, não consideramos a necessidade de recursos, mas o que seria preferível financeiramente, ou seja, o que seria mais vantajoso. Embora tivéssemos um indicativo de que a resposta mais racional estaria relacionada à taxa de juros, não tínhamos até o momento os fundamentos necessários para a solução do problema. Agora, conhecendo os conceitos de capitalização e descapitalização, poderemos analisar o problema e chegar a uma resposta racional. Para tanto, vamos considerar que a taxa de juros oferecida pelo mercado seja igual a 30% ao ano. A partir desta taxa poderemos, então, mover os R$ 1.200,00 oferecidos para o final de um ano, utilizando-nos do conceito de descapitalização e comparar com os R$ 1.000,00 oferecidos hoje:
Como vimos anteriormente, o valor presente (PV) de um determinado valor futuro (FV) é calculado pelas seguintes equações, a depender do regime de capitalização utilizado: RCS => PV=FV x 1/(1+i x n) => PV=1.200
x 1/(1+0,30 x 1) = 923,08 No exemplo, dado que o valor de R$ 1.200,00 ocorre daqui a apenas um período, tanto no RCS, quanto no RCC, o valor de R$ 1.200,00 (daqui a um ano) é igual a R$ 923,08 hoje.
Após a descapitalização, podemos
mudar a pergunta do problema para: o que você preferiria receber
hoje: R$ 923,08 (que corresponde a R$ 1.200,00 no futuro) ou R$ 1.000,00?
e a resposta, neste caso, seria imediata. |
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Tela 47 |
Embora tenhamos resolvido o problema mediante a descapitalização dos R$ 1.200,00, poderíamos resolvê-lo, caso quiséssemos, capitalizando os R$ 1.000,00 de hoje, para daqui a um ano, aplicando a taxa de 30%, conforme abaixo: RCS
=> FV=PV x (1+i x n) => FV=1.000 x (1+0,30 x 1)=1.300,00 Neste caso, o raciocínio seria baseado na observação de que, ao receber os R$ 1.000,00 hoje você poderia aplicá-lo e, após um ano, dada a taxa de 30% a.a., oferecida pelo mercado, retirar R$ 1.300,00, o que seria preferível, tendo em vista que a segunda opção promete somente R$ 1.200,00 ao fim deste prazo. A partir desse problema, relativamente simples, podemos concluir que, devido ao efeito das taxas de juros ao longo do tempo, dois valores só poderão ser efetivamente comparáveis se ocorrerem numa mesma data. Então, para comparar valores que ocorrem em momentos distintos, a fim de tomar uma decisão quanto ao que seria mais vantajoso receber, devemos nos utilizar do processo de capitalização, que acrescenta juros a um determinado valor, levando-o a uma data futura, ou descapitalização, que consiste em retirar os juros embutidos em um valor futuro, trazendo-o a uma data anterior à sua ocorrência. Colocando
os valores em uma mesma data, a escolha entre os dois torna-se imediata,
tendo em vista que, racionalmente, optaremos pelo menor valor, caso tenhamos
que pagá-lo e pelo maior valor, no caso deste representar um recebimento.
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Tela 48 |
Equivalência de Capitais ou Financeira Dois ou mais capitais, representativos de certa data dizem-se equivalentes quando, a certa taxa de juros, produzem resultados iguais numa data comum. Vamos retornar à questão de receber R$ 1.000,00 hoje ou R$ 1.200,00 daqui a um ano supondo que a taxa de juros oferecida pelo mercado seja de 20% ao ano. Utilizando-nos do processo de CAPITALIZAÇÃO, podemos obter o valor de R$ 1.000,00, que ocorre hoje, para daqui a um ano, ou, mediante o uso da DESCAPITALIZAÇÃO, calcular o valor de R$ 1.200,00, que ocorrerá somente daqui a um ano, para a data atual, aplicando os procedimentos aprendidos no início do módulo, assim:
Conforme podemos verificar na figura acima, R$ 1.000,00 capitalizados por um ano, a uma taxa de 20%, correspondem a R$ 1.200,00 daqui a um ano, ou seja: RCS
=> FV=PV(1+i x n) => FV=1.000 x (1+0,20 x 1) = 1.200,00 Da mesma forma, R$ 1.200,00 daqui a um ano, descapitalizados a 20%, são iguais a R$ 1.000,00 hoje. RCS
=> PV=FVx1/(1+i x n) => PV=1.200 x 1/(1+0,20 x 1) = 1.000,00
RCC => PV=FV x 1/(1+i)n => PV=1.200 x 1/(1+0,20) = 1.000,00 Dessa maneira, podemos concluir que, a uma taxa de juros de 20% ao ano, R$ 1.000,00 hoje equivale a R$ 1.200,00 daqui a um ano, dado que, para uma mesma data, produzem resultados iguais. Neste caso, desconsiderando qualquer outro fator que pudesse interferir na decisão de receber os recursos hoje ou daqui a um ano, ou seja, considerando apenas o valor do dinheiro no tempo e a taxa de juros do mercado, a pessoa ficaria indiferente em receber R$ 1.000,00 hoje ou R$ 1.200,00 daqui a um ano, dado que, para uma mesma data, estes valores se equivalem. |
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Tela 49 |
| Problemas
envolvendo mais de um fluxo de caixa
Questões de equivalência de capitais que envolvem mais de um fluxo de caixa não possuem uma fórmula genérica para a solução, que depende da quantidade e periodicidade dos fluxos envolvidos no problema. Embora essa característica, aparentemente, possa sugerir grandes dificuldades ao aluno, devemos ter em mente que todas as questões poderão ser resolvidas mediante a aplicação dos processos de capitalização e descapitalização, de acordo com cada enunciado. Por exemplo, vamos supor que uma empresa tenha que fazer dois pagamentos a um banco, decorrentes de uma dívida contraída anteriormente, sendo: um pagamento no valor de R$ 20.000,00 para daqui a um mês e outro no valor de R$ 10.000,00 para daqui a dois meses. Prevendo dificuldades em cumprir com sua obrigação, a empresa solicita ao banco a substituição dos pagamentos originais do contrato por três parcelas iguais e sucessivas, a primeira ocorrendo daqui a três meses. Considerando
que a taxa de juros cobrada pela instituição financeira
é de 3% ao mês e, levando-se em consideração
que esta taxa não será modificada no novo contrato, qual
o valor das parcelas a serem pagas, em substituição ao contrato
original? Primeiramente vamos construir o fluxo de caixa representativo do problema que, neste tipo de questão, é muito importante para visualizarmos os procedimentos de cálculo:
Dado
que o problema se constitui numa substituição da dívida
original pela proposta da empresa, podemos inferir que, independente do
momento em que ocorrerão os fluxos de caixa, o conjunto de pagamentos
da divida original deve ser equivalente ao conjunto de pagamentos da proposta,
ou seja, a uma data comum, os fluxos, originais e propostos, deverão
produzir o mesmo capital. Então, dando continuidade à solução do problema, vamos eleger as datas focais “0” e “6” para desenvolver a resposta, primeiramente com base no RCC. |
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Tela 50 |
Resolvendo para a data focal “0” – RCC
Elegendo a data focal “0” para a solução do problema, estamos assumindo que, nesta data, o conjunto de fluxos originais será equivalente ao conjunto de fluxos da proposta, então: Dívida Original (descapitalizada para "0") = Proposta (descapitalizada para "0")
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Tela 51 |
| Resolvendo
para a data focal “6” – RCC
Elegendo a data focal “6” para a solução do problema, estamos assumindo que, nesta data, o conjunto de fluxos originais será equivalente ao conjunto de fluxos da proposta, então:
Resolvendo o problema:
O resultado obtido para a data focal “6” é o mesmo encontrado para a data focal “0” e revela que os pagamentos da proposta deverão ser de R$ 10.818,02. O conjunto destes pagamentos, no momento “6”, é igual ao conjunto de pagamentos da dívida original, conforme pode ser verificado no fluxo de caixa abaixo:
A figura acima mostra que o valor capitalizado de qualquer um dos fluxos de caixa, original e proposto, são equivalentes a R$ 34.440,57, no momento “6”. Podemos concluir, então, que independente da data focal escolhida para a solução do problema, no RCC, o resultado será sempre o mesmo. Embora essa afirmação seja verdadeira para o RCC, conforme veremos a seguir, a mesma não se aplica para o RCS. |
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Tela 52 |
| Resolvendo
para a data focal “0” – RCS Baseados no mesmo raciocínio aplicado para o RCC, teremos:
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Tela 53 |
Resolvendo
para a data focal “6” – RCS
Com base nas respostas encontradas para o RCS, podemos verificar que, caso a data focal escolhida seja igual a “0” , as parcelas deverão ser no valor de R$ 10.766,05 e, se optarmos pela escolha da data “6”, as prestações passam para R$ 10.754,72, evidenciando que, a depender do momento escolhido como data focal, as respostas irão variar. Este problema decorre da característica do RCS que produz juros proporcionais ao prazo da operação e que, quando fracionados, geram resultados diferentes. Se analisarmos pelo lado do credor do exemplo, este deverá sugerir a data focal “0”, dado que as parcelas que irá receber serão maiores (R$ 10.766,05). No entanto, para o devedor, a melhor escolha será a data focal “6”, por propiciar um valor menor (R$ 10.754,72). Dada esta característica, fica prejudicado o posicionamento da matemática financeira em problemas envolvendo equivalência de capitais a juros simples. Na prática, a solução deste tipo de questão é resolvida mediante a adoção do RCC, que fornece uma única resposta, para qualquer data focal escolhida. Em nosso curso, iremos dar ênfase às soluções que envolvam o RCC, embora seja importante ao aluno conhecer os problemas gerados pelo RCS. |
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Tela 54 |
| 3
- Equivalência de Capitais – Exercícios Resolvidos: 1) Uma empresa deve pagar R$ 8.500,00 daqui a três anos. Considerando uma taxa de juros de 3,5% ao ano, quanto deverá desembolsar se desejar liquidar sua dívida daqui a um ano? Fluxo de Caixa
Solução: o valor a pagar daqui a um ano corresponde aos R$ 8.500,00 descapitalizados por dois períodos. PV1=8.500/(1+0,035)2 = 7.934,84 Interpretação: Os R$ 7.934,84 daqui a um ano são equivalentes a R$ 8.500,00 daqui a três anos.
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Tela 55 |
| 2) Uma empresa
possui uma dívida composta de três pagamentos no valor de R$
1.500,00, R$ 2.000,00 e R$ 2.500,00, vencíveis em 30, 60 e 90 dias,
respectivamente. Sabendo-se que a taxa de juros cobrada pelo credor é
de 2,5% ao mês, quanto deverá ser pago hoje para liquidar a
dívida?
Fluxo de Caixa:
Observação:
o prazo das parcelas foi transformado para meses, tendo em vista o prazo
da taxa.
Interpretando
a resposta: a empresa deverá pagar, na data de hoje, R$ 5.688,54,
que é o capital equivalente as três parcelas da dívida
original. |
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Tela 56 |
| 3) Uma pessoa
irá precisar de R$ 1.000,00 daqui a três meses e de R$ 2.200,00
daqui a seis meses. Considerando que um banco oferece 1,5% ao mês
para uma determinada opção de investimento, quanto esta pessoa
deverá depositar hoje para ter os valores de que necessitará?
Fluxo de Caixa:
Solução: O depósito
que será efetuado hoje deverá ser equivalente à soma
dos R$ 1.000,00 daqui a três meses e dos R$ 2.200,00 daqui a seis
meses, então: PV = 1.000/(1+0,015)3 + 2.200/(1+0,015)6 = 2.968,31
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Tela 57 |
| 4
- Usando o Excel Devido àinfinidade de problemas que podem envolver o conceito de equivalência de capitais, torna-se praticamente impossível a construção de uma planilha única que sirva a todas as questões do gênero. Nesse sentido, o aluno deve estar ciente de que a solução de problemas que envolvem esse assunto compreende nada mais do que o uso das fórmulas de valor presente e de valor futuro, aprendidas no módulo anterior, que servem em última análise, para capitalizar e descapitalizar valores ao longo do tempo. Não obstante estas dificuldades desenvolverão a seguir uma planilha exemplo que servirá para o cálculo do valor presente de uma série de fluxos de caixa com até doze fluxos. Lembramos que o conceito de “valor presente” se refere ao valor de determinado fluxo em uma data focal determinada que, não necessariamente, será a data atual ou zero, mas a data escolhida para a análise dos valores. Aconselhamos,
ainda, que na solução de problemas envolvendo equivalência
de capitais, o aluno construa o fluxo de caixa representativo da questão,
a fim de facilitar o desenvolvimento dos procedimentos de cálculo.
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Tela 58 |
| Para construir
a Planilha Exemplo siga as indicações:
3. No intervalo B4:B6, digite os títulos “Taxa”,
“Data Focal” e “Valor Presente”; 7. Na célula D9 encreva “Descapitalização”; =SE(B10<$C$5;C10/(1+$C$4)^(B10-$C$5);C10*(1+$C$4)^($C$5-B10)) A condição acima estabelece que:
11. Com o cursor na célula D10 selecione EDITAR,
COPIAR; A figura abaixo representa a planilha construída mediante os procedimentos descritos acima:
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Tela 59 |
| Resumo
A CAPITALIZAÇÃO e a DESCAPITALIZAÇÃO de valores ao longo do tempo são de fundamental importância para a solução de problemas envolvendo a matemática financeira. Como capitalização, podemos entender o processo que visa calcular o valor de uma determinada quantia de dinheiro em uma data futura, mediante o acréscimo de juros. De maneira inversa, a descapitalização consiste em retirar os juros embutidos em valores que ocorrerão no futuro, visando trazê-lo a uma data anterior a sua ocorrência. Esses procedimentos possibilitam a comparação de valores que ocorrem em momentos distintos no tempo, sem os quais se torna inviável sua comparação. Ao acrescentarmos o conceito de equivalência de
capitais, também chamada de equivalência financeira, sintetizamos
os fundamentos básicos da disciplina, que servem para atinjir seu
principal objetivo: o estudo do valor do dinheiro ao longo do tempo.
Capitalização: RCC => FV=PVx(1+i)n Descapitalização: RCC
=> PV=FVx1/(1+i)n |
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