| Unidade 1 | Módulo 1 | Tela 1 |
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1 - Conceitos de Pesquisa de Marketing O termo Pesquisa de Mercado quer dizer o estudo de uma situação do mercado por meio da qual vamos além da informação simples que chega à empresa rotineiramente. A American Marketing Association - AMA, em 1988, definiu pesquisa de marketing da seguinte forma:
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Conceitos de Pesquisa de Marketing segundo o autor Fauze Mattar:
A definição da AMA foca os objetivos da pesquisa mercadológica, ao passo que a definição de MATTAR além de apresentar os objetivos da pesquisa, também apresenta a forma de se fazê-la, esclarecendo que não se trata apenas de uma simples coleta, mas de uma investigação sistemática, controlada, empírica e crítica de dados. Entender o rigor demandado de uma pesquisa de marketing é um dos primeiros passos para se fazer pesquisa. |
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Tela 3 |
| 2 - Classificação das Pesquisas Mercadológicas As principais
classificações das pesquisas mercadológicas são
as seguintes: |
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| John Naisbitt, em seu livro Megatrends (2000), sinaliza para os dez movimentos, que irão afetar os negócios. Esses movimentos precisam ser considerados nas pesquisas de marketing para se avaliar o estágio em que se encontram e as influências que eles possam ter para a área de marketing. |
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Tela 5 |
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- A Importância da Pesquisa Mercadológica |
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Tela 6 |
| Em um mercado cada vez mais turbulento e mutável, a pesquisa de marketing permite que a empresa se mantenha atenta à realidade. É fundamental definir com clareza a realidade de mercado para que a empresa ajuste seus planos a ela.
Mais do que contratar pesquisas, é preciso fazer as perguntas certas no momento certo e estabelecer com a maior objetividade possível, os rumos dos planos de mercado em função das respostas que ela fornecerá. Raimar Richers, um dos maiores autores brasileiros na área de marketing, alerta para o fato de que “a mudança de valores sociais e de hábitos de consumo pode derrubar um projeto, mesmo que fortemente entrincheirado no mercado”. Isso significa que, se a empresa quer se manter no mercado, ela precisa pesquisar e acompanhar o comportamento dos consumidores, seus hábitos e mudanças de valores. |
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Tela 7 |
| A
Preparação para uma Pesquisa de Mercado O segundo
passo do processo de pesquisa é a identificação
das fontes que dispõem da informação necessária,
dos métodos a serem usados e do tempo disponível para
a realização da pesquisa que pode ser feita utilizando-se
fontes
primárias e
secundárias, cada uma com suas vantagens e limitações.
Os métodos a serem usados vão desde os qualitativos como
o focus group e as entrevistas em profundidade até o
tradicional survey,
que é o método quantitativo por excelência. O quarto passo refere-se ao detalhamento da pesquisa. Se for uma pesquisa de gabinete (levantamento de dados secundários) é preciso definir quais serão as informações a serem buscadas, onde elas podem ser encontradas e em que formatos estarão disponíveis, para avaliar a necessidade de mudança na forma como as informações são apresentadas. Se for uma pesquisa de campo, a primeira decisão é se será qualitativa ou quantitativa. Os critérios para a escolha entre os dois métodos de pesquisa serão estudados no módulo “Mensuração de demanda de mercado”. |
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Tela 8 |
| Além da decisão quanto ao método, é necessário decidir pelo tipo de pesquisa, sobretudo se for qualitativa, pois esta apresenta diferentes formatos (estudo de caso, etnografia, técnica Delphi, sociometria, entrevista em profundidade, focus group interview, análise de conteúdo, pesquisa-ação, técnicas projetivas e observação participante). Se a empresa optar pela quantitativa, neste quarto passo deverá ser definido:
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Tela 9 |
| Resumo |
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| Unidade 1 | Módulo 2 | Tela 10 |
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- Pesquisa e Diagnóstico Organizacional
As pesquisas que as empresas necessitam realizar nem sempre são relativas apenas ao mercado. Cada vez mais elas demandam também pesquisas internas, comumente chamadas de organizacionais. Essas pesquisas são realizadas com o público interno da organização ou com o misto (colaboradores e seus familiares, fornecedores, acionistas e terceirizados). Em muitos casos, as de opinião são realizadas em parceria entre a área de marketing ou de comunicação e a de gestão de pessoas. Também é bastante comum que essas pesquisas sejam sugeridas e realizadas por consultorias que estejam desenvolvendo trabalhos para a empresa. |
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Tela 11 |
| Cada vez mais, as organizações modernas buscam um redesenho interno que responda às constantes mudanças do cenário e que não são exclusivas de nenhuma categoria organizacional em particular. Esse processo requer o conhecimento da mesma, que geralmente é obtido tomando-se por base um diagnóstico que permite a implementação dos novos modelos de gestão, novas estruturas internas, melhorias nos processos de trabalho e revisão dos fluxos de comunicação. Para realizar as pesquisas organizacionais, entretanto, é preciso conhecer algumas teorias e estratégias metodológicas. O desafio que é posto às organizações é o da elaboração de ações eficazes no exercício diário do confronto com situações críticas que prejudicam o crescimento e o bem-estar organizacional. Assim como acontece em relação ao mercado, para que essas ações internas sejam mais acertadas e eficazes, é fundamental que sejam planejadas com base em resultados de pesquisa. As pesquisas internas compreendem a investigação de variáveis contextuais, organizacionais e individuais que se caracterizam por seu aspecto eminentemente aplicado, pois não se realizam apenas por “curiosidade”, mas pela necessidade de colher informações que subsidiem diferentes tipos de intervenção. |
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Tela 12 |
| Em consequência, as pesquisas são ferramentas que permitem aos administradores desenvolver ações estratégicas com vistas ao aperfeiçoamento da prática e o cumprimento das funções de gestão de pessoas:
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Tela 13 |
| As pesquisas organizacionais têm vários motivos para serem realizadas. Muitas empresas as realizam apenas quando surgem problemas como a insatisfação dos funcionários ou uma fusão com outra empresa que acaba afetando a cultura organizacional. Outras organizações optam por realizar pesquisas internas de maneira mais sistemática, com a finalidade de acompanhar o clima e cultura organizacional. Esta segunda opção permite que a organização atue de forma mais pró-ativa em relação aos possíveis problemas e conflitos internos que possam ser gerados. Já existe uma conscientização por parte dos administradores em relação ao monitoramento do mercado, porém poucos estão conscientes da sua necessidade nas questões internas. |
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Tela 14 |
| Os objetivos mais comuns das pesquisas organizacionais
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Tela 15 |
| De acordo com o objetivo da pesquisa, os temas podem variar bastante. Na verdade, uma mesma pesquisa interna pode trabalhar com dois ou três temas distintos de cuja definição surgem as variáveis (ou aspectos) que serão mensurados durante a sua realização. Assim, como acontece com a pesquisa de mercado, é fundamental que esses aspectos sejam levantados no momento do seu planejamento, pois deles irão derivar as perguntas que serão feitas ou o roteiro que será utilizado nos casos de coleta de dados por observação. Os
aspectos geralmente investigados nas pesquisas organizacionais são:
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Tela 16 |
| As pesquisas organizacionais podem ocorrer em três níveis de análise: a organização, os grupos e os indivíduos. Para investigar cada um deles serão escolhidas técnicas distintas. Assim, é comum que as pesquisas internas mesclem mais de uma técnica, pois em geral as informações a serem colhidas são de naturezas distintas. As técnicas
de pesquisa são escolhidas em função tanto do seu
objetivo como do prazo definido para a mesma. Em alguns casos, questões
relativas ao custo também são determinantes na escolha
daquela(s) que será(ão) empregada(s).
Adaptado
de Oliveira (1997)
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Tela 17 |
| O survey (aplicação de questionários estruturados) é provavelmente a técnica mais comum quando se trata de pesquisa de clima organizacional. Porém, independente da técnica escolhida, após a fase inicial de planejamento, o seu desenvolvimento contemplará no mínimo três estágios: coleta, tabulação e análise de dados (quantitativa e qualitativa) e elaboração do relatório final. A análise de resultados da pesquisa de clima organizacional deve ser efetuada por segmento e consolidada, contemplando os pontos fortes e os fracos, que em geral constituem espaços para crescimento no âmbito da organização. |
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Tela 18 |
| 2 - Pesquisa de Clima Organizacional Entre as pesquisas internas, a de clima organizacional é a mais comum e a que tem aspectos metodológicos mais desenvolvidos. A pesquisa de clima é uma importante ferramenta para os gestores, pois permite mapear e analisar a situação em que a empresa está e utilizar essas informações como base para ações corretivas e preventivas, visando proporcionar a análise do ambiente interno da organização, bem como o conjunto de condições que caracterizam o estado de satisfação e/ou insatisfação dos colaboradores na empresa e das demais pessoas que com eles interagem. A pesquisa de clima organizacional acompanha o estado de satisfação e comprometimento dos colaboradores com a organização, permitindo que os gestores tracem estratégias e ações direcionadas ao crescimento e ao desenvolvimento das pessoas e ao aumento da produtividade e qualidade. Em outras palavras, esse tipo de pesquisa é fundamental para que a área de recursos humanos possa atuar de maneira eficaz e gerar resultados para a organização. |
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Tela 19 |
| A pesquisa de clima organizacional permite identificar o grau de alinhamento entre a cultura definida pela organização e as ações realizadas no dia a dia. Assim, busca retratar o estado de satisfação dos colaboradores em relação a itens como:
De maneira sucinta, pode-se definir que o objetivo principal da pesquisa de clima organizacional para qualquer empresa é fornecer subsídios para o planejamento e implementação de ações que permitam maximizar, cada vez mais, as relações com os colaboradores oferecendo condições de trabalho adequadas, proporcionando oportunidades de desenvolvimento e estabelecendo um ótimo ambiente de trabalho, contribuindo para o alcance dos objetivos definidos pela direção. |
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Tela 20 |
| As principais contribuições das pesquisas de clima organizacional
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Tela 21 |
| Em geral,
a demanda para a realização da pesquisa de clima organizacional
decorre do desenvolvimento do planejamento estratégico da empresa
ou de uma situação (problema) vivenciada pela organização
e que possa estar afetando o moral de seus colaboradores.
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Tela 22 |
| Não
existe um padrão para a realização de pesquisas
de clima organizacional. Para cada empresa, haverá um questionário
adaptado à sua realidade, à linguagem e à cultura
de seus funcionários. Mas duas dicas podem ser importantes para
a sua operacionalização. |
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Tela 23 |
| 3 - Pesquisa de Cultura Organizacional A cultura organizacional compreende um conjunto de propriedades do ambiente de trabalho, percebidas pelos colaboradores, constituindo-se numa das forças importantes que influenciam o comportamento. É fundamental pesquisá-la e mapeá-la com constância para permitir não a sua mudança (pois cultura não é algo que os gestores consigam mudar de acordo com as suas demandas ou necessidades), mas a sua compreensão e a sua administração. Na verdade, o processo de mudança organizacional é difícil, exigindo cuidado e tempo. O foco da mudança deve estar nas restrições organizacionais que operam sobre as pessoas e não em mudá-las. A cultura
é um atributo intrínseco das organizações.
Ela compreende, além das normas formais, também o conjunto
de regras não escritas, que condicionam as atitudes tomadas pelas
pessoas dentro da organização.
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Tela 24 |
| As normas são padrões ou regras de conduta aos quais os membros da organização normalmente se “enquadram”. Costumam ser obedecidas sem muitos questionamentos. Podem ser explícitas (manuais, estatutos, regulamentos) – às quais se adaptam conscientemente – ou podem ser implícitas – como aquelas regras de conduta com as quais as pessoas se conformam, mas não têm consciência. Normas e valores se interrelacionam. Os valores podem estar refletidos nas normas, mas pressupõem se são boas ou ruins, uma vez que há avaliação. O sistema de valores da organização se constitui do conjunto daquilo que a força de trabalho julga positivo ou negativo numa organização e é um dos aspectos fundamentais a serem contemplados em uma pesquisa de cultura organizacional. Outro aspecto imprescindível de ser investigado quando se quer conhecer a cultura de determinada instituição é o sistema de recompensas que reflete os seus valores e o seu estilo gerencial. As pessoas se comportam em função daquilo que recebem de recompensa ou reforço. É importante pensar na questão da justiça ao se preparar um sistema como este. A pesquisa deve investigar em que medida o sistema de recompensas está conseguindo ponderar incentivo aos mais dedicados com estímulo aos mais fracos. |
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Tela 25 |
| Finalmente, conhecer as estruturas de poder e a forma como ele é exercido dentro das organizações é uma importante pista para o delineamento da cultura organizacional. Nas instituições, há o poder formal (poder de direito) e o poder informal (poder de fato). Questões importantes para mapear poder nas organizações
O entendimento dos elementos da cultura da organização é o ponto de partida para a pesquisa da cultura organizacional, que é uma ferramenta necessária no estabelecimento do diagnóstico organizacional. |
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Tela 26 |
| Uma importante consideração a se fazer refere-se à diferenciação conceitual entre clima e cultura organizacionais. Embora esses conceitos sejam teoricamente complementares e empiricamente interdependentes, o clima organizacional refere-se ao ambiente interno existente entre os participantes da empresa; e a cultura, por sua vez, é formada a partir dos valores dos fundadores e das soluções relativas à sobrevivência, à manutenção e ao crescimento da organização, que surgem como resposta às exigências do ambiente externo. A pesquisa de clima organizacional mensura o grau de motivação dos participantes, ao passo que a pesquisa de cultura investiga os valores e as crenças que influenciam o comportamento. Como esses conceitos estão intimamente relacionados, as de clima acabam por fornecer algumas importantes informações sobre a cultura organizacional e vice-versa. Porém, não se pode confundir um tipo de pesquisa com outro, pois o clima não aponta os modos institucionalizados de agir e pensar, ele apenas mapeia o ambiente interno que varia de acordo com a motivação dos agentes. Já a pesquisa da cultura organizacional é mais complexa, o que em geral exige que ela utilize não só técnicas quantitativas, mas, sobretudo, técnicas qualitativas como a sociometria, a etnografia, o focus group interview e as entrevistas em profundidade. |
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Tela 27 |
| Resumo As pesquisas que as empresas necessitam realizar nem sempre são relativas apenas ao mercado. Cada vez mais as empresas demandam também pesquisas internas comumente chamadas de organizacionais. Essas são realizadas com o público interno da organização ou com o misto (colaboradores e seus familiares, fornecedores, acionistas e terceirizados). Para realizar as pesquisas organizacionais, entretanto, é preciso conhecer algumas teorias e estratégias metodológicas. O desafio que é posto às organizações é o da elaboração de ações eficazes no exercício diário do confronto com situações críticas que prejudicam o crescimento e o bem-estar organizacional. Assim como acontece em relação ao mercado, para que essas ações internas sejam mais acertadas e eficazes, é fundamental que sejam planejadas com base em resultados de pesquisa. As pesquisas internas compreendem a investigação de variáveis contextuais, organizacionais e individuais. Elas se caracterizam por seu caráter eminentemente aplicado e têm vários motivos para serem realizadas. Muitas empresas realizam pesquisas internas apenas quando surgem problemas como a insatisfação dos funcionários ou uma fusão com outra empresa e que acaba afetando a cultura organizacional. Outras organizações optam por realizar pesquisas internas de maneira mais sistemática, com a finalidade de acompanhar constantemente o clima e a cultura organizacionais, o que permite que se atue de forma pró-ativa em relação aos possíveis problemas e conflitos internos que possam ser gerados. As pesquisas organizacionais podem ocorrer em três níveis de análise: a organização, os grupos e os indivíduos. Para investigar cada um deles serão escolhidas técnicas distintas. O survey é provavelmente a técnica mais comum quando se trata de pesquisa de clima organizacional. |
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Tela 28 |
| Entre as
pesquisas internas, a de clima organizacional é a mais comum
e a que tem aspectos metodológicos mais desenvolvidos. A pesquisa
de clima é uma importante ferramenta para os gestores, pois ela
permite mapear e analisar a situação em que a empresa
está e utilizar essas informações como base para
ações corretivas e preventivas. Esse tipo de pesquisa
acompanha o estado de satisfação e comprometimento dos
colaboradores com a organização. Há duas premissas
fundamentais para o seu sucesso: o anonimato e a confidencialidade.
Embora não exista um padrão para a realização
de pesquisas de clima, é aconselhável que todos os funcionários
sejam comunicados antecipadamente sobre a mesma e que se opte por trabalhar
com censo e não com amostra. |
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| Unidade 1 | Módulo 3 | Tela 29 |
| 1 - Etapas de um Processo de Pesquisa de Marketing O processo de pesquisa de marketing precisa ser compreendido como social. Não se trata apenas de coletar alguns dados e analisá-los a fim de tomar decisões mercadológicas. Muitas vezes, as empresas confiam nos resultados da pesquisa para decidir sobre a retirada de uma linha de produtos ou a inserção de outra, sobre a decisão de entrar ou não em determinado mercado e sobre uma gama enorme de investimentos. Portanto, ela não compreende uma simples “enquete”. Deve ser vista como um processo. Fauze Mattar (1997) avalia que o processo de pesquisa é constituído por quatro etapas:
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Tela 30 |
| O reconhecimento e formulação do problema de pesquisa compreende três importantes aspectos:
Na verdade, todo o restante do processo de pesquisa depende desta primeira etapa. Muitas empresas avaliam equivocadamente que esta pode ser dispensável e partem direto para o planejamento das questões de pesquisa e para a escolha do método. Esse, porém, é um erro estratégico que, muitas vezes, implica resultados pouco confiáveis ou incompletos no final do processo. Alguns autores avaliam que a fase de reconhecimento e formulação do problema já é um primeiro passo do planejamento de pesquisa. Contudo, até por efeitos didáticos, essa divisão apresentada por Mattar (1997), na qual o planejamento decorre do reconhecimento e formulação do problema de pesquisa é a mais indicada, pois evita que as empresas deixem de realizar essa etapa tão fundamental para o processo de pesquisa. |
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Tela 31 |
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O planejamento da pesquisa compreende seis aspectos metodológicos:
Na verdade, o planejamento da pesquisa é o momento em que as decisões deverão ser tomadas, tanto as relativas aos métodos como as que indicam quando será possível conhecer seus resultados. É bastante comum que elas sejam divididas em etapas não só para facilitar o seu planejamento, como também para viabilizar a sua execução. |
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Tela 32 |
| A execução da pesquisa constitui a terceira etapa do processo e compreende três importantes momentos:
Finalmente, a comunicação dos resultados é a etapa final na qual ocorre a elaboração e a entrega dos relatórios de pesquisa. Nela há também a preparação e apresentação oral dos resultados. Independente de a pesquisa ter sido realizada por um instituto contratado ou pela equipe interna, é sempre recomendável que os resultados sejam não só escritos, mas também apresentados oralmente para gerar uma discussão na empresa acerca dos mesmos. |
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Tela 33 |
| 2
- O Plano de Pesquisa de Marketing
A demanda por informações é uma constante na vida das empresas. Cada vez mais os gestores necessitam de informações rápidas e confiáveis, atributos nem sempre conciliáveis. Toda pesquisa precisa ser planejada para gerar resultados confiáveis. O aconselhável é que antes de iniciar qualquer pesquisa seja elaborado o Plano de Pesquisa que deve conter, segundo Hague e Jackson (1995), seis aspectos:
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Tela 34 |
| 1
- Decisões a tomar e problemas a serem solucionados
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Tela 35 |
2 - Objetivos da pesquisa Todo projeto de pesquisa deve ter um objetivo definido e explícito que estabeleça o que se quer obter com a pesquisa. Todos os demais aspectos tanto do planejamento como da pesquisa em si mesma irão decorrer dos objetivos estabelecidos. Os objetivos devem ser iniciados por verbo e precisam estar relacionados com a decisão de marketing a ser tomada ou com o problema que precisa de solução. Além disso, os objetivos devem ser concisos e não devem apresentar a lista de informações necessárias (pois esta é a etapa seguinte). Os objetivos podem ser divididos em: objetivo principal (ou objetivo geral) e objetivos secundários (ou objetivos específicos). O objetivo geral compreende o que se pretende alcançar com a realização da pesquisa, ao passo que os objetivos específicos definem aspectos determinados que se pretenda estudar e que contribuem para alcançar o objetivo geral. É fundamental que as perguntas (quer seja dos questionários, quer seja dos roteiros de entrevistas) sejam elaboradas de forma a permitir que os objetivos de pesquisa sejam alcançados. |
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Tela 36 |
3 - Informações necessárias Certo volume de informações será necessário para atingir o objetivo estabelecido. Essas informações também podem contribuir para as decisões que precisam ser tomadas. Nesta fase é que serão estabelecidas as variáveis que serão mensuradas na pesquisa de marketing. Na verdade, não existe uma lista totalmente completa das informações necessárias, pois o limite de recursos e de tempo sempre delimita a quantidade de informações que uma pesquisa pode fornecer. Se o objetivo de pesquisa exigir uma pesquisa muito intensa, com grande quantidade de informações a serem levantadas, uma boa alternativa é trabalhar com um plano de pesquisas dividido em estágios. Por exemplo, pode-se delinear o levantamento de algumas informações secundárias antes de iniciar o trabalho de campo propriamente dito. O importante é que as informações que vão compor a lista das “informações necessárias” sejam consideradas não apenas pelo caráter de “interesse”, mas também pelo caráter de “relevância”, sob pena de se coletar grande quantidade de informações e depois não se saber o que fazer com cada uma delas. |
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Tela 37 |
4 - Níveis de precisão As empresas normalmente solicitam que as pesquisas sejam realizadas com o maior grau de precisão possível. Porém, a precisão, tem um custo e o valor a ser pago aumenta desproporcionalmente quando se quer elevar o nível de precisão das pesquisas. Ocorre que nem sempre é necessário um alto nível de precisão para se atingir o objetivo geral da pesquisa. Além disso, em muitas pesquisas não é possível definir os níveis exatos de precisão, como é o caso das metodologias qualitativas que não oferecem precisão, mas oferecem uma análise mais profunda acerca dos temas pesquisados. Por isso, é fundamental decidir o nível de precisão necessário para depois decidir-se pelos métodos de pesquisa mais adequados. Em geral, quando a pesquisa é feita para conhecer melhor determinado fenômeno de consumo ou comportamento dos clientes internos ou externos, o nível de precisão não é muito relevante. Porém, quando o objetivo é identificar o market share da empresa ou avaliar o percentual de consumidores que migrou para um novo entrante que se estabeleceu no mercado, então, o nível de precisão demandado é mais alto. |
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Tela 38 |
5 - Métodos de pesquisa Os métodos de pesquisa referem-se ao modo de coletar as informações necessárias. Para escolher o melhor método para cada pesquisa, é preciso conhecer as alternativas disponíveis. Há três decisões comuns na escolha do método. A primeira delas se refere à opção por pesquisa primária ou secundária (buscar dados que já foram coletados para outro fim). A segunda decisão refere-se à opção pelos métodos de comunicação ou de observação. Finalmente, a terceira decisão consiste em definir se a pesquisa será quantitativa ou qualitativa. Todos os métodos têm suas vantagens e desvantagens, o grande desafio aqui é conseguir identificar o método mais adequado ao tema a ser investigado, aos objetivos de pesquisa que foram traçados e aos recursos de que a empresa dispõe. Independente do método escolhido, se a empresa optar por coleta de dados primários, deverá tomar algumas decisões relativas à metodologia de pesquisa:
As decisões relativas ao método de pesquisa também precisam considerar se a empresa irá realizar uma pesquisa por conta própria ou se irá contratar um instituto de pesquisa. |
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Tela 39 |
6 - Recursos e Cronograma Estabelecer
o orçamento da pesquisa é fundamental para conseguir aprovação
junto à diretoria das empresas. Para este orçamento é
fundamental considerar os objetivos e os métodos mais adequados
para atingi-los. O ideal é partir dos objetivos de pesquisa para
se delimitar o orçamento, mas, na prática, muitas vezes
as empresas levantam o recurso para, a partir dele, tomar as decisões
do que fazer. Uma questão importante é que o recurso seja
relacionado ao valor de investimento que a empresa pretende fazer, pois
a pesquisa é uma ferramenta fundamental para auxiliar o processo
de decisão para definir se deve ou não investir na área
de marketing. Se a pesquisa for realizada pela própria empresa
é necessário considerar não só os valores
financeiros, mas também os funcionários e os recursos materiais
disponíveis. |
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Tela 40 |
| 3 - Contratar Pesquisa de Marketing ou Realizar Internamente? As empresas tomam decisões a todo o momento e necessitam de informações confiáveis que lhes garantam o necessário suporte nesse processo. As pesquisas de marketing objetivam exatamente isso. Porém, será que as empresas têm condições de realizar pesquisas por conta própria? Será que esta é a melhor decisão a ser tomada? Quando é vantajoso contratar um instituto de pesquisa e quando é melhor realizá-la internamente? Embora não exista uma “receita” que ensine quando optar por contratar um instituto de pesquisa, existem algumas variáveis que auxiliam nessa decisão. Uma das variáveis a serem consideradas é a equipe de marketing de que dispõe a empresa. Existem na
empresa funcionários com conhecimento e experiência em pesquisa
de marketing? Antes de responder que sim ou não, convém
analisar o quadro a seguir, o qual resume os principais conhecimentos
que um profissional deve ter para atuar na área de pesquisa mercadológica.
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Tela 41 |
| É preciso considerar o custo de fazer a própria pesquisa e o custo de contratar, avaliando, inclusive, as atividades que a equipe de marketing deixaria de fazer caso se opte pela sua realização interna. Outra variável importante nesta escolha é a maior credibilidade dos institutos de pesquisa, pois quando eles a conduzem, o pesquisado pode se sentir mais à vontade para responder, uma vez que não está respondendo para pessoas da empresa, sobre as opiniões que ele tem desta. Para desenvolver pesquisas mercadológicas são necessários os seguintes conhecimentos:
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Tela 42 |
| Caso
a empresa opte por contratar um instituto de pesquisa, deverá realizar
reuniões para passar-lhe o briefing, esclarecendo o motivo
da mesma, bem como os seus objetivos. Com base nele, o instituto elabora
uma proposta de pesquisa que deve conter, também, a apresentação
do problema e os objetivos passados pela empresa contratante para formalizar
a proposta e para ficar claro que houve compreensão do que está
sendo solicitado.
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Tela 43 |
| Se a empresa optar pela contratação de um instituto de pesquisa deverá ser rigorosa na análise da proposta apresentada por ele, de forma a verificar se atende ao problema e aos objetivos de pesquisa traçados pela instituição. Só assim o profissional de marketing poderá certificar-se de que o investimento a ser feito na pesquisa trará como retorno informações necessárias e confiáveis que possam auxiliar no processo de tomada de decisão em marketing. |
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Tela 44 |
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Resumo O processo
de pesquisa de marketing precisa ser compreendido como social.
Fauze Mattar (1997) avalia que ele é constituído por quatro
etapas: reconhecimento e formulação do problema; planejamento;
execução; e comunicação dos resultados. Toda pesquisa
para gerar resultados confiáveis precisa ser planejada. O aconselhável
é que antes de iniciar qualquer pesquisa seja elaborado o Plano
que deve conter, segundo Hague e Jackson (1995), seis aspectos: decisões
a tomar e problemas a serem solucionados; objetivos; informações
necessárias; níveis de precisão; métodos;
recursos e cronograma. Caso a empresa opte por contratar um instituto de pesquisa, ela deverá realizar reuniões para passar o briefing para o mesmo, esclarecendo o seu problema, bem como os objetivos da pesquisa que pretende realizar. A proposta de pesquisa deve compreender dez itens fundamentais para que a empresa avalie se deve ou não contratar aquele instituto: apresentação do problema; objetivos; questões e/ou hipóteses; fontes de informação; metodologia - compreendendo população, amostragem, instrumento de coleta de dados, pré-teste, determinação da forma de aplicação, equipe (e treinamento) para aplicação, controles de aplicação, processamento de dados (forma de codificação e de tabulação), análise dos dados (cruzamentos, acumulações e testes); orçamento; cronograma e formato e elementos do relatório final. Se a empresa optar pela contratação de um instituto de pesquisa, deverá ser rigorosa na análise da proposta apresentada, a fim de garantir o necessário retorno do investimento. |
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