Como já
observamos, ao estudarmos a Demonstração do Resultado
do Exercício – DRE, os excedentes das receitas sobre as
despesas recebem diferentes denominações, em função
dos tipos de receitas e despesas consideradas: lucro bruto, lucro operacional,
lucro antes e depois do imposto de renda, lucro líquido.
Assim, também as medidas de lucratividade, denominadas margens,
recebem diferentes denominações, segundo o tipo ou expressão
de lucro a que se referem: margem bruta, margem operacional etc.
É importante assinalar que a expressão dos diferentes
tipos de lucros em unidades monetárias, embora possa causar impacto
(bilhões, milhões), não têm significado primordial
para o analista.
Esses valores brutos só assumem significado relevante quando
confrontados com outros, mais especificamente com os valores das operações
ou dos elementos que possibilitam a ocorrência de lucros.
Por essa razão, o trabalho de análise da lucratividade
se inicia pelo cálculo dos quocientes que relacionam os diversos
tipos de lucro com as vendas, com os ativos ou com o patrimônio
líquido, dependendo do que se pretenda saber quanto à
lucratividade.
Em si, esses indicadores pouco nos revelam. No entanto, confrontados
com os indicadores de outras empresas, do mesmo porte e ramo, permite
saber se nossos custos e despesas são compatíveis como
que se verifica no mercado.
Por outro lado, uma série histórica desses indicadores
pode evidenciar tendências, positivas ou negativas , bem como
os seus fatores determinantes.