Resumo

O risco financeiro, do ponto de vista de quem analisa demonstrações financeiras, deve ser visto como a possibilidade de a organização não conseguir honrar os compromissos financeiros assumidos por força da utilização de capitais de terceiros, ou seja, o pagamento de encargos, em particular os juros acordados com os credores.

Esse risco varia em função do montante dos compromissos financeiros assumidos e dos resultados (lucros) que a entidade tem a possibilidade de obter.

Quanto maior o volume de capitais de terceiros utilizados para maximizar os resultados (e conseqüentemente a taxa de retorno dos proprietários), ou seja, quanto maior o grau de alavancagem financeira, maior o risco financeiro, no sentido já mencionado, face à possibilidade de que fatores conjunturais, como queda no volume de vendas, queda na demanda ou nos preços, aumento de custos, e outros, reduzam a capacidade da organização de honrar compromissos fixos, cuja periodicidade e valor foram previamente estabelecidos.

Assim, o grau de alavancagem financeira pode ser visto como uma medida do risco financeiro, além de um indicador do quanto a entidade está “alavancada”, ou seja, dependente de capitais de terceiros.

No entanto, visto que o pagamento dos encargos financeiros depende essencialmente dos resultados obtidos pela organização, utiliza-se com maior propriedade o índice de cobertura de juros, resultante da divisão do LAJIR pelas despesas financeiras (juros), como indicador do risco financeiro.



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