| Unidade 2 | Módulo 1 | Tela 1 |
| 1 - O computador Em um Sistema Computacional, os elementos que dizem respeito ao equipamento em si são chamados de hardware. Podemos dividir o hardware em três categorias: a Unidade Central de Processamento (também conhecida como CPU - Central Processing Unit), as memórias e os periféricos.
Funcionamento
básico do computador |
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Tela 2 |
| 2
- BIT, BYTES E REPRESENTAÇÃO DE DADOS NO COMPUTADOR O computador usa números binários em lugar de valores decimais. Chamamos de Bit a menor quantidade de informação que pode ser armazenada e processada por um computador. A expressão
Bit é a contração do termo inglês Binary
Digit. Assim, os dois símbolos fundamentais são normalmente
designados pelos nomes bit 0 (apagado) e bit 1 (aceso).
Um bit
permite representar informações que assumem apenas dois
estados. Um bit poderia ser utilizado, por exemplo, para armazenar o
estado de uma lâmpada, por exemplo. Se a lâmpada estivesse
acesa, o bit seria 1, se estivesse apagada, o bit seria 0. Ou a informação
a cerca do estado de uma porta: 0 para fechada e um para aberta. Poderíamos
representar também letras: 0 para a letra ‘a’ e 1
para a letra ‘b’. Assim quando o computador recebesse o
valor 0 do teclado significaria que o usuário digitou a tecla
‘a’, se receber 1 significa que o usuário digitou
a letra ‘b’.
Logo poderíamos
representar quatro letras associando cada letra a uma combinação,
como segue:
Para representar
mais letras iremos precisar de mais bits. Na verdade, o número
de combinações geradas é dada pela fórmula:
Assim com três bits teremos 23 combinações = 8 combinações. |
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Tela 3 |
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Hoje em
dia é muito comum representar dados usando grupos com 8 bits
para representar a informação, o chamado Byte.
O Byte é um conjunto de 8 (oito) bits que definimos
como uma posição de memória, ou seja, é
a menor unidade endereçável da memória ou a unidade
básica de informação.
Em um arquivo de imagens cada byte (ou conjunto
de bytes) é associado a um ponto da tela (pixel) com as informações
da cor e de intensidade. Quando abrimos a imagem em um programa adequado,
cada byte é lido e o ponto respectivo é desenhado no monitor.
O que aconteceria se tentássemos abrir o arquivo usando o programa
Notepad (Bloco de Notas), por exemplo? Como o Notepad interpreta cada
byte como um caractere, ele tentará imprimir os caracteres respectivos
e você terá uma informação completamente
confusa na tela! Não gostaria de fazer a experiência?
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Tela 4 |
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| 3 - UCP A unidade
central de processamento (UCP) é o cérebro do computador.
A CPU
[Sigla para Central Processing Unit - Unidade Central de Processamento]
é encarregada de gerenciar todo o tráfego de informações
e também efetuar todo o processamento de dados. A peça principal
da UCP (ou CPU) chama-se processador. |
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Tela 5 |
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| 3.2
– BENCHMARK |
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Tela 6 |
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4
- Memória
Existem
ainda os discos SSD que não utilizam a tecnologia magnética,
e sim a tecnologia de semicondutores. São considerados mais rápidos
e confiáveis, mas bem mais caros. |
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Tela 7 |
| Dispositivos
ópticos
No caso do CD, se convencionou que a velocidade de referência é a velocidade em que um CD de áudio deve ser lido para tocar uma música. Essa velocidade é a velocidade 1x, que corresponde à velocidade de 150.000 bits/s. Isso quer dizer que, se o disco rodasse a 2x, a música tocaria duas vezes mais rapidamente, como um locutor de uma corrida de cavalos, por exemplo. Atualmente os CDs podem ser lidos em até 100x.
Nos gravadores são especificadas três velocidades: velocidade
máxima de gravação de discos CD-R, velocidade máxima
de gravação de CD-RW e velocidade máxima de leitura.
Assim um dispositivo 52x/32X/52X possui uma velocidade máxima de
gravação de CD-R de 52X, uma velocidade máxima de
gravação de CD-RW de 32x e uma velocidade máxima
de leitura de 52X. |
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Tela 8 |
| DVD
(Digital Versatile Disk) - O DVD apareceu para substituir o antigo
formato VHS, permitindo gravar até 9,4GB de dados. Ficou restrito
durante certo tempo à distribuição de filmes em locadoras,
mas com a redução do custo da mídia (disco DVD virgem)
acabou sendo utilizado também nos computadores para a realização
de cópias de segurança (backups). Os DVDs podem ter uma ou duas camadas. O DVD de uma camada permite a gravação de até 4,7GB, sendo atualmente o mais difundido. Os DVDs com duas camadas (dual layer) podem armazenar até 9,4 GB de dados. Blu-ray: O aparecimento dos jogos e vídeos de alta definição e os filmes em 3D colocaram em xeque o DVD. Essas aplicações exigem uma capacidade de armazenamento muito superior ao que é disponível no DVD. Os DVDs atuais não poderiam conter nem 30 minutos de um filme de alta definição. Por isso foi necessário criar novas mídias. A tecnologia escolhida pela indústria foi o Blu-ray (Blue Ray significa: “Raio Azul”), também conhecido como BD. Esse nome vem do fato dos leitores de blu-ray utilizarem um laser azul (405nm) para a leitura das mídias possibilitando gravar em uma mídia de mesmo tamanho das mídias anteriores até 25GB (camada simples) ou 50GB (camada dupla). Isso é suficiente para gravar até 4 horas de conteúdo em full-HD. Outros formatos de Blu-ray vem sendo estudados e já existem protótipos com 100GB sendo testados pela indústria. |
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Tela 9 |
| Fitas
Ópticas - As fitas ópticas utilizam a mesma tecnologia
dos discos ópticos permitindo uma grande capacidade de armazenamento,
entretanto a velocidade de leitura é lenta sendo mais utilizadas
para o armazenamento de cópias de segurança (backups).
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Tela 10 |
| 5 - Periféricos Os periféricos correspondem aos elementos acessórios ao fluxo do processamento de dados, caracterizando-se por todos os equipamentos que ficam ao redor da CPU. Os periféricos são classificados em: Periféricos de entrada são os que permitem a entrada de dados no computador. Como exemplo, temos: teclado, mouse, trackball, scanner, a caneta óptica (light pen), leitores de código de barras, o CD-ROM, e a unidade de entrada de áudio e vídeo/microfone.
Periféricos de saída são aqueles responsáveis pela divulgação dos dados e informações obtidos com base no processamento eletrônico. São exemplos de periféricos de saída: monitor de vídeo, impressoras, plotters, e alto-falantes. |
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Tela 11 |
Os dois
tipos de impressoras mais utilizadas são as impressoras de impacto
e as impressoras sem impacto. |
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Tela 12 |
Quando escolher uma impressora, é preciso avaliar três características: velocidade, qualidade e autonomia.
No caso das impressoras de grande porte, é bom avaliar também as funcionalidades do software de gerenciamento que preferencialmente deve permitir monitorar o status da impressora, controlar número de páginas impressas, acessar estatísticas de uso e alterar a configuração da impressora. Quando o número de páginas por mês for superior a 80000 páginas por mês, a terceirização (outsourcing) do serviço de impressão é a melhor solução. |
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Tela 13 |
Periféricos de entrada/saída permitem tanto a entrada de dados quanto à saída deles. Como exemplo, tem-se os monitores de vídeo sensíveis ao toque (touch screen), as unidades de discos, disquetes, etc.
Dispositivos de proteção física e elétrica O hardware do computador está sujeito a dois tipos principais de ameaça: ameaça física e ameaça elétrica. As ameaças físicas como roubo e vandalismo de componentes internos do computador podem ser evitadas com a utilização de cadeados próprios para o travamento de gabinetes de computador. Uma vez fechados, é quase impossível abrir o gabinete do computador sem deformá-lo. Alguns cadeados possuem cabos de aço ou correntes para fixação do computador à mesa ou à parede. Estes últimos podem ser utilizados para a proteção de notebooks dentro de empresas. Existem ainda outros dispositivos que prendem os cabos de força, da impressora, do monitor, do mouse e do teclado, de forma que só possam ser levados se os cabos forem cortados. O computador também deve estar protegido eletricamente contra sobretensões e eventuais quedas de energia. O dispositivo de proteção elétrica comumente é o estabilizador. Este dispositivo protege o computador contra sobretensões provocadas por instabilidades da rede de fornecimento de energia, entretanto, não protege o computador contra quedas de energia. Para se precaver contra quedas de energia, é utilizado um dispositivo chamado de Nobreak. Este dispositivo possui uma bateria interna que permite, em caso de queda de energia, manter o computador funcionando por um tempo suficiente para finalizar o trabalho que está sendo realizado e desligar o computador de forma conveniente. |
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Tela 14 |
6 - Adquirindo Hardware Normalmente
a aquisição de hardware dentro da empresa é feita
pelo responsável pelo departamento de TI em conjunto com consultores
técnicos. Entretanto, o envolvimento do usuário final no
processo de decisão pode tornar a escolha mais acertada, aumentando
satisfação do empregado em relação ao computador.
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Tela 15 |
| Resumo O centro
de qualquer sistema de informação ainda é o computador,
o que mudou radicalmente a forma de administrar os negócios, o
entretenimento e as comunicações. O computador é
o centro dessa revolução que atingiu e ainda atinge as empresas
nesses últimos anos e os seus administradores devem conhecê-lo
para tomar decisões inteligentes na era digital e para que a empresa
faça parte dessa revolução. E conhecer o computador
significa conhecer o hardware, elemento material do computador, e o software,
parte lógica do computador. Um último
ponto estudado, e não menos importante, é que o administrador
deve estar consciente de que a tecnologia, atualmente, é formada
apenas de máquinas e programas, mas recursos de telecomunicações
vêm sendo empregados para melhorar a eficiência da empresa.
O uso das novas tecnologias, tais como a tecnologia wireless e a solução
Voz sobre IP, permite uma comunicação mais eficiente dentro
da empresa e reduz os custos globais em telecomunicações.
Essas tecnologias serão discutidas no módulo 4. |
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| Unidade 2 | Módulo 2 | Tela 16 |
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1
– A importância dos programas
A definição
de programa é ampla. Este seria definido como conjunto de instruções
e proposições em uma forma ou linguagem aceitável
(que o computador reconheça) que são preparadas para alcançar
um determinado resultado e realizar uma tarefa. |
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Tela 17 |
Há
algumas décadas, programar era uma tarefa árdua: significava
manusear chaves e circuitos fisicamente ou perfurar a codificação
de comandos em cartões de papel, para serem processados posteriormente.
Hoje a tarefa se tornou muito mais prática: os comandos são
passados à CPU (Central Processing Unit) por intermédio
do teclado, do mouse e de outros periféricos específicos.
X=B+C; Para escrever a mesma instrução em linguagem de máquina, teríamos que escrever a sequência de zeros e uns abaixo: 11100101
10110011 Qual
é a forma mais simples de escrever o comando? Não temos
nenhuma dúvida de que é a linguagem de alto nível.
Os programadores de software então utilizam as linguagens de alto
nível para tornar o desenvolvimento das aplicações
mais rápido e confiável. É interessante observar
que o programador, a priori, só precisa de um editor de
texto para escrever o chamado código-fonte do
software, que é o conjunto de instruções
de um programa escritos em uma linguagem de alto nível. 11100101
10110011 Após
essa conversão, o processador executaria essa instrução.
Em seguida o interpretador leria a próxima instrução
do código-fonte, converteria para a instrução correspondente
em linguagem de máquina e executaria. O processo se repetiria até
que fossem executadas todas as instruções do código-fonte.
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Tela 18 |
Compilação – ato de se usar um programa (compilador) para transformar uma linguagem de programação de alto nível (compreendida pelo homem, mas não pelo computador) em linguagem de máquina (entendida pelo computador). Para a execução de um programa, um compilador cria um processo de dois estágios, primeiro ele traduz o programa em linguagem de máquina, depois a CPU o executa.
Uma vez
traduzido um programa completo em linguagem de máquina, ele pode
ser ativado quantas vezes quanto forem necessárias. |
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Tela 19 |
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2
- Softwares de sistemas e aplicativos |
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Tela 20 |
O sistema operacional é o mais importante software de sistema. Ele funciona como uma ponte entre o software aplicativo e os recursos físicos do computador, o hardware. A configuração apropriada do acesso aos recursos do sistema só é necessária uma única vez. O acesso aos periféricos pelos aplicativos é realizado por intermédio de uma chamada do sistema operacional:
Os sistemas
operacionais possuem outras capacidades de extrema importância,
como a de executar diversos programas simultaneamente, a multitarefa.
Isso permite, por exemplo, a exibição de dois ou mais programas
na tela, para que se trabalhe neles ao mesmo tempo. |
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Tela 21 |
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Outro atributo importante a se considerar é a estabilidade Alguns sistemas operacionais apresentam erros em funções críticas do sistema e não possuem a devida proteção contra falhas dos softwares aplicativos. Isso confere instabilidade ao sistema, provoca erros e impede que a máquina funcione apropriadamente. Por isso,
esses sistemas são utilizados mais em computadores pessoais, em
que um possível erro não seria tão desastroso. |
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Tela 22 |
| O
Linux é um sistema multiusuário e multitarefa e foi baseado
em uma versão gratuita do sistema Unix. Atualmente o governo do Brasil
está incentivando o uso do software livre – código aberto
e estável, levando a administração pública a
adotar servidores Linux. O termo software livre refere-se
à possibilidade do usuário executar, copiar, distribuir, estudar,
modificar e aperfeiçoar o software.
A principal
desvantagem do Linux geralmente apontada é a sua maior complexidade
de instalação e manutenção em relação
ao Windows.
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Tela 23 |
| A
maior categoria de softwares é a de softwares aplicativos.
Ela abriga os mais diversos programas com as mais variadas funções.
Os usuários gastam a maior parte de seu tempo trabalhando com eles.
O sistema operacional nada mais é do que um ambiente construído
para dar suporte aos softwares aplicativos. Eles são desenvolvidos principalmente com linguagens de terceira geração, muitos softwares aplicativos estão disponíveis no mercado e fornecem soluções prontas. Assim, não é necessário que o usuário escreva programas para realizar as funções de que precisa. Essas soluções são os pacotes de software. Mas, às vezes, os softwares disponíveis no mercado não satisfazem às necessidades da empresa que necessita, então, de um software próprio, um software proprietário. Nesse caso, a empresa tem duas alternativas: desenvolver, ela mesma, seu aplicativo, ou terceirizar a produção de um software. Os pacotes de software mais comuns no mercado são: Editor de texto, Planilha eletrônica, Software de apresentação, Software de gerenciamento de banco de dados. |
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Tela 24 |
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Editor de texto Para facilitar a tarefa de organizar e expressar ideias por escrito, podemos contar com ferramentas (software) de aplicação prática, cuja função principal é a criação e o gerenciamento de documentos. Atualmente, esse tipo de aplicação, voltada para a edição de texto, é tão comum que quase todos os usuários de microcomputadores dispõem de pelo menos um editor de texto. Nestas ferramentas, encontramos, em geral, uma janela de edição (onde o texto é digitado ou alterado), as áreas onde se encontram as indicações de algumas características do texto que está sendo editado, bem como a relação dos comandos/funções que nele podem ser empregados. Entre as vantagens encontradas no uso de um editor de textos desenvolvido para o ambiente gráfico podemos citar: a facilidade de utilização dos comandos de edição e ferramentas especiais, a possibilidade de utilizar letras de diversos tipos e tamanhos, a existência de mecanismos para formatar a "janela de edição" de acordo com a necessidade do usuário, uma quantidade maior de recursos de visualização e impressão do texto além de geralmente seguirem uma padronização visual mínima. Na classe dos editores de texto, podemos destacar: o Microsoft Word for Windows, o Wordstar, o Redator, o Wordperfect, o Write e o Carta Certa. |
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Tela 25 |
| Planilha
eletrônica É o conjunto de ferramentas utilizadas para permitir o armazenamento de números de diversos formatos (decimais, percentuais, monetários), possibilitando ao usuário efetuar diversos tipos de avaliações desses valores (classificação por ordem ascendente, descendente), elaborar gráficos de diversos formatos e calcular valores com base naqueles já registrados na planilha (cálculo de médias, totais). A estrutura básica de uma planilha é conceitualmente muito simples, uma vez que a área reservada a ela se divide em linhas e colunas. O cruzamento de cada linha e coluna representa uma célula na qual pode ser armazenado um valor numérico, uma fórmula ou um texto qualquer. Essas células, quando têm seu conteúdo definido, passam a compor as tabelas (ou planilhas), em que as colunas e linhas são planejadas de modo a permitir a disposição dos valores desejados, melhorando a organização do trabalho do usuário e o cumprimento das funções do software. Na classe das planilhas, podemos destacar: MS-Excel, Lotus 1-2-3, Quattro Pro, Samba, Supercalc e o Visicalc. |
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Tela 26 |
| Software
de apresentação Os softwares de apresentação são programas desenvolvidos com o objetivo específico de oferecer melhores condições ao usuário na elaboração de cartazes, panfletos e principalmente apresentações efetuadas por slides (ou transparências). Os softwares desenvolvidos para ambiente gráfico permitem a junção de textos, gravuras e fotografias, possibilitando a produção de material de alta qualidade e definição gráfica, podendo ser empregados em qualquer tipo de apresentação que o usuário desejar. Alguns softwares mais complexos, como o Microsoft PowerPoint, permitem ainda a inclusão de sons e vídeos (imagem em movimento), podendo ser utilizados para elaborar apresentações bem mais sofisticadas. |
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Tela 27 |
| Sistema
gerenciador de banco de dados
São ferramentas utilizadas para assegurar o armazenamento e o processamento dos dados estruturados de determinada organização. O SGBD (Sistemas gerenciadores de banco de dados) permite que os dados sejam armazenados em um formato pré-definido e recuperados posteriormente para que possam ser submetidos ao processamento desejado. Esse processamento pode ser usado apenas para recuperar dados, para efetuar cruzamento de informações, ou alterar dados e voltar a armazená-los. Devido a
sua alta flexibilidade e aplicabilidade em diversas áreas das organizações,
esse tipo de software tem sido utilizado em larga escala para
o desenvolvimento de sistemas de contabilidade, contas a pagar, controle
de estoque. Entre os mais conhecidos, podemos citar: Oracle, RDB, DBase,
SQL, MS-Access
e o Progress. A utilização e a criação
de banco de dados serão discutidas no próximo módulo. |
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Tela 28 |
| Resumo
Os programas fazem parte da história dos computadores,
pois é por seu intermédio que as máquinas efetuam
as funções desejadas, interpretando a linguagem de máquina.
Os programas são desenvolvidos para tipos específicos de
computador. Cabe aos programadores desenvolver softwares, por isso é
sempre útil conhecer as novas descobertas e tecnologias da área:
delas dependem as qualidades do software criado. E é vital conhecer,
também, o processo de programação. De
forma parecida, softwares aplicativos valeram-se do poder de
processamento das máquinas atuais e dos novos recursos fornecidos
pelo sistema operacional. A produtividade com ambientes gráficos
e amigáveis e a possibilidade de executar vários programas
simultaneamente aumentaram significativamente a produtividade. Muitas
organizações valem-se desses benefícios para a criação
de software proprietários, produzidos especificamente para atender
a seus problemas. |
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| Unidade 2 | Módulo 3 | Tela 29 |
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1 - Os dados
Uma empresa coleta dados para uma infinidade de propósitos como vimos anteriormente. A forma mais antiga e tradicional de manter dados digitais é por meio de arquivo. Neste modelo os dados não são classificados e nem etiquetados, são simplesmente armazenados em arquivos. A grande vantagem desse formato é a eficiência do uso de espaço, mas os dados são difíceis de serem encontrados, o que limita sua utilização. Quando as máquinas computacionais alcançaram uso generalizado na gerência da informação, cada aplicação tendia a ser implementada como um sistema separado com sua própria coleção de dados armazenada em arquivos. Por exemplo, a necessidade de processar uma folha de pagamentos deu origem a uma coleção de dados de funcionários. Mais tarde a necessidade de recuperação interativa de dados por parte do departamento de pessoal deu origem a uma busca de dados na coleção de dados usados na folha de pagamentos. Entretanto o próprio departamento de pessoal possuía outra coleção de dados armazenados em um sistema de arquivos com diversas informações sobre os funcionários.
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Tela 30 |
| É
claro que esse tipo de gestão de dados está longe de ser tão
eficiente quanto um sistema centralizado. Por exemplo, se um funcionário
mudava de endereço, muito provavelmente ele teria que preencher um
formulário para cada departamento para que o endereço seja
atualizado nos diversos sistemas. Outra desvantagem é que a chance
que ocorram erros tipográficos, ou formulários sejam extraviados
ou simplesmente funcionários apáticos não façam
à devida alteração é grande. Assim o sistema baseado em arquivos possui duas desvantagens básicas que são: redundância de dados e problemas com a integridade dos dados. Foi nesse contexto que surgiu uma outra forma de manter dados que consiste no formato de base de dados. Neste formato cada informação é categorizada e etiquetada de forma que a coleção de dados pode ser muito mais útil e poderosa. Dados nesse formato podem ser acessados e manipulados de forma muito mais fácil para criar informações úteis que possam melhorar a produtividade. Sistemas integrados de banco de dados emergiram como meios de organizar e consolidar a informação armazenada e mantida por uma organização. Com tal sistema, a folha de pagamentos e os dados dos funcionários poderiam ser processados a partir de um único sistema integrado de dados. |
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Tela 31 |
| Além
disso, um sistema integrado de dados tem a vantagem do controle, que é
obtido por uma organização quando a diversidade de informações
é armazenada em um ambiente comum. Quando os departamentos possuem
um controle exclusivo sobre os dados, esses dados tendem a ser utilizados
unicamente para o interesse do departamento, enquanto que, quando os dados
são compartilhados para toda a empresa, esses dados servem ao interesse
da empresa.
Juntamente com as vantagens de se poder compartilhar a informação, surge uma desvantagem em relação à segurança da informação. Deve se ter um cuidado maior no que concerne o acesso dos dados na empresa, visto que dados confidenciais estão armazenados na base de dados e não podem ser acessados por qualquer funcionário, ou por qualquer departamento dentro da empresa. Para isso, as bases de dados utilizam privilégios de acesso de forma que cada funcionário ou departamento possa ter acesso apenas à determinada parte de base de dados. No
formato de base de dados, são mantidos e manipulados os dados sobre
uma entidade. Nós chamamos de entidade qualquer coisa sobre as
quais a organização precisa manter uma coleção
de dados que são frequentemente pessoas, eventos ou objetos inanimados.
São exemplos de entidade: um aluno em uma escola, um cliente de
uma loja, o funcionário de uma empresa e peças de uma fábrica. |
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Tela 32 |
Para compreender como os dados são organizados em uma base de dados, devemos entender a hierarquia de dados. Para isso, vamos utilizar o exemplo dos dados dos clientes de uma loja mostrado na figura a seguir.
A coleção de dados dos clientes inclui nome, sobrenome, endereço e telefone. A menor parte de uma base de dados é o caractere, ou seja, uma letra que forma o nome, o endereço e o telefone. É comum também a representação dos registros por meio de tabelas, onde cada linha da tabela com exceção da primeira linha (cabeçalho) corresponde a registros.
Diversos
caracteres formam o chamado campo (field) que contém um
dado acerca da entidade cliente como o nome, o endereço ou o telefone.
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Tela 33 |
Sistemas
de gerenciamento de bases de dados (SGBD) O sistema de banco de dados é dividido em duas camadas: a camada de aplicação e a camada de gerência de dados.
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Tela 34 |
| O
programa SGBD se encarrega também de organizar os arquivos, armazenar
dados, relacionar os registros e classificar os registros. Essa divisão do sistema em camadas possui vários benefícios. O primeiro benefício é o fato de simplificar
o projeto de software de aplicação. O software de aplicação
pode ser mais simples, pois ele não precisa gerenciar os dados
diretamente dispondo de sua localização física, conter
rotinas de classificação, filtragem e ordenamento de registros,
etc. Consultas - Os dados de uma base de dados são acessados por meio de consultas (em inglês Queries) que especificam quais os registros/campos que devem ser mostrados para o usuário. As consultas também são utilizadas para manipular dados. Hoje em dia a maioria dos SGBD possui uma interface amigável para que o usuário possa consultar a base de dados. |
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Tela 35 |
| 2
- Modelos de base de dados O modelo de uma base de dados é a estrutura lógica geral de como os registros são armazenados e o método utilizado para relacioná-los. Existem muitos modelos de base de dados que diferem basicamente na forma como os registros são ligados aos outros registros. Essa diferença vai ditar a forma como o usuário poderá navegar entre os registros, encontrar os registros desejados e criar consultas. Os modelos hierárquicos e em rede ainda são encontrados em bases de dados antigas, mas hoje em dia as novas bases de dados utilizam o modelo relacional e o modelo orientado a objetos. Para explicar cada um desses modelos, vamos considerar o exemplo de uma faculdade. Essa faculdade possui diversos departamentos, cada um com vários professores e cada professor com seus estudantes. Modelo Hierárquico - No modelo hierárquico, as tabelas de dados são organizadas em forma de árvore, conforme mostrado na figura abaixo:
Cada departamento possui a relação de professores, com endereço, telefone e posto. Cada professor é ligado à sua tabela de turmas nas quais ministra aulas com seus dados de horário e código. E por fim, no nível mais baixo, a tabela de turma é ligada à tabela de alunos que possui os dados básicos de cada aluno. Podemos verificar que nesse modelo um registro pai é ligado a diversos registros filhos, mas que cada registro filho pode possuir apenas um registro pai. Este tipo de relação é descrito matematicamente como uma relação “um para muitos”. A relação entre os registros é feita pelos chamados ponteiros. Os ponteiros mantêm o endereço físico do pai (local em que o registro pai está armazenado), o endereço do primeiro registro filho e o endereço do próximo registro filho. Este modelo possui a vantagem de ser simples, mas apresenta desvantagens importantes. A primeira é em relação à confiabilidade da base de dados, pois se uma das ligações se quebrar por alguma razão, pode acarretar a perda de todos os registros filhos. Outro problema é a lentidão da busca de um registro, visto que a busca deve sempre começar pelo registro de mais alta hierarquia em direção aos registros de mais baixa hierarquia. Assim, para procurar um estudante, deveremos começar a busca pelos registros dos cursos, passando pelos registros dos professores para procurar nos registros dos estudantes. Um terceiro problema desse modelo é a redundância de informações, pois cada registro só pode ter um pai. Assim os estudantes que tiverem mais de um professor ou mais de uma disciplina terão seus registros duplicados. |
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Tela 36 |
| Modelo
em rede O modelo em rede veio tentar resolver a desvantagem da redundância de dados que era uma desvantagem importante do modelo hierárquico. No modelo em rede os registros também são organizados de forma que cada registro pode ser ligado a mais de um registro pai. Assim o registro dos alunos que tiverem mais de um professor poderá ser ligado aos professores diretamente reduzindo a redundância de dados. Esse modelo é interessante, mas é o modelo menos usado devido a sua complexidade de implementação e manutenção. Modelo
relacional - O modelo relacional atualmente é o mais popular
devido à simplicidade de sua estrutura. Ele possui todas as vantagens
do modelo em rede, mas sem as suas desvantagens. O modelo relacional consiste
em tabelas e se baseia na álgebra relacional, embora não
seja necessário o conhecimento de álgebra relacional para
construir e nem usar bases de dados relacionais. No banco de dados relacionais,
a tabela é chamada de relação, que é similar
ao formato na qual a informação é mostrada pelos
programas de planilhas, e as colunas com os campos são chamadas
de atributos. Neste modelo cada entidade possui apenas uma tabela de registros
com seus atributos. Então seguindo o nosso exemplo de uma faculdade,
teríamos uma tabela para departamentos, uma tabela para professores,
uma tabela para disciplinas e uma tabela para todos os estudantes. Assim
para procurar um professor basta acessar a tabela de professores e fazer
uma consulta. Simples, não!? Os bancos de dados relacionais são
muito mais simples de conceber e manter dos que os bancos de dados hierárquicos
e baseados em redes. Para criá-los, é necessário
conhecer as entidades e a relação entre essas entidades.
Para manter um banco de dados, também é simples, pois a
inclusão ou exclusão de registros é feita de forma
direta nas tabelas, ou seja, para incluir um aluno basta acessar a tabela
de alunos. |
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Tela 37 |
| Modelo
de banco de dados orientado a objetos Uma das áreas mais novas de pesquisa em banco de dados envolve a aplicação do paradigma orientada a objetos à construção de banco de dados. O modelo de banco de dados orientado a objetos utiliza o conceito de orientação a objetos para manter os registros. O termo “objeto” nesse contexto significa mais que uma pessoa ou um item armazenado em um banco de dados. A tecnologia orientada a objetos considera que um objeto é formado por dados e por procedimentos que manipulam esses dados, de forma que uma entidade não seja somente formada por seus atributos, mas também por procedimentos que podem ser aplicados sobre os atributos ou que relacionem essa entidade com outras entidades. Por exemplo, poderíamos ter um objeto Aluno que conteria os dados do aluno e poderia ter os seguintes procedimentos Alterar dados, Criar aluno e Excluir aluno, com isso os procedimentos normais sobre os dados do aluno estão contidos no próprio aluno, que evitaria, por exemplo, que os dados do aluno pudessem ser manipulados de forma equivocada. Essa combinação entre dados e procedimentos é chamada de encapsulamento. Outra vantagem da tecnologia orientada a objetos é a capacidade de replicar objetos ou criar novos objetos baseados em objetos desenvolvidos anteriormente, essa capacidade é chamada de herança. Para ilustrar como essa capacidade pode ser utilizada, podemos voltar ao nosso exemplo da faculdade. O desenvolvedor poderia inicialmente criar um objeto chamado pessoa que contivesse os dados pessoais como: nome, endereço, telefone, CPF e número de identidade e também criar os procedimentos associados ao objeto, como criar, excluir e alterar. Esse objeto poderia servir de base para o objeto aluno e professor, pois ambos devem possuir os mesmos atributos e procedimentos que o objeto pessoa. Logo o desenvolvedor não precisaria criar o objeto aluno e professor do zero, esses objetos poderiam herdar os atributos e os procedimentos do objeto pessoa, e o desenvolvedor precisaria apenas incluir os atributos e procedimentos específicos para esses objetos. Atualmente
ainda não há um consenso sobre qual seria o melhor modelo
de banco de dados, se seria o modelo relacional ou o modelo orientado
a objetos. Entretanto, alguns autores defendem o banco de dados orientado
a objetos por utilizar a mesma tecnologia utilizada na implementação
do próprio programa de gestão das bases de dados (SGBD),
tornando o processo de desenvolvimento mais homogêneo. Outra vantagem
do modelo orientado a objetos é a capacidade de lidar com informações
que não podem ser armazenadas em campos, tais como: páginas
Web, mapas e outras informações de caráter dinâmico.
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Tela 38 |
3
- Desenvolvendo um sistema de base de dados
A notação
para designar o tipo de relação foi: um para um |
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Tela 39 |
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Por exemplo, a faculdade pode ter vários departamentos, então o relacionamento foi um para muitos:
Dentro do
losango deveriam ser descritas todas as relações que existem
entre a faculdade e o departamento como: cria, fecha o departamento, nomeia
chefe de departamento, altera chefe de departamento, etc.
A relação que existe entre disciplina e aluno é do tipo “muitos para muitos” com possibilidade de não existirem alunos para a disciplina, pois uma disciplina pode ou não conter alunos matriculados:
Como vimos, esse modelo é construído sem que se saiba, necessariamente, qual SGBD será utilizado. Existem softwares no mercado que auxiliam na criação do projeto conceitual, como o PowerDesigner. Com base no modelo conceitual, é feita a modelagem lógica. O modelo lógico leva em consideração o tipo de SGBD a ser utilizado (hierárquico, em rede, relacional ou orientado a objetos). Por fim, o projeto físico poderá ser realizado com base no refinamento das estruturas de dados e do produto de SGBD que será utilizado. Existem softwares como o PowerDesigner, da Sybase, que permitem desde a criação do modelo conceitual até a geração do banco de dados na linguagem de definição de dados do produto SGBD escolhido. |
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Chaves - Para encontrar ou classificar dados em um banco de dados relacional, é necessário usar uma chave. A chave é um campo (atributo) que serve para identificar os registros. Você pode utilizar qualquer campo como chave. Por exemplo, se quiserem encontrar os dados do professor Andrei no banco de dados usando o campo nome como chave, o SGBD irá procurar na tabela de professores no campo Nome por “Andrei”. Se a chave for única, então aparecerá apenas um registro com o nome procurado. É
importante ressaltar que o campo chave não pode estar vazio, tendo
que ter necessariamente um valor. Ligando registros e tabelas - Um dos usos mais comuns das chaves é a ligação de registros de uma tabela com registros de outra tabela. Para isso as tabelas devem ter um campo em comum. Por exemplo, a disciplinas são associadas aos departamentos. Então na tabela de departamentos devemos ter uma chave primária (código do departamento) associada a cada departamento. A tabela de disciplinas por sua vez deve ter uma coluna com o código de identificação do departamento a que pertence a disciplina. Uma vez que definimos os dados importantes e as relações
existentes entre esses dados, deve-se escolher o SGBD para construir o
novo banco de dados. Mas, embora os SGBD tenham diferentes interfaces,
eles compartilham componentes similares que permitem a criação
das tabelas das entidades, a definição de campos, a organização
das estruturas de dados, a inclusão dos dados e a manipulação
desses dados de diferentes formas e por diferentes usuários. Essa
fase geralmente requer um especialista chamado de DBA (database analist),
que permite criar banco de dados complexos. Os componentes dos SGBD são:
a linguagem de definição de dados e a linguagem de manipulação
de dados. A linguagem de definição de dados permite a construção
do esquema do banco de dados e do dicionário de dados (descritos
mais adiante). A linguagem de manipulação de dados permite
a criação de consultas, manipulação e organização
dos dados. |
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Criando a estrutura da Base de dados - O esquema do BD descreve a estrutura do banco de dados: os nomes e os tipos de dados que cada campo do registro deve conter e os diferentes relacionamentos entre os registros e a definição da chave primária. Entretanto, como cada SGBD possui um conjunto diferente de definições, devemos saber de antemão qual SGBD será utilizado, para sabermos quais tipos de campos estão disponíveis. Alguns permitem até a inclusão de imagens e áudio. Percebam que o número de registros nunca é especificado, pois pode variar e a capacidade máxima de registros é definida pelo espaço de armazenamento disponível. Apresentamos a seguir o esquema da tabela Disciplinas com a declaração dos campos e a definição dos tipos de dados de cada campo.
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| A
linguagem de definição de dados possui diversos comandos e
protocolos que permitem a criação do esquema do banco de dados.
Entretanto, atualmente, a maioria dos SGBD permite a criação
da base de dados de forma completamente visual e intuitiva sem que seja
necessário conhecer os comandos dessa linguagem. Uma vez desenvolvido o BD, o desenvolvedor deve registrar o esquema em um documento chamado dicionário de dados. Nesse documento são mantidas as informações do nome das tabelas, o nome dos campos, o tipo dos campos, o relacionamento entre os dados e, em alguns casos, os nomes das pessoas responsáveis que podem atualizar os dados, os privilégios de acesso para cada parte do banco de dados. Os dicionários de dados são geralmente chamados de metadados, pois são informações sobre os dados do banco de dados. Esse documento é importantíssimo quando desejamos entender um banco de dados já implementado e deve ser requerido e mantido para futuras modificações no banco de dados. Em seu projeto e criação, o banco de dados deve ser compatível com as aplicações que o acessarão. Essa é a função das linguagens de manipulação de dados. Elas são utilizadas, juntamente com às linguagens de programação, principalmente para a realização de pesquisas e atualizações. A mais importante é a SQL, uma linguagem quase padrão entre os SGBDs. |
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Por ser utilizada em quase todos os SGBDs e ter interface com a maioria das linguagens de programação atuais, a SQL assume um papel importante de comunicação entre softwares e bancos de dados.
Por isso, dizemos que a SQL é também uma linguagem de definição de dados. As principais vantagens de utilização do SQL no banco de dados são:
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Tela 44 |
Resumo
Na maior
parte do tempo, utilizamos as linguagens de manipulação
de dados, que se prestam à inclusão, deleção
e alteração de registros. A linguagem de manipulação
de dados mais conhecida é o SQL - Structured Query Language,
que oferece comandos de definição e de manipulação
de dados. Geralmente, o SQL é utilizado juntamente a linguagens
de programação de terceira geração nas aplicações,
para melhorar a eficiência das aplicações das aplicações
que acessam SGBD. |
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| Unidade 2 | Módulo 4 | Tela 45 |
1
- Recursos e tecnologias
A Alcoa faz parte do consórcio Alumar, localizado em São Luís, estado do Maranhão. O Consórcio de Alumínio do Maranhão, ALUMAR, é formado pelas empresas, Alcoa, Alcan, Bhpbilliton e Abalco e é um dos maiores complexos de produção de alumínio e alumina do mundo. Começou a ser implantado em julho de 1980 e, desde então, tem desempenhado papel importante na transformação do perfil industrial do Maranhão. |
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| A linha
de produção da Alumar é composta por seis "salas
de cubas", totalizando 610 cubas. Para que o processo de eletrólise
da alumina esteja sob controle, o operador de cubas precisa analisar e avaliar
todas as etapas, bem como ter constante acesso às informações
das variáveis de processo. O operador da sala de cubas possuía, como ferramentas de trabalho, um micro PC, situado na sala de controle, um rádio e um celular. Caso fosse observada alguma falha no processo de eletrólise, o operador precisaria se deslocar até a sala de controle mais próxima, que, às vezes, poderia estar distante 600 metros do seu local de trabalho, a fim de checar os dados de processo e tomar as ações pertinentes. A empresa decidiu procurar soluções tecnológicas que permitissem diminuir o tempo de resposta da tomada de decisão dos operadores. Após vislumbrar diversas possibilidades, a empresa optou pela utilização de duas tecnologias de ponta que são a tecnologia Wireless e a solução de Telefonia IP. A solução wireless (WLAN) e a de voz sob IP começarem a ser configurada com a implantação de uma rede wireless WLAN que abrangesse as três linhas de produção das salas de cubas. Assim, por meio da utilização de um Pocket PC, conectado via wireless aos servidores controladores do processo de eletrólise, os operadores conseguem atuar de forma autônoma e rápida para tornar o processo sob controle. |
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Tela 47 |
| Após
esta etapa inicial, foi possível unificar as necessidades decorrentes
do trabalho dos operadores das cubas em um único equipamento: o Pocket
PC. Agora, além de possuir controle sobre os níveis de qualidade
do processo de eletrólise da alumina, o operador pode falar, via
tecnologia Voz sob IP, com a sala de controle ou com o Engenheiro de processo
localizado em qualquer ponto da fábrica. Essa solução
diminuiu sensivelmente o tempo de resposta da tomada de ação
dos operadores e, consequentemente, teve impacto direto na qualidade e na
produtividade do alumínio produzido. Essa solução também
propiciou total mobilidade para o operador da Alumar, estando ele agora
livre para solucionar problemas no momento em que eles são detectados,
sem a dependência de intervenção da sala de controle.
Atualmente o Consórcio Alumar é referência no uso dessa tecnologia recebendo inúmeras visitas da matriz, pois essa solução aumentou a produtividade, baixou os índices de acidentes na fábrica e ainda melhorou a satisfação dos seus funcionários. |
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Tela 48 |
| 2
- O uso de telecomunicações nas empresas
A Alcoa constatou que o tempo de resposta dos operadores de cubas em face de uma alteração das variáveis do processo era muito alto, o que acabava influenciando na qualidade do produto final. A solução adotada pela empresa não envolveu apenas hardware e software, mas também a utilização de modernas tecnologias de comunicação para agilizar o trabalho dos operadores, permitindo com isso um melhor controle do processo de fabricação do alumínio. O uso de telecomunicações é essencial nas empresas modernas como meio de comunicar dados e voz de um ponto a outro. O telefone e o fax já fazem parte das empresas há muito tempo, mas novas tecnologias apareceram como celulares, internet, Redes LAN e WLAN que permitem velocidades de transmissão de dados inimagináveis há dez anos. Esse aumento da capacidade de transmissão tornou possível o desenvolvimento de novas aplicações que se utilizam dessa grande capacidade para a transmissão de imagens, vídeos e sons em tempo real. As telecomunicações podem trazer basicamente quatro benefícios para as empresas:
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Tela 49 |
| 3
- Comunicação de dados
Comunicação de dados é qualquer transferência de dados entre dois dispositivos. Os dados então são enviados na forma de pulsos elétricos, no caso da transmissão de dados com fios, ou em forma de ondas eletromagnéticas, no caso das transmissões sem fio (wireless). A comunicação pode ser:
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4 - Canais de comunicação Os canais de comunicação são os meios pelos quais os dados são enviados. O canal pode utilizar diferentes meios de transmissão: par trançado (Ex.:telefonia e redes), cabos coaxiais (Ex.:televisões a cabo), fibras ópticas (Ex.: backbones e redes de alta velocidade), links de micro-ondas (Ex.: televisão, telefonia celular). Cada um desses meios de comunicação possui vantagens e desvantagens. O par trançado - Ele consiste em dois fios de cobre isolados e depois entrelaçados um em torno do outro, como mostrado na figura.
Inicialmente foi utilizado em telefonia, devido ao seu baixo custo e grande disponibilidade. Hoje fios de par trançado de mais alta qualidade são utilizados em redes de computadores. Cabo Coaxial - É amplamente utilizado em televisões a cabo e durante muito tempo foi utilizado em redes de computadores, entretanto, o seu custo era mais elevado que o par trançado e sendo um fio menos flexível que o par trançado acabava exigindo um esforço maior na instalação.
O cabo coaxial possui qualidade técnica de transmissão melhor do que o par trançado, possibilitando assim maiores velocidades de transmissão de dados. |
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Cabo de fibra óptica: é um cabo feito de vidro que permite o envio de sinais de luz por grandes distâncias com uma baixa perda. Outra vantagem é que esse tipo de cabo é imune a interferências eletromagnéticas.
O cabo de fibra óptica é utilizado em backbones de redes de alta velocidade. Atualmente as empresas de televisão a cabo e telefonia estão substituindo as suas redes de par trançado e coaxial por redes de fibras ópticas, abrindo a possibilidade de oferta de novos serviços como a transmissão de vídeo sob demanda, áudio digital de alta qualidade e isso sem perda de qualidade ou atraso. A única desvantagem desse meio de transmissão é o seu custo que ainda é bastante alto. |
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Link Micro-ondas - O avanço da tecnologia permitiu que fossem criadas formas mais fáceis e flexíveis de envio de dados. As redes sem fio têm crescido bastante não só no meio empresarial quanto em residências, permitindo que o usuário possa ter acesso à rede interna da casa ou à internet em qualquer ambiente sem a necessidade de passar cabos.
No meio empresarial, como vimos no caso da Alcoa, permitem uma grande flexibilidade para os funcionários e uma melhoria da eficiência da empresa. Entretanto, a comunicação sem fio não está restrita a curtas distâncias. Os links de micro-ondas terrestres são utilizados para conectar pontos distantes de vários quilômetros. Como as micro-ondas viajam quase em linha reta, os dois pontos devem ser visíveis, ou seja, não deve haver nenhum obstáculo entre as duas antenas. Se os pontos foram muito distantes poderemos utilizar links de micro-ondas por satélite.
Nesse caso, o satélite servirá como estação de retransmissão para a realização da comunicação. O ponto A envia para os dados para o satélite que se encarrega de enviar para o ponto B. De forma análoga, o ponto B enviará dados para o satélite que se encarregará de enviar os dados para o ponto A. Veja tabela com principais características de cada um desses meios. |
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Tela 53 |
5 - Redes Os computadores podem se comunicar usando modems ou por meio de redes. Os modems são dispositivos eletrônicos que permitem o envio e recebimento de dados por meio da linha telefônica. As principais vantagens das redes nas empresas e organizações são:
Existem dois tipos básicos de redes:
As LAN são
utilizadas para conectar dispositivos dentro de empresas ou mesmo dispositivos
que estejam em edifícios próximos. Usualmente consideramos
como LAN as redes que ligam dispositivos situados a menos de 600m de distância.
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| Cada
computador ou periférico que seja conectado à rede deve ter
uma placa de interface de rede (NIC) para conectar o cabo de rede, que por
sua vez será conectado a um hub, switch, bridge ou roteador da rede.
O hub é como se fosse um T que utilizamos nas tomadas de energia elétrica quando queremos ligar mais de um aparelho na tomada. O hub faz exatamente isso, possibilita que vários computadores sejam ligados a um mesmo ponto da rede local. O switch é como um hub, só que mais inteligente. No hub os dados da rede local são enviados para todos os computadores conectados ao hub. No switch os dados da rede local são enviados apenas para o computador que solicitou os dados. A bridge conecta duas redes, como a LAN para a rede Internet. O roteador permite a conexão entre redes diferentes, além de possuir funcionalidades avançadas como firewall. Os roteadores guardam tabelas com os endereços de todas as redes de forma que se um computador pode se comunicar com um computador que não esteja na mesma rede, pois o roteador saberá para onde enviar os dados para que cheguem ao destino. Para que possamos nos comunicar com outra pessoa, não basta que ela possa nos ouvir, é necessário que ela fale a mesma língua, conhecendo assim o significado das palavras e da mensagem. Funciona exatamente da mesma forma nas redes, para que
haja comunicação entre dois ou mais dispositivos, não
basta conectá-los fisicamente, eles precisam conhecer e utilizar
o mesmo formato para transmitir e receber dados. Essa padronização
do formato dos dados é o chamado protocolo. Existem milhares de
protocolos diferentes e ainda hoje são criados protocolos que permitem
a comunicação de dados de forma mais eficiente que os protocolos
antigos. |
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Tela 55 |
| WLAN
- A redução dos custos de aquisição de dispositivos
de rede sem fio possibilitou que muitas empresas e escritórios utilizassem
a tecnologia Wi-fi (wireless fidelity)
e criassem redes sem fio, chamadas de WLAN. Essas redes são mais
simples de serem instaladas, visto que não há passagem de
fios, são altamente expansíveis e permitem uma total mobilidade
dos funcionários dentro da empresa.
Para acessar esse tipo de rede, o computador deve ter uma placa de rede sem fio ou cartão que possui uma antena para a recepção e envio de dados. Muitos notebooks já possuem um circuito interno e uma antena acoplada e já estão preparados para o acesso a redes sem fio.
As WLAN utilizam equipamentos conhecidos como pontos de acesso que são dispositivos ligados à rede LAN e servem de interface entre os dispositivos wireless e a rede LAN. Os dispositivos WLAN obedecem à família de normas IEEE802.11, que definem as velocidades de transmissão de dados e o alcance dos dispositivos. A norma IEEE802.11g é a mais recente, alcançando a velocidade de transmissão de 54Mbps e possuindo um alcance de até 100m. A principal desvantagem da WLAN é a questão da segurança, pois o sinal da rede não pára nos limites do edifício, podendo ser recebido fora dos limites por pessoas não autorizadas. Aliás, hoje em dia essa é uma das principais falhas de segurança de redes corporativas e de redes de computadores do governo americano. Entretanto hoje em dia já existem medidas eficazes de segurança, como a utilização de criptografia e utilização de firewalls, que podem ser adotadas facilmente adotadas tornando a rede segura. |
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Tela 56 |
| Arquitetura
cliente-servidor
As organizações aproveitaram o aumento da capacidade de processamento dos computadores pessoais (PC), a sua redução de custos e o grande salto tecnológico das comunicações com a Internet, para implementar a chamada arquitetura cliente-servidor. Essa arquitetura permite a distribuição de dados e aplicações entre os computadores dos usuários (clientes) e servidores. Os servidores são computadores dedicados, com maior poder de processamento, que armazenam as bases de dados, gerenciam a conexão remota e aplicações.
Nesta arquitetura, o cliente e o servidor podem assumir papéis diferentes conforme o modelo adotado pela empresa. No modelo mais simples, o cliente é apenas um terminal, a aplicação é executada no servidor e as bases de dados também se encontram no servidor. Não havendo nenhuma manipulação de dados por parte do cliente, há apenas apresentação dos dados ao usuário. No segundo modelo, a aplicação roda no PC cliente, no servidor, existe apenas a base de dados. No terceiro modelo, a aplicação roda tanto no cliente quanto no servidor, mas o banco de dados ainda se encontra no servidor. No quarto modelo, há execução da aplicação no cliente e no servidor e também uma parte da base de dados. Cabe salientar que frequentemente o modelo adotado é completamente transparente para o usuário final. A arquitetura cliente-servidor é a arquitetura que é implementada na Internet. Quando acessamos um site de uma empresa na internet, estamos nos conectando ao servidor da empresa e o nosso computador é o cliente. Adiante trataremos especificamente da Internet e do comércio eletrônico. |
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Tela 57 |
| Arquitetura
Peer-to-peer (P2P) Esse tipo de arquitetura de rede teve um grande impulso após o fechamento judicial de sites que compartilhavam músicas na Internet como o Napster. Para evitar problemas judiciais, os usuários utilizaram uma arquitetura usada pela primeira vez pela IBM, que é a arquitetura peer-to-peer. A grande vantagem dessa arquitetura é de não ser necessário um servidor central. As informações sobre os arquivos estão espalhadas pelos computadores conectados à rede. Essa arquitetura difere da arquitetura cliente/servidor, no qual alguns computadores são dedicados a servirem dados a outros. Na arquitetura peer-to-peer, a estação possui capacidades e responsabilidades equivalentes. Os computadores não possuem um papel fixo de cliente ou servidor, pelo contrário, costumam ser considerados de igual nível e assumem o papel de cliente ou de servidor dependendo da transação, sendo iniciada ou recebida de um outro peer da mesma rede. |
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Tela 58 |
Resumo O uso de telecomunicações é essencial nas empresas modernas como meio de comunicar dados e voz de um ponto a outro. Surgiram novas tecnologias como telefonia celular, internet, Redes LAN e WLAN que tornaram possível o desenvolvimento de novas aplicações que se utilizam dessa grande capacidade para a transmissão de imagens, vídeos e sons em tempo real. A comunicação de dados pode transmitir dados analógicos ou digitais, de forma serial ou paralela. A transmissão pode ser simplex, half-duplex ou full duplex. A transmissão simplex é unidirecional. A comunicação half-duplex é bidirecional, mas não simultânea como no rádio-amador. A transmissão full duplex permite a transmissão de dados simultânea entre dois dispositivos, como o telefone. A comunicação de dados pode ser realizada por diferentes meios de transmissão. Os mais usados são: par trançado, cabo coaxial, fibra óptica, link microondas terrestre e link microondas por satélite. Cada um com características próprias de velocidade de transmissão, aplicação e uso. Os computadores
podem se comunicar usando modems ou por meio de redes. Os modems são
dispositivos eletrônicos que permitem o envio e recebimento de dados
por meio da linha telefônica. Nas redes os dispositivos são
conectados diretamente. As redes podem ser classificadas em: LAN (Local
Area Network), WLAN e WAN. A rede LAN conecta computadores de um
escritório ou edifício. A WLAN conecta computadores utilizando
a tecnologia wireless e WAN (Wide Area Network) que são
as redes de longa distância que conectam dispositivos espalhados
em uma região, de um país ou mesmo do mundo inteiro. |
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