Unidade 4 Módulo 1
Tela 1
Módulo 1 - Visão geral

1 - Visão geral

Já abordamos a importância estratégica da informação, como forma de melhor gerenciar processos, melhorar a participação e o mercado, promover ganhos diretos de receita e reduzir custos operacionais.
Mas a informatização causa impactos e desafios, que, se não forem bem gerenciados, podem colocar em risco os investimentos feitos e provocar descontentamento na equipe.

São riscos para as empresas:

Tipo
Questão

Financeiros

Planejar bem e deixar margem, pois o retorno financeiro demora a acontecer.

Riscos técnicos e de projetos

A tecnologia pode não estar disponível ou não ter atingido a maturidade necessária; taxa de obsolescência elevada; falhas no sistema.

Funcionalidade

Concluído, o sistema pode não atender aos requisitos definidos; promessa do vendedor de funcionalidades não oferecidas.

Sistêmicos

A empresa não possui informações internas e externas de mercado, de economia - para fornecer ao sistema

Políticos e de resistência

A diretoria apóia o projeto? Esclarecimento e envolvimento diminuem barreiras.

Ser líder ou seguidor

O líder arrisca pela inovação, o seguidor pode inovar tarde demais, e perder a oportunidade.

Mudanças de valores ao longo do projeto

O valor agregado pelo sistema poder ser menor que o esperado – o sistema deve ser flexível a mudanças

Escolha dos agentes

A preferência por maior ou menor risco deve ser compatível com a filosofia da empresa.

Escolha do fornecedor

Verificar saúde financeira, desempenho no mercado, direcionamento da tecnologia e relacionamento com os clientes.


O maior desafio para a administração é conduzir suas organizações pelas transformações necessárias para prosperar no ambiente de competitividade global.



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Módulo 1 - Visão geral

O planejamento do SI é uma ferramenta importante para minimizar os riscos citados. Com ele, as metas estratégicas e organizacionais são traduzidas em iniciativas de desenvolvimento de sistemas, trazendo, como benefício para a organização, o desenvolvimento de uma abordagem de longa duração para a utilização da TI.


Desenvolver sistemas é uma atividade geralmente complexa, a menos que o sistema seja extremamente simples. Um novo sistema ou mesmo a modificação de um sistema existente altera os processos da empresa, a maneira com que as atividades são realizadas, e isso nem sempre é bem-vindo. O sucesso de um sistema está no fato de ele ser adotado pelos usuários e funcionar a contento, ao final de sua implantação. Para isso, é preciso contar com uma boa metodologia de desenvolvimento.

Assim, o planejamento de sistemas é fator decisivo no sucesso do desenvolvimento e da implantação de um sistema. O planejamento de um sistema de informação é um processo de planejamento formal que cria planos para desenvolver e administrar os sistemas de informação que no futuro, depois de implementados, apoiarão as metas da organização. Isto inclui atividades de planejamento estratégico, tático e operacional.



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Módulo 1 - Visão geral
2– Metodologias de Planejamento

Os três métodos mais comuns para o planejamento de negócios são: planejamento top-down, planejamento Bottom-up e um processo chamado de planejamento dos fatores críticos de sucesso.

Planejamento top-down: Neste método o administrador começa o planejamento com ideias bem claras sobre os objetivos da empresa em longo prazo. O método consiste então em dividir esses objetivos em objetivos menores para os grupos dentro da empresa e alocar recursos para cada um dos grupos. Esse método é mais empregado nas grandes empresas. Geralmente resulta em sistemas de informação bastante integrados que abrangem toda ou pelo menos a maior parte da organização.

Planejamento Bottom-up: No planejamento bottom-up, os administradores estão voltados a atender às necessidades de cada grupo ou função da empresa. O foco está em tentar integrar os objetivos de cada grupo em um objetivo maior da empresa. O pensamento que está por detrás desse método de planejamento é que, ao resolver os problemas individuais, estaremos necessariamente satisfazendo as necessidades da empresa.

Este método não contribui para a integração dos sistemas de informação. É um método reativo, espera-se que um problema ocorra para que possam ser tomadas as providências. Isso acaba fazendo com que não se tome novas iniciativas para antecipar problemas, ou que busquem a melhoria contínua.

Planejando por fatores críticos de sucesso: Nesse método o administrador de cada unidade ou grupo da empresa deve definir quais são os fatores críticos de sucesso para a unidade. Por exemplo, o diretor do departamento vendas pode definir como fatores críticos de sucesso: tempo de resposta ao usuário inferior a 2 horas, o tempo de elaboração de determinados relatórios inferior a 1 hora, tempo de aprovação do crédito inferior a 10 minutos, tempo de realização de cadastro menor que 5 minutos. Um diretor da operação de varejo pode definir como fatores críticos de sucesso: 98% de mercadorias para pronta entrega, envio de mercadorias em até 24h e tempo de entrega inferior a 3 dias nas capitais e 5 dias nas demais cidades.

Todos os fatores críticos de sucesso serão agregados e serão avaliados quais os melhores procedimentos e recursos devem ser utilizados para cumprir a todos os fatores críticos de sucesso. O planejamento de SI então deve contemplar os fatores críticos de sucesso, alocando recursos e definindo metodologias de avaliação do cumprimento dos objetivos.


Tela 4
Módulo 1 - Visão geral

Mas, para que o planejamento do SI obtenha sucesso, a alta administração da empresa deve:

• Reconhecer que TI é um recurso indispensável para a empresa.
• Entender que TI é um recurso complexo.
• Considerar que os recursos de TI servem a toda a empresa.
• Considerar que os recursos de TI representam uma oportunidade de ganhos para a empresa.

Os executivos devem considerar a TI como um recurso indispensável para a empresa e que pode realmente contribuir para melhorar a forma como a empresa conduz os seus negócios; os administradores devem entender que os recursos não são apenas computadores, mas hardware, software, telecomunicações, banco de dados, procedimentos e pessoas. Se isso não for compreendido, todo o esforço de planejamento será inútil.

Os recursos de TI devem ser vistos como propriedade de todos os membros da organização e não apenas do departamento de TI. Isso facilita a obtenção de informações, a implementação e a validação do sistema.

Os recursos de TI não podem ser considerados apenas como recursos para solucionar problemas na empresa. Os recursos de TI devem ser considerados como uma fonte de ganhos e oportunidades para a empresa. Quando esses quatro pontos são entendidos pelos executivos, será possível começar o planejamento de TI com a certeza que os seus recursos de TI poderão contribuir efetivamente para o sucesso da empresa.



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3 - Planejamento estratégico de SI

No final dos anos oitenta, surgiu a ideia de que era preciso fazer um planejamento estratégico de SI (PESI), ou seja, integrar o planejamento de SI com o planejamento estratégico corporativo e introduzir a ideia de que a tecnologia é fundamental para a execução do planejamento estratégico. É importante salientar que o planejamento estratégico de SI aborda tudo o que é necessário para que o SI funcione (hardware, software, redes, equipamentos de telecomunicação, entre outros aspectos). A figura abaixo ilustra a relação entre TI, SI, o negócio, a empresa e seu ambiente.



O planejamento estratégico de SI, isto é, a integração do planejamento de SI com o planejamento estratégico corporativo surgiu com a crescente onda de informatização. Aos poucos, as organizações foram se dando conta de que as TI/SI eram fundamentais para a consecução das estratégias deliberadas no planejamento estratégico do negócio.Vejamos o exemplo dos bancos. Pode-se afirmar que a estratégia dos bancos nacionais, desde o início dos anos 90, foi fortemente voltada para a redução de funcionários e a expansão da base de clientes. Aparentemente, são duas metas incompatíveis: como aumentar clientes e reduzir funcionários ao mesmo tempo? Quem vai atender os clientes? Os clientes vão se autoatender, 24 horas por dia, sete dias por semana, por meio de home-banking, terminais de autoatendimento, celular WAP. Na retaguarda, servidores mais potentes, mais microcomputadores, redes mais rápidas, acesso mais rápido a arquivos de dados, uma parafernália tecnológica que permitiu atender os clientes sem transtornos.Sem todo a avanço tecnológico dos últimos anos, nenhum banco teria conseguido alcançar suas estratégias. Vê-se a importância de atrelar a definição das estratégias da organização com as estratégias da TI: se isso não for feito, as estratégias da organização podem estar fadadas ao fracasso.



Tela 6
Módulo 1 - Visão geral
A área de planejamento estratégico de SI é relativamente recente e exerce hoje um forte impacto sobre as estratégias dos negócios. A estratégia de SI deve ser derivada da estratégia corporativa, porém, as novas tecnologias da informação pressionam fortemente a indústria e os negócios, interferindo e atuando sobre a definição de estratégias corporativas.

O objetivo básico do planejamento estratégico é direcionar a organização para uma nova situação estratégica, gerando um conjunto de forças para novo alinhamento estratégico (Alinhamento do planejamento estratégico do negócio – PEN) com o planejamento estratégico de TI (PESI); ou seja, a adequação entre as estratégias e objetivos do negócio com as estratégias, os objetivos e as funções de TI.

Isso deve ocorrer para que a TI suporte as estratégias do negócio, contribuindo para trazer maiores vantagens competitivas ,maior performance organizacional e maior valor ao negócio. A dificuldade de implantar o plano desenvolvido é considerada crítica, constituindo-se na principal limitação dos planos estratégicos de SI.

O plano estratégico de SI é feito para um período que varia de 3 a 5 anos, portanto, é um documento de longo prazo. As metas estratégicas de SI devem ser quebradas em objetivos táticos que definem como e quando a meta estratégica será atingida. Os planos táticos geralmente cobrem prazos de 1 a 3 anos.

Cada objetivo do plano tático possui um plano de operações que descreve de forma detalhada os procedimentos a serem realizados, os departamentos responsáveis e o prazo de realização.



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4 - Etapas do PESI

Para suportar e assegurar o andamento do plano estratégico de sistemas e a sua compatibilidade com o planejamento estratégico do negócio (PEN), o planejamento estratégico de SI:

• Fornece objetivos que facilitam o estabelecimento de prioridades para os sistemas de informações, interdependentes dos interesses funcionais ou pessoais.
• Favorece o desenvolvimento de sistemas que tenham uma longa vida, protegendo, dessa forma, os investimentos efetuados.
• Assegura que os recursos computacionais da companhia sejam administrados de forma a produzir o mais eficiente e efetivo suporte para os objetivos da companhia.
• Garante que os dados sejam tratados como um recurso corporativo e não departamental, funcional ou pessoal, que deve ser administrado e planejado para uso efetivo pela empresa.

O PESI conta, genericamente, com 6 etapas, conforme a figura:



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1ª Etapa - Levantamento da situação atual: O objetivo dessa etapa é conhecer a empresa para, só então, nas próximas etapas, iniciar a definição de SI/TI. Deve-se fazer uma análise de:

• Princípio, missão e metas.
• Planejamento Estratégico do Negócio (PEN).
• Estrutura funcional da empresa (departamentos, áreas, setores).
• Estrutura física da empresa (salas, disposição física, cabeamento, tomadas).
• Hardware existente: microcomputadores (quantidade, distribuição e configuração).
• Software existente: sistema operacional, pacotes de automação, sistemas específicos.
• Problemas em relação a SI/TI.

Levantar os dados citados requer tempo e certa habilidade em “deduzir” algumas informações, que nem sempre são explicitadas. Existem várias técnicas para coletar dados – que podem ser usadas individualmente ou em conjunto – entre as quais:


Estudo dos manuais de procedimentos da empresa
Análise de formulários
Entrevistas
Questionários
Observação
Análise do sistema existente

Existem quatro metas principais que devem ser consideradas à época da coleta de dados:

• Entender o que a administração espera das novas TI/SI.
• Entender as exigências do SI – o que processar e que saídas devem ser obtidas do sistema.
• Elaborar procedimentos para a correta operação de TI/SI.
• Entender as áreas problemáticas: deficiências, mau funcionamento, processos dispendiosos/ineficazes, operações descontroladas ou desprotegidas, falhas e defeitos.

Essas metas são os objetivos básicos da coleta de dados. Um analista de sistemas experiente fará julgamentos sobre certos aspectos do sistema, mas permanecerá flexível e aberto a sugestões, até que todos os dados tenham sido coletados.



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2ª Etapa: Estabelecimento de filosofias e diretrizes: Essa etapa tem por objetivo definir as características gerais do processo de informatização, de acordo com as diretrizes gerais adotadas pela administração. Devem ser consideradas diretrizes sobre:

• Integração entre os sistemas e os dados: os sistemas serão isolados ou integrados?
• Tipo de processamento: online ou batch?
• Grau de disseminação dos recursos de informática: quem terá acesso aos computadores?
• Grau de distribuição das bases de dados: ter uma ou várias bases de dados?
• Uso da tecnologia: ser líder ou seguidor? O líder arrisca pela inovação, o seguidor arrisca, pois pode ter que inovar tarde demais.
• Grau de atualização que a empresa pretende manter: upgrade constante, ou só quando estiver rumando para a defasagem?

Restrições orçamentárias: quanto poderá ser investido em TI?



No processamento on-line, ou em tempo real, cada operação feita pelos usuários, em qualquer ponto do sistema, é imediatamente atualizada no banco de dados. Se um funcionário atualiza o cadastro de um cliente, fazendo a gravação dos novos dados às 4h50min, e se outro funcionário consultar esses dados às 4h51, eles já estarão atualizados.



O processamento batch, ou em lote, requer a entrada e o processamento das atualizações em grupo. Foi muito utilizado no início da era de SI, quando os recursos de hardware e software eram precários e não se podia utilizar a capacidade de processamento em atualização e consulta simultaneamente. Normalmente, as consultas eram suspensas em períodos de pouco movimento, para que fossem processados os arquivos batch. No exemplo acima, se o processamento fosse batch, o funcionário atualizaria o cadastro do cliente e faria o comando de gravação dos novos dados às 4h50min. Esse dado seria incluído em um arquivo batch de atualizações de cadastro que, só mais tarde, seria processado. No processamento batch, em geral, são estabelecidos um horário e uma periodicidade fixos para a execução do arquivo de atualizações – por exemplo, diariamente, às 18 horas.



Atualização ou modernização de um programa (software) ou equipamento (hardware).



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3ª Etapa: Pesquisa de aplicações potenciais

Nessa etapa verifica-se a necessidade que a empresa tem de:

• Hardware: pode-se concluir que, para implantar o novo SI, serão necessários microcomputadores (ou expansão da capacidade dos atuais), impressoras, scanners e plotters, discos com maior capacidade de armazenamento, monitores com melhor definição, entre outros equipamentos.

• Software: para acompanhar a atualização de hardware ou atingir os objetivos da nova política da empresa, pode ser necessário utilizar versões mais recentes: do ambiente operacional (Windows, por exemplo) ou dos aplicativos utilizados pela empresa (processadores de texto, planilhas, entre outros), utilizar novas tecnologias como data-mining , GIS, workflow, groupware, comércio eletrônico, sistemas integrados ou adquirir ou desenvolver novo SI.

Formas de comunicação: pode-se optar por novas formas de comunicação e de troca de dados, como EDI, Internet e Intranet.

Para ilustrar essa etapa, vejamos o exemplo da empresa Evolução Engenharia.



Scanner é o aparelho de digitalização de imagens impressas, que capta imagens e as converte em arquivo digital.



Plotters é um dispositivo de saída, dotado de pinos ou canetas especiais, para representação gráfica de dados. É capaz de imprimir com acuidade documentos de grande extensão, contendo diagramas, plantas, gráficos. Pode imprimir documentos de tamanho A4 até A0 (1165 mm X 817mm).



Técnica de análise de informações que auxilia o usuário a ‘minerar’ os dados, selecionando informações valiosas entre as disponíveis no data-warehouse.



GIS (Geographic information systems) são sistemas que utilizam geoprocessamento, cujas informações estão vinculadas a um determinado lugar no espaço, seja por meio de um endereço, seja por coordenadas.



Software que faz o gerenciamento eletrônico de documentos, que tem por objetivo reduzir acúmulo de documentos e gasto em papel. Substitui processos baseados em papel por fluxos de trabalho automatizados. Emprega roteamento de mensagens, distribuição automática para grupos e emissão automática de e-mails.



Softwares que possibilitam o trabalho em grupo à distância. Oferecem possibilidade de trabalho com textos e imagens, como videoconferência.



Ramo de negócios que utiliza a Internet como veículo de vendas de produtos no atacado e no varejo.



Sistemas de gestão empresarial que integram todas as atividades da empresa, incluindo planejamento, manufatura, vendas e finanças, por meio do compartilhamento de informações de cada área. Os mais conhecidos são R3/SAP, Datasul, Baan, PeopleSoft, JDEdwards e IFS.



Electronic Data Interchange, ou intercâmbio eletrônico de dados, usa os sistemas de rede e segue padrões e procedimentos que permitem que a saída de um sistema seja processada diretamente como entrada em outros sistemas, sem a intervenção humana. Por exemplo, a cada unidade do produto X vendida na empresa A, informa-se automaticamente (via EDI) à empresa B que é necessário repor o estoque da empresa A.



Internet, intranet (Rede interna que utiliza a tecnologia da Internet no ambiente privativo da empresa. Podem utilizar a estrutura de comunicação de dados da própria Internet para se comunicar com filiais ou com qualquer empresa conectada à rede. Sua origem, no Brasil, ocorreu em 1995, na Rhodia. Geralmente, tudo o que circularia internamente na empresa, na forma de papel, pode circular na intranet: manuais, políticas de procedimento, informações de marketing, catálogos de venda de produtos, catálogos telefônicos, entre outros documentos.) ou extranet (Conjunto de Intranets interligadas pela Internet. Pode-se manter uma extranet que ligue matriz, filiais, clientes e fornecedores - clientes e fornecedores acessam apenas uma parte da intranet da empresa. A vantagem da extranet é que os parceiros (clientes e fornecedores) não precisam ter o mesmo tipo de hardware, sistema operacional, gerenciadores de banco de dados (software) ou browser para navegação. É uma das formas mais baratas e fáceis de interligação entre parceiros, mas requer uma política de segurança adequada.



A fim de ilustrar melhor a necessidade de um upgrade tecnológico, vejamos o exemplo da Evolução Engenharia LTDA.

A empresa Evolução Engenharia era de pequeno porte: contava com 2 engenheiros, 1 arquiteto e 1 secretária, administrava 7 projetos, acompanhava 10 obras. Em determinado momento, venceu uma licitação, e, assim que iniciasse o projeto, passaria para 4 engenheiros e 2 arquitetos, 20 projetos, 20 obras. Precisava preparar-se tecnologicamente para essa nova realidade.

Contratou uma empresa de consultoria em informática que, seguindo as etapas do PESI, sugeriu a seguinte atualização em relação aos recursos de informática da Evolução Engenharia: Usar uma versão de software CAD - computer aided software – desenho assistido por computador - que permitia trabalhar com vários arquivos abertos, facilitando a troca de blocos entre arquivos, e melhorando a produtividade na realização de desenhos.

Para usar satisfatoriamente esta versão do software CAD, seria preciso:

um microcomputador com 750 Mhz de velocidade e 128 MB de memória RAM; um plotter para imprimir as plantas (atividade que era terceirizada); uma impressora de melhor resolução, para apresentar os resultados intermediários do projeto; atualização de seus softwares de correio eletrônico, processador de texto e planilha eletrônica, além de um software de agenda eletrônica, para controlar as inúmeras reuniões com o contratante e os seus parceiros. Conexão rápida à Internet para download de atualizações nos softwares que usaria e troca de arquivos com a contratante e com seus parceiros; um gravador de cd-rom ou zip drive, para armazenamento de grandes arquivos.



Tela 11
Módulo 1 - Visão geral

4ª Etapa: Seleção e priorização das aplicações

• Seleção de hardware e software - empresa pode comprar ou alugar o hardware e software que são necessários ao plano de informatização.


A vantagem da compra é que a empresa pode modificar o equipamento ou software conforme sua conveniência. A desvantagem é que a empresa fica com a responsabilidade de resolver todos os problemas advindos da utilização do hardware e do software.
Devido à acelerada evolução do hardware, tem sido comum a aquisição de equipamentos de alta capacidade, a fim de reduzir um pouco a obsolescência.



Já no aluguel, modificações no sistema dependem de prévio acordo: cada mudança deve ser negociada entre locador e locatário, o que pode representar uma desvantagem. O aluguel oferece uma grande vantagem: qualquer problema que ocorra é resolvido pelo locatário, sem implicar custos para o locador.

• Seleção de fornecedor - Na seleção do fornecedor, deve-se procurar uma empresa com know-how, com experiência no mercado. Veja como reconhecer isso:


Empresas Inexperientes:


• Seus gerentes estão preocupados em “apagar incêndios”.

• Trabalham com estimativas irreais, o que provoca frequentemente estouro de cronograma e custos.

• Seus produtos apresentam problemas de funcionalidade e de qualidade.



Empresas Experientes:


• Possuem habilidade para gerenciar os processos de desenvolvimento e manutenção de SI.

• Seus gerentes acompanham o processo e a qualidade do software.

• São mais realistas e baseiam suas estimativas de tempo e custos em dados históricos.

• Normalmente, atingem os resultados esperados no que se refere a custos, cronogramas, funcionalidades e qualidade.

• Proveem infraestrutura para suportar o processo, e seus participantes sabem o valor e a responsabilidade de seu trabalho.

• Oferecem cumprimento dos cronogramas, controle sobre os processos e efetividade, com consequente diminuição dos custos, do tempo de desenvolvimento e da manutenção, além de melhoria na produtividade e qualidade.



Tela 12
Módulo 1 - Visão geral

• Melhoria de hardware e software:

Há ainda alguns aspectos que devem ser considerados:

• Compatibilidade com sistemas futuros: qual o custo de migração para novas tecnologias? Qual o risco de a empresa ficar atrelada ao fornecedor e não conseguir mais determinar suas opções?
• Custo com terceiros: quantas empresas estão envolvidas no projeto? Qual a confiabilidade dessas empresas?
• Atualizações: com que frequência o fornecedor obriga e oferece a atualização do software?
• Aquisições: quais são seus direitos sobre o software, caso o fornecedor seja comprado ou decida interromper a comercialização do produto?


Tela 13
Módulo 1 - Compatibilidade com a Organização

5ª Etapa: Estudo da viabilidade

Todo projeto é viável - desde que tenha recursos ilimitados e tempo infinito! No entanto, geralmente, em informática, trabalha-se com escassez de recursos e prazos exíguos. Assim, a avaliação da viabilidade de um projeto deve ser realizada o mais cedo possível.

O objetivo do estudo de viabilidade é determinar, rapidamente e com o mínimo de despesas, se o problema pode ser resolvido.

O propósito do estudo de viabilidade não é resolver o problema, mas determinar se o problema tem solução factível.

• Análise de custo-benefício: Entre as informações mais importantes de um estudo de viabilidade, está a análise de custo-benefício - uma avaliação da justificativa econômica para um projeto de sistema baseado em computador.

A análise de custo-benefício delineia os custos para o desenvolvimento do projeto e os compara com os benefícios tangíveis – que podem ser traduzidos em reais – e intangíveis de um sistema.

Assim, são comparados os custos de um sistema e os benefícios por ele proporcionados. A análise de custo-benefício é dificultada por critérios que variam de acordo com as características do sistema, seu tamanho relativo e o retorno esperado sobre o investimento planejado como parte do plano estratégico de uma empresa.

Muitos benefícios dos SI são intangíveis, como, por exemplo, melhor qualidade de projeto mediante a otimização iterativa, maior satisfação do cliente por meio do controle programável e melhores decisões empresariais advindas da análise prévia de dados de vendas. Comparações quantitativas diretas podem ser difíceis de ser conseguidas.

A maioria dos sistemas é desenvolvida com o objetivo primário de obter melhor qualidade, oportunidade e organização de grandes quantidades de informações. Por conseguinte, os benefícios do SI concentram-se no acesso a informações e em seu impacto no ambiente do usuário, mas podem estar associados também a áreas técnicas e científicas.



Os custos de um sistema de informação geralmente são compostos por:

Custos de aquisição:

Custos de licença ou compra real de equipamentos

Custos de instalação de equipamento

Custos para modificar o ambiente do equipamento (ar-condicionado, segurança, entre outros)

Custo de capital

Custo da administração e do pessoal que lida com a aquisição

Custos de iniciação (start-up)

Custo para operar o software do sistema

Custo de instalação de equipamentos de comunicação (linhas telefônicas, linhas de dados, entre outros)

Custo do pessoal responsável pelo funcionamento do sistema

Custo de seleção de pessoal e atividades de contratação

Custo da ruptura da organização como um todo

Custo de administração exigida para a atividade de iniciação (start-up) direta

Custos relacionados ao projeto

Custos de aplicativos comprados

Custo de modificações de software para adaptações a sistemas locais

Custo de pessoal e de gastos gerais proveniente do desenvolvimento de aplicações in-house

Custo para treinar o pessoal que oferece suporte ao usuário na utilização do aplicativo

Custo da coleta de dados

Custo de preparação da documentação

Custo do gerenciamento do desenvolvimento

Custos permanentes

Custo de manutenção do sistema (hardware, software e facilidades)

Custos de aluguel (eletricidade, telefone, entre outros)



Tela 14
Módulo 1 - Visão geral

6ª Etapa: Documentação

A documentação é uma etapa importante no PESI. Ela se inicia na primeira etapa e é a última a ser terminada. Nela constam a descrição dos processos, diretrizes, procedimentos, rotinas, análise de hardware e software existentes, aplicações potenciais, critérios de escolha, e todos os processos e produtos do sistema. São definidos, também, planos táticos que descrevem, de forma detalhada, os procedimentos a serem realizados, os departamentos responsáveis e o prazo de realização. O plano também prevê a lista de recursos que devem ser alocados para o cumprimento do objetivo e deve incluir hardware, pessoal, software e quaisquer outros recursos necessários.

Alguns fatores importantes devem ser considerados na realização dos planos táticos de sistemas de informação:

Flexibilidade: muitas vezes será possível utilizar o mesmo recurso para diferentes funções da empresa, reduzindo o custo total. Um plano tático deve avaliar que recursos poderão ser compartilhados.

Compatibilidade: deve ser avaliada a compatibilidade dos recursos de TI em diferentes setores na empresa para facilitar a troca de informações e manutenção dos equipamentos.

Conectividade: os recursos de telecomunicações da empresa devem ser avaliados para que haja compatibilidade com relação ao hardware e ao software já instalados na empresa. Outro ponto é garantir a conectividade dos clientes que estão fora da empresa. Algumas tecnologias restringem o acesso a determinados fabricantes, um exemplo é a tecnologia ActiveX que só funciona no navegador da Microsoft.

Normalização: geralmente em grandes empresas acaba-se normalizando os recursos de hardware e software. É importante que seja feita uma avaliação periódica para saber até que ponto é interessante manter a normalização ou atualizar o recurso.

Escalabilidade: uma empresa de sucesso está sempre crescendo, então é importante que o plano tático contemple a expansão dos recursos de TI.

Equivalência software-hardware: não adianta adquirir um software atual se a empresa só possui computadores antigos que irão executar o software de forma lenta e ineficiente. Esse tipo de problema infelizmente ainda acontece muito nas empresas, principalmente em relação à atualização do sistema operacional. A empresa muda o sistema operacional dos computadores por um sistema mais novo sem atualizar também o hardware.

Custo total de propriedade (TCO): é óbvio que qualquer decisão de aquisição de equipamentos deve levar em conta o custo. Os custos de TI geralmente se elevam muito acima dos custos de aquisição de hardware e software. Existem custos que não estão aparentes e que muitas vezes superam em muito os custos de aquisição, como os custos relacionados ao treinamento de pessoal, suporte técnico, custo de administração, etc.

Agora que tivemos uma visão geral do planejamento dos sistemas de informação, veremos mais adiante como eles são desenvolvidos.



Tela 15
Módulo 1 - Visão geral

Resumo

A informatização – apesar de fundamental para gerenciar processos, melhorar a participação no mercado, promover ganhos diretos de receita e reduzir custos operacionais – traz impactos e desafios, que, se não forem bem gerenciados, podem colocar em risco os investimentos feitos e provocar descontentamento na equipe. A fim de minimizar esses riscos, é importante o planejamento de SI, que é a atividade de traduzir metas estratégicas e organizacionais em iniciativas de desenvolvimento de sistemas, trazendo como benefício para a organização o desenvolvimento de uma abordagem de longa duração para a utilização da TI nas organizações. Assim, é preciso fazer um planejamento estratégico de SI, integrando o planejamento de SI com o planejamento estratégico corporativo, introduzindo o conceito de que tecnologia é fundamental para a execução do planejamento estratégico.

Atualmente existem diversas metodologias de planejamento de SI, como a BSP (Business Systems Planning), a BIAIT (Business Information Analysis and Integration Technique), e a BICS (Business Information Control Study). Na prática, são todas semelhantes.

O Planejamento estratégico de SI (PESI) conta com 6 etapas:

• Levantamento da situação atual: o objetivo desta etapa é conhecer a empresa, analisando princípios, missão e metas, planejamento estratégico do negócio, estrutura funcional e física da empresa, hardware e software existentes, e problemas em relação à SI/TI. Várias técnicas podem auxiliar na coleta desses dados, como estudo dos manuais de procedimentos da empresa, análise de formulários, entrevistas, questionários, observação e análise do sistema existente.

• Estabelecimento de filosofias e diretrizes: tem como objetivo definir as características gerais do processo de informatização, de acordo com as diretrizes gerais adotadas pela administração. Devem ser consideradas diretrizes sobre integração de sistemas e dados, grau de disseminação dos recursos de informática e tipo de processamento.

• Pesquisa de aplicações potenciais: verifica-se a necessidade de novo hardware, novo software e formas de comunicação alternativas.

• Seleção e priorização das aplicações: seleciona-se hardware, software, pela aquisição ou pelo aluguel e determinam-se os fornecedores.

• Estudo da viabilidade: determina, rapidamente e com o mínimo de despesas, se o problema tem solução factível. Durante o estudo de viabilidade, devem-se considerar as viabilidade técnica, legal, operacional, de tempo e econômica, além de se efetuar análise de custo-benefício.

• Documentação: contém descrição dos processos, diretrizes, procedimentos, rotinas, análise de hardware e software, aplicações potenciais, critérios de escolha, e todos os processos e produtos do sistema. É o produto final do PESI.



Unidade 4 Módulo 2
Tela 16
Módulo 2 - Metodologias para desenvolvimento de sistemas de informação

1 - Adquirir ou desenvolver um SI

Após a decisão de se adotar um novo sistema de informação, deve-se definir se ele será adquirido ou se será desenvolvido.

Para fazer a opção por um sistema customizado ou por um pacote, deve-se considerar principalmente o valor agregado do sistema, ou seja, sua importância estratégica para a organização e as reais necessidades da empresa. Ainda, é preciso definir prioridades, para que a aquisição do sistema não demande recursos demasiadamente altos para o porte da empresa.

Se não for vantajosa a aquisição de um pacote ou de um sistema customizado, a empresa pode optar pelo desenvolvimento interno (in house) ou pelo desenvolvimento terceirizado.


Portanto, a empresa pode:
• Adquirir um sistema pronto, os chamados pacotes ou softwares de prateleira.
• Encomendar a customização, ou adaptação para as suas necessidades, de um sistema pronto.
• Desenvolver internamente o próprio sistema.
• Terceirizar o desenvolvimento de um sistema específico (Outsourcing).


Para optar pela aquisição, o sistema que a empresa procura deve ser comum e tratar de aplicações semelhantes em muitas empresas. Um exemplo disso é um sistema para controlar folha de pagamento de funcionários: em todas as empresas, há funcionários cadastrados, cargos, salários, controle de horas extras, controle de faltas, cálculo de férias e décimo terceiro, entre outras operações. Os sistemas que calculam a folha de pagamento de uma empresa são muito parecidos e podem, portanto, ser adquiridos prontos.

A empresa pode também encontrar um sistema pronto que atenda a grande parte de suas necessidades. Nesse caso, ele precisaria apenas de uma adaptação, ou customização, para funcionar a contento.


Tela 17
Módulo 1 - Visão geral

A customização, em geral, é realizada pelo fabricante do sistema em conjunto com a empresa contratante, de modo a assegurar que serão realizadas todas as modificações necessárias. Frequentemente, empresas que efetuam customização são pequenos e médios produtores de software que, após desenvolver um sistema que atenda a um determinado segmento do mercado, procuram ampliar sua abrangência, modificando-o para diferentes situações.

Se, finalmente, a empresa conclui que o melhor é desenvolver um sistema específico, mais adequado às suas necessidades, pode optar por desenvolver internamente ou terceirizar o desenvolvimento.

Para o desenvolvimento interno, é necessário pessoal qualificado, o que nem sempre é possível ou adequado para o tamanho da empresa. Se a opção for a terceirização, deve-se tomar cuidado com o processo de escolha da empresa responsável pelo desenvolvimento.

Desenvolver internamente ou terceirizar? Essa decisão deve considerar cada caso, pois depende de um conjunto de fatores, tais como: tipo de sistema, especificidade e porte da organização.



Tela 18
Módulo 1 - Visão geral
2 - O ciclo de vida de um sistema


Conhecer o desenvolvimento de sistemas é importante para todos os profissionais, não somente para os de sistemas de informação. Atualmente, nas empresas, 80% ou mais dos funcionários utilizam sistemas durante suas atividades diárias.

Até alguns anos atrás, o porteiro responsável pelo portão de entrada de veículos de carga, em uma grande indústria, apenas observava o fluxo de veículos e mantinha certa ordem. Atualmente, ele utiliza o sistema de informações da empresa para digitar a placa de veículo, operação que vai realizar (carga ou descarga) e a que empresa pertence. Agora, pode-se considerar que o trabalho desse porteiro faz parte do processo industrial. Em vista disso, muitas vezes os usuários são chamados a compor a equipe de desenvolvimento. Assim, os sistemas alcançam melhores índices de satisfação entre os funcionários.

O processo de desenvolvimento de sistemas costuma ser chamado de ciclo de vida de um sistema. Mas por que é chamado assim?
Ele compreende uma série de passos e atividades planejadas, desenvolvidas para maximizar a probabilidade de desenvolvimento de um bom sistema.

Entre as principais vantagens de adoção da metodologia de ciclo de vida, temos:

• Definir de forma clara e precisa as atividades a serem executadas.
• Introduzir coerência entre as diversas etapas.
• Fornecer pontos de controle de progresso.
• Oferecer pontos de tomada de decisão sobre o projeto.

O método de ciclo de vida de um sistema estabelece as diferentes fases de um sistema desde o surgimento de sua necessidade até sua desativação por obsolescência, ou por outro motivo.



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Módulo 2 - Metodologias para desenvolvimento de sistemas de informação

O ciclo de vida de um sistema de informações ou software é geralmente dividido em seis fases:

• Estudo preliminar
• Análise
• Projeto
• Implementação
• Testes
• Manutenção

É importante salientar que essa divisão não é definitiva e nem unânime, pois ainda não existe um padrão universalmente aceito, embora já existam normas que procuram nortear o desenvolvimento de projetos de software como a ISO/IEC 12207 e ISO 9000-3. Outro ponto importante ressaltado por Rezende (REZENDE & ABREU, 2003) é que embora as fases tenham sido apresentadas em ordem sequencial, na realidade, o processo é interativo e dinâmico, possibilitando assim que a equipe de desenvolvimento retorne às fases anteriores para possibilitar a melhoria do sistema.

A seguir descreveremos em detalhes cada uma das fases ou etapas do ciclo de vida de um sistema de informações.

 



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Módulo 2 - Metodologias para desenvolvimento de sistemas de informação

Etapa 1 - Estudo Preliminar (Estudo de Viabilidade)

Objetivo: obter uma visão global e genérica do projeto. Nesta fase é feita a primeira definição dos requisitos funcionais, objetivos, integrações, limitações e Impactos. Isso é feito por meio do estudo da viabilidade técnica e econômica do sistema.

A Viabilidade Técnica consiste em identificar se é possível desenvolver o sistema com os recursos disponíveis: hardware, o software e recursos humanos.
A Viabilidade Econômica consiste em analisar a relação custo-benefício do sistema - se os benefícios advindos do funcionamento sistema compensam recursos e tempo investidos no seu desenvolvimento.
No estudo de viabilidade, são relacionados e analisados:

• Estimativa dos recursos humanos e materiais necessários ao desenvolvimento e à operação do sistema.
• Estimativa do tempo de desenvolvimento de cada etapa do ciclo de vida.
• Avaliação e previsão do impacto na organização quando o sistema estiver em operação.
• Definição do ambiente do novo sistema.
• Levantamento das características e dos problemas do sistema atual.
• Levantamento dos objetivos e das metas que o novo projeto deverá cumprir.

Ao final do estudo de viabilidade e com base na análise de custo/benefício, o gerente e sua equipe poderão desistir do projeto, ou levá-lo adiante.

Em resumo: nessa fase, a equipe envolvida no projeto coloca no papel todos os recursos necessários para o projeto e os custos do sistema.

 



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Módulo 2 - Metodologias para desenvolvimento de sistemas de informação

Etapa 2 - Análise do sistema atual

Objetivo: conhecer detalhadamente as necessidades do usuário para determinar o que deve ser feito.

Na análise, são realizadas as seguintes atividades:
• Modelagem do ambiente do projeto.
• Descrição das funções contidas no projeto para o cumprimento de seus objetivos, independentemente dos requisitos tecnológicos para sua implementação.
• Identificação do que o sistema deverá fazer para cumprir os objetivos propostos, independentemente de como será feito.

Em resumo: nessa fase, o sistema e suas funções são delineados, independentemente de onde e como ele será executado.

Etapa 3 - Projeto (Projeto lógico)

Objetivo: planejar detalhadamente como cada função será executada no aplicativo de forma a atender aos requisitos estabelecidos na fase de análise.

No projeto, são executadas as seguintes atividades:

• Detalhamento de cada um dos processos automáticos e manuais definidos na fase de análise.
• Definição da tecnologia, linguagens de programação, banco de dados, ambiente operacional, capacidade dos computadores, entre outras que serão utilizadas nos diversos processos.
• Definição do layout do sistema (Padrão de cores, de botões de navegação, de botões de ação, enfim, é a identificação visual do sistema.), das entradas e das saídas (telas, relatórios, consultas, entre outras) e do modelo lógico de dados (Mapa ou diagrama das entidades ou tabelas envolvidas no sistema e suas relações. Em um sistema de controle de vendas, por exemplo, as entidades seriam: cliente, cidade, produto, fornecedor, estoque.).

Em resumo: Apenas nessa fase a equipe definirá como chegar aos objetivos definidos na fase anterior.

 



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Etapa 4 - Implementação (projeto físico)

Objetivo: construir o produto projetado, codificando processos automatizados que foram detalhados na fase de projeto. É a fase de programação.

Nessa fase, é importante padronizar e sistematizar rotinas e procedimentos, para facilitar a manutenção do sistema por outros programadores. Boa manutenção baseia-se em um código limpo (O código de um programa é um conjunto de instruções que informa à CPU quando ela deve executar operações de comutação entre os circuitos, operações matemáticas, operações de gravação entre outras. Um código limpo caracteriza-se pela inexistência de instruções confusas, pelo algoritmo racional e pela modularização do programa, para mais fácil entendimento.) e em uma boa documentação dos programas (Conjunto de descrições narrativas projetadas para auxiliar a utilização, implementação, alteração e operação de programa, bem como a resolução de problemas advindos de seu uso.).

Os sistemas que são desenvolvidos sem obedecer a um ciclo de vida iniciam-se, muitas vezes, diretamente nessa fase. O programalista (Expressão popular que se refere a uma pessoa que reúne as funções de programador e de analista de sistemas. Muito comum em empresas de menor porte. Atualmente, com o crescimento acelerado da Internet, está surgindo o webprogramalista, ou seja, o profissional que faz análise do sistema e o implementa via Internet.) senta-se em frente ao micro e inicia o sistema.

Em resumo: Fase preferida dos programadores. É a hora de ‘colocar a mão na massa’, automatizando as funções anteriormente planejadas.



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Etapa 5 - Testes

Objetivo: testar o produto em todas as suas funções, para verificar o cumprimento dos objetivos propostos.

São dois tipos de testes:
• Modular: testa-se cada programa individualmente.
• Integrado: testam-se todos os processos do sistema, em conjunto.

Para o sucesso dessa fase, é necessário planejar e determinar os testes a serem feitos, para que as funções do sistema não sejam apenas parcialmente testadas. Os testes devem prever todas as situações que o sistema deverá tratar.

A aprovação do sistema depende do resultado dessa etapa. Se não for aprovado, deve-se verificar o tipo de falha, o que definirá a volta à etapa 5, 4 ou 3.

Em resumo: Essa etapa deve ser realizada com muito cuidado, já que é a última antes do sistema ser entregue ao cliente. Qualquer bug (Erro de execução de um programa, causado por inconsistência no seu código ou por incompatibilidade com outros programas que estejam simultaneamente em execução.) do sistema que passe despercebido afeta a credibilidade do sistema, pois será descoberto quando o cliente operar o sistema.

Etapa 6 – Instalação

Objetivo: Colocar o sistema em funcionamento para o cliente ou usuário.

Nessa fase, é feita a instalação (Processo de colocar o sistema em funcionamento no computador dos usuários. Pode ser feito diretamente na máquina do cliente, ou feito por meio da rede. Geralmente o arquivo para instalação chama-se install.exe ou config.exe.) do sistema. O usuário é submetido a um treinamento na operação do sistema, etapa fundamental para que o usuário seja ‘conquistado’, de modo a ser favorável ao uso do sistema. O treinamento deve habilitar o funcionário a utilizar bem todos os recursos do sistema e conscientizá-lo dos benefícios que ele traz ao seu trabalho e à organização, deixando-o à vontade com relação ao novo sistema. O treinamento vende a imagem do sistema e pode contribuir para seu sucesso ou seu fracasso.

Em resumo: O sistema está pronto para ser utilizado.

 



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Etapa 7 - Manutenção

Objetivo: manter o sistema em condições de funcionamento.

Como a empresa e o ambiente estão em constante processo de mudança, o sistema terá, inevitavelmente, de sofrer alterações ao longo do tempo, para se adequar às modificações do ambiente. Senão, o sistema não atenderá às demandas do usuário, e deixará de cumprir seus objetivos.

Em alguns casos, sobretudo nos sistemas mais antigos, a manutenção pode ser desgastante: quanto menor a documentação dos sistemas – vista na etapa 4 –, mais complexa a manutenção. Contudo, a manutenção é um processo necessário e inevitável na vida útil do sistema.

Para os sistemas desenvolvidos com metodologias mais antigas, a fase de manutenção chega a consumir até 70% de todo o esforço gasto com o sistema - apenas 30% são empenhados nas demais fases.

As modernas metodologias de desenvolvimento, apoiadas por ferramentas, propõem novas técnicas e conceitos que concentram o maior esforço nas fases iniciais do ciclo de vida, sobretudo na fase de análise, diminuindo consideravelmente o esforço em manutenção, que em alguns casos chega a 20%.

Em resumo: A manutenção do sistema é realizada até a sua desativação. Assim, enquanto o sistema estiver em funcionamento, haverá manutenção, pois as necessidades do usuário se modificam, por exemplo, em decorrência dos diversos planos econômicos pelos quais o Brasil passou desde o final da década de 80, era frequente a necessidade de alteração de sistemas, devido às trocas de moedas. Atualmente, os sistemas estão ‘migrando’ para a Internet ou para a intranet das empresas, o que exige a sua adaptação.

Há as alterações provocadas por mudanças no ambiente e as demandadas pelo usuário, o qual, conforme usa o sistema, tem ideias de ampliação ou melhoria. O sistema deve ser adaptado para continuar em uso. Quando a equipe ou o responsável pelo sistema concluir que a manutenção está consumindo tempo demais, é hora de o sistema ser desativado.

 

 



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Módulo 1 - Visão geral

Modelos de ciclo de vida - Podem-se identificar claramente três modelos de ciclos de vida mais genéricos: modelo caótico, modelo cascata e modelo espiral.

• Modelo caótico - Conhecido também como “constrói-conserta”. O sistema é desenvolvido ao acaso, sem projeto ou planejamento, e é reestudado cada vez que o usuário comunica uma necessidade, incoerência ou funcionamento indesejado do sistema. O desenvolvimento pode se estender indefinidamente.



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Módulo 1 - Visão geral

• Modelo cascata - Recomendado para sistemas que necessitam de alta segurança e confiabilidade. Foi elaborado por McConnel e é intensivamente utilizado, pois tem a capacidade de distribuir o planejamento do desenvolvimento do sistema ao longo do período, ou seja, ao final de cada etapa, é planejada a etapa posterior. A ilustração a seguir exibe a ordenação das etapas desse ciclo de vida:

No modelo cascata, não há sobreposição de etapas que se sucedem sequencialmente, uma após o término da outra. Cada etapa possui uma fase de verificação, na qual a documentação produzida na fase anterior é validada. Se houver dúvidas ou problemas, o desenvolvimento retorna à etapa anterior, o que explica a existência das setas de retorno.

Alguns especialistas criticam o método em cascata pela dificuldade de retroceder, caso algum requisito de sistema tenha sido omitido no período de análise. Para efetuar o recuo, deve-se recorrer ao método ‘salmão’, que faz alusão ao peixe que sobe o rio contra a correnteza. Assim, pode ser necessário reavaliar todas as etapas, dependendo da complexidade do elemento que causou o retrocesso. Esse é o ônus desse modelo.



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Módulo 1 - Visão geral

• Modelo espiral

Semelhante ao modelo cascata, tem uma etapa adicional: a análise de risco antes da realização de cada fase. Pode ser considerado um modelo cascata evolucionário.

Ao contrário dos modelos cascata e espiral, o modelo caótico não é desenvolvido segundo os preceitos do desenvolvimento estruturado de sistemas, uma vez que não segue especificação, padronização de atividades ou documentação durante o seu desenvolvimento.



Tela 28
Módulo 1 - Visão geral
3 - O projeto de SI

O projeto de SI abrange o processo de análise, projeto, implementação e avaliação de sistemas de informação e as tecnologias de hardware e software, bem como a definição de como o sistema de informações proposto atenderá as necessidades de informação dos usuários finais.

Inclui as atividades de desenho lógico e físico e atividades de projeto de interface com o usuário, dados e processos que produzem especificações de sistemas que satisfaçam os requisitos de sistema desenvolvidos na fase de análise de sistemas. Os aspectos de projeto servem para fornecer informações de apoio às operações e processos de tomada de decisão de uma empresa.


• Identificar a necessidade do usuário;
• Executar análise de viabilidades econômica e técnica;
• Atribuir funções ao hardware, ao software, às pessoas, ao banco de dados e aos demais elementos do sistema;
• Estabelecer restrições de prazo e custo;
• Criar uma definição de sistema que constitua a base para todo o trabalho de engenharia subsequente.




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Módulo 1 - Visão geral

É difícil efetuar a análise de um sistema, porque um conceito nebuloso deve ser transformado num conjunto concreto de elementos tangíveis.

A boa comunicação entre a equipe de SI e os usuários é fator determinante para o sucesso de todo o processo.

Caberá ao analista de sistemas acompanhar o desenvolvimento de software, aspectos de hardware, componentes da equipe e usuários, entrada de dados, segurança, auditoria - em resumo, todos os componentes do sistema.

São funções do Analista de Sistemas:

• Planejar, supervisionar e coordenar a análise e o levantamento de serviços identificando suas principais características e estudando a viabilidade econômica e técnica das soluções possíveis, propondo alterações, visando à melhoria do desempenho.
• Definir e supervisionar a construção e implementação de novos sistemas
• Coordenar e orientar as revisões de projeto.
• Definir os programas de sistemas, avaliando e orientando a realização de testes.
• Estudar necessidades, possibilidades e métodos de sistemas, visando a segurança, precisão e rapidez das diversas formas de registro e tratamento de informações.



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Módulo 1 - Visão geral

4 - O Desenvolvimento de um SI

Uma vez projetado o sistema, passamos à fase de desenvolvimento. A metodologia adotada no desenvolvimento de um SI é fator determinante para o sucesso do projeto e consiste em um conjunto de regras e padrões que orientam a abordagem utilizada em todas as tarefas do ciclo de vida de sistemas.

As metodologias de sistemas são utilizadas para estabelecer ordem, definir padrões e usar técnicas de eficácia comprovada no desenvolvimento de sistemas, agilizando o processo, reduzindo erros e garantindo maior qualidade ao desenvolvimento. Existem diferentes metodologias de desenvolvimento de sistema, algumas mais conhecidas que outras. É muito importante que se use uma metodologia no desenvolvimento de um SI, para evitar problemas e organizar tarefas e etapas do trabalho.

Atualmente existem dois tipos de metodologia: Estruturada e Orientada a objetos.

As diferenças nas metodologias residem nas técnicas de construir, no processo de desenvolvimento, nas definições dos dados e nos modelos de eventos. Para apoiar as metodologias, foram criadas ferramentas como CASE (computer-aided software engineering), JAD (joint application development) e RAD (rapid application development).

As metodologias para desenvolvimento de sistemas devem acompanhar o ciclo de vida dos sistemas, atendendo às fases de concepção, construção, implementação, testes e manutenção. Sempre que possível, as metodologias usam gráficos para representar os elementos de sistemas, e as descrições e definições de cada elemento são relacionadas em um diagrama, facilitando o acompanhamento e a compreensão do sistema.



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Módulo 1 - Visão geral

Desenvolvimento estruturado de sistemas - A análise de sistemas precisa ter muito critério para garantir que o usuário terá em mãos um produto que atenda às suas necessidades e expectativas. Para orientar o desenvolvimento de sistemas, muitos métodos vêm se aperfeiçoando ao longo do curto tempo de existência dos SI.

A análise estruturada descreve o sistema a partir de suas funções mais amplas, as quais devem ser sucessivamente decompostas até o nível das funções menores - técnica a que se dá o nome de desenvolvimento top-down. Utiliza também técnicas de diagramação que evitam inconsistências e omissões e são baseadas em métodos mais rigorosos que os primitivos fluxogramas - que tinham concepção quase livre.


Na literatura de Informática e no jargão dos analistas de sistemas, há diversos sinônimos para diagrama de fluxo de dados:
• Diagrama de bolhas
• Modelo de processo
• Diagrama de fluxo de trabalho
• Modelo funcional
• ‘Uma representação do que acontece no sistema’

A análise estruturada tem igual preocupação com processos e dados.

Vê os dados como entidades dotadas de atributos (campos), que podem ser representados no DER - diagrama de entidade-relacionamento.

Quanto aos processos, bastam apenas quatro tipos de elementos para retratar a especificação de um modelo lógico:


fluxo de dados;
entidade (elemento externo);
processo (ou função) e
depósito de dados (arquivo).

Esses elementos podem ser arranjados em uma configuração a que se dá o nome de DFD - diagrama de fluxo de dados.



Tela 32
Módulo 1 - Visão geral

O desenvolvimento estruturado de sistemas adota uma abordagem modular:


Divide as tarefas do desenvolvimento de sistemas em partes menores e mais fáceis de administrar.

Dessa forma, é possível distribuir a tarefa de análise e programação entre diferentes equipes ou profissionais. Depois de concluídos, os módulos são reunidos.

A análise estruturada é uma atividade de construção de modelos, que se preocupa com os objetivos e as funções do sistema.

Segundo Tom De Marco (1989), a análise estruturada deve ter as seguintes características:

• Facilidade de alteração.
• Divisão do sistema em módulos, para facilitar a identificação dos problemas de cada área, propiciando assim uma resolução específica para cada problema em sua respectiva área. Visa descentralizar o sistema, e, portanto, agilizar seu desenvolvimento.
• Uso de Gráficos, como diagrama entidade-relacionamento (DER) e diagrama de fluxo de dados (DFD).
• Diferenciação de considerações lógicas - o que o sistema deve fazer - de físicas - implementação.



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Módulo 1 - Visão geral
Como vimos, na metodologia estruturada de análise e desenvolvimento de sistemas, existe um detalhamento das etapas de realização do processo, que vai desde o mais alto nível até chegar ao detalhamento dos níveis inferiores.

Os diagramas de fluxo de dados realizam os detalhamentos, descrevem os fluxos por onde os dados do sistema caminham.

Um diagrama entidade-relacionamento regulariza os dados de um sistema e os define para as suas devidas aplicações. Nesse tipo de diagrama definem-se características para se determinar as bases de dados. O sistema produz as entradas, saídas e armazenamentos que quando completo é denominado Modelo Lógico do processo que seria uma representação abstrata do mundo real.

Análise orientada a objetos - Um objeto é um elemento de dados que inclui tanto os dados como os métodos ou processos que operam sobre esses dados. O conhecimento orientado a objetos é representado como sendo uma rede de vários objetos inter-relacionados.

O desenvolvimento orientado a objetos tem foco no desenvolvimento dos sistemas pela combinação de dados e de procedimentos dentro de objetos unificados.

A principal característica destes tipos de desenvolvimentos de sistemas é a frequente reutilização do software, pois os objetos são definidos apenas uma vez e são usados por todos os outros sistemas da empresa.



Tela 34
Módulo 1 - Visão geral

5 - Ferramentas para desenvolvimento de sistemas de informações

CASE - Computer Aided Software Engineering - Para apoiar as metodologias de desenvolvimento de sistemas, foram criadas ferramentas, tais como CASE (computer-aided software engineering), JAD (Joint Aplication development), RAD (rapid application development) e técnicas como a prototipação. O objetivo dessas ferramentas é auxiliar o desenvolvimento de aplicativos e o gerenciamento do projeto de desenvolvimento de sistemas, além de envolver os usuários na definição do sistema.

CASE – Engenharia de Software assistida por computador – Tipo de engenharia que utiliza pacotes de software para apoiar a automatização e a execução de muitas das atividades de desenvolvimento dos sistemas de informação de forma automatizada, entre as quais o desenvolvimento ou programação de software, criando um ambiente propício em as atividades de especificação ou codificação são sustentadas por recursos de computação.

De acordo com a atividade que desempenha, a CASE pode ser classificada em:

• Upper-CASE – ferramentas que se concentram nas atividades associadas aos primeiros estágios da criação de um sistema oferecendo suporte em diversas tarefas de análise e projeto desse sistema.
• Lower-CASE – ferramentas usadas nas etapas finais do estágio de implementação do ciclo de desenvolvimento de um sistema, fornecendo suporte à codificação, ao teste, à depuração e à manutenção dos códigos desse sistema.
• CASE – são ferramentas integradas que oferecem ligações entre os pacotes CASE permitindo que os pacotes lower-CASE gerem códigos de programação para projetos definidos em pacotes upper-CASE.



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Módulo 4 - Ferramentas para desenvolvimento de sistemas de informações

Ferramentas CASE podem ser integradas em ambientes de desenvolvimento de software, apoiando parte das atividades previstas no processo.

Vantagens
Desvantagens


Produzem sistemas de vida efetiva mais longa

Produzem sistemas que atendem melhor às necessidades e requisitos do usuário

Produzem sistemas com excelente documentação

Produzem sistemas que necessitam de menos manutenção

Produzem sistemas mais flexíveis


Causam maiores despesas

Exigem que o usuário apresente necessidades e requisitos mais detalhados e exatos

Podem ser difíceis de personalizar

Podem ser difíceis de usar com os sistemas existentes

As ferramentas CASE fornecem facilidades automatizadas para produzir gráficos e diagramas, telas e relatórios, códigos e documentos. A maioria das ferramentas CASE é baseada em metodologias estruturadas de desenvolvimento de sistemas, mas algumas trabalham com desenvolvimento orientado a objetos.


• Padronização do desenho e da implementação do sistema

• Comunicação facilitada entre usuários e pessoal técnico

• Organização de componentes de design correlatos, e rápido acesso a eles pelos repositórios de dados

• Automatização de etapas tediosas da programação

• Automatização da geração de código e testes

 



Repositórios de dados: Softwares que gerenciam múltiplas versões de objetos arquivos, agilizando o desenvolvimento, esclarecendo os relacionamentos entre eles, eliminando a duplicidade e avaliando o impacto da mudança.



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Módulo 4 - Ferramentas para desenvolvimento de sistemas de informações

JAD - Joint Application Design - Conjunto de sessões intensivas e mediadas entre usuários e analistas, com o objetivo de explicitar os requisitos de um sistema.

A técnica, desenvolvida nos anos setenta, pela IBM do Canadá, voltou a ficar em voga com o uso conjunto do RAD - Rapid Application Development, metodologia que combina o JAD - para definir rapidamente a especificação do sistema - com o uso de ferramentas CASE e de metodologias de prototipação, que tem o objetivo de chegar a um produto final em menor tempo.

O JAD é usado para definir requisitos de sistemas empresariais em desenvolvimento e é tipicamente usado nas fases iniciais de um projeto de desenvolvimento de sistemas.

O propósito de JAD é chegar a um consenso sobre os requisitos do sistema, por meio de seminários estruturados com o pessoal de SI e os usuários finais.

Para isso, um facilitador de JAD, treinado em programas de trabalho, ajuda os participantes a chegar às exigências completas de qualidade.



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Módulo 4 - Ferramentas para desenvolvimento de sistemas de informações

Algumas experiências no uso de JAD mostraram que sua utilização otimiza significativamente o trabalho após o término do sistema e geralmente conduz a um nível mais elevado de satisfação dos usuários.
A realização de um seminário de JAD envolve:


• Facilitador: sua função e favorecer o processo de decisão, fazendo perguntas para estimular a exposição das ideias dos participantes, assegurando que a discussão se mantenha focada, e obtendo informação para documentação e revisão do sistema.

• Documentador: sua função é documentar, anotando e/ou gravando, a discussão e as conclusões.

• Observador: sua função não é participar da discussão, mas observá-la, em busca de detalhes que passem despercebidos ao facilitador e ao documentador.


Todo JAD tem em comum três componentes:


Preparação: antes da reunião com todos os participantes, são levantadas informações básicas para o desenvolvimento do novo SI.

Seminário: sessão de JAD, na qual o facilitador guia os participantes para produzir as informações necessárias ao início da análise do sistema. Em certas situações, os participantes trabalham em grupos pequenos para produzir os resultados.

Segmento: os resultados das sessões de JAD são compilados e estruturados, de forma a poderem ser analisados para a tomada de decisão final. Essa revisão pode ser realizada por todo o grupo que participou do seminário, ou por usuários especializados no tema em questão, acompanhados de um dos membros da equipe de JAD.



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RAD – Rapid Application Development - É um processo que propicia o desenvolvimento de sistemas em um período bastante curto.


Utiliza:

• Prototipação

Linguagens de quarta geração

• Time de trabalho fechado, composto por usuário e especialistas em sistemas

O RAD utiliza uma estrutura modular, que, aliada à prototipação, possibilita entregar ao usuário final módulos acabados do sistema. A meta de RAD é reduzir o tempo entre pedidos e entrega de sistemas de aplicação empresariais.


Algumas das características primárias de projetos de RAD são:

• Um prazo final rígido.

• Uso de ‘times dedicados’.

• Uso de JAD.

• Aplicações que não tenham um prazo muito longo (tempo ideal - 6 meses).



Linguagens de quarta geração: Linguagem de alto nível, que enfatiza mais os resultados a que se quer chegar do que como as instruções de programação devem ser escritas. Como resultado, pessoal com pouco ou nenhum conhecimento em SI podem extrair dados que não foram originalmente programados no sistema. Ex.: pode-se digitar ‘SALÁRIO > 2500’, e tem-se acesso a todos os salários superiores a R$ 2500,00.



Fechado: A equipe trabalha exclusivamente no projeto e, durante o tempo do seu desenvolvimento, abandona suas atividades normais. São conhecidos como ‘time dedicado’.



Modular: Cada um dos segmentos relativamente autônomos de um programa, que desempenham conjuntos bem definidos de funções e que contam, para isso, com suas próprias rotinas e estruturas de dados.



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O projeto de RAD geralmente segue as seguintes etapas:


• Formar o time.

• Alocar os recursos necessários.

• Fazer um mapeamento das necessidades em relação ao sistema.

• Por meio de diversas sessões de JAD, definir os requisitos de sistemas.

• Executar testes de viabilidade técnica e financeira.

• Iniciar as etapas do ciclo de vida do sistema, com a diferença de que, no trabalho com RAD, é aplicado um ciclo de vida para cada módulo, e utilizada a prototipação.


Uma característica bastante positiva do RAD é que, assim como o JAD, ele envolve profundamente a comunidade de usuários em todas as etapas do projeto. Os usuários formam a maioria dos participantes que especificam exigências e que revisam os protótipos. Dessa forma, a tendência é chegar a um resultado mais próximo do esperado por todos. Um grande envolvimento dos usuários na criação do sistema faz com que haja uma construção de todos, não uma ‘imposição’ da equipe de SI, o que aumenta as chances de sucesso na utilização do sistema.


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6 - Prototipação

É um rápido desenvolvimento e teste de um modelo de funcionamento, ou protótipos de novas aplicações de sistemas de informação em um processo interativo e iterativo, envolvendo tanto os analistas de sistema quanto os usuários finais.

A prototipagem prevê dessa forma a execução de vários ciclos de análise, especificação e codificação de um sistema.

É a técnica de desenvolvimento de sistemas que utiliza uma abordagem interativa, prevendo a execução de vários ciclos de análise, especificação e codificação de um sistema.

No primeiro ciclo, gera-se um produto simplificado - o protótipo, de modo que o usuário possa examiná-lo e refinar, assim, suas demandas. Nos ciclos seguintes, o produto é aperfeiçoado e novas funções são sucessivamente implementadas, até que se chegue ao produto final. No protótipo também podem ser ‘desenhadas’.

A prototipação segue as seguintes etapas:


a) Identificar as necessidades do usuário – em sessões de JAD, entrevistas, sessões de braimstorming, entre outras técnicas.

b) Construir o protótipo - nessa etapa, ele é bastante simples, embora as funções básicas devam estar funcionando.

c) Submeter o protótipo à avaliação - o usuário é convidado a utilizar o protótipo, sob o olhar atento da equipe de desenvolvimento.

d) Modificar e refinar o protótipo, a partir dos resultados da etapa anterior.



Refere-se à possibilidade de o usuário intervir e controlar o curso das atividades do desenvolvimento, fornecendo novas entradas de dados ou comandos, à medida que observa os efeitos das anteriores.



Produto fabricado individualmente, segundo as especificações de um projeto para fabricação do todo, com o propósito de servir de teste antes da fabricação em grande escala ou da comercialização.



Nem sempre as telas e os relatórios apresentados ao usuário precisam advir do sistema em desenvolvimento; elas podem ser desenhadas como o auxílio de um software gráfico.



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A figura a seguir ilustra a prototipação:

Vantagens da prototipação:


Alto nível de envolvimento do usuário durante o processo - como os usuários podem operar o sistema enquanto é desenvolvido, como podem fornecer um feedback à equipe de SI, permitindo correções mais ágeis.

Desenvolvimento mais rápido - como a interação com os usuários é constante, o tempo de desenvolvimento geralmente é menor.

Menor quantidade de erros - a prototipação permite que erros e omissões sejam identificados mais cedo. Sem ela, os erros podem ser detectados em estágios mais avançados e, assim, dificultar as correções.

Como a prototipação pode ser acrescentada ao ciclo de vida do desenvolvimento de sistemas?



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Resumo

Em um projeto, o analista de sistemas deve ter habilidade para lidar com grupo de usuários, profissionais técnicos e administração da empresa. Os usuários estão preocupados com facilidade de utilização e de resposta do sistema, os programadores se preocupam com aspectos técnicos e a administração se interessa pelo retorno do investimento. O analista tem de acompanhar desenvolvimento de software, aspectos de hardware, componentes da equipe e usuários, entrada de dados, segurança, auditoria - em resumo, todos os componentes do sistema.

O processo de desenvolvimento de sistemas costuma ser chamado de ciclo de vida de um sistema. É chamado assim porque as atividades são cíclicas, sucedem uma a outra, e porque define a trajetória de um sistema, desde a sua concepção até sua desativação.

A função do ciclo de vida de um sistema é definir as atividades a serem executadas, estabelecer coerência entre as diversas etapas, fornecer pontos de controle de progresso e pontos de tomada de decisão.

De maneira geral, o ciclo de vida de um sistema consiste em um conjunto de fases ao final das quais é finalizado um software pronto para executar as atividades para as quais foi concebido. O ciclo de vida do sistema é uma metodologia, que deve ser seguida pela equipe executora que fará com que o sistema funcione a contento.

Existem diversos modelos do ciclo de vida: alguns enfatizam uma visão gerencial, outros, uma visão técnica. De maneira geral, o ciclo de vida de um sistema compreende:
Estudo da Viabilidade: Verifica se o projeto solicitado é factível. Divide-se em estudo de viabilidade técnica e econômica.
Análise: Levantamento detalhado das necessidades do usuário, para determinar o que deve ser feito.
Projeto: Planejamento detalhado das funções que serão executadas no aplicativo que atenderá aos requisitos estabelecidos na fase de análise.
Implementação: Construção do sistema projetado, com a codificação dos processos automatizados que foram detalhados na fase de projeto. É a fase da programação.
Testes: Teste do sistema, para verificação de possíveis erros e incoerências.
Instalação: Implantação do sistema para utilização do usuário.
Manutenção: Conservação do sistema em condições de funcionamento.

O ciclo de vida não é usado apenas no desenvolvimento de sistemas computacionais, mas em diversas áreas, a fim de formalizar o processo, buscando a redução de trabalho, de falhas e de atraso nos cronogramas, propiciando uma maior produtividade.

Um fator determinante para o sucesso de um projeto de desenvolvimento de SI é a adoção de uma metodologia de desenvolvimento de sistemas, conjunto de regras e padrões que orientam o trabalho em todas as tarefas do ciclo de vida de sistemas. As metodologias são utilizadas para estabelecer ordem, definir padrões e usar técnicas de eficácia comprovada no desenvolvimento de sistemas, agilizando o processo, reduzindo erros e garantindo maior qualidade ao desenvolvimento.

Atualmente existem dois tipos de metodologias: a estruturada e a orientada a objetos. A análise estruturada tem igual preocupação com processos e dados. Vê os dados como entidades dotadas de atributos (campos), que serão representados no DER - diagrama de entidade-relacionamento. Segundo a técnica da análise estruturada, bastam apenas quatro tipos de elementos para retratar a especificação de um modelo lógico: fluxo de dados, entidade (elemento externo), processo (ou função) e depósito de dados (arquivo). Esses elementos podem ser arranjados no DFD - diagrama de fluxo de dados.

O desenvolvimento estruturado de sistemas é modular: divide as tarefas do desenvolvimento de sistemas em partes menores, mais fáceis de administrar. Assim, é possível distribuir a tarefa de análise e programação entre diferentes equipes ou profissionais. Depois de concluídos, os módulos são reunidos.

Já o desenvolvimento orientado a objetos difere das metodologias tradicionais por mudar o foco do desenvolvimento de sistemas: de modelagem de processos de negócios e dados à combinação de dados e procedimentos dentro de objetos unificados. O sistema é visto como uma coleção de classes e objetos e de suas relações. Os objetos são definidos, programados, documentados e salvos em blocos, e podem ser usados em futuros sistemas. Essa, aliás, é a principal característica do desenvolvimento orientado a objetos: a reutilização do software.

O CASE (Computer-Aided Software Engineering) é uma ferramenta que, em linhas gerais, apoia a execução de atividades do desenvolvimento de software de forma automatizada. Ferramentas CASE podem ser integradas em ambientes de desenvolvimento de software, apoiando parte das atividades previstas no processo. As ferramentas CASE fornecem facilidades automatizadas para produzir gráficos e diagramas, telas e relatórios, códigos e documentos. A maioria das ferramentas CASE é baseada em metodologias estruturadas de desenvolvimento de sistemas, mas algumas se baseiam em desenvolvimento orientado a objetos.

O JAD (Joint Application Design) é um conjunto de sessões intensivas e mediadas entre usuários e analistas, com o objetivo de explicitar os requisitos de um sistema. É usado como uma técnica para definir requisitos de sistemas empresariais em desenvolvimento e é tipicamente usado nas fases iniciais de um projeto de desenvolvimento de sistemas. Algumas experiências no uso de JAD mostraram que sua utilização otimiza significativamente o trabalho após o término do sistema, e geralmente conduz a um nível mais elevado de satisfação dos usuários.

O RAD (Rapid Application Development) é um processo que propicia o desenvolvimento de sistemas em um período bastante curto. Isso é possível com o uso de prototipação, de ferramentas de quarta geração, equipe multidisciplinar de trabalho. A meta do RAD é reduzir o tempo entre pedidos e entrega de sistemas de aplicação empresariais. Uma característica bastante positiva de RAD é que, assim como JAD, ele envolve profundamente a comunidade de usuários, em todas as etapas do projeto. Os usuários formam a maioria dos participantes que especificam exigências e que revisam os protótipos. Dessa forma, a tendência é chegar a um resultado mais próximo do esperado por todos. Um grande envolvimento dos usuários com o sistema faz com que haja uma construção de todos, não uma ‘imposição’ da equipe de SI, o que aumenta as chances de sucesso na utilização do sistema.

Prototipação é uma técnica de desenvolvimento de sistemas que utiliza uma abordagem interativa, prevendo a execução de vários ciclos de análise, especificação e codificação de um sistema. No primeiro ciclo, gera-se um produto simplificado – o protótipo –, de modo que o usuário possa examiná-lo e refinar as suas demandas. Nos ciclos seguintes, o produto é aperfeiçoado e novas funções são sucessivamente implementadas, até se chegar ao produto final.



Unidade 4 Módulo 3
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1 - Implantação do sistema de Informações na empresa

É fundamental que o SI seja compatível com porte, cultura, conhecimento e objetivos estratégicos da organização, independentemente de ser desenvolvido internamente ou por terceiros.

Os Sistemas de Informações passaram – e, em algumas empresas, ainda estão passando – de um papel secundário para uma função estratégica. Há um grande esforço das organizações no sentido de fazer o alinhamento estratégico de Tecnologia da Informação / Sistemas de Informação.

A introdução ou alteração do sistema de informações causa um grande impacto comportamental e organizacional. Se a empresa não considerar os custos nessa mudança organizacional, os benefícios do novo sistema se reduzem. Se esse impacto não for bem gerenciado, pode causar conflitos internos, desmotivação e boicote. Isso porque, em muitos casos, os funcionários se sentem ameaçados pelo SI, porque temem que seu uso provoque grandes alterações em sua rotina de trabalho e que coloque em risco seu emprego. Essa oposição ao sistema pode levar ao fracasso mesmo um bom sistema.

A empresa deve tirar proveito da tecnologia da informação e considerá-la como uma ferramenta de transformação dentro da empresa. A transformação vem no sentido de tornar a empresa mais adaptada à realidade do mercado, tornando-a mais produtiva, mais lucrativa, ou seja, capaz de se adaptar e antecipar as mudanças do mercado.



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Fatores de fracasso do SI - Laudon (2004) afirma que as principais áreas problemáticas que podem levar um sistema ao fracasso são: projeto, dados, custo e operações.

Os principais problemas relativos aos sistemas são ligados ao projeto do sistema dizem respeito:

• Falha de análise de necessidades da empresa: o sistema não atende às necessidades da empresa.
• O sistema é lento.
• Formato inadequado apresentando informações inúteis ou desnecessárias.
• Interface do usuário muito complicada ou inadequada gerando dificuldade para o acesso dos usuários.

Os dados também podem levar o sistema a fracassar quando são:

• errados,
• imprecisos, ambíguos,
• incompletos ou
• inadequados.

Outro fator decisivo é o custo, pois se o custo de manutenção for elevado ou se o custo de conclusão for muito alto em relação ao seu valor empresarial, a empresa acaba desistindo de mantê-lo.

Os últimos fatores de fracasso no sistema estão ligados à instabilidade e ao tempo de resposta. Se o sistema não for estável, se falhar constantemente gerando atrasos de entrega da informação ou se o tempo de resposta do sistema for muito longo, o usuário acaba ficando desmotivado de utilizar o sistema.



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Fatores de Sucesso do SI - Já vimos o papel do analista de sistemas no projeto de sistemas de informações. Na verdade, o analista deve garantir o sucesso da implementação do sistema. Ele deve garantir que as mudanças impostas pelo sistema sejam aceitas pela organização, para isso devem ser levados em consideração:

• O papel do usuário no processo.
• O grau de apoio da administração ao sistema.
• O nível de complexidade e risco de implementação.
• Qualidade do gerenciamento do processo.

O papel do usuário no processo - O sistema tem mais chances de sucesso quando o usuário é envolvido desde o começo no projeto e na operação do sistema. A participação do usuário desde a concepção do sistema gera envolvimento e comprometimento com a sua utilização. Assim, o funcionário não vê o SI como uma imposição do departamento de desenvolvimento ou da direção da empresa, mas como uma necessidade e uma realização de todos. Na verdade, o sucesso de um novo sistema é resultado do trabalho conjunto da equipe de SI e de todos os usuários.

A fim de obter o comprometimento dos futuros usuários do sistema, algumas técnicas podem ser utilizadas, tais como: reuniões de brainstorming, entrevistas e equipe multidisciplinar.

Vamos considerar o exemplo de uma empresa de engenharia civil que precisasse de um sistema para controlar todo o seu fluxo de informações, funcionando em rede, com pontos de consulta em suas principais obras.



Analisa a relação custo-benefício do sistema - se os benefícios advindos do funcionamento sistema compensam recursos e tempo investidos no seu desenvolvimento.



Procura identificar se é possível desenvolver o sistema com os recursos disponíveis: hardware, o software e recursos humanos.



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O desenvolvimento de um sistema com essas características requer a participação de profissionais com conhecimento em análise de sistemas, programação, redes de computadores, instalação de hardware em locais inóspitos, projeto hidráulico, projeto elétrico, cálculo estrutural, projeto de fundações, arquitetura e gestão da obra. Pode-se, contudo, contar com profissionais que acumulem especialização em várias dessas áreas de conhecimento.

O analista ao considerar a expertise dos usuários no projeto do sistema tem um melhor conhecimento dos processos envolvidos e das reais necessidades dos usuários. Infelizmente, tradicionalmente, a comunicação entre o consultor e os usuários de uma empresa é difícil, e isso se deve geralmente à tentativa dos especialistas da área de informática em procurar soluções tecnicamente mais elegantes e objetivas em detrimento da simplificação da operação do sistema para o usuário final. Quando a distância entre os anseios dos usuários e o sistema projeto é grande, acaba se tornando um problema de projeto que pode levar ao fracasso do sistema.

Apoio da administração - O planejamento da adoção de um novo sistema ou da realização de alterações em um sistema já existente deve contar com total apoio da administração, diretores e gerentes. Isso de certa forma faz com que os funcionários participem também do processo além de garantir que o sistema receberá o apoio e os recursos necessários para a sua implementação.

Risco e complexidade do projeto - Quanto maior o projeto em termos de recursos financeiros e pessoal, maior a sua complexidade e maior o risco do projeto de sofrer atrasos e de fracassar. Da mesma forma, projetos pouco estruturados com muitos requisitos indefinidos têm mais chances de fracassar que os projetos estruturados, com requisitos claros e diretos.



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Qualidade do gerenciamento do processo de implantação - Nem todos os aspectos do processo de implementação de sistemas de informação podem ser totalmente controlados ou planejados. Entretanto, as chances de sucesso do sistema irão aumentar se conhecermos os fatores de risco na implantação que são: gerenciamento da complexidade técnica, gerenciamento de custos e cronograma e resistências de pessoal.

• Gerenciamento da complexidade técnica - Sistemas que utilizem tecnologias novas ou muito específicas exigem a participação de líderes experientes e com alto nível de conhecimento técnico, pois precisam ser capazes de manter a integração da equipe predominantemente técnica. Caso não exista este perfil de líder dentro da empresa, deve ser necessário buscar um quadro fora da organização.

• Gerenciamento de custos e Cronograma - Segundo Laudon (2004), pesquisas mostram que os projetos do setor privado são subestimados pela metade no tempo de entrega e no orçamento do sistema completo. A grande maioria dos projetos é entregue com funcionalidades faltando e com o orçamento muito superior ao estimado. O que fazer para planejar de maneira mais realista o orçamento e o tempo de entrega do sistema?

a) O primeiro passo é definir com mais clareza os requisitos do sistema. Uma definição imprecisa acaba gerando retrabalho e insatisfação durante o desenvolvimento e implantação do sistema.

b) O segundo passo é integrar quadros da empresa na equipe de desenvolvimento. A função destes quadros é melhorar a comunicação entre a companhia e a empresa de desenvolvimento, acompanhando as dificuldades no desenvolvimento e detectando eventuais atrasos ou incoerências no projeto.

c) O terceiro passo é utilizar ferramentas formais de planejamento e controle de processos como PERT ou gráficos de Gantt para desenvolver um projeto detalhado do planejamento do projeto.

• Gerenciamento de conflitos e oposições ao sistema - O fator humano: todo processo de implantação de sistemas leva a mudanças organizacionais que podem criar conflitos e gerar resistência ao uso do sistema por parte dos funcionários. Para evitar ou pelo menos minimizar esses conflitos, poderemos usar ferramentas externas de integração, como o envolvimento de funcionários como membros ativos da equipe de projeto e desenvolvimento do sistema.



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Documento sem título

Além de envolver funcionários na equipe de projeto, os responsáveis pelo desenvolvimento do SI precisam preparar e treinar os membros da organização, a fim de garantir que eles utilizarão o sistema de forma correta, eficiente e eficaz. A preparação dos usuários também inclui treinamento e suporte.

De diferentes maneiras pode-se informar e preparar os usuários para utilizar novos sistemas ou operar sistemas existentes que foram alterados. A preparação dos usuários inicia-se de fato com a sua participação no desenvolvimento do sistema. O especialista em cada atividade contribuirá para a sua melhor informatização e perceberá durante o processo de desenvolvimento os benefícios trazidos pelo SI.

Outra técnica que é utilizada com sucesso é a oferta de benefícios para os usuários que estiverem cooperando e usando efetivamente o sistema. Por fim, é importante que a equipe de desenvolvimento se preocupe com a interface tornando-a mais amigável ao usuário.



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Resumo

Neste módulo vimos a importância da gestão de implantação da TI nas empresas. O sucesso da implantação de sistemas de informação nas empresas depende de vários fatores:

• Definição clara e direta dos requisitos do sistema, facilitando assim o desenvolvimento e também o atendimento das expectativas dos funcionários e da administração da empresa.
• Participação dos usuários na fase de projeto e implantação do sistema.
• Participação de funcionários na equipe de projeto e desenvolvimento melhorando o comprometimento da empresa com o projeto.
• Utilização de ferramentas formais de planejamento e controle de projetos que podem ajudar a administração a identificar possíveis problemas no projeto e desenvolvimento do SI.
• Capacitação dos usuários do sistema por meio de treinamentos e divulgação de informações sobre o sistema como uma forma de reduzir a resistência ao seu uso.
• Apoio da administração para garantir os recursos técnicos e financeiros para o desenvolvimento e implantação do sistema e para garantir o apoio político necessário para a realização das transformações internas na empresa.


Unidade 4 Módulo 4
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Módulo 4 - Ferramentas para desenvolvimento de sistemas de informações
1 – Qualidade de software

O que é qualidade?

Qualidade é difícil de definir, impossível de medir, fácil de reconhecer.

(Kitchenham, 1998)

Pode-se tentar definir qualidade dentro do assunto de Sistemas de Informação como sendo a habilidade de um produto ou serviço em atender ou exceder as expectativas do consumidor ou usuário.

A qualidade da informação é o grau no qual a informação possui conteúdo, forma e características temporais que lhe conferem valor para usuários específicos.

Um sistema de informação de qualidade (Conjunto de características que conferem a uma entidade – atividade, processo, produto ou empresa - a capacidade de satisfazer necessidades, atender a critérios e obedecer a padrões, em busca de um ideal de excelência. Significa grau negativo ou positivo de excelência.) deve ter:

• Defeito zero: todas as suas funções devem funcionar corretamente, sem apresentar erros.
• Possuir um código ‘limpo’: conforme vimos, na unidade 4, isso é importante para uma boa manutenção no sistema.
• Ter boa performance: o sistema deve ser rápido, mesmo com grande quantidade de dados.
• Ter uma boa interface: o sistema precisa ser amigável.

Os defeitos não são de graça. Alguém os faz e é pago para fazê-los.

(W. Edwards Deming, 1986)



Software de aprendizado e uso fácil e intuitivo.



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Módulo 4 - Ferramentas para desenvolvimento de sistemas de informações

Mais difícil que conceituar qualidade é levantar os problemas decorrentes da sua falta, porque não é fácil identificar as falhas resultantes de um processo sem qualidade. Na produção de bens físicos, como uma lâmpada, por exemplo, um conjunto de procedimentos pode conferir a qualidade, o que torna mais fácil o processo. No desenvolvimento de sistemas, geralmente, não é fácil perceber as incoerências.

Em determinados pontos do processo, é necessário parar para avaliar, identificar e resolver os problemas. Entretanto, se isso for feito desde o início, evita-se chegar ao final do processo em uma busca desesperada para resolver uma lista enorme de problemas.

Dessa forma podem-se prevenir dores de cabeça futuras pelo simples monitoramento e pequenos ajustes periódicos para garantir a boa qualidade de um sistema de informação.

O acompanhamento da evolução de um software previne a transmissão de um pequeno problema para outras etapas do processo que, se não regularizados, a tempo podem se transformar em um grande problema, contaminando todo o sistema.



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Módulo 4 - Ferramentas para desenvolvimento de sistemas de informações

Alguns mitos que cercam o desenvolvimento de sistemas devem ser abandonados:

Mito
Realidade

Falhas de software são inevitáveis

Se o processo for conduzido corretamente, é possível chegar ao final do projeto com um software sem falhas.

Testes levam à qualidade

Os testes reduzem parte dos problemas, mas não todos.

Qualidade é caro

Um processo bem conduzido diminui o tempo de desenvolvimento do sistema, otimiza o trabalho e pode custar menos.

Os problemas de um software podem representar um custo muito grande para a organização: eles podem provocar trabalho a mais, desperdício e perda de produtividade. Quais são as fontes de problemas ou defeitos?

Os defeitos podem ter origem em qualquer fase do desenvolvimento: desde a contratação do colaborador até a implantação do produto:


• Dificuldade de comunicação entre a equipe de projeto e os futuros usuários do sistema, ou da equipe de projeto com a direção da empresa.

• Utilização de linguagens ultrapassadas, ou por falta de pessoal habilitado em linguagem de desenvolvimento de ponta.

• Levantamento incorreto das necessidades do cliente, por uso de linguagem inadequada por ou falta de visão de processo por parte da equipe de desenvolvimento.

• Documentação inexistente ou incompleta, que dificulta uma boa compreensão do produto.

• Detecção de diversos problemas com o software após sua implantação, ao ser utilizado pelo cliente.

• Falta de ferramentas e métricas de gerenciamento de projetos, para acompanhamento total.



Softwares que gerenciam múltiplas versões de objetos arquivos, agilizando o desenvolvimento, esclarecendo os relacionamentos entre eles, eliminando a duplicidade e avaliando o impacto da mudança.



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Módulo 4 - Ferramentas para desenvolvimento de sistemas de informações

Muitos outros problemas podem ocorrer, o que acontecerá sempre que houver falhas em um dos três componentes de qualidade:

Planejamento - o planejamento de sistemas, conforme já foi visto, é importante para assegurar que hardware, software e processos da empresa sejam compatíveis e funcionem sincronizados.

Resolução de problemas - é feita por meio da revisão técnica, que garante a qualidade do software. Os objetivos da revisão técnica são:

• descobrir erros de função, lógica ou implementação, em qualquer representação do software;
• verificar se o software que se encontra sob revisão atende a seus requisitos;
• garantir que o software tenha sido representado de acordo com padrões predefinidos;
• obter um software que seja desenvolvido uniformemente;
• tornar os objetivos mais administráveis.

Gerenciamento - é fundamental para um resultado de qualidade. Divide-se em dois aspectos principais: a produção, que se refere ao processo de construção ou integração das várias partes para se chegar ao produto final; o controle, que significa que, para cada item relacionado ao produto em desenvolvimento, há um dono com autoridade para tomar decisões e instaurar procedimentos para revisão apropriada, aprovação, mudança e distribuição.



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Módulo 4 - Ferramentas para desenvolvimento de sistemas de informações

2 - Critérios de Qualidade para Sistemas de Informação

O que faz um sistema de qualidade? Como podemos dizer que um sistema tem qualidade?


Um bom sistema é de fácil manutenção, oferece condições de aprendizado rápido e ganha a confiança do usuário no que se refere a suas informações.

Oito critérios atestam a qualidade de um sistema:

Atualmente, os estudos sobre qualidade estão centrados na busca da excelência no processo de desenvolvimento, como forma de se garantir a qualidade do software. Os requisitos de software são a sua medida de qualidade. Falta de conformidade com os requisitos significa falta de qualidade.

Além disso, há um conjunto de critérios de desenvolvimento que orientam o trabalho de engenharia do software e padrões que devem ser sempre consultados, com o intuito de comparar resultados e corrigir rumos. Se os critérios não forem seguidos, muito provavelmente o resultado será a falta de qualidade. O controle de qualidade é uma atividade fundamental para qualquer negócio que comercialize produtos que serão usados por clientes.



Flexibilidade é a propriedade de aceitar modificações, mesmo estando em plena operação, sem implicar esforços e dispêndio de muito tempo por parte da equipe de manutenção.



É o Grau de facilidade para localização e correção de um erro no sistema em operação. São critérios para avaliação da facilidade de manutenção: a consistência, a simplicidade, a modularidade e a autodescrição.



Consiste no grau de conformidade do sistema com as especificações predeterminadas e consecução dos objetivos definidos pelos usuários. São critérios para avaliação da correção: a consistência e a completude.



É a precisão no desempenho das funções do sistema, durante um período de tempo. São critérios de confiabilidade: a tolerância a erros, a consistência, a precisão nos cálculos e saídas e a simplicidade.



É o grau de controle de acesso de pessoas não autorizadas. Diretamente relacionada à segurança e probabilidade de ataques. São critérios para avaliação da integridade: o controle de acesso e a auditoria de acesso.



É o grau de facilidade para aprender a operação do sistema. São critérios para avaliação da usabilidade, a simplicidade e a autodescrição.



É o grau de utilidade do sistema para as atividades do usuário, e grau de contribuição para a melhoria da produtividade do usuário ou da empresa.



É o grau de facilidade com que o sistema opera no desempenho de suas funções, em conjunto com outras aplicações. Os critérios para integração são a independência de máquina e a autodescrição.



Diretrizes estabelecidas para que o software atinja os objetivos para ele definidos. Se o sistema não atinge os requisitos, ele não tem qualidade.



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Módulo 4 - Ferramentas para desenvolvimento de sistemas de informações

Existem leis que definem padrões de qualidade, em que softwares devem apresentar:


  • Documentação do usuário de fácil compreensão
  • Sumário e índice remissivo na documentação do usuário
  • Manual de instalação detalhado
  • Verificação de sucesso na instalação
  • Especificação de valores limite para os dados de entrada
  • Fornecimento de suporte pela empresa, entre outros.

A busca da qualidade profissionaliza as empresas. No Brasil, o SSQP/SW, Subcomitê Setorial da Qualidade e Produtividade em Software, órgão do PBQP - Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade - reúne pesquisadores, técnicos do governo e empresários do setor de software, a fim de definir diretrizes que possam incrementar a qualidade do software desenvolvido no Brasil.

O intuito é evitar que as empresas deixem de produzir software artesanalmente e executem suas atividades de modo mais profissional, seguindo normas que confiram mais qualidade e produtividade ao produto.

Além da profissionalização do processo de produção do software, o SSQP/SW fomenta a reestruturação da empresa como um todo, pois muitas empresas baseiam-se em um único produto, têm processos administrativos arcaicos e têm precário acompanhamento de custos.

A fim de desenvolver softwares de qualidade, é importante que a empresa produtora tenha:

• Um plano estratégico bem definido.

• Metas para qualidade incluídas nesse plano.

• Monitoramento de indicadores de qualidade.

• Contabilidade de custos de qualidade.

• Implantação de programas de qualidade total.

Certificação de Qualidade.



Muitas empresas nascem de pequenos grupos formados por colegas de curso, de uma ideia e de poucos recursos. No início, cada cliente é comemorado, cada venda é um evento e nada parece abalar a confiança e a determinação dos empresários. Porém, devido à falta de preparação, mas de 80% das empresas fecham nos dois primeiros anos de funcionamento. As principais causas são pouco capital de giro e dificuldade para estimar os custos dos produtos e serviços oferecidos.

Buscando a profissionalização dessas empresas, surgiram as incubadoras de base tecnológica, que procuram fomentar a criação de empresas de qualidade que trabalhem com tecnologia de ponta, entre elas, o desenvolvimento de softwares de qualidade.

As bases são o empreendedorismo, o conhecimento, a criatividade e a determinação. As incubadoras procuram:

- fornecer infraestrutura tecnológica e de gestão empresarial que facilite a transformação de projetos de novos produtos, processos e serviços em empresas de base tecnológica;

- induzir as empresas ligadas aos setores tradicionais à modernização, por meio da oferta de produtos e serviços gerados pelos projetos incubados; orientar a implantação de sistema de qualidade e produtividade nas empresas incubadas;

- alavancar novos negócios a médio e longo prazos;

- compartilhar recursos de infraestrutura por intermédio de parcerias institucionais;

- realimentar as instituições de ensino e pesquisa, indicando demandas apresentadas por empresas para serem objeto de estudo, investigação ou planos de ensino ou treinamento.



A American Society for Quality – ASQ – é uma entidade norte-americana que congrega profissionais interessados em engenharia da qualidade e em gestão da qualidade. Oferece diversas certificações profissionais, entre as quais, as de engenheiro da qualidade (Certified Quality Engineer - CQE), engenheiro de confiabilidade (Certified Reliability Engineer - CRE), auditor da qualidade (Certified Quality Auditor - CQA), administrador da qualidade (Certified Quality Manager - CQM) e engenheiro da qualidade em software (Certified Software Quality Engineer - CSQE).

No Brasil, os exames para certificação são aplicados pela Associação Brasileira de Controle da Qualidade - ABCQ.

Além de mecanismos internacionais de certificação de qualidade, a maioria das grandes empresas de software desenvolve programas de parceria (partners) com empresas locais. Um exemplo é o Microsoft Solution Partner, que mantém parceria com empresas prestadoras de serviços que atuam nas áreas de integração, suporte técnico, desenvolvimento, treinamento e consultoria e tem como foco as soluções desenvolvidas na plataforma Microsoft.

Por intermédio desses programas de parcerias, empresas locais têm acesso às atualizações de sistema e acesso direto aos profissionais da Microsoft em Seattle. Com isso, o cliente conta com o atendimento de uma empresa próxima, mas com acesso ao conteúdo técnico disponível na matriz.



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Módulo 4 - Ferramentas para desenvolvimento de sistemas de informações
3 - Critérios para a seleção de Sistemas de Informação

Como escolher um Sistema de Informação?
Ao escolher ou definir um sistema de informações para a empresa, devem ser consideradas as características do software que será usado, no que se refere às necessidades da empresa, e sua qualidade.



É importante considerar:

• O que o sistema faz?
• Qual a configuração necessária para rodar o sistema? É possível utilizá-lo com os equipamentos existentes na empresa?
• Que problemas o sistema permite tratar?
• O sistema é de fácil utilização?
• Que impacto vai provocar na organização? As pessoas estão prontas para esse impacto?



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MÓDULO 1 - Qualidade em Sistemas de Informação

Além disso, temos a considerar tudo que é novo sofre resistências...

“Cinema é uma curiosidade… mas sem futuro comercial”

(Lumière, 1895).

“A televisão não dará certo. As pessoas terão de ficar olhando sua tela, e a família americana média não tem tempo para isso.”

(NYT, 18/04/1939).

“Até julho sai de moda”

(Rev. Variety, sobre o rock’n roll, 1956).

Alter (1996) propõe que, ao selecionar um software, sejam analisados as suas características e alguns aspectos a respeito da empresa produtora ou fornecedora. Veja o que significa cada item.

Características a avaliar na seleção de um SI

Completeza
Qualidade dos relatórios
Facilidade de uso
Documentação

Uso de Banco de Dados
Portabilidade
Escalabilidade

Situação financeira
Porte do fornecedor
Evolução do produto

Preço de venda
Contrato de manutenção
Customização
Atualização



Completeza: o software oferece todas as funções necessárias?
Qualidade dos relatórios: os relatórios contêm as informações necessárias? O layout facilita a compreensão?
Facilidade de uso: um usuário não especializado consegue utilizar o sistema?
Documentação: a documentação facilita a operação e a manutenção do sistema?




Uso de Banco de Dados: o sistema armazena as informações de forma organizada?
Portabilidade: o sistema pode ser utilizado em diferentes computadores e sistemas operacionais?
Escalabilidade: o sistema pode ser ampliado conforme as necessidades da empresa?



Situação financeira: a saúde financeira da empresa permite que ela continue em operação?
Porte do fornecedor: o porte da empresa permite que ela continue em operação? Embora grandes empresas também possam falir, é mais provável que empresas menores consigam resistir a períodos de adversidade.
Evolução do produto: o produto tem tradição na empresa? Ela pretende continuar comercializando o produto por quanto tempo?




Preço de venda: o preço é compatível com os benefícios advindos do sistema?
Contrato de manutenção: a empresa oferece manutenção, ou pretende cobrar por hora técnica?
Customização: é possível fazer pequenas adaptações de acordo com as necessidades da empresa?
Atualização: com que periodicidade o sistema é atualizado? As atualizações são gratuitas? Se não forem, o valor é de comum acordo entre as partes?



Feito entre a empresa desenvolvedora do sistema e o cliente. Regula o serviço de suporte, seja por telefone, e-mail ou pessoalmente, a reposição de módulos do sistema e a atualização de versões. O pagamento é mensal, e o valor varia de acordo com as funcionalidades oferecidas pela empresa. Se o cliente não fizer um contrato de manutenção, ao necessitar serviços de suporte/apoio, ele irá pagar por hora técnica, que é o tempo de trabalho de programador ou analista.



Forma de pagamento que fixa o valor do serviço em função das horas trabalhadas e da formação do técnico que prestou o serviço – analista ou programador.



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Módulo 4 - Resumo
Resumo

Um sistema de informação de qualidade deve ter:

Defeito zero - todas as suas funções devem funcionar corretamente, sem apresentar erros.
Código ‘limpo’ - para facilitar a manutenção no sistema.
Boa performance - o sistema deve ser rápido, mesmo com grande quantidade de dados.
Boa interface - o sistema precisa ser amigável.

Defeitos ou problemas em um software implicam custo elevado para a organização, porque aumentam e dificultam o trabalho e provocam desperdícios e perda de produtividade. Mas, o que faz um sistema de qualidade? Quais são os critérios que estabelecem se um sistema tem qualidade? Um bom sistema é de fácil manutenção, oferece condições de aprendizado rápido e ganha a confiança do usuário na utilização de suas informações.

Oito critérios ajudam a verificar a qualidade de um sistema:

• Flexibilidade: propriedade de sofrer modificações, em plena operação, sem implicar esforços e dispêndio de muito tempo por parte da equipe de manutenção.
• Manutenção: Facilidade para localização e correção de um erro no sistema em operação.
• Correção: grau de conformidade do sistema com as especificações predeterminadas e de consecução dos objetivos definidos pelos usuários.
• Confiabilidade: precisão no desempenho das funções do sistema durante um período de tempo.
• Integridade: grau de controle de acesso de pessoas não autorizadas. Diretamente relacionada à segurança e à probabilidade de ataques.
• Utilização: grau de facilidade de aprendizado de operação do sistema.
• Utilizabilidade: utilidade do sistema para as atividades do usuário, e grau de contribuição para a melhoria da produtividade do usuário e/ou da empresa.
• Integração: grau de facilidade com que o sistema opera em conjunto com outras aplicações no desempenho de suas funções.
Para se ter qualidade no software, é preciso perseguir a qualidade em todo o seu desenvolvimento. Atualmente, os estudos sobre qualidade estão centrados na busca da excelência no processo de desenvolvimento, como forma de se garantir a qualidade do software. Os requisitos de software são a sua medida da qualidade. Falta de conformidade com os requisitos significa falta de qualidade.

Ao escolher ou definir um sistema de informações para a empresa, devem ser consideradas as características do software, no que se refere às necessidades da empresa e sua qualidade.