| Unidade 4 | Módulo 1 | Tela 1 |
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1 - Visão geral
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O planejamento do SI é uma ferramenta importante para minimizar os riscos citados. Com ele, as metas estratégicas e organizacionais são traduzidas em iniciativas de desenvolvimento de sistemas, trazendo, como benefício para a organização, o desenvolvimento de uma abordagem de longa duração para a utilização da TI.
Assim, o planejamento de sistemas é fator decisivo no sucesso do desenvolvimento e da implantação de um sistema. O planejamento de um sistema de informação é um processo de planejamento formal que cria planos para desenvolver e administrar os sistemas de informação que no futuro, depois de implementados, apoiarão as metas da organização. Isto inclui atividades de planejamento estratégico, tático e operacional. |
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Tela 3 |
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2–
Metodologias de Planejamento Os três métodos mais comuns para o planejamento de negócios são: planejamento top-down, planejamento Bottom-up e um processo chamado de planejamento dos fatores críticos de sucesso. Planejamento top-down: Neste método o administrador começa o planejamento com ideias bem claras sobre os objetivos da empresa em longo prazo. O método consiste então em dividir esses objetivos em objetivos menores para os grupos dentro da empresa e alocar recursos para cada um dos grupos. Esse método é mais empregado nas grandes empresas. Geralmente resulta em sistemas de informação bastante integrados que abrangem toda ou pelo menos a maior parte da organização. Planejamento Bottom-up: No planejamento bottom-up, os administradores estão voltados a atender às necessidades de cada grupo ou função da empresa. O foco está em tentar integrar os objetivos de cada grupo em um objetivo maior da empresa. O pensamento que está por detrás desse método de planejamento é que, ao resolver os problemas individuais, estaremos necessariamente satisfazendo as necessidades da empresa. Este método não contribui para a integração dos sistemas de informação. É um método reativo, espera-se que um problema ocorra para que possam ser tomadas as providências. Isso acaba fazendo com que não se tome novas iniciativas para antecipar problemas, ou que busquem a melhoria contínua. Planejando por fatores críticos de sucesso: Nesse método o administrador de cada unidade ou grupo da empresa deve definir quais são os fatores críticos de sucesso para a unidade. Por exemplo, o diretor do departamento vendas pode definir como fatores críticos de sucesso: tempo de resposta ao usuário inferior a 2 horas, o tempo de elaboração de determinados relatórios inferior a 1 hora, tempo de aprovação do crédito inferior a 10 minutos, tempo de realização de cadastro menor que 5 minutos. Um diretor da operação de varejo pode definir como fatores críticos de sucesso: 98% de mercadorias para pronta entrega, envio de mercadorias em até 24h e tempo de entrega inferior a 3 dias nas capitais e 5 dias nas demais cidades. Todos os fatores críticos de sucesso serão agregados e serão avaliados quais os melhores procedimentos e recursos devem ser utilizados para cumprir a todos os fatores críticos de sucesso. O planejamento de SI então deve contemplar os fatores críticos de sucesso, alocando recursos e definindo metodologias de avaliação do cumprimento dos objetivos. |
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Tela 4 |
| Mas, para que o planejamento do SI obtenha sucesso, a alta administração da empresa deve:
Os executivos
devem considerar a TI como um recurso indispensável para a empresa
e que pode realmente contribuir para melhorar a forma como a empresa conduz
os seus negócios; os administradores devem entender que os recursos
não são apenas computadores, mas hardware, software, telecomunicações,
banco de dados, procedimentos e pessoas. Se isso não for compreendido,
todo o esforço de planejamento será inútil. |
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3
- Planejamento estratégico de SI
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Tela 6 |
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A
área de planejamento estratégico de SI é relativamente
recente e exerce hoje um forte impacto sobre as estratégias dos
negócios. A estratégia de SI deve ser derivada da estratégia
corporativa, porém, as novas tecnologias da informação
pressionam fortemente a indústria e os negócios, interferindo
e atuando sobre a definição de estratégias corporativas.
O objetivo básico do planejamento estratégico é direcionar a organização para uma nova situação estratégica, gerando um conjunto de forças para novo alinhamento estratégico (Alinhamento do planejamento estratégico do negócio – PEN) com o planejamento estratégico de TI (PESI); ou seja, a adequação entre as estratégias e objetivos do negócio com as estratégias, os objetivos e as funções de TI. Isso deve ocorrer para que a TI suporte as estratégias do negócio, contribuindo para trazer maiores vantagens competitivas ,maior performance organizacional e maior valor ao negócio. A dificuldade de implantar o plano desenvolvido é considerada crítica, constituindo-se na principal limitação dos planos estratégicos de SI. O plano estratégico de SI é feito para um período que varia de 3 a 5 anos, portanto, é um documento de longo prazo. As metas estratégicas de SI devem ser quebradas em objetivos táticos que definem como e quando a meta estratégica será atingida. Os planos táticos geralmente cobrem prazos de 1 a 3 anos. Cada objetivo do plano tático possui um plano de operações que descreve de forma detalhada os procedimentos a serem realizados, os departamentos responsáveis e o prazo de realização. |
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Tela 7 |
| 4
- Etapas do PESI
O PESI conta, genericamente, com 6 etapas, conforme a figura:
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Tela 8 |
| 1ª Etapa - Levantamento da situação atual: O objetivo dessa etapa é conhecer a empresa para, só então, nas próximas etapas, iniciar a definição de SI/TI. Deve-se fazer uma análise de:
Levantar os dados citados requer tempo e certa habilidade em “deduzir” algumas informações, que nem sempre são explicitadas. Existem várias técnicas para coletar dados – que podem ser usadas individualmente ou em conjunto – entre as quais:
Existem quatro metas principais que devem ser consideradas à época da coleta de dados:
Essas metas
são os objetivos básicos da coleta de dados. Um analista
de sistemas experiente fará julgamentos sobre certos aspectos do
sistema, mas permanecerá flexível e aberto a sugestões,
até que todos os dados tenham sido coletados. |
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Tela 9 |
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| 2ª Etapa: Estabelecimento de filosofias e diretrizes: Essa etapa tem por objetivo definir as características gerais do processo de informatização, de acordo com as diretrizes gerais adotadas pela administração. Devem ser consideradas diretrizes sobre:
Restrições orçamentárias: quanto poderá ser investido em TI? |
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Tela 10 |
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3ª Etapa: Pesquisa de aplicações potenciais Nessa etapa verifica-se a necessidade que a empresa tem de:
Para ilustrar essa etapa, vejamos o exemplo da empresa Evolução Engenharia. |
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Tela 11 |
| 4ª Etapa: Seleção e priorização das aplicações
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Tela 12 |
Há ainda alguns aspectos que devem ser considerados:
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Tela 13 |
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| 5ª Etapa: Estudo da viabilidade Todo projeto
é viável - desde que tenha recursos ilimitados e tempo
infinito! No entanto, geralmente, em informática, trabalha-se
com escassez de recursos e prazos exíguos. Assim, a avaliação
da viabilidade de um projeto deve ser realizada o mais cedo possível.
A análise
de custo-benefício delineia os custos para o desenvolvimento
do projeto e os compara com os benefícios tangíveis –
que podem ser traduzidos em reais – e intangíveis de um
sistema. |
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Tela 14 |
| 6ª Etapa: Documentação A documentação
é uma etapa importante no PESI. Ela se inicia na primeira etapa
e é a última a ser terminada. Nela constam a descrição
dos processos, diretrizes, procedimentos, rotinas, análise de
hardware e software existentes, aplicações potenciais,
critérios de escolha, e todos os processos e produtos do sistema.
São definidos, também, planos táticos que descrevem,
de forma detalhada, os procedimentos a serem realizados, os departamentos
responsáveis e o prazo de realização. O plano também
prevê a lista de recursos que devem ser alocados para o cumprimento
do objetivo e deve incluir hardware, pessoal, software e quaisquer outros
recursos necessários.
Agora que tivemos uma visão geral do planejamento dos sistemas de informação, veremos mais adiante como eles são desenvolvidos. |
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Tela 15 |
| Resumo
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| Unidade 4 | Módulo 2 | Tela 16 |
1 - Adquirir ou desenvolver um SI Após a decisão de se adotar um novo sistema de informação, deve-se definir se ele será adquirido ou se será desenvolvido. Para fazer a opção por um sistema customizado ou por um pacote, deve-se considerar principalmente o valor agregado do sistema, ou seja, sua importância estratégica para a organização e as reais necessidades da empresa. Ainda, é preciso definir prioridades, para que a aquisição do sistema não demande recursos demasiadamente altos para o porte da empresa. Se não for vantajosa a aquisição de um pacote ou de um sistema customizado, a empresa pode optar pelo desenvolvimento interno (in house) ou pelo desenvolvimento terceirizado.
Para optar pela aquisição, o sistema que a empresa procura deve ser comum e tratar de aplicações semelhantes em muitas empresas. Um exemplo disso é um sistema para controlar folha de pagamento de funcionários: em todas as empresas, há funcionários cadastrados, cargos, salários, controle de horas extras, controle de faltas, cálculo de férias e décimo terceiro, entre outras operações. Os sistemas que calculam a folha de pagamento de uma empresa são muito parecidos e podem, portanto, ser adquiridos prontos. A empresa pode também encontrar um sistema pronto que atenda a grande parte de suas necessidades. Nesse caso, ele precisaria apenas de uma adaptação, ou customização, para funcionar a contento. |
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Tela 17 |
A customização, em geral, é realizada pelo fabricante do sistema em conjunto com a empresa contratante, de modo a assegurar que serão realizadas todas as modificações necessárias. Frequentemente, empresas que efetuam customização são pequenos e médios produtores de software que, após desenvolver um sistema que atenda a um determinado segmento do mercado, procuram ampliar sua abrangência, modificando-o para diferentes situações.
Se,
finalmente, a empresa conclui que o melhor é desenvolver um sistema
específico, mais adequado às suas necessidades, pode optar
por desenvolver internamente ou terceirizar o desenvolvimento. Desenvolver internamente ou terceirizar? Essa decisão deve considerar cada caso, pois depende de um conjunto de fatores, tais como: tipo de sistema, especificidade e porte da organização. |
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Tela 18 |
| 2
- O ciclo de vida de um sistema
Entre as principais vantagens de adoção da metodologia de ciclo de vida, temos: • Definir
de forma clara e precisa as atividades a serem executadas. O método
de ciclo de vida de um sistema estabelece as diferentes fases de um sistema
desde o surgimento de sua necessidade até sua desativação
por obsolescência, ou por outro motivo. |
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Tela 19 |
O ciclo de vida de um sistema de informações ou software é geralmente dividido em seis fases: • Estudo
preliminar É importante salientar que essa divisão não é definitiva e nem unânime, pois ainda não existe um padrão universalmente aceito, embora já existam normas que procuram nortear o desenvolvimento de projetos de software como a ISO/IEC 12207 e ISO 9000-3. Outro ponto importante ressaltado por Rezende (REZENDE & ABREU, 2003) é que embora as fases tenham sido apresentadas em ordem sequencial, na realidade, o processo é interativo e dinâmico, possibilitando assim que a equipe de desenvolvimento retorne às fases anteriores para possibilitar a melhoria do sistema. A seguir
descreveremos em detalhes cada uma das fases ou etapas do ciclo de vida
de um sistema de informações.
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Tela 20 |
Etapa
1 - Estudo Preliminar (Estudo de Viabilidade) A Viabilidade
Técnica consiste em identificar se é possível desenvolver
o sistema com os recursos disponíveis: hardware, o software e recursos
humanos. Ao final
do estudo de viabilidade e com base na análise de custo/benefício,
o gerente e sua equipe poderão desistir do projeto, ou levá-lo
adiante.
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Tela 21 |
Etapa 2 - Análise do sistema atual Objetivo: conhecer detalhadamente as necessidades do usuário para determinar o que deve ser feito. Na análise,
são realizadas as seguintes atividades: Em resumo: nessa fase, o sistema e suas funções são delineados, independentemente de onde e como ele será executado. Etapa
3 - Projeto (Projeto lógico) No projeto,
são executadas as seguintes atividades: Em
resumo: Apenas nessa fase a equipe definirá como chegar
aos objetivos definidos na fase anterior.
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Tela 22 |
Etapa
4 - Implementação (projeto físico) Nessa fase,
é importante padronizar e sistematizar rotinas e procedimentos,
para facilitar a manutenção do sistema por outros programadores.
Boa manutenção baseia-se em um código limpo (O código
de um programa é um conjunto de instruções que informa
à CPU quando ela deve executar operações de comutação
entre os circuitos, operações matemáticas, operações
de gravação entre outras. Um código limpo caracteriza-se
pela inexistência de instruções confusas, pelo algoritmo
racional e pela modularização do programa, para mais fácil
entendimento.) e em uma boa documentação dos programas (Conjunto
de descrições narrativas projetadas para auxiliar a utilização,
implementação, alteração e operação
de programa, bem como a resolução de problemas advindos
de seu uso.). |
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Tela 23 |
Etapa
5 - Testes São dois tipos
de testes: Para o sucesso
dessa fase, é necessário planejar e determinar os testes
a serem feitos, para que as funções do sistema não
sejam apenas parcialmente testadas. Os testes devem prever todas as situações
que o sistema deverá tratar. Etapa 6 – Instalação Objetivo: Colocar o sistema em funcionamento para o cliente ou usuário. Nessa fase,
é feita a instalação (Processo de colocar o sistema
em funcionamento no computador dos usuários. Pode ser feito diretamente
na máquina do cliente, ou feito por meio da rede. Geralmente o
arquivo para instalação chama-se install.exe ou config.exe.)
do sistema. O usuário é submetido a um treinamento na operação
do sistema, etapa fundamental para que o usuário seja ‘conquistado’,
de modo a ser favorável ao uso do sistema. O treinamento deve habilitar
o funcionário a utilizar bem todos os recursos do sistema e conscientizá-lo
dos benefícios que ele traz ao seu trabalho e à organização,
deixando-o à vontade com relação ao novo sistema.
O treinamento vende a imagem do sistema e pode contribuir para seu sucesso
ou seu fracasso.
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Tela 24 |
Etapa
7 - Manutenção Como a empresa
e o ambiente estão em constante processo de mudança, o sistema
terá, inevitavelmente, de sofrer alterações ao longo
do tempo, para se adequar às modificações do ambiente.
Senão, o sistema não atenderá às demandas
do usuário, e deixará de cumprir seus objetivos.
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Tela 25 |
Modelos de ciclo de vida - Podem-se identificar claramente três modelos de ciclos de vida mais genéricos: modelo caótico, modelo cascata e modelo espiral. • Modelo caótico - Conhecido também como “constrói-conserta”. O sistema é desenvolvido ao acaso, sem projeto ou planejamento, e é reestudado cada vez que o usuário comunica uma necessidade, incoerência ou funcionamento indesejado do sistema. O desenvolvimento pode se estender indefinidamente.
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Tela 26 |
• Modelo cascata - Recomendado para sistemas que necessitam de alta segurança e confiabilidade. Foi elaborado por McConnel e é intensivamente utilizado, pois tem a capacidade de distribuir o planejamento do desenvolvimento do sistema ao longo do período, ou seja, ao final de cada etapa, é planejada a etapa posterior. A ilustração a seguir exibe a ordenação das etapas desse ciclo de vida:
No modelo cascata, não há sobreposição de etapas que se sucedem sequencialmente, uma após o término da outra. Cada etapa possui uma fase de verificação, na qual a documentação produzida na fase anterior é validada. Se houver dúvidas ou problemas, o desenvolvimento retorna à etapa anterior, o que explica a existência das setas de retorno. Alguns especialistas criticam o método em cascata pela dificuldade de retroceder, caso algum requisito de sistema tenha sido omitido no período de análise. Para efetuar o recuo, deve-se recorrer ao método ‘salmão’, que faz alusão ao peixe que sobe o rio contra a correnteza. Assim, pode ser necessário reavaliar todas as etapas, dependendo da complexidade do elemento que causou o retrocesso. Esse é o ônus desse modelo. |
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Tela 27 |
• Modelo espiral
Semelhante
ao modelo cascata, tem uma etapa adicional: a análise de risco
antes da realização de cada fase. Pode ser considerado um
modelo cascata evolucionário. |
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Tela 28 |
| 3
- O projeto de SI
O projeto de SI abrange o processo de análise, projeto, implementação e avaliação de sistemas de informação e as tecnologias de hardware e software, bem como a definição de como o sistema de informações proposto atenderá as necessidades de informação dos usuários finais. Inclui as atividades de desenho lógico e físico e atividades de projeto de interface com o usuário, dados e processos que produzem especificações de sistemas que satisfaçam os requisitos de sistema desenvolvidos na fase de análise de sistemas. Os aspectos de projeto servem para fornecer informações de apoio às operações e processos de tomada de decisão de uma empresa.
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Tela 29 |
É
difícil efetuar a análise de um sistema, porque um conceito
nebuloso deve ser transformado num conjunto concreto de elementos tangíveis. São funções do Analista de Sistemas: •
Planejar, supervisionar e coordenar a análise e o levantamento
de serviços identificando suas principais características
e estudando a viabilidade econômica e técnica das soluções
possíveis, propondo alterações, visando à
melhoria do desempenho. |
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Tela 30 |
4 - O Desenvolvimento de um SI Uma vez projetado o sistema, passamos à fase de desenvolvimento. A metodologia adotada no desenvolvimento de um SI é fator determinante para o sucesso do projeto e consiste em um conjunto de regras e padrões que orientam a abordagem utilizada em todas as tarefas do ciclo de vida de sistemas. As metodologias
de sistemas são utilizadas para estabelecer ordem, definir padrões
e usar técnicas de eficácia comprovada no desenvolvimento
de sistemas, agilizando o processo, reduzindo erros e garantindo maior
qualidade ao desenvolvimento. Existem diferentes metodologias de desenvolvimento
de sistema, algumas mais conhecidas que outras. É muito importante
que se use uma metodologia no desenvolvimento de um SI, para evitar problemas
e organizar tarefas e etapas do trabalho. As diferenças nas metodologias residem nas técnicas de construir, no processo de desenvolvimento, nas definições dos dados e nos modelos de eventos. Para apoiar as metodologias, foram criadas ferramentas como CASE (computer-aided software engineering), JAD (joint application development) e RAD (rapid application development). As metodologias para desenvolvimento de sistemas devem acompanhar o ciclo de vida dos sistemas, atendendo às fases de concepção, construção, implementação, testes e manutenção. Sempre que possível, as metodologias usam gráficos para representar os elementos de sistemas, e as descrições e definições de cada elemento são relacionadas em um diagrama, facilitando o acompanhamento e a compreensão do sistema. |
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Tela 31 |
Desenvolvimento estruturado de sistemas - A análise de sistemas precisa ter muito critério para garantir que o usuário terá em mãos um produto que atenda às suas necessidades e expectativas. Para orientar o desenvolvimento de sistemas, muitos métodos vêm se aperfeiçoando ao longo do curto tempo de existência dos SI. A análise estruturada descreve o sistema a partir de suas funções mais amplas, as quais devem ser sucessivamente decompostas até o nível das funções menores - técnica a que se dá o nome de desenvolvimento top-down. Utiliza também técnicas de diagramação que evitam inconsistências e omissões e são baseadas em métodos mais rigorosos que os primitivos fluxogramas - que tinham concepção quase livre.
A análise estruturada tem igual preocupação com processos e dados. Vê os dados como entidades dotadas de atributos (campos), que podem ser representados no DER - diagrama de entidade-relacionamento. Quanto aos processos, bastam apenas quatro tipos de elementos para retratar a especificação de um modelo lógico:
Esses elementos podem ser arranjados em uma configuração a que se dá o nome de DFD - diagrama de fluxo de dados. |
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Tela 32 |
O desenvolvimento estruturado de sistemas adota uma abordagem modular:
Dessa forma, é possível distribuir a tarefa de análise e programação entre diferentes equipes ou profissionais. Depois de concluídos, os módulos são reunidos.
A análise estruturada é uma atividade de construção
de modelos, que se preocupa com os objetivos e as funções
do sistema.
• Facilidade de alteração. |
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Tela 33 |
| Como
vimos, na metodologia estruturada de análise e desenvolvimento de
sistemas, existe um detalhamento das etapas de realização
do processo, que vai desde o mais alto nível até chegar ao
detalhamento dos níveis inferiores.
Os diagramas de fluxo de dados realizam os detalhamentos, descrevem os fluxos por onde os dados do sistema caminham. Um
diagrama entidade-relacionamento regulariza os dados
de um sistema e os define para as suas devidas aplicações.
Nesse tipo de diagrama definem-se características para se determinar
as bases de dados. O sistema produz as entradas, saídas e armazenamentos
que quando completo é denominado Modelo Lógico
do processo que seria uma representação abstrata do mundo
real. |
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Tela 34 |
5
- Ferramentas para desenvolvimento de sistemas de informações CASE – Engenharia de Software assistida por computador – Tipo de engenharia que utiliza pacotes de software para apoiar a automatização e a execução de muitas das atividades de desenvolvimento dos sistemas de informação de forma automatizada, entre as quais o desenvolvimento ou programação de software, criando um ambiente propício em as atividades de especificação ou codificação são sustentadas por recursos de computação. De acordo com a atividade que desempenha, a CASE pode ser classificada em: •
Upper-CASE – ferramentas que se concentram nas atividades associadas
aos primeiros estágios da criação de um sistema oferecendo
suporte em diversas tarefas de análise e projeto desse sistema. |
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Tela 35 |
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| Ferramentas CASE podem ser integradas em ambientes de desenvolvimento de software, apoiando parte das atividades previstas no processo.
As ferramentas CASE fornecem facilidades automatizadas para produzir gráficos e diagramas, telas e relatórios, códigos e documentos. A maioria das ferramentas CASE é baseada em metodologias estruturadas de desenvolvimento de sistemas, mas algumas trabalham com desenvolvimento orientado a objetos.
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Tela 36 |
JAD - Joint Application Design - Conjunto de sessões intensivas e mediadas entre usuários e analistas, com o objetivo de explicitar os requisitos de um sistema.
A técnica, desenvolvida nos anos setenta, pela IBM do Canadá, voltou a ficar em voga com o uso conjunto do RAD - Rapid Application Development, metodologia que combina o JAD - para definir rapidamente a especificação do sistema - com o uso de ferramentas CASE e de metodologias de prototipação, que tem o objetivo de chegar a um produto final em menor tempo. O JAD é usado para definir requisitos de sistemas empresariais em desenvolvimento e é tipicamente usado nas fases iniciais de um projeto de desenvolvimento de sistemas. O propósito de JAD é chegar a um consenso sobre os requisitos do sistema, por meio de seminários estruturados com o pessoal de SI e os usuários finais.
Para isso, um facilitador de JAD, treinado em programas de trabalho, ajuda
os participantes a chegar às exigências completas de qualidade.
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Tela 37 |
Algumas
experiências no uso de JAD mostraram que sua utilização
otimiza significativamente o trabalho após o término do
sistema e geralmente conduz a um nível mais elevado de satisfação
dos usuários.
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Tela 38 |
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RAD – Rapid Application Development - É um processo que propicia o desenvolvimento de sistemas em um período bastante curto.
O RAD utiliza uma estrutura modular, que, aliada à prototipação, possibilita entregar ao usuário final módulos acabados do sistema. A meta de RAD é reduzir o tempo entre pedidos e entrega de sistemas de aplicação empresariais.
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Tela 39 |
O projeto de RAD geralmente segue as seguintes etapas:
Uma característica bastante positiva do RAD é que, assim como o JAD, ele envolve profundamente a comunidade de usuários em todas as etapas do projeto. Os usuários formam a maioria dos participantes que especificam exigências e que revisam os protótipos. Dessa forma, a tendência é chegar a um resultado mais próximo do esperado por todos. Um grande envolvimento dos usuários na criação do sistema faz com que haja uma construção de todos, não uma ‘imposição’ da equipe de SI, o que aumenta as chances de sucesso na utilização do sistema. |
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Tela 40 |
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6
- Prototipação
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Tela 41 |
A figura a seguir ilustra a prototipação:
Vantagens da prototipação:
Como a prototipação pode ser acrescentada ao ciclo de vida do desenvolvimento de sistemas? |
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Tela 42 |
| Resumo
Em um projeto, o analista de sistemas deve ter habilidade
para lidar com grupo de usuários, profissionais técnicos
e administração da empresa. Os usuários estão
preocupados com facilidade de utilização e de resposta do
sistema, os programadores se preocupam com aspectos técnicos e
a administração se interessa pelo retorno do investimento.
O analista tem de acompanhar desenvolvimento de software, aspectos de
hardware, componentes da equipe e usuários, entrada de dados, segurança,
auditoria - em resumo, todos os componentes do sistema. O ciclo de vida não é usado apenas no desenvolvimento de sistemas computacionais, mas em diversas áreas, a fim de formalizar o processo, buscando a redução de trabalho, de falhas e de atraso nos cronogramas, propiciando uma maior produtividade. Um fator
determinante para o sucesso de um projeto de desenvolvimento de SI é
a adoção de uma metodologia de desenvolvimento de sistemas,
conjunto de regras e padrões que orientam o trabalho em todas as
tarefas do ciclo de vida de sistemas. As metodologias são utilizadas
para estabelecer ordem, definir padrões e usar técnicas
de eficácia comprovada no desenvolvimento de sistemas, agilizando
o processo, reduzindo erros e garantindo maior qualidade ao desenvolvimento.
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| Unidade 4 | Módulo 3 | Tela 43 |
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1 - Implantação do sistema de Informações na empresa É fundamental que o SI seja compatível com porte, cultura, conhecimento e objetivos estratégicos da organização, independentemente de ser desenvolvido internamente ou por terceiros.
Os
Sistemas de Informações passaram – e, em algumas
empresas, ainda estão passando – de um papel secundário
para uma função estratégica. Há um grande
esforço das organizações no sentido de fazer o
alinhamento estratégico de Tecnologia da Informação
/ Sistemas de Informação. A empresa deve tirar proveito da tecnologia da informação e considerá-la como uma ferramenta de transformação dentro da empresa. A transformação vem no sentido de tornar a empresa mais adaptada à realidade do mercado, tornando-a mais produtiva, mais lucrativa, ou seja, capaz de se adaptar e antecipar as mudanças do mercado. |
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Tela 44 |
| Fatores
de fracasso do SI - Laudon (2004) afirma que as principais áreas
problemáticas que podem levar um sistema ao fracasso são:
projeto, dados, custo e operações.
Os principais problemas relativos aos sistemas são ligados ao projeto do sistema dizem respeito:
Os dados também podem levar o sistema a fracassar quando são:
Outro fator decisivo é o custo, pois se o custo de manutenção for elevado ou se o custo de conclusão for muito alto em relação ao seu valor empresarial, a empresa acaba desistindo de mantê-lo. Os últimos fatores de fracasso no sistema estão ligados à instabilidade e ao tempo de resposta. Se o sistema não for estável, se falhar constantemente gerando atrasos de entrega da informação ou se o tempo de resposta do sistema for muito longo, o usuário acaba ficando desmotivado de utilizar o sistema. |
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Tela 45 |
Fatores
de Sucesso do SI - Já vimos o papel do analista de sistemas
no projeto de sistemas de informações. Na verdade, o analista
deve garantir o sucesso da implementação do sistema. Ele deve
garantir que as mudanças impostas pelo sistema sejam aceitas pela
organização, para isso devem ser levados em consideração:
O
papel do usuário no processo - O sistema tem mais chances
de sucesso quando o usuário é envolvido desde o começo
no projeto e na operação do sistema. A participação
do usuário desde a concepção do sistema gera envolvimento
e comprometimento com a sua utilização. Assim, o funcionário
não vê o SI como uma imposição do departamento
de desenvolvimento ou da direção da empresa, mas como uma
necessidade e uma realização de todos. Na verdade, o sucesso
de um novo sistema é resultado do trabalho conjunto da equipe de
SI e de todos os usuários.
Vamos considerar o exemplo de uma empresa de engenharia civil que precisasse de um sistema para controlar todo o seu fluxo de informações, funcionando em rede, com pontos de consulta em suas principais obras. |
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Tela 46 |
| O
desenvolvimento de um sistema com essas características requer a
participação de profissionais com conhecimento em análise
de sistemas, programação, redes de computadores, instalação
de hardware em locais inóspitos, projeto hidráulico, projeto
elétrico, cálculo estrutural, projeto de fundações,
arquitetura e gestão da obra. Pode-se, contudo, contar com profissionais
que acumulem especialização em várias dessas áreas
de conhecimento. O analista ao considerar a expertise dos usuários no projeto do sistema tem um melhor conhecimento dos processos envolvidos e das reais necessidades dos usuários. Infelizmente, tradicionalmente, a comunicação entre o consultor e os usuários de uma empresa é difícil, e isso se deve geralmente à tentativa dos especialistas da área de informática em procurar soluções tecnicamente mais elegantes e objetivas em detrimento da simplificação da operação do sistema para o usuário final. Quando a distância entre os anseios dos usuários e o sistema projeto é grande, acaba se tornando um problema de projeto que pode levar ao fracasso do sistema. Apoio da administração - O planejamento da adoção de um novo sistema ou da realização de alterações em um sistema já existente deve contar com total apoio da administração, diretores e gerentes. Isso de certa forma faz com que os funcionários participem também do processo além de garantir que o sistema receberá o apoio e os recursos necessários para a sua implementação. Risco e complexidade do projeto - Quanto maior o projeto em termos de recursos financeiros e pessoal, maior a sua complexidade e maior o risco do projeto de sofrer atrasos e de fracassar. Da mesma forma, projetos pouco estruturados com muitos requisitos indefinidos têm mais chances de fracassar que os projetos estruturados, com requisitos claros e diretos. |
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Tela 47 |
Qualidade
do gerenciamento do processo de implantação - Nem
todos os aspectos do processo de implementação de sistemas
de informação podem ser totalmente controlados ou planejados.
Entretanto, as chances de sucesso do sistema irão aumentar se conhecermos
os fatores de risco na implantação que são: gerenciamento
da complexidade técnica, gerenciamento de custos e cronograma e resistências
de pessoal.
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Tela 48 |
| Além
de envolver funcionários na equipe de projeto, os responsáveis
pelo desenvolvimento do SI precisam preparar e treinar os membros da organização,
a fim de garantir que eles utilizarão o sistema de forma correta,
eficiente e eficaz. A preparação dos usuários também
inclui treinamento e suporte.
Outra técnica que é utilizada com sucesso é a oferta de benefícios para os usuários que estiverem cooperando e usando efetivamente o sistema. Por fim, é importante que a equipe de desenvolvimento se preocupe com a interface tornando-a mais amigável ao usuário. |
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Tela 49 |
| Resumo
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| Unidade 4 | Módulo 4 | Tela 50 |
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| 1
– Qualidade de software
O que é qualidade? “Qualidade é difícil de definir, impossível de medir, fácil de reconhecer.” (Kitchenham, 1998) Pode-se tentar definir qualidade dentro do assunto de Sistemas de Informação como sendo a habilidade de um produto ou serviço em atender ou exceder as expectativas do consumidor ou usuário. A qualidade da informação é o grau no qual a informação possui conteúdo, forma e características temporais que lhe conferem valor para usuários específicos. Um sistema de informação de qualidade (Conjunto de características que conferem a uma entidade – atividade, processo, produto ou empresa - a capacidade de satisfazer necessidades, atender a critérios e obedecer a padrões, em busca de um ideal de excelência. Significa grau negativo ou positivo de excelência.) deve ter:
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Tela 51 |
| Mais difícil que conceituar qualidade é levantar os problemas decorrentes da sua falta, porque não é fácil identificar as falhas resultantes de um processo sem qualidade. Na produção de bens físicos, como uma lâmpada, por exemplo, um conjunto de procedimentos pode conferir a qualidade, o que torna mais fácil o processo. No desenvolvimento de sistemas, geralmente, não é fácil perceber as incoerências.
Em determinados
pontos do processo, é necessário parar para avaliar, identificar
e resolver os problemas. Entretanto, se isso for feito desde o início,
evita-se chegar ao final do processo em uma busca desesperada para resolver
uma lista enorme de problemas. |
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| Alguns mitos que cercam o desenvolvimento de sistemas devem ser abandonados:
Os problemas de um software podem representar um custo muito grande para a organização: eles podem provocar trabalho a mais, desperdício e perda de produtividade. Quais são as fontes de problemas ou defeitos? Os defeitos podem ter origem em qualquer fase do desenvolvimento: desde a contratação do colaborador até a implantação do produto:
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Muitos outros problemas podem ocorrer, o que acontecerá sempre que houver falhas em um dos três componentes de qualidade: Planejamento
- o planejamento de sistemas, conforme já foi visto, é importante
para assegurar que hardware, software e processos da empresa sejam compatíveis
e funcionem sincronizados.
Gerenciamento
- é fundamental para um resultado de qualidade. Divide-se em dois
aspectos principais: a produção, que se
refere ao processo de construção ou integração
das várias partes para se chegar ao produto final; o controle,
que significa que, para cada item relacionado ao produto em desenvolvimento,
há um dono com autoridade para tomar decisões e instaurar
procedimentos para revisão apropriada, aprovação,
mudança e distribuição. |
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| 2 - Critérios de Qualidade para Sistemas de Informação O que faz um sistema de qualidade? Como podemos dizer que um sistema tem qualidade?
Oito critérios atestam a qualidade de um sistema:
Atualmente, os estudos sobre qualidade estão centrados na busca da excelência no processo de desenvolvimento, como forma de se garantir a qualidade do software. Os requisitos de software são a sua medida de qualidade. Falta de conformidade com os requisitos significa falta de qualidade. Além disso, há um conjunto de critérios de desenvolvimento que orientam o trabalho de engenharia do software e padrões que devem ser sempre consultados, com o intuito de comparar resultados e corrigir rumos. Se os critérios não forem seguidos, muito provavelmente o resultado será a falta de qualidade. O controle de qualidade é uma atividade fundamental para qualquer negócio que comercialize produtos que serão usados por clientes. |
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| Existem leis que definem padrões de qualidade, em que softwares devem apresentar:
A busca da qualidade
profissionaliza as empresas. No Brasil, o SSQP/SW, Subcomitê Setorial
da Qualidade e Produtividade em Software, órgão do PBQP
- Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade - reúne pesquisadores,
técnicos do governo e empresários do setor de software,
a fim de definir diretrizes que possam incrementar a qualidade do software
desenvolvido no Brasil.
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- Critérios para a seleção de Sistemas de Informação
Como escolher um Sistema de Informação? Ao escolher ou definir um sistema de informações para a empresa, devem ser consideradas as características do software que será usado, no que se refere às necessidades da empresa, e sua qualidade.
É importante considerar:
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| Além disso, temos a considerar tudo que é novo sofre resistências...
(Lumière, 1895).
Alter (1996) propõe que, ao selecionar um software, sejam analisados as suas características e alguns aspectos a respeito da empresa produtora ou fornecedora. Veja o que significa cada item.
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| Resumo
Um sistema de informação de qualidade deve ter: Defeito zero - todas as suas funções
devem funcionar corretamente, sem apresentar erros. Defeitos ou problemas em um software implicam custo elevado
para a organização, porque aumentam e dificultam o trabalho
e provocam desperdícios e perda de produtividade. Mas, o que faz
um sistema de qualidade? Quais são os critérios que estabelecem
se um sistema tem qualidade? Um bom sistema é de fácil manutenção,
oferece condições de aprendizado rápido e ganha a
confiança do usuário na utilização de suas
informações.
Ao escolher ou definir um sistema de informações para a empresa, devem ser consideradas as características do software, no que se refere às necessidades da empresa e sua qualidade. |
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