Arranjo
físico de uma operação é a maneira pela
qual se encontram dispostos fisicamente os recursos que ocupam espaço
dentro da instalação de uma operação. Esses
recursos podem incluir uma escrivaninha, um centro de trabalho, um escritório,
uma pessoa, uma máquina, um departamento ou outros.
Pode-se dizer que, dentro dos limites estabelecidos pela estratégia
competitiva da operação, um bom projeto de arranjo físico
pode visar tanto eliminar atividades que não agregam valor, como
enfatizar atividades que possam:
• minimizar os custos de manuseio e movimentação
interna de materiais;
• utilizar o espaço físico disponível de
forma eficiente;
• apoiar o uso eficiente de mão de obra, evitando que
esta se movimente desnecessariamente;
• facilitar a comunicação entre as pessoas envolvidas
na operação, quando adequado;
• reduzir tempo de ciclo dentro da operação, sempre
que possível, garantindo fluxos mais linearizados e coerentes
com a estratégia;
• facilitar a entrada, saída e movimentação
dos fluxos de pessoas e de materiais;
• facilitar manutenção de recursos, garantindo
fácil acesso;
• facilitar acesso visual às operações,
quando adequado;
• encorajar determinados fluxos (por exemplo, os arranjos físicos
de alguns supermercados podem induzir fluxos de clientes de forma
a aumentar a exposição dos produtos a eles).
Dessa
forma, o arranjo físico de uma operação produtiva
preocupa-se com a localização física dos recursos
de transformação. O arranjo físico é uma
das características mais evidentes de uma operação
produtiva porque determina sua “forma” e aparência.
É aquilo que notamos em primeiro lugar quando entramos pela primeira
vez em uma unidade de operação. Também determina
a maneira segundo a qual os recursos transformados – materiais,
informação e clientes – fluem na operação.
Mudanças relativamente pequenas na localização
de uma máquina numa fábrica ou dos bens em um supermercado,
ou a mudança de salas em um centro esportivo podem afetar o fluxo
de materiais e pessoas na operação. Isso, por sua vez,
pode afetar os custos e a eficácia geral da produção.
Segundo Slack, há algumas razões práticas pelas
quais as decisões de arranjo físico são importantes
na maioria dos tipos de produção.
• Arranjo físico é, muitas vezes, uma atividade
difícil e de longa duração, em virtude das dimensões
físicas dos recursos de transformação movidos.
• O rearranjo físico de uma operação existente
pode interromper seu funcionamento suave, levando à insatisfação
do cliente ou a perdas na produção.
• Se o arranjo físico (examinado a posteriori)
está errado, pode levar a padrões de fluxo excessivamente
longos ou confusos, estoque de materiais, filas de clientes, tempos
de processamento desnecessariamente longos, operações
inflexíveis, fluxos imprevisíveis e altos custos.
Fonte:
Slack, Nigel et all. A Administração da Produção.
São Paulo: Ed. Atlas, 1999, p.165.
Para o projeto do arranjo físico é necessário levar
em consideração:
o produto a ser fabricado;
a quantidade a ser fabricada;
os roteiros de produção ou sequências de operações
utilizadas;
os serviços de suporte ou funções auxiliares
que devem suprir o fluxo em questão;
o tempo dispendido na produção; quando deve ser produzido,
e em que frequência.