Para o sistema financeiro ser eficaz e eficiente - tanto para aqueles que operam com sobra quanto os que têm necessidade de recursos - torna-se fundamental que todos os agentes econômicos que operam com o sistema conheçam as oportunidades e os riscos existentes.

Por exemplo, num país como o Brasil, que desde o início da sua colonização apresenta característica própria, a saber, a escassez de crédito, pergunta-se:

Como a empresa que tem projetos de crescimento pode alcançar suas metas nesse ambiente?

Entende-se que, em relação ao departamento financeiro das empresas, a maneira mais sábia seria a de se antecipar aos bancos, ou seja, ter em mente que esta área vive de informações. Logo, deve estar sempre alimentando os bancos. Como?

  • Fornecendo balanços corretos, sem margens para dúvidas quanto à sua autenticidade.
  • Não retardar o encerramento do balanço.
  • Remeter ao banco o balancete semestral, de preferência no início do segundo semestre.
  • Prestar informações cadastrais, as mais amplas possíveis, isto é, não sonegar informações.

Outro detalhe interessante a ser observado por qualquer agente econômico que opere no mercado está no fato de que, quem não é visto não será facilmente lembrado. Um bom gerente financeiro deveria desenvolver a capacidade de ser atencioso com os gerentes de banco, pois nem sempre um bom limite de crédito é alcançado em decorrência apenas de bons números de balanço.

A troca de conhecimento entre o financeiro da empresa e o gerente do banco é muito importante. Informações sobre a história da organização e também sobre as perspectivas futuras são estimulantes. Quanto mais sólida for à percepção da cultura organizacional, mais fácil será para o gerente do banco vender o crédito à sua diretoria.

Por sua vez, todo financeiro deveria fazer grandes esforços para tomar conhecimento da qualidade do papel do(s) banco(s) com quem a sua empresa faz negócio(s). No mercado, operar com um banco de primeira linha costuma ajudar muito, por exemplo, no Brasil, podemos mencionar alguns bancos atualmente considerados de primeira linha: Bradesco, Banco Itaú, Banco do Brasil, HSBC, Santander etc.

Os bancos de 1ª linha costumam operar com diferenças de taxas (spread) menores do que os bancos de 2ª e 3ª linha. Quanto melhor for a classificação do papel de um banco, mais barato este banco irá pagar pelo dinheiro captado junto aos aplicadores. Logo, menor tendem a ser suas taxas de juros, mesmo porque, para um papel ser de 1ª linha faz-se necessário que os empréstimos daquela instituição financeira sejam também para clientes com bom risco de crédito.



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